A DERRADEIRA VAGA…

“O Bala certamente vai abordar isso de modo mais apropriado, assim como o professor Paulo Murilo pode fazer, com muito mais autoridade, nesta sexta-feira, então não vale nos precipitar tanto. Sobre os desarranjos de gestão de nossa CBB. Nem em dia de convocação de Sul-Americano o processo fica muito claro.(…)” ( Trecho do artigo Duas listas, algumas dúvidas, publicado no Blog VinteUm do jornalista Giancarlo Giampietro em 25/4/12).

 

Pronto, eis-me perante uma bela encruzilhada, a mesma onde estanquei nos anos anteriores de Basquete Brasil, pelo fato de que, nunca comento convocações sob a ótica do achismo, das preferências pessoais e impessoais, do marketing, do ouvir dizer, das indicações “abalizadas”, das colocações dos que lá dentro estiveram, ou mesmo daqueles que nunca ultrapassaram as laterais de uma quadra, dos aproveitadores de mercado, dos atravessadores de jovens, daqueles que se locupletam através sonhos, projetos e altos ganhos que não lhe dizem respeito, dos oportunistas, dos alpinistas, dos subservientes, dos incautos, dos farsantes, dos mesquinhos, ou mesmo dos que somente…comentam. Enfim, quando muito lembro uma imprecisão, luto por uma lacuna, por um esquecimento, nada mais, pois sendo um professor e um técnico, guardo para mim convocações dentro de conceitos que defendo, e pelos quais luto para serem, ao menos, discutidos pela ótica da coerência, da justa e democrática escolha, jamais por coercitivas formatações e padronizações vindas de exógenas, injustas e quase sempre parciais influências.

Critico, isto sim, a falsa riqueza de talentos, que nos premia com duas seleções adultas, fato inédito no mundo, que sempre se pautou, em se tratando de seleção nacional, por uma seleção sênior,  representativa do país, e uma de novos visando competições preparatórias às necessárias renovações.

Duas convocações, no cenário de carência técnica em que nos encontramos, beira ao ridículo, ainda mais quando o noviço técnico ainda sequer estabeleceu seu caminho e sua influência técnico tática no âmago do grande jogo no país.

Seleção nacional é coisa muito séria, e uma convocação única, orientada e dirigida pelo Técnico Principal Magnano, onde no Sul Americano contaria com os residentes no país e os já liberados de fora, mais alguns jovens talentos, cujos mais efetivos na preparação e na competição se agregariam àqueles ainda envolvidos com suas competições, para, ai sim, complementarem a seleção destinada aos Jogos Olímpicos.

Esse deveria ter sido o projeto Londres, unificado e coerente, e mesmo que um técnico outro, e por vontade do Técnico Principal, tivesse que dirigir no Sul Americano, que fosse um dos assistentes do mesmo, sintonizado com as diretrizes emanadas pelo trabalho conjunto, e não constituir-se uma nova comissão profissional e bem paga, onerando desnecessariamente os cofres da CBB (ou estão tão bem fornidos assim?…), numa Babel de conceitos nada recomendável.

Se tenho comigo uma seleção nacional? Claro, mas utópica e fora de questão, pois proferiria um modo de jogar totalmente inverso ao que ai está nessa mesmice endêmica que nos limita e oprime. Mas fica comigo guardada,  sem que, no entanto, me negue a torcer honestamente para que a seleção de fato faça um excelente torneio, que nos orgulhe e enterneça.

Mas, não querendo parecer total e intransigentemente do contra, e no caso de uma hipotética possibilidade, sugeriria uma indicação, aquela 12ª que a maioria dos entendidos apontam ser a única a completar os 11 já eleitos (o que duvido muito quando o fator NBA está, e sempre esteve presente…), a derradeira porta de entrada ao éden olímpico.

Sem dúvida alguma, pelo conjunto da obra, ninguém seria mais merecedor de tão disputada vaga do que o Vanderlei…

Amém.

 

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O MOMENTO DECISIVO…

Como já venho afirmando a um longo tempo, a mesmice técnico tática que se estabeleceu no nosso basquetebol, praticamente eliminou a criatividade dos jogadores, ao se estabelecerem enclausurados em posições de 1 a 5, mimetizando coreografias pranchetadas, parecendo que nunca foram treinadas pelos estrategistas de plantão, numa orgia de rabiscos que  quase sempre são esquecidos, ou sequer entendidos, por jogadores que os olham entediados e descompromissados, já que realizam o oposto na volta ao jogo, e onde os “vamo lá”, “peguem forte”, “façam os movimentos”, “rodem a bola”, “façam a chifre, a dois invertida, a três revertida, a quarenta e quatro, a trinta e dois, a… “ sabe-se lá mais quantas sacadas de ocasião, tentam impor algo somente existente em seus pontuais devaneios, pois tais situações seriam dispensáveis se exaustiva e detalhadamente fossem dissecadas nos treinos, em vez dos rachões de praxe, e onde todos os envolvidos descobririam que as mesmas são irrepetíveis, já que submetidas a um fator decisivo, a realidade  defensiva por parte de adversários, cuja existência é, também de praxe, omitida da realidade expositiva de uma irreal prancheta.
Algo muito sério, no entanto, preocupa mais do que todo esse arsenal de siglas, códigos e encenações, a teimosa e monocórdia insistência pela busca do “movimento perfeito”, aquele que deve ser recriado indefinidamente sempre que solicitado, pois na fria ótica das pranchetas, ele ali está representado na ordem direta de sua pseudo perfeição, mas com um único e poderoso porém, o da impossibilidade de que qualquer movimento possa ser repetido, quando muito adaptado, jamais revivido.
E por conta de tal evidência, foi que em 15/2/2005, quando tal tendência já se manifestava, que publiquei o artigo Mestres do Olhar e do Movimento, que agora reproduzo, pois o momento por que passa o grande jogo em nosso país, tem de se desvencilhar desse vicio, que o prejudica e entrava de maneira altamente preocupante:

