OS DOIS PRIMEIROS…

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P1160345E não deu outra, no primeiro jogo do playoff semifinal, a equipe do Flamengo abriu mão do seu enorme potencial ofensivo interno, para duelar com Mogi nas bolas de três, e se deu mal, ainda mais quando se viu contestado em suas 8/28 tentativas (Mogi arremessou 10/31), e assistiu seu adversário, mesmo abusando dos longos arremessos, investir mais vezes no jogo interno (19/33), em anteposição as suas 14/37 tentativas, e aqui vai mais um lembrete que estou cansado de fazer – bastariam optar pelos dois pontos em metade das bolas perdidas de três, no caso seriam 10 tentativas, para engrossar o caldo para a equipe paulista, mas com seu estrategista torcendo ardorosamente ao lado da quadra para que as bolinhas por ele consentidas caíssem, nada poderia ser feito, ou mudado, com ou sem discurso da prancheta. Às vezes, um pequeno exercício aritmético vence jogos, algo simples demais para gênios profundos e eruditos da estratégia…

P1160358P1160362No outro jogo, quase o mesmo panorama, pois o Paulistano, artífice da “nova realidade” do basquetebol tupiniquim, convergiu como de costume (16/31 de 2 pontos e 13/36 de 3), indo a linha do lance livre somente nove vezes (7/9), numa clara demonstração da quase total ausência defensiva do Bauru, permitindo 36 bolinhas absolutamente livres, sofrendo por conseguinte 13 acertos de 3 pontos, contra seus 7/23 de 3, e 15/35 nos 2 pontos, diferença capital para sua derrota por somente 6 pontos (78 x 72). Também, e a exemplo do outro jogo, bastaria ter trocado a metade dos erros nos 3 (11 tentativas) por bolas de 2 pontos, para vencer uma partida em que atuava seriamente desfalcado, originando uma rotação limite, contra um adversário completo…

Infelizmente, e por mais uma vez, testemunhamos o quanto ainda falta de discernimento e estudo verdadeiro do grande jogo por parte de nossos jovens estrategistas, no que concerne a estratégia verdadeira de jogo, que pouco tem a ver com sistema de jogo, pois como é padronizado e formatado por todas as equipes, torna-as altamente previsíveis em seus movimentos básicos, origem da mesmice endêmica em que vivem e produzem um tipo de jogo medíocre, monocórdio, desprovido de criatividade e improviso responsável, onde o padrão coletivista cede terreno ao individualismo desvairado nas penetrações, e principalmente na chutação de três…

Até o momento, com duas partidas realizadas, foram arremessadas 64/136 bolas de 2, e 38/118 de 3, e não duvido nada que com mais algumas, chutarão mais de 3 do que de 2, afinal está em marcha a redenção do basquetebol nacional nas gloriosas asas dos pombos…sem asas, sob a égide de “geniais” estrategistas com suas mágicas pranchetas…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique duplamente nas mesmas para ampliá-las.

 



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