LÁ COMO CÁ…
Depois de uma luta intensa,estafante e até certo ponto insana,eis que conseguí acessar as transmissões do Marchmadness da NCAA no PC aqui de casa.Para quem quiser tentar, depois de se inscrever no modo VIP no site da NCAA(www.NCAA.com)regule na janela”opções” o modo cabo 340mps,e o buffer em 60 segundos.Não terá uma transmissão perfeita mas poderá acompanhar trechos das partidas um tanto fracionadas quanto à imagem,mas em tempo real quanto ao som.Deu,até agora,para acompanhar umas partidas interessantes,e inclusive conhecer o nosso J.Batista da Universidade Gonzaga,que já conquistou duas vitorias,e está classificada entre as dezesseis para as oitavas de final.Sistema de jogo comum a TODAS as universidades que vi atuar?Um premio a quem acertar!Isso batuta,o indefectível Passing Game, modelo NBA!Depois vêm reclamar que não vencem nada a nivel internacional.Mas está lá,como cá,para quem acredita ou não,a praga que se instalou na mente obtusa de todas aquelas comissões,desculpem,batalhões de técnicos enfatiotados em torno de grupos engessados de até bons jogadores,alguns realmente ótimos,mas prisioneiros de uma,vamos assim dizer,globalização de um sistema de jogo simplesmente absurdo,em sua proposta de controle extra-quadra dos já mencionados batalhões,e com 35 segundos de posse de bola.E assim como cá,um festival
de arremessos de três pontos(lá é mais perto),com um percentual de erros bem razoável
mas sempre efetuados por determinados jogadores,e nunca pelos pivôs,como cá.Ainda
respeitam os especialistas,nunca os aventureiros.A estes somente as penetrações,não
como cá.Amanhã tem mais,com melhores jogadores,mas na mesmice técnico-tática,todos
agindo como se emanassem de um ser supremo os caminhos a serem seguidos.O que salva
um pouco o espetáculo é a posse de bola de 35 segundos, que afasta os arremessos
desesperados pela premencia de tempo,o oposto de cá.Agora mesmo é iniciada a preparação de nossos juvenis para a Copa America,lá nos Estados Unidos,sob o comando
de um dos membros da comissão da seleção principal,aquela que pensa,raciocina e age
sob um lema comum,no qual todos tem as mesmas prerrogativas.Só que esse foi introduzido na turma por dominar tecnicas audiovisuais utilizadas nos treinamentos da seleção principal.Como premio pelas belas imagens, e por professar os mesmos principios técnicos dos demais,fica com a incumbência de engessar a turma juvenil para que se prepare para não só disputar a Copa,como conquistar o título.Mudanças,ou adaptações de acordo com as características dos convocados? Nem pensar,pois num quantitativo de 26 convocados somente 6 são armadores, alas são 12 e 8 pivôs,o que define o sistema a ser continuado.Se a convocação comportasse 8 armadores, já se poderia vislumbrsr alguma mudança no sistema,como por exemplo, atuar com dois armadores verdadeiros, mas com 6, salta aos olhos que somente 3 irão,e somente um atuará de cada vez,e 2 no desespero de finais de jogos.E pasmem,mais 3 tecnicos para a comissão,que somados aos 4 da principal já são 7,todos unidos pelo mesmo ideário do Passing Game.Aliás,alguns deles estão pelo país dando clinicas sobre o assunto,e o que me assusta é que em seus curriculos de apresentação se assinam-“Fulano de tal,
CREF nº/estado”.Ou seja,dá-se aos cref’s a chancela dos técnicos brasileiros,como se
entendessem algo de basquetebol.Fico imaginando o que poderão fazer se emplacarem as duas metas prioritárias que se propõem no país.Uma de elegerem o máximo de vereadores
e deputados,estaduais e federais,para formarem bancadas que protejam seus interesses.
Outra,que oficializem junto aos poderes publicos o exame de suficiência para os egressos das Licenciaturas e bacharelatos das Escolas de Educação Fisica,
fundamentados na larga experiência que têm em distribuirem às centenas titulos de suficiência a pseudo-professores e instrutores nesse imenso país,através cursos de alguns meses,e de baixissima qualidade,com a justificativa de autorizarem leigos para a função educativa.Mas essa é outra história,tão tenebrosa quanto a que domina o cenário técnico de nosso basquetebol.Enfim,enquanto lá e cá,cerebros luminares mergulham num mar de mediocridade jamais visto,em função dos interesses maiores da liga que se materializa mundo afora,europeus,asiáticos e alguns desgarrados,vide a Argentina,mergulham de cabeça em sistemas soltos e criativos,dando severas lições àqueles que se consideram superiores,assim como a seus seguidores,incluso nos mesmos.