MESTRES DO OLHAR E DO MOVIMENTO.
Este foi o título de uma reportagem sobre a exposição que explora as afinidades entre o escultor Alberto Giacometti e o fotógrafo Henri Cartier-Bresson publicada no O Globo no dia 17/1/2005. O texto menciona, entre várias coincidências, a vontade de ambos de congelar um momento em movimento. Disse Giacometti- “Toda a ação dos artistas modernos está nessa vontade de captar, de possuir alguma coisa que foge constantemente”. Já Bresson assim se manifestou-”Jogamos com coisas que desaparecem, e quando elas desaparecem, é impossível fazer com que elas revivam”. Eis duas afirmativas que caem como um diáfano véu sobre as cabeças da maioria de nossos técnicos. Sonham de olhos abertos com a perpetuação dos movimentos que extrapolam de suas pranchetas mágicas, como se fosse possível a perenização das jogadas estabelecidas pelo sistema de jogo que empregam. Sempre que estabelecem contato com os jogadores repetem, e repetem, até a exaustão os mesmos movimentos, as mesmas soluções, clamam pela obediência à jogada, á rotatividade da bola, com uma intransigência que beira ao fanatismo. É como se fosse uma grande coreografia, onde a repetição das jogadas mortais é o supremo objetivo a ser alcançado. Mas, como mencionaram Giacometti e Bresson, os movimentos acontecem na mesma proporção em que desaparecem, e nunca são iguais, por isso viviam em busca de sua captação, a qual Bresson definiu como o”decisive moment”, o momento decisivo, único, fugaz e precioso se captado. Essa foi sua grandeza, pois foi o fotógrafo que mais o registrou no século XX. Nossos técnicos precisam, com urgência, entender que se uma jogada se repetir, com alto grau de frequência, pode-se afirmar que o sistema defensivo do adversário inexiste pela extrema fraqueza de seus integrantes. Um sistema ofensivo é de alta qualidade, não se der certo seguidamente, e sim se estabelecer situações que desequilibrem, pela imprevisibilidade de suas ações, o esquema defensivo do adversário. A repetição sistemática de jogadas produz situações com alto grau de previsibilidade, e retiram dos jogadores a espontaneidade de suas ações, colocando-os numa situação de meros repetidores de movimentos pré-estabelecidos por seus técnicos.
E se os defensores forem de boa qualidade, rapidamente se anteporão aos movimentos ofensivos, anulando sua eficiência. São nesses momentos que se estabelecem as diferenças entre uma equipe bem treinada de outra não tão bem preparada. Quantos são os técnicos que nos coletivos de preparação para os jogos, os interrompem para orientar sua defesa em função de seu próprio ataque pré-estabelecido? Que sempre orienta seus jogadores na busca do inusitado, e não do conhecido? Que mesmo tendo um sistema fechado de jogo, propugna por rompê-lo sempre que possível, pois essa sempre será a ação desencadeada pelo adversário? Enfim, que reconhece ser a busca, não de um, mas de vários “momentos decisivos”, o fator a ser alcançado com afinco e dissociado do círculo vicioso coreografia-prancheta? Por praticar fotografia por longos anos, e de ter tido em Henri Cartier-Bresson um exemplo a ser seguido é que desde muito cedo procurei entender e praticar o”decisive moment” com algum sucesso, mas que pela compreensão de seu significado, pude levar a meus jogadores um vasto leque de opções que visassem o encontro dos mesmos. “Jogamos com coisas que desaparecem, e
quando elas desaparecem, é impossível fazer com que elas revivam”. Cada jogada constitui um princípio e um fim em si mesma, e são irrepetíveis. Precisamos entender esse mecanismo para nos libertar das jogadas mágicas e das pranchetas milagrosas.
Meus queridos colegas, precisamos encontrar novos caminhos, pois esse que aí está sendo trilhado por vocês não levará a lugar nenhum, perdão, sabemos onde ele vai dar…
Amém.
Foto – Um exemplo de um único e irrepetível momento decisivo, num aniversário de minha filha Andrea com seu padrinho Luis dos Santos.
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O NÓ TÁTICO…

