QUE…

Que os cursos superiores de Educação Física, e suas licenciaturas, retornem aos Centros de Ciências Humanas das Universidades Brasileiras, de volta à formação humanística perdida quando de suas transferências para os Centros da Saúde, com suas estruturas pragmáticas e dissociadas da escola. Bacharelatos e CREFS se originaram dessa trágica mudança, que hoje sustenta e embasa a indústria do culto ao corpo, afastando as licenciaturas de suas reais funções e deveres junto ao projeto educacional do país.

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ECOS DE PEQUIM…

Gostaria de convidar a imprensa jovem, em jornais, na internet, e na TV, a prestar com bastante atenção certas características editoriais destes mesmos meios , porém na imprensa estrangeira. Difícil e quase impossivelmente verão realçadas conquistas esportivas que não sejam a de seus atletas, ganhando ou perdendo, ao contrário da nossa, que enaltece e glorifica, até bem mais do que nossos adversários, feitos e conquistas dos mesmos, numa posição colonizada e subserviente, disfarçada de “conceito globalizado”.

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LIÇÃO BEM APRENDIDA…

E a lição foi muito bem aprendida, numa prova de grande humildade partindo dos mais conceituados praticantes do grande jogo, os americanos. Depois de seguidos fracassos nas maiores competições internacionais, mesmo que representados por grandes jogadores da NBA, resolveram se submeter aos ditames técnico-táticos do basquete internacional, com suas peculiaridades táticas e algumas regras conflitantes às empregadas e seguidas pela sua liga profissional, numa planejada reconstrução de hábitos e ações sedimentadas por anos de prática e árduas competições.

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MEDALHAS, EDUCAÇÃO E…FUNK

E as Olimpíadas vão chegando ao fim, com a fantástica delegação brasileira de mais de 250 atletas e outros tantos dirigentes, convidados e apaniguados, garimpando 1 medalha de ouro, 2 de prata e algumas poucas de bronze, deixando para trás as grandes perspectivas de quebra de recorde em competições anteriores. Mas o recado dado pela direção do desporto brasileiro, de que tal representação dimensiona a capacidade nacional para organizar os Jogos em 2016, emite um alerta voltado à consciência do cidadão comum, de que algo não soa muito bem ante tanta pretensão, disfarçada em poderio sócio-político de um país que ainda se mantém às raias da injustiça social que divide a população entre os cada vez mais ricos, e os cada vez mais pobres, afastados de uma educação de qualidade, que deveria ser a prioridade absoluta governamental, para que num futuro à médio-longo prazo o país, em seu todo, se fizesse representar através padrões de qualidade de vida, entre os quais a participação olímpica, resultante de um trabalho massificado e democrático advindo de seu processo escolar, direito inalienável e constitucional de todo cidadão brasileiro.

E um bom exemplo da incúria administrativa na área escolar, nos é dado em duas pequenas notas publicadas no O Globo de hoje, em sua coluna Gente Boa:

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MUDAR PARA SOBREVIVER…

O novo sistema durou menos de 48 horas. Contra a Austrália voltamos ao velho e confiável (?) sistema com uma única armadora, e exatamente contra a equipe que mais desenvolveu a dupla armação, sendo que a melhor delas tem 1,62m de estatura! Que, aliás, deu um baile de técnica e velocidade em toda jogadora nossa que se atreveu a marcá-la.

Também regressamos ao posicionamento constrangedor da bola acima da cabeça, executado por alas e pivôs que vinham para fora do perímetro executar a coreografia padrão do nosso basquetebol.

É sumamente doloroso vermos repetidamente, ano após ano, seleção após seleção, masculina ou feminina, de divisão de base ou adulta, rezarem pela mesma cartilha, onde o posicionamento obrigatório de todo jogador que se preza ao receber um passe, que é o de se postar na posição de tripla ameaça, ser substituído pela empunhadura da bola acima da cabeça, a fim de servir de ponto de passagem de uma serie interminável de passes, como que obedecendo um script odioso e castrador de toda condição de autonomia que vizasse um ato criativo. E previamente sabedora desse engessamento técnico-tático, bastou a equipe australiana, numa engenharia reversa de quem conhece e domina profundamente todos os caminhos possíveis daquele sistema, cortar as linhas de passes, numa atitude antecipativa, para aniquilar nossas parcas esperanças de vitoria, já que dominadas e anuladas no nascedouro.

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DESFILANDO A ILUSÃO…

Daqui a dois dias estaremos sôfregos na frente da TV apreciando de longe a festança de abertura de mais uma Olimpíada. Cores, muito brilho e pompa descomunal, marcarão, como sempre marcaram, o inicio da mais importante efeméride do esporte mundial.

