Gatos são animais predadores, indomesticáveis,e que toleram o homem na medida que este o alimente e ceda sua casa. A negação de uma dessas benesses leva o bichano a outras paragens, sem o menor constrangimento. São animais que fazem do cimo dos muros o seu reino, pulando de um lado ao outro na medida de suas conveniências. Claro que falo de gatos livres e soltos na natureza, não os castrados e presos dentro de casa. Falo de gatos de verdade, astutos, sestrosos, dissimulados, e acima de tudo inteligentes. Falo daqueles gatos que andam eretos e que se aproveitam de qualquer descuido, minimo que seja, para alcançar seus designios, não importando os meios para conseguí-los. Foram esses felinos que impuseram ao grego melhor que um presente o dominio das seleções nacionais e dos técnicos das mesmas, em troca de sua primeira eleição. Mas como gato escaldado aprende as lições, mais adiante, nosso grego melhor que um presente defenestrou o tecnico imposto, substituido-o por aquele patrocinado pela agremiação universitaria que era um dos suportes financeiros da CBB. Quando da fundação da NLB foi essa agremiação uma das duas que negaram seu apoio à nóvel liga, é claro, por se sentir dona do mais ambicionado naco da CBB, o controle das seleções nacionais. Mas como no escuro todos os gatos são pardos, eis que surge no cenário uma outra instituição universitária que não fez por menos, patrocinou logo quatro equipes no Campeonato Nacional, que pela lei das probabilidades, fatalmente colocaria uma delas na liderança de torneios e campeonatos, nacionais ou internacionais. Era um senhor pulo, quase um salto triplo, audacioso e pretensioso. Veio a Nossa Liga Nacional e lá estava a trina organização no apoio irrestrito ao nosso valoroso cestinha e sua liderança calcada em alguns milhôes de votos para a senatoria da república, não fosse o mentor da organização um suplente de senador, sem votos aliás. Mas antes, inteligentemente liquidou uma das equipes, a do estado que era voto contrario a reeleição do grego presidente. Acontece que nenhum dos fundadores da Liga atentou para o fato da liquidação daquela equipe, sequer desconfiaram, foi um pulo magistral, pois abria as portas para o atual apoio à CBB, e que para ser perfeito necessitaria de um bom álibi, um grande e trancedental motivo. E ele veio através os rompantes enraivecidos de nosso idolo desportivo, que como dirigente da equipe campeã nacional desancou o verbo para cima da orgaização do campeonato. Foi a senha para a oficialização da mudança de lado do muro em que se encastelou a trina organização. O preço pela mudança logo, logo, será cobrado, pelo controle das seleções, agora garantidas pela quantidade de atletas selecionáveis em três equipes, mais a da organização que deu o apoio inicial e solitario ao presidente reeleito. Fica somente a expectativa de quem realmente vai liderar o processo, se a trina organização, ou a que lá estava, que aliás, precavida de seu possivel afastamento, já ameaça uma retirada do cenário desportivo. Com essas quatro equipes de ponta, mais três ou quatro pertencentes àqueles estados que votaram na situação, estaria mais do que garantida a qualidade do Campeonato Nacional do proximo ano, assim como a manutenção da maioria dos jogadores selecionáveis em atividade no país. E a NLB, como ficaria ante tal situação de inferioridade política e técnica? Prevejo dias bastantes nebulosos, e se pudesse sugerir algo, repetiria o que venho publicando desde o ano passado, que para mudar alguma coisa nesse país torna-se necessário penetrar no âmago do sistema, e um bom começo seria conquistar o comando de algumas federações, a paulista em particular . Mas para tanto sugiro veementemente que estudem e pesquisem com afinco COMO, PARA QUÊ E COMO PULAM OS GATOS…