Fico pensando como ser possível que numa decisão de playoff, uma equipe vença três quartos do jogo, e num terceiro quarto leve um 30 x 9 devastador, no que foi definido pelo comentarista do Sportv, como um “nó tático” da equipe de Bauru sobre a de Sorocaba, nominando uma justificativa à enxurrada de arremessos de três neste quarto, como algo decorrente de jogadas armadas com a finalidade de que as bolinhas definissem praticamente o jogo. Mas não mencionou que, na verdade, a equipe sorocabana apostou no “pagar para ver”, no afã de blindar o perímetro interno, abdicando totalmente da marcação do externo, permitindo, ou mesmo autorizando o massacre, pois nossas equipes, e por que não, nossos técnicos em sua maioria, não concebem defender internamente sem a utilização de dobras, numa atitude suicida e irresponsável. O nó tático se restringiu a somente isso, uma quantidade de arremessos de três não contestados em nenhum momento, num 12/28 absurdo por parte de Bauru.

Mas no quarto final, quando a equipe de Sorocaba resolveu marcar um pouco mais lá fora, e se aproximar a oito pontos no marcador, é que vimos o tal do nó ser brecado pelo indignado técnico de Bauru, e trocado por um seguro jogo interno, e, inacreditável, passando o nó, ou seja, o desenfreado festim de bolas de três, a ser utilizado por Sorocaba, perdendo por conta desse equivoco, a oportunidade de recuperar de dois em dois pontos, uma partida que poderia ter tido outro desfecho, não fosse a ciclópica crença de que um nó, digo, uma hemorragia de bolinhas vence a maioria dos jogos realizados neste país.

Jogos como este, solidificam cada vez mais na mente de nossos jovens, a imagem dominante dos longos arremessos, sua pseudo superioridade técnica, personificando o “nó tático” defendido enfaticamente pelo estreante (?) comentarista, quando na dura realidade, expõe a nossa falência defensiva, omitida desde as categorias de base, obscurecidas pelos mesmos nós táticos pertencentes à nossa realidade de eternos “pagantes para ver”.

No outro jogo, entre Uberlândia e Tijuca, algo correlato e de triste e monocórdia repetição ocorreu, um 11/22 de arremessos de três por parte dos mineiros, sobrepujando os 3/21 dos cariocas, numa prova irrefutável de que o tal “nó tático” de muito já estabeleceu sua identidade definitiva, a de que o reinado das bolinhas aí está para ficar, com as bênçãos do comentarista-técnico, ou técnico-comentarista (dualidade que nunca consegui bem estabelecer), assim como da grande parte da comunidade basquetebolistica de nosso país, para a qual, desatar nós nada representa se comparado ao lamentável reinado…

Enquanto isso, assinamos definitivamente um termo de incapacidade na formação de armadores, afinal estaremos salvos em Londres pela naturalização do Larry, porta escancarada para outras naturalizações para 2016, afinal de contas, adquirir talentos prontos é bem mais fácil e rentável do que simplesmente formá-los…

Mais uma vez fico pensando se não seria mais vantajoso tentar naturalizar o Magnano, claro, se o interessasse, e que aqui bem para nós, duvido que topasse, pois seus “nós táticos” rezam numa outra cartilha, a do trabalho e incontido amor pelas coisas e povo de seu país, onde formação de base é coisa muito, muito séria, ou não?

Finalmente, devemos sempre ter em mente que imediatismos jamais levam ao progresso, somente acalentam um certo tipo de “desportista” para o qual não importam os meios, e sim os fins, na doentia busca da vitoria a qualquer preço, num preito à vaidade irresponsável e imatura.

Amém.

Foto-Reprodução da TV. Clique na mesma para ampliá-la.

FRANCAMENTE…

A cada dia que passa mais difícil se torna escrever sobre o nosso basquetebol, já nem falo pelos equívocos e desmandos da CBB, e sim pelos jogos do NBB, com sua dinâmica rame-rame, repetitiva, cansativa, a tal ponto que, por mais experiente e tolerante que seja, me falta paciência e ânimo para testemunhar tanta mesmice, tanta acomodação ao corporativismo técnico tático que nos coisifica, não só aqui, mas lá fora também.
Ontem mesmo, no primeiro pedido de tempo que o novo e estreante técnico do Uberlândia pediu, solicitou a “chifre” aos seus jogadores, só que não fiquei sabendo se “para cima” ou “para baixo”, no que daria no mesmo, pois eles não executaram nenhuma delas, incluindo as “camisas”, “cabeças”, e demais variações de um “samba de uma nota só”, incoerente e desafinado.
Nada que possamos relatar de novo, novinho, curioso, moleque, insinuante, ou mesmo, corajoso, nada, absolutamente, nada, nadinha…
Mas péra lá Paulo, e o jovem e exuberante Paulistano, não conta?
Bem, se convergir em muitos de seus jogos (número de arremessos de 3 próximos, iguais ou superiores aos de 2 pontos, e que não é prerrogativa somente dessa equipe), número elevado e ineficiente dos mesmos pela incapacidade de atuar internamente, apesar de contar com bons e promissores pivôs, contar com armadores que tentam e teimam em ser definidores e pouco passadores, exercer em muitas partidas uma eficiente defesa, mas drenar seus esforços em ataques inócuos e precipitados, passar seu jovem técnico, intranqüilidade a seus jogadores através uma postura agressiva e excessivamente “participativa”de fora da quadra, inclusive com arbitragens, quando maior e decisivo comedimento atingiria resultados opostos e melhores pela imagem transmitida de tranqüilidade e auto domínio,  podemos considerar com bastante convicção, que pouco contou para a melhoria de nosso jogo, mesmo.
E pensar que a seleção para o sul americano, básica e obrigatoriamente jovem, contará com uma liderança que privilegia as “bolinhas”, em detrimento de um jogo mais preciso, mais seguro próximo à cesta, onde armadores alas e pivôs pudessem exercer seus fundamentos igualitariamente? Por mais este importante fator, reafirmo que não, pois a não tão jovem equipe do Paulistano ficou a dever algo de realmente inédito, incisivo, insinuante, marcante e exemplar, como um novo sistema, ou uma forma diferenciada de jogar o grande jogo.
O campeonato vai se afunilando, assim como a mesmice endêmica, num modelo que se repete a cada bola ao alto, e outra, e mais outra, num moto continuo desesperador.
Claro que existe muita emoção e jogos duros, afinal algumas equipes se equivalem, mas, e os fundamentos, a base formativa, a diversidade técnico tática, por onde andam, se é que existem, por onde? Sinalizem a “chifre” e “vamo que vamo…”
Amém.

