A VITORIA DO BOM SENSO OFENSIVO.
Nos jogos que pude acompanhar pelo Campeonato Europeu vencido pela Grécia,constatei algo realmente preocupante.Como nas finais do Campeonato da NCAA,onde todas as equipes,e eram dezesseis,jogavam rigorosamente iguais tàticamente,neste Campeonato Europeu a situação tática era a mesma,ou seja,com duas exceções,Alemanha e Grécia,todas jogavam com um único armador,e com os pivôs subindo para a linha dos três pontos para bloqueios e até penetrações,tal qual jogamos aqui no Brasil.É o tal”basquete internacional” que se instalou mundo afora pela influência da NBA.O que surpreendeu foram as seleções da Italia e da Lituânia adotarem tal sistema,ao contrário do que apresentaram nas últimas Olimpíadas.Grécia e Alemanha jogaram permanentemente com dois armadores no perimetro externo,sendo que a Grécia os mantinham próximos um do outro,em permanente ajuda e deslocamentos de extrema rapidez,tanto no apôio dos homens altos, como nas penetrações individuais.Eram armadores de grande habilidade,ao contrário dos alemães,fracos e pouco criativos.Mas mesmo assim,e com a participação brilhante do Nowinsky chegaram à final merecidamente.Foi a vitoria do algo novo,ou revivido,a ressurreição de dois armadores,não tão baixos assim,e a utilização de homens muito altos,porém rápidos e em constante movimentação.Um dos comentaristas de nossa TV,viu nos jogos algo de inusitado,o sistema “trombador” empregado pelas defesas,onde os armadores jamais estavam livres para evoluirem,sendo trombados permanentemente,o mesmo acontecendo com
os pivôs perto da cesta.Me desculpe o ilustre comentarista,mas trombada só é possivel quando atacantes e defensores estão em movimento permanente,tornando-as inevitáveis pela dinâmica de suas ações,pelas constantes trocas de direção,propiciadas pelas trocas defensivas e flutuações.Ajudas poderemos dizer,efetuadas por todos em plena velocidade.No sistema NBA,onde determinadas ações de ajuda e cobertura são proibidas,inclusive quando marcam por zona,no intúito de estabelecerem sempre que possivel os embates de um contra um,geram imobilismos daqueles jogadores fora da ação.Aqui no Brasil é o que fazemos servilmente,tanto nos clubes,como nas seleções,e o pior,desde as categorias de base.Qualquer livro ou manual de basquetebol,desde aqueles publicados nos anos 30 do século passado,conclamam a necessidade de marcação rígida ao atacante de posse da bola,exatamente para prejudicar ao máximo seus passes,dribles e arremessos,e como ambos,atacante e defensor,estão em movimento,as trombadas são inevitáveis.Elas só não existem em desportos que têm uma rede a dividir os contendores.Quanto às trombadas observadas dentro da zona restritiva(nem sempre pintadas…)com a qualificação de jogadores muito altos e cada vez mais ágeis,elas se tornam parte do jogo,ao contrário do empurra-empurra desenvolvido por aqueles jogadores macilentos e lentos do sistema NBA.A equipe grega venceu porque corajosamente adotou o sistema de dois armadores puros e três homens altos velozes e ágeis atuando o mais próximo possivel da cesta,deixando todo o perímetro para as ações rápidas,inteligentes e ousadas de armadores de excepcional qualidade.Que fique a lição daqueles que desde a antiguidade sempre estiveram na vanguarda da evolução humana,naquele aspecto que difere uma civilização de outra,a arte e a criatividade.O resto é conversa fiada,é pura trombada.
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