O QUE TODO ARMADOR DEVERIA SABER

Desde o nosso último armador autêntico, Maury,desenvolveu-se em nosso país a figura do armador-finalizador,perfeitamente alinhado ao sistema do Passing Game,onde sua função primordial é a de iniciar uma sucessão de passes, correr por trás da defesa e ressurgir triunfante para a finalização,preferencialmente da linha dos três pontos ou, num lampêjo de gênio penetrar por dentro do garrafão buscando o”assistance” que reforçará sua estatística ao final do jogo.Nesse sistema o armador,ao correr por trás da defesa se ausenta do fóco da ação, atitude que deveria ser repensada pelos técnicos, pois a função de coordenação do ataque ao recair nas mãos dos pivôs que saem para fora do garrafão perde em qualidade e fragiliza o rebote ofensivo, além de
limitá-los ao passe ou um arremesso de três pontos,que convenhamos não deveria ser o
carro chefe de um jogador reboteador.Em alguns casos tentam a progressão com o drible
errando na maioria das vezes.Por outro lado,os armadores passaram a correr o dobro da
distância que corriam no passado,num desgaste brutal e perfeitamente dispensável.Essa
mudança técnico-comportamental propiciou um quase definitivo abandono na arte do drible, pela adoção do passe como fundamento básico na estruturação tática de nossas
equipes de uma maneira geral,esteriotipada e pouco criativa.Chamados de jogador”1″
têm sido responsáveis por inumeras derrotas internacionais ao final de jogos, onde deveriam agir taticamente, mas sob pressão mais acentuada perdem o controle da bola
em tentativas individualisadas,caindo em armadilhas pela baixa qualidade técnica de seu drible.Evoluir como”1″ durante uma partida sob defesa pouco agressiva é bem diferente das exigências técnicas sob pressão contundente.Muitos de nossos armadores
enfrentam um defensor mais combativo dando as costas para o mesmo, pois são incapazes de o enfrentarem de frente pela pouca ou quase nenhuma técnica na arte da finta e do drible.Quando de uma reversão o fazem sem a troca de mãos, assim como adoram a mudança de direção utilizando o drible pelas costas estando no centro da quadra, quando esse tipo de drible só deveria ser utilizado em um ângulo entre 30 e
35 graus em função da cesta.Como o angulo maximo da visão periférica se situa em torno dos 120 graus,torna-se óbvia a dificuldade que um armador enfrenta quando de costas para a cesta.Ambidestralidade então nem pensar,pois para um finalizador a mesma torna-se dispensavel.E o mais impressionante,com a cumplicidade de muitos árbitros desenvolveram uma maneira de facilitar o dominio da rotação da bola durante o drible, simplesmente interrompendo a trajetória do mesmo colocando a mão impulsionadora por baixo da bola anulando sua rotação, provocando um hiato suficiente para movimentar o corpo numa finta dissociada da ação da mesma, numa autêntica infração de sobre-passo, pois o binômio drible-passada é quebrado tornando o movimento ilegal.Com a bola imobilizada, mesmo numa fração de segundo torna-se fácil a mudança de direção e a reversão, numa flagrante demonstração de desconhecimento das técnicas do drible.Como é uma atitude que já vem sendo adotada a
alguns anos dedúz-se que são ensinadas por técnicos pouco afeitos ao exaustivo mister
de ensinar corretamente os fundamentos. Se o armador”1″ age desta maneira o que dizer do “2”? Simplesmente podemos atestar que sob pressão intensa não temos armadores suficientemente preparados para enfrentá-la.Não é coincidência termos importado nos últimos anos não mais pivôs,e sim armadores.Nossas equipes melhoram muito suas performances, quando em raras oportunidades, ou pressionadas pela necessidade de velocidade utilizam dois armadores, retirando dos “3”,”4″ e”5″ a responsabilidade do drible, pelo fato de serem incapazes de realizá-lo com um minimo
de eficiência.A adoção absurda do Passing Game levou a essa situação de penúria técnica,pois já que todos o adotaram para que desenvolver dribladores de verdade tomando um tempo que poderia ser utilizado na pratica das enterradas e do arremesso de três pontos? Esqueceram nossos grandes técnicos, ou não observaram que na NBA o
Passing Game é todo voltado para o embate um contra um, onde o drible é fundamental,
pois as flutuações e coberturas são praticamente proibidas,tanto na marcação individual como na marcação por zona,ao contrário do resto do mundo.Como aqui no Brasil todos jogam sob um mesmo sistema, as defesas se encaixam com mais facilidade
são mais previsiveis,e mesmo com flutuações são pouco agressivas, dando aos armadores
a falsa sensação de dominio, tanto na progressão ,como na finalização.Ao voltarmos,se
isso fosse possível,aos esquemas com dois armadores,dois alas e um pivô, talvez estivessemos resgatando a arte dos fundamentos, arte esta que nos deu grandes vitorias e titulos no passado.Mas para que isso fosse possivel teriam os técnicos de
se reprogramarem, que estudassem a arte do ensino dos fundadmentos, pois uma equipe
com bons fundamentos é mais eficaz do que aquela que utilize um sistema baseado em
pura coreografia,e o fundamento a ser especialmente estudado e ensinado é o drible.
Interessante notar que em qualquer escalação que aparece nas transmissões da televisão americana,tanto da NBA, como da NCAA os jogadores são discriminados como
Guard,Guard,Forward,Forward,Center.Nunca como 1,2,3,4 e 5!
No dia em que nossos armadores forem capazes de sob intensa pressão,voltados para a cesta, com total dominio visual da quadra, criarem espaços ondem não existem, estabelecerem superioridade numérica ao ultrapassarem o adversário, e aremessarem
como alternativa eficaz e não como prioridade da equipe,teremos de volta nossa maneira de jogar,que nos fez respeitados no mundo inteiro.Em outro capitulo falarei dos alas e pivôs,desculpem,dos 3,4 e 5…