Fotos  reproduzidas da TV (Clique nas mesmas para ampliá-las)- Jogo interno e externo (fotos 1 e 2) dentro do sistema único, inclusive com os pivôs apartados da cesta. Helio Rubens( foto3),um dos poucos técnicos que com sua vasta experiência poderia, se quisesse, mudar um pouco do que aí está.

 

O PINNOCK…

Um minuto e dezessete segundos para o encerramento do jogo, três pontos à frente a equipe de Brasília. Ataque bola para o Arecibo, bola para o “talentoso” Pinnock que dribla em direção ao garrafão. Se esquiva da marcação e executa um primoroso passe picado na direção de seu pivô bem no meio do garrafão, mas que… não estava lá! Isso mesmo, o talentoso Pinnock deu um passe a um companheiro inexistente, originando um contra ataque candango, e determinando a derrota de sua equipe. Com um Pinnock do outro lado, equipe nenhuma deve temer derrota de espécie alguma…

Como a equipe do CEUB encontrou a mala esquecida na aduana venezuelana, aquela com seu sistema defensivo, pode exercer esse importante fundamento de forma um pouco mais eficiente, o necessário para levar para o planalto central as finais da Liga Américas, se ainda pretender bancá-la, o que seria muito bom para o basquete brasileiro em sua ainda trôpega tentativa de soerguimento. Pena que a caótica equipe de Arecibo e seu inacreditável talento Pinnock lá não estará, pois seria um divertimento de primeira linha…

No jogo de fundo, nem mesmo, e este sim, verdadeiramente talentoso armador uruguaio Leandro Morales, atrapalhado todo o tempo por um Martinez centralizador, conseguiu levar de vencida uma equipe mediana argentina, que contando com duas efetivas lideranças, de seu excelente técnico, e de um veterano Wolkowyski reluzindo técnica e experiência, somando precisão a um bom conceito de equipe, fez da colcha de retalhos nominada de Crocodillos, uma perfeita moldura do que não se deve fazer para participar de um torneio de tal envergadura, ou seja, contratar “nomes” de véspera, como se os mesmos, por melhor que fossem, mas sem qualquer entrosamento com a equipe, pudessem levantar um troféu de uma modalidade onde o coletivismo é a base estrutural de uma verdadeira equipe.

Temo, no entanto, que frente às duas equipes argentinas nas finais, o reduzido time candango não seja suficiente para levá-las de vencida, pois peca basicamente na armação, contando somente com um solitário Nezinho, que nem sempre está inspirado, principalmente quando consegue ser bloqueado na altura de seu peito em seu tiro de meta, digo, arremesso de três pontos. Seus reservas são fracos e inexperientes, assim como seus alas. De pivôs são bem servidos, todos eles complementando um quarteto de boa técnica e vastíssima rodagem.

No entanto, com 15000 torcedores em volta, quem sabe possam conseguir o bi campeonato? Se não mantiverem o “pagar para ver” tradicional, quem sabe…

Amém.

Foto-Divulgação FIBA Américas. Clique na mesma para ampliá-la.