Hoje mesmo,em um mundial que promoveram para vencer e demonstrar sua superioridade perante o mundo,o de basebol,cairam os americanos na fase classificatoria,e verão amanhã uma decisão entre uma equipe asiática e Cuba,dentro de seu quintal,sem dó nem piedade.São mitos que se apagam,mas que,como mitos,muito custarão a ser esquecidos,e
por muito tempo ainda influenciarão mentes prontas à colonização,e suscetíveis aos prazeres dolarificados,como muitos de nos.Educação é algo de muito sério,e o dia que formos convenientemente educados seremos tão ou mais sérios do que eles.Até lá…
Prof Paulo
eu leio sua coluna sempre já a algum tempo e no inico simpatizei muito com sua idéia de um sistema de jogo diferente do passing game, porém agora q passei a entender melhor o q o senhor porpunha, me permita discordar. também penso q o sistema de passing game engessa o jogo não dando aos brasileiros a possibilidade de ser criativo q sempre foi nosso diferencial, porém não execraria com tanta veemencia o passing game como o senhor. Concordo q o balé criado pelos técnicos é exagerado, porém acredito q pelo menos um pedaço desse balé seja fundamental para q o jogador consiga uma chance de criar. jogar c dois armadores é uma idéia bastante interessante, e lógica até pq quem põe um jogador na posição 1 e um na 2 pra ajudar o 1 põe logo dois armadores.
Agora uma movimentação é fundamental. Tb não se pode exclusivamente pensar q a criatividade vai resolver tds os problemas dos times brasileiros e das nossas seleções. Primeiramente pq Argentina, EUA e cia ltda são muito, mas muito melhores q o Brasil (a argentina joga de uma forma fantástica) e secundariamente, não se pode esquecer disso, tem dias em q os jogadores criativos não jogam e nesses dias é fundamental um esquema de trocasde bolas entre os cinco jogadores para compensar a falta da criatividade desse jogador.
Concordo q o sistema não é uma maravilha, mas dizer q ele é o culpado, a incompetencia brasileira é a culpada pelo nossos fracassos. A arrogância americana é a culpada pels derrotas, o sistema é apenas uma parte.
Caro Fernando,que ótima a sua discordância,pois gera progressos pela discussão que desencadeia,e isso é muito bom.Três fatos incontestes.1-Bola no ar é de quem chega primeiro.2-Bola sob dominio é propriedade de quem a tem.3-Saber jogar na finta,no corta-luz e no bloqueio,é para àqueles que se disponibilizam aos passes após executarem tais movimentos,jamais o inverso.O PG inviabiliza tais comportamentos e ações,pois prioriza o passe antes de qualquer ação de carater individual,antítese das coreografias emanadas pelos técnicos.O sistema PG se globalizou exatamente para manter o controle dos tecnicos sobre as ações técnico-táticas que os jogadores têm de enfrentar e resolver no momento que as mesmas ocorrem,e não quando são preojetadas nas pranchetas dos mesmos,que ganham uma falsa dimensão de sua real importância.Dois armadores trabalhando no perímetro,e 3 homens altos dentro do mesmo,podem e devem desenvolver mil ações ofensivas,pois as mesmas se desenvolverão ante as ações defensivas
do adversário,individuais e coletivas.
Uma equipe bem treinada nos fundamentos,todos eles,jogando em movimentação constante de todos,e preparada de acordo com as caracteristicas do adversario,sempre encontrará as melhores soluções ofensivas.Dá muito trabalho conseguir isto,mas jamais engessará a equipe em movimentos pré-concebidos,fora da realidade que efetivamente encontrarão
em um jogo.O terrivel é a constatação de que em nosso país somente um sistema é empregado,e isso liquida qualquer processo criativo,que só se manifesta pela diversidade,nunca o monopólio.Este sempre beneficia algo ou alguém.Os jogadores? ou os técnicos? Um abração,Paulo Murilo.