6 comentários

  1. Syesay 13.08.2009

    Eu sou Ala!! =D

  2. Basquete Brasil 13.08.2009

    Então prezado Syesay, acesse no novo blog(www.paulomurilo.com)o espaço Buscar Conteúdos e digite-O que todo ala deveria saber, e em três artigos você se sentirá prestigiado.Se tiver mais curiosidade digite no mesmo espaço-Fundamentos- e terá mais assunto para analisar.Boa leitura e bons treinos. Paulo Murilo.

  3. odiei o que diz nesse site,por isso que eu deixei meu comentario pra dizer o que achei,eachei uma PORCARIA e é muito grande para copiar tudo isso a mão!!

  4. Basquete Brasil 19.09.2010

    Ora prezada Larissa, odiou-o por ser grande para copiar à mão, ou por não entender do que se tratava? Aliás, qual seu real interesse em copiá-lo? Algum trabalho escolar? Em tempo, esse é um site sobre basquetebol, sabe, aquele jogo onde se fazem cestas, etc…, o que realmente deve ser uma porcaria para você. Lamento. Paulo Murilo.

  5. Andréia 19.05.2011

    Eu gostei muito desse site, pois vou para a minha primeira competição de “verdade”, podemos dizer assim, e é a primeira vez que vou armar e ser a capitã do time, estou muito ansiosa e tenho medo de não render nada na hora dos jogos.

  6. Basquete Brasil 19.05.2011

    Prezada Andréia, muito me preocuparia se você não estivesse ansiosa, ou mesmo nervosa, ante uma estréia em competições, como armadora e capitã da equipe. Sugestão? Não se altere com o tremor inicial, erros que porventura serão cometidos, e o mais importante, mostre às suas comandadas que tudo o que estará ocorrendo faz parte do processo de amadurecimento natural de toda a equipe. Logo logo o equilibrio se fará presente, os erros diminuirão e a sua estréia se consumará num sucesso. Claro, que dali em diante, muitos detalhes terão de ser corrigidos, muito treinamento desenvolvido, e menos erros ocorrerão. Deixe as coisas acontecerem normalmente, e com o tempo e muito trabalho você alcançará seus objetivos, seus sonhos.
    Fico torcendo por você, e mande noticias de seus progressos.
    Um abraço, Paulo Murilo.

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