QUEM TEM PINNOCK…

Ficou parecendo que o jogo do CEUB ficou na aduana de Caracas, pois não o vimos na quadra de jogo, principalmente no aspecto defensivo que foi simplesmente ridículo. Cansaço, alimentação, estratégia (?), acomodação, não importam os motivos para tanta passividade, mas sim os “por quês…”

Os argentinos jogaram o tempo todo academicamente, sem pressa, e priorizando o jogo interno, no básico intuito de “pendurar” nas faltas o maior número possível de oponentes, principalmente os reboteiros. Some-se a isto a ausência absoluta da mais simples anteposição aos arremessos exteriores dos hermanos, e pronto, o retrato de uma derrota para lá de contundente. Não esqueçamos de relembrar o inexplicável comportamento de uma equipe da elite sul americana, ao se postar ante uma defesa por zona clássica, a 2-3, na aplicação repetitiva de passes de contorno e concludentes arremessos de três, repetindo o esquema contra uma individual, da forma mais absurda possível, já que possuidora de três bons pivôs, que sem dúvida alguma, se bem lançados, dariam enorme trabalho aos pivôs argentinos. Ficou parecendo que a equipe de Brasília perdeu um jogo que não se esforçou, de verdade, em vencer. Dá o que pensar…

Ah, não esquecendo que a equipe não possui um plantel confiável, e sim um time básico de no máximo seis jogadores, e nada mais.

E lá pelos lados do jogo final, honestamente, quem tem como adversário um tresloucado “talento” como o Pinnock, só não vence no tempo normal por ter em seu plantel um outro “talentosíssimo”, porém exclusivista jogador, como o Martinez, ambos disputando ponto a ponto quem cometeria o maior número possível de erros simplesmente inacreditáveis. Nas duas prorrogações, as duas equipes atingiram o número incrível de 38 erros com perdas de bola (19 para cada lado), com os dois citados liderando a planilha.

Para hoje, prevejo uma equipe argentina, contida, coletivista, e com dois excelentes armadores e um pivô de 38 anos dando aulas de posicionamento nos dois garrafões (é um mestre na defesa por traz…), enfrentar um Cocrodillos anárquico liderado pelo Pinnock. Se o apertarem com vontade ele entrega o jogo. De muito não via um jogador tão instável como esse na armação de uma equipe. Mas Paulo, ele deu 16 assistências! Mas o que entregou, não conta?…

Quanto ao CEUB frente aos costarriquenhos? Sei não… Se não pegarem urgente a mala de defesa que esqueceram na aduana…

Amém.

Foto-Divulgação FIBA Américas. Clique na mesma para ampliá-la.

SEMANA BRABA…

Com relação às duas semanas anteriores, esta foi de amargar, com um nervo ciático travando minha locomoção natural, filho com dengue séria, e alguns jogos difíceis de agüentar passivamente, tal a pobreza técnica e tática dos mesmos.

Mas alguns pequenos assuntos vieram à baila, como a decisão do Juiz da 11ª Vara Federal, Vigdor Teitel, decidindo que os técnicos de futebol não têm que prestar contas aos Conselhos Regionais de Educação Física, matéria esta publicada na coluna Do Anselmo Góis, no O Globo.

Muito bem, e os demais técnicos, inclusive os de basquetebol, que para freqüentarem os cursos da ENTB/CBB têm de postar seus registros nos termos de matricula, que tem o CONFEF como um dos avalistas dos mesmos? Creio que é chegada a hora de se dar um freio nessa turma do arromba, já que a justiça federal está fazendo a parte constitucional dela.

Mais adiante, entrevista do Delfin sobre sua incontida vontade de participar da Olimpíada de Londres, vontade esta sucedânea à sua “promoção” a uma dos piores times da NBA, quando, a exemplo dos grandes “nomes” daquela mega liga, quer usar a maior vitrine desportiva da terra, para situar e valorizar uma imagem e alguns milhões? “Profissionalismo” (segundo crença e certeza próprias…) é isso ai, para gáudio dos curibocas tupiniquins, que professam serem os meios, não importando quais, fundamentais para chegarmos aos fins pretendidos, onde nacionalismos, patriotismos e que tais, perdem a razão de ser frente ao poderio(?) técnico que teremos(?) na grande competição. Quanto aos que ralaram pela classificação, ora, o que importam? Afinal, o argentino também tem um nome olímpico a zelar…

Jogo do Limeira com Joinville, duríssimo de se assistir, tantas as falhas nos fundamentos, inclusive do pivô Shilton, que no entanto foi premiado com uma justificativa dada pelo comentarista do jogo, no seguinte teor: “É uma questão da base, onde, certamente, pelo físico e altura, foi deslocado para a posição, e que mais adiante, no limite dos seus 1,98m, encontrou dificuldades na liga superior. O remédio é fazê-lo alternar com os outros pivôs…”

Ou seja, o que assimilou de técnica individual até o momento é notoriamente insuficiente, cujo remédio é fazê-lo parte de um rodízio reparador? Meus Deuses, quer dizer que como adulto nada mais poderá ser feito, ou mesmo atenuado? Que tal ensiná-lo e treiná-lo nos caminhos dos fundamentos, exaustivamente, reforçando seus conhecimentos e otimizando-o na arte do grande jogo? Por que não o fazem, ou não sabem, ou não têm competência para fazê-lo? Perdoem-me, esqueci que são “estrategistas”, falha minha de simples professor e técnico…

Culminamos com o jogo pela Liga das Américas, entre o Crocodillos da Venezuela e o CEUB de Brasília, jogo que teve um momento no terceiro quarto em que a equipe venezuelana teve o jogo praticamente nas mãos, quando impôs uma defesa zonal que os candangos simplesmente não aprenderam a atacar, perdendo-se em passes laterais e arremessos de três (4/27), bem ao estilo da grande parte de nossos equipes, além de manter um placar razoavelmente confortável, quando, e aí a catástrofe, o pivô dominicano, o posudo e marrento Martinez, resolveu dar o seu show de solista que estreava na equipe, levando suas ações para baixo do aro, desafiando os pesados e experientes Cipriano e Alirio, perdendo nas dobras quatro ataques seguidos, propiciando os contra ataques de Alex e Cia. Equilibrado o jogo, o Giovanonni se colocou no pivô, pedindo os passes, distribuindo-os ou finalizando de média distância, levando o jogo para uma definição que, contrário ao que vinha acontecendo se deu num contra ataque após mais uma falha do Martinez, e que o Nezinho soube muito bem aproveitar.