Veremos delegações minúsculas, até de um único participante, contrastando com o gigantismo das grandes potências, plenas de campeões, super treinamento, performances mais do que anunciadas e esperadas, graças ao milagre da informação tecnológica, distribuída pelos satélites globalizados. Constataremos daí para diante, os resultados de políticas educacionais e conseqüentemente desportivas, através recordes batidos e medalhas conquistadas, numa demonstração cabal de competência e fundamentação administrativa.

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O ÓTIMO BLOG DO CRUZ…

O grande amigo Pedro Rodrigues de Brasília, me envia regularmente ótimos artigos sobre os mais variados assuntos, sempre de bons autores, que nos propiciam oportunos e sempre atualizados debates. Ontem, um dos artigos enviados, o do jornalista José Cruz, do Correio Braziliense, publicado no passado dia 24, em seu Blog do Cruz, despertou em mim uma saudável inveja, por não ter sido o autor, sobre um assunto que sempre discuto aqui no blog. Em poucos parágrafos o Cruz disseca uma dolorosa realidade do nosso desporto, que como mencionei antes não tive a oportunidade de publicar, mas uma oportunidade muito maior em lê-lo, oportunidade esta que passo a dividir com os leitores, sendo esta a segunda vez que o faço neste blog.

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E OS IGNORANTES SOMOS NÓS…

Minutos atrás acessei o blog da TV Esporte Interativo, com uma entrevista do presidente da CBB, sobre a situação do basquete brasileiro após a desclassificação no Pré-Olímpico.

Tudo do que mais é contestado sobre sua administração, merece um tratamento expositivo que raia ao mais completo absurdo. Mas dois pontos me chamaram a atenção: Primeiro, a sua afirmação de que duas, das nove federações que votaram contra sua reeleição, Paraná e Rio de Janeiro, “já estavam alinhadas com ele”, ressaltando com a mais absoluta clareza “que no Rio coloquei um novo presidente lá”, num testemunho que bem demonstra sua capacidade de comprar consciências e votos.

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UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA…

Quando ecoou o sinal estridente da sirene, anunciando o fim do sonho classificatório para a competição olímpica, o grego melhor que um presente mudou um discurso de onze anos, os mesmos em que se encontra no poder confederativo. A desclassificação pela terceira vez, obrigou-o a uma mudança estratégica de planos, visando seu continuísmo naquela entidade. Coincidentemente, a par da desclassificação, 20 clubes se reúnem na cidade sede da CBB, e fundam uma nova entidade, a Liga Nacional de Clubes (LNB), cujos objetivos são idênticos às outras duas ligas fundadas nos três últimos anos. Objetivo principal? A posse das chaves do cofre, ciosa e rigidamente guardadas pelo impoluto grego. Chaves estas que controlam verbas públicas, verbas lotéricas, contratos televisivos e publicitários. Chaves estas que conotavam ao mesmo, poder e tráfico de influências.

Porque somente agora o preclaro presidente aquiesceu das benditas e sagradas chaves, numa hora de comoção nacional pela perda olímpica, depois de bravatas classificatórias e importação de técnico, por que ? Perda de mandato, impossível, já que teve suas contas aprovadas pela assembléia da CBB, constituída pelos clubes que sempre o elegeram através delegação de voto dos presidentes de suas federações, clubes estes que o tem garantido permanentemente. Então, o que o levou a declarar que chancelaria a nova entidade, mesmo sabendo que perderia a exclusividade sobre a propriedade do chaveiro cobiçado?

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24 HORAS DEPOIS…

No O Globo de hoje (19/07), na matéria sobre a derrota da seleção no Pré-Olímpico, uma declaração do presidente da CBB deve ser seriamente analisada por todos aqueles que propugnam pela melhoria da modalidade no país, mais propriamente, os técnicos.

Para o dirigente, o trabalho para o futuro será longo: “Os países de ponta trabalham há cinco anos. A CBB vai criar a escola nacional de técnicos. É hora de união”.

Como vemos caríssimos basqueteiros, escolas de formação de técnicos, que em todos os países, como ele mesmo define, de ponta, as tem indissociavelmente ligadas às suas associações de técnicos , num vínculo apartidário, que garante suas autonomias eminentemente técnicas, com fortes suportes éticos, que são fatores quase nunca respeitados quando sob controle de entidades de cunho político, é a mais nova ameaça que ronda o nosso infeliz basquetebol, cuja direção não abre mão, em hipótese alguma, do controle absoluto e despótico, daqueles elementos passíveis de manipulação política e econômica, colocando-os à serviço de seus interesses, como moeda de troca para a manutenção continuísta junto às federações.

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