A SELEÇÃO DA ESPERANÇA? DUVIDO!
É voz corrente que a seleção ora convocada representa todas as esperanças para dias,vitórias e classificações melhores das que temos alcançado nos últimos tempos.Há quem afirme que seja a mais capacitada das até agora formadas,para nos redimir dos fracassos nas grandes competições internacionais. Para muitos o simples fato de termos um grande número de jogadores nas ligas européias e na NBA conota garantias nas classificações tão desejadas e ansiadas,já por um mais do que longo e tenebroso inverno.Tenho grandes e sérias dúvidas, a começar pela Comissão Técnica que incha com mais um técnico iniciante,com um ou dois anos de experiência na primeira divisão,mas perfeitamente alinhado ao sistema de jogo que os demais empregam em suas equipes, e que fatalmente o empregarão,como vêm fazendo,na seleção nacional.Veremos um Leandro(11kg de massa muscular a mais,num milagre de engorda que só americano sabe fazer)armar a equipe solitáriamente,tal qual um Nash,sem ser um Nash,passando a bola para um Spliter ou Baby que se lança fora da linha dos três pontos,desposicionando-se do rebote ofensivo,para participar de uma orgia de passes até que sobre alguém,com um mínimo de tempo dos 24seg regulamentares,para um arriscado arremêsso de três pontos, que se não convertido dificilmente encontrará algum de nossos homens altos posicionado para recuperá-lo.Isso,se num rompante estelar um dos pivôs não executar
ele mesmo o fácil e corriqueiro “chute de três”,e aí mesmo sem qualquer possibilidade de rebote. E veremos na formação final uma sopa de números nas classificações de jogadores 1,2,3,4 e 5,que é a fórmula mágica do “basquete internacional”,e mais,quase esqueço,a pop star do elenco,a gloriosa prancheta,coração e alma das coreografias salvadoras.Imutáveis e teimosos,serão vítimas de suas pétreas convicções,pois foram os técnicos das equipes finalistas do Campeonato Nacional os únicos a empregarem na reta final o jogo com dois e até três armadores,surpreendendo a todos por essas simples mudanças,que os levaram às finais.Mas não são estes os técnicos nacionais,e sim aqueles três,agora quatro,que se mantiveram na premissa do Passing Game.E por causa disso é que duvido muito pelo sucesso da equipe.Jogadores temos alguns muito bons,mas em se tratando de sistema de jogo adoraria ser o adversário que numa simples
atitude de antecipação defensiva estendenderia a quantidade de passes até um arremêsso desesperado pela premência de tempo,sem precisar fazer uma mísera falta pessoal.No artigo que publiquei semana passada,”A Defêsa Espelhada” expús em detalhes tal atitude defensiva,que é rigorosamente a mesma que nossos adversários vêm empregando e empregarão contra nós se teimarmos no atual sistema de jogo.Por isso,torno a dizer que duvido de nosso sucesso se não mudarmos drástica e decisivamente.Mas como bom brasileiro,torço e anseio não ter razão. Amen.