No jogo de hoje, contra a equipe argentina, sem dúvida alguma a possibilidade dos candangos enfrentarem uma forte defesa zonal torna-se redundante, já que a equipe do planalto central torna-se muito frágil ofensivamente quando se depara com uma.

Enfim, para uma semana tão atribulada, assuntos não faltaram, talvez jogo bem jogado. Mas isso é outra história.

Amém.

Foto-Divulgação FIBA Américas.Clique na mesma para ampliá-la.

A NOVA POSTURA…

Comecemos pelos números:

 

KENTUCKY     67   x   59     KANSAS

23/56                      2                22/62

6/14                        3                 5/11

15/21                     LL              10/15

43                           R                  35

11                            E                    9

Números que deixam a grande maioria de nossos técnicos, comentaristas e jornalistas de cabelos em pé. Onde já se viu um time ser campeão arremessando somente 14 bolinhas de três? Inadmissível. E pior ainda, Kansas arremessando 11 bolinhas? Mereceu perder…

Aliás, um dos comentaristas passou o jogo inteiro “pedindo”as ditas cujas, como numa prece. Somente não viram, acredito que sequer notaram, que ambas as equipes jogaram no 2 em 2, seguros, pensados e acima de tudo preciso jogo de aproximação, onde os erros diminuem substancialmente se comparados às famigeradas “bolinhas”, não tão livres assim pela intensa defesa exterior, por todo o tempo necessário, mesmo que no limite dos 35seg. permitidos pelo basquete de formação americano, fator que eleva em alta escala o aprendizado defensivo, marca registrada de um basquete compromissado pela defesa, sendo inclusive, permanentemente cobrado pelas torcidas de ambas as equipes.

Foram 118 tentativas de dois pontos, com 45 acertos (38,1%), contra 11/25 (44%) nas de três pontos, tentativas estas somente concretizadas pelos especialistas das duas equipes, e somente eles, sem arroubos ou aventuras fúteis, concentrando todos os esforços no jogo interior, onde os grandes e talentosos jogadores de ambas as equipes estabeleceram um duelo de alta categoria, onde a velocidade, agilidade e flexibilidade das ações, em tudo e por tudo contrastavam com o basquete jogado até bem pouco tempo pelos cincões vitaminados, natural ou artificialmente, tendência que os americanos começaram a abandonar desde a ascendência do Coach K nas seleções nacionais de seu país.

Mas que tipo de jogo interior desenvolveu Kentucky, senão aquele baseado em três homens bem altos e velozes, alas pivôs autênticos, deslocando-se ininterruptamente próximos à cesta, e alimentados por dois armadores de qualidade, numa avalanche de jogadas muitas vezes concluídas praticamente dentro do aro da cesta, e cujo poder defensivo, exatamente fundamentado na destreza atlética e de alta velocidade, complementavam um sistema de jogo audacioso e inovador, a tal ponto, que num determinado momento do jogo um dos comentaristas sugeria que o Anthony Davis precisaria “perder uns quilinhos” para emplacar na NBA, numa afirmação totalmente antagônica a seu posicionamento anterior, quando defendia os cincões pesadoe e intimidadores, hoje figuras anacrônicas quando em confronto com a velocidade e a destreza desses jovens gigantes.

Kansas jogou com um pivozão também rápido, mas sozinho contra a trinca do Kentucky, num confronto desigual e estafante. Mesmo assim, sua equipe lutou com bravura, mas não conseguiu equilibrar a desvantagem posicional, praticamente durante todo o jogo.

Mas Paulo, 38,1% de acerto nos arremessos de dois pontos não é uma marca das melhores, não acha?  Num basquete como o nosso, onde a liberdade nos arremessos chega a ser redundante, concordo, mas ante sistemas defensivos de tal intensidade empregados por ambas as equipes, torna-se um número compreensível, afinal, ninguém ali “pagava para ver”…

Que jogos como este, pertencente a uma das maiores ligas do planeta, onde um público fiel participa de todas as etapas que a fazem responsável pela permanente renovação do seu basquete, sirva de inspiração a todos aqueles que ainda, teimosa e corajosamente, lutam pelo soerguimento do grande jogo em nosso enorme, injusto e desigual país.

Amém.

 

Algumas oportunas notas/fotos:

Foto 1- Foi um tsunami de novas posturas técnico táticas que varreram o Astrodome em New Orleans.

Fotos 2 e 3 – Claro posicionamento dos homens altos de Kentucky dentro do perímetro,

Foto 4 – O técnico John Calipari, que ao dirigir a seleção da República Dominicana no Pré Olímpico de Mar del Plata, declarou que seu aprendizado no mundo FIBA não tinha preço, e que muitos princípios de ataque e de defesa lá observados, seriam de grande importância para o seu futuro como técnico de basquetebol, o que provou agora na direção de Kentucky.

Clique nas fotos para ampliá-las.

Fotos – Divulgação NCAA.

A ARTE DE INFORMAR…

Começou a decisão tão aguardada entre Kentucky, jogando de branco, e Kansas de azul. Mas antes, quero agradecer ao Mario de Pelotas a sua constante audiência, um abraço pra você.

E também envio meus parabéns à Lucia de Carangola, bela cidade, que se formou em zootecnia, com louvor. Parabéns.

Contamos agora com a audiência do blogueiro Paraná, sempre atento às noticias do basquete sulista. Estamos juntos nessa irmão…

E como esquecer a sobremesa com fios de ovos da Soninha em Patos de Minas. Inesquecível. Guarde um pouco mais pra mim, pois já estou com água na boca…

Envio um abraço ao Seu Laudelino, pela permanente fé em nossas seleções, garantindo que agora vai…

Precisa a equipe de Kansas de um chute de três pra voltar para o jogo…

Mas pera lá, como não lembrar da acolhida e da baita feijoada na casa dos amigos Geny e Alexandre na noite de ontem. Foi ótima pessoal.

Um abraço afetuoso ao nosso permanente ouvinte e telespectador, o Rochinha, roxo ( Ih, desculpem o trocadilho,eheheh…) pelo Curintia, Somos dois os roxinhos…

Insisto que uma bola de três salva o Kansas…

Agora é pra valer, prezado Dagoberto, ai de Guaratinguetá, seu palpite em Kansas parece que vai fazer água, pois a vaca azul tá pendurada pelos chifres…

Isso, chifre, a jogada que falta ao Kansas para endurecer o jogo…

Pessoal, como não lembrar o convite da turma do Arco Iris para uma chopada depois do jogo aqui na vizinha Campinas. Estaremos todos lá…

Kansas reage, mas sem um bola de três não vai dar…

Lembra cara, do Maguito que jogou com a gente muitos e muitos anos atrás em Jacareí? Então? Faleceu. Era um baita jogador e grande sujeito. Pena…

Mudando um pouco de assunto, que tal esse povo todo na festeira New Orleans, Legal…

Um beijão pra Maroquinha, amiga inesquecível na minha adolescência. Grande Maroquinha…

Torno a insistir, sem uma bola de três Kansas não emplaca..

E não emplacou, Kentucky venceu com méritos, mais sem antes constatar o absurdo dos absurdos, somente 6/14 de três para Kentucky, e 5/11 para Kansas!

E mais absurdo ainda, 23/56 de dois para Kentucky e 22/62 para Kansas, ambas não priorizando a essência do jogo, as bolinhas de três. Inacreditável…

Mas não podemos encerrar sem agradecer a recepção calorosa que tivemos em Paragominas quando o pneu do nosso carro furou e…

É pessoal, temos de nos parabenizar por essa bela e formidável transmissão. Foi um incontido prazer participar da mesma…

Pano rápido…

Benza Deus.

 

Nota – Saibam, TV nova e incrementada a tal ponto que não soube acionar o SAP, daí ter testemunhado essa formidável e esclarecedora transmissão. Melhor, impossível.

 

Foto – Divulgação NCAA. Clique na mesma para ampliá-la.

UM BOM PROJETO…

Enviado pelo Prof.Pedro Rodrigues de Brasilia, um excelente artigo do Técnico portoriquenho

Victor Ojeda, sobre a constituição de equipes nacionais. Vale a leitura.

PROYECTO EQUIPOS NACIONALES”

Los Equipos Nacionales representativos de un país no nacen, ni se hacen de un día para otro.

Esto surge a través de una estructura y una organización bien planificada y diseñada por un personal competente y de experiencia.

Cada Federación Nacional tiene la responsabilidad de establecer una estructura que le ofrezca visión, control y dirección al programa de  los Equipos Nacionales.

Tener una organización del  cual todos debamos sentir orgullo es una prioridad para fomentar equipos que sean nuestra máxima representación nacional en competencias nacionales.

El programa de los Equipos Nacionales debe ser establecido y desarrollado utilizando las experiencias vividas en las pasadas décadas y competencias internacionales como recursos para fortalecer el desarrollo del  mismo. La historia debe estar ahí para que no se repitan los errores del pasado y para que podamos aprender de ellos.

El objetivo es poder seleccionar un grupo de jugadores que nos represente en competencias internacionales sobre los más altos valores éticos y principios competitivos.

Todo este proceso, guiado bajo una filosofía y metas dirigidas por un cuerpo de hombres  profesionales comprometidos a fortalecer la programación competitiva internacional para ganar y ser ejemplo  dentro y fuera de la cancha.
Se debe entender que es posible desarrollar una gran estructura de alto nivel en conocimiento de sus limitaciones y fortalezas. Pero es necesario reconocer que sin una estructura, sin recursos humanos, económicos y sin los administradores competentes se  haría muy difícil transformar el deseo de ver un baloncesto moderno de corte profesional en cualquier país.

Entrar en la planificación y adiestramiento del  baloncesto moderno implica grandes cambios estructurales, con todas sus implicaciones físicas, mentales y administrativas para construir   equipos nacionales con verdaderos expertos en la materia.

Los Equipos Nacionales deben  funcionar como una unidad de negocio, con varios departamentos que se enfoquen en los diferentes aspectos específicos del Programa de los Equipos Nacionales.

La responsabilidad de cada  Federación Nacional es proporcionar un plan de desarrollo para seleccionar y darle  la dirección un grupo de jugadores prometedores, para invertir en su juego y habilidades competitivas para desarrollarlo en un jugador de primera.

La atención al desarrollo es parte esencial del  programa.

Introducir un proceso sistemático, de seguimiento y programado que lleve al descubrimiento y fortalecimiento de las habilidades físicas y técnico-tácticas de los jugadores talentosos en  servicios de los equipos nacionales, debe ser una prioridad en este proceso de evolución.

Es importante señalar y establecer un listado de requisitos o criterios para seleccionar a futuros jugadores a ser parte de los Equipos Nacionales. Desde el  principio, el foco principal debe ser la selección del equipo y el trabajo en equipo.

En cuantos a los jugadores, en el baloncesto moderno no solo se tiene los requisitos estrictos para su formación de los equipos nacionales, inclusive características y habilidades físicas, pero  también requisitos del desempeño técnico con respecto a la personalidad de los jugadores, el  status de su salud, la posición  social, así como el conocimiento psicológico y los aspectos éticos del ser humano.

El Entrenador Nacional

El entrenador  nacional es la persona clave en el desarrollo del  plan de equipos nacionales.

Es un ejemplo a seguir por sus conocimientos y credibilidad personal. Debe  jugar el papel de guía, organizador, planificador y coordinador  del  equipo.

El entrenador, con la ayuda de sus asistentes expertos, necesita hacer la selección final y las decisiones finales del equipo, pues él  conoce sus necesidades. Esto significa que para lograr los resultados  positivos, un entrenador  exitoso debe tener la calidad de un director comercial exitoso.

Debe rodearse de buenos asistentes y competentes, que deben ser leales, creer en su filosofía, trabajadores, comprometidos y que conozcan el juego. Su meta debe ser desarrollar un programa que tenga continuidad en su filosofía y unos estilos de juego que provean metas desarrolladas  para todo el programa de equipos nacionales.

Además, deben desarrollar un sentido de trabajo en equipo, enfatizar que los jugadores necesitan  ser ejemplo en los dos lados, dentro y fuera de la cancha.

Deben saber que vestir la camiseta de su país es defender y respetar la institución del baloncesto a través de sus ejemplos.


Disciplina y las Reglas

El entrenador del  Equipo Nacional debe anticipar y planear sus acciones en caso de que problemas ocurran con jugadores individuales y grupos dentro y fuera del  equipo.

En su deber está establecer una serie de normas disciplinarias para lograr canalizar una buena actitud y un comportamiento adecuado hacia el logro de buenos resultados.

Debe  haber  reglas que sirvan de base y esqueleto del  equipo.

El Entrenador del Equipo  Nacional debe ser firme, justo y consistente.

Su deber es establecer las reglas desde el  primer día  de práctica.

La práctica debe servir para establecer su visión, metas y estrategias a seguir, acompañada de su  filosofía técnica a seguir. El  entrenador debe planear para ganar, mientras asegura el  mejoramiento máximo de los jugadores más prometedores y la calidad del desarrollo del  equipo.

El entrenador debe tener  su propia filosofía de entrenador, que representa las ideas del  entrenador de cómo jugar baloncesto, basado en  los principios del  deporte.

Desde el primer día, los esfuerzos del entrenador deben estár enfocados en los siguientes  logros:

– Los planes a largo  plazo para que los jugadores prometedores alcancen su nivel máximo  de responsabilidad en la preparación física y mental del equipo y de los jugadores individuales.

– El  conocimiento del experto y su preparación para la enseñanza diaria.

– La motivación de los jugadores para el partido.

– Plan  de juego y estrategia

– Evaluación y recomendaciones.
No debe haber espacio para la improvisación, ni tampoco espacio para el desconocimiento en la implementación del Proyecto de los Equipos Nacionales.

Todo se planifica y se estructura con responsabilidad profesional para ser un  ejemplo a esa sociedad que les respalda.

Sobre el autor:

Uno de los entrenadores de mayor trascendencia tanto en el baloncesto puertorriqueño como a nivel internacional, propulsor de un nuevo baloncesto y la voz de los entrenadores de América ante la plana mayor del baloncesto mundial, el Sr. Víctor “Vitito” Ojeda fue entrenador del Equipo Nacional de Puerto Rico en el 1978 y posee uno de los porcientos de victorias más alto en la historia del baloncesto puertorriqueño.