O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 3/10.
Inicialmente vizualizemos 3 áreas ofensivas,a saber:Área 1- A zona dos 3 pontos e a que antecede a mesma.Área 2- A zona situada entre a linha dos 3 pontos e os limites externos do garrafão. Área 3- O interior do garrafão. Tendo em mente que as percentagens de acertos nos arremessos aumentam quanto mais próximos da cesta estiverem os atacantes,a dedução lógica é que as áreas 2 e 3 deverão ser aquelas onde 70,e até 80% das ações ofensivas deverão ser exercidas.A área 1,deverá ser exclusiva daqueles jogadores cuja especialização nos dribles e arremêssos de 3 seja inconteste. Trata-se de uma realidade indiscutível,um axioma,e é o grande desafio aos técnicos, ou seja,a capacidade que os mesmos tenham na montagem de seus sistemas,e no perfeito aproveitamento das reais capacidades de seus jogadores.Estes,conscientes desta realidade,deverão ser preparados nos fundamentos para exercerem em pleno suas também reais qualificações,o que exemplificaremos a seguir: DRIBLE E FINTA- Quando na área 1,o jogador de posse da bola,driblando-a,fintar o defensor,JAMAIS deverá abortar sua progressão em direção às áreas 2 e 3,já que sua ação estabelece uma superioridade númerica ofensiva ao anular um dos defensores,atitude que armação de jogada nenhuma
poderá ser definida como prioritária.A mesma situação deverá ser estabelecida quando
da penetração,após uma finta,de um jogador sem a bola.Esta deverá ser a ele passada
pois a superioridade númerica naquela zona o beneficiará de imediato.A movimentação
sem a bola de jogadores dentro das áreas 2 e 3,se efetuadas concomitantemente às de
seus companheiros na área 1, SEMPRE encontrará um deles em condições de recepção,
principalmente se estiver do lado contrário à posição da bola.Tanto na anteposição de
uma marcação individual, como por zona, o rompimento da primeira linha de defesa,
situada na área 1,torna-se o objetivo mais imediato a ser alcançado,principalmente
pela premência de tempo limitado aos 24seg regulamentares.Trocas de passes seguidos
nesta área somente beneficia os defensores,e abrevia a qualidade dos arremessos,
exatamente pela mesma premência.Outrossim,dada às dificuldades à chegada da bola em
boas condições de espaço na área 3,torna a 2 aquela cujas possibilidades de um bom e
equilibrado arremesso ocorrer amiúde,e que pela proximidade à cesta oferece boas e
determinantes chances de sucesso.As ações ofensivas dentro da área 2 de a muito vem
sido negligenciadas por jogadores e técnicos,obliterados pela enganosa vantagem dos 3 pontos,com suas altamente duvidosas percentagens de acerto.DRIBLE E FINTA DOS PIVÔS-
Eis um dos grandes tabús do nosso basquete.Estabeleceu-se entre nos a figura do pivô
estático,massudo,e com características próximas aos trombadores americanos.Sua finta
se caracteriza pela progressão de costas para a cesta,conquistando pela força bruta
os espaços necessários ao arremesso.Rotineiramente é punido por falta ofensiva,e
dificilmente encontra espaço inicial para exercer o drible progressivo.Na possibilidade de receber um passe em movimento,por estar situado do lado contrário
à bola,muito de facilitação encontraria,exatamente por se descortinar à sua frente espaço suficiente a uma boa ação ofensiva.Mas para tanto,sua movimentação dentro
da área 3 deverá ser constante e contínua,em conjunto com os alas,ou um outro pivô,
num diálogo de alta frequência.Passes de fora para dentro,ou seja,da área 1 para a 2
e a 3, constituirão as armas mais eficazes dos armadores em funções normais,e
decisivas se romperem a primeira linha defensiva situada na mesma.Todas essas ações
caracterizam uma efetiva contrafação ao passing game,pois elimina as movimentações
periféricas e estéreis da bola,em função de um objetivo dirigido e centrado à cesta.
Numa ação direta,poucos passes são efetuados,substituidos pela constante movimentação
dos jogadores sem a bola,e partindo do principio de que os defensores ao reagirem às
ações ofensivas se situarão um tempo atrás dos atacantes,é que as grandes vantagens
dessa proposta se faz clara e compreensível.Com menos passes e menos distâncias a serem percorridas pela bola,mais tempo sobrará dos escassos 24 seg,para melhores,
táticos e eficientes,por equilibrados,arremessos,tanto de 2,prioritáriamente,quanto de 3, opcionalmente.Enfim,na medida que os jogadores estiverem bem preparados nos fundamentos,dominando e compreendendo seu equilíbrio,a dinâmica do drible e das fintas,e com absoluto controle nos passes e arremessos,teremos dado partida a um mais
desenvolvido sentido de técnica e conhecimento tático.Mas se fazem necessárias sérias
mudanças em nossa atual,globalizada e engessada maneira de jogar,escrava de um sistema castrador e totalmente voltado ao mais improvável,por impreciso,elemento do
jogo,o arremesso compulsivo dos 3 pontos,principal e abusivamente empregado pela
maioria de nossos jogadores,e não por aqueles poucos realmente especialistas nessa
dificil arte.Pena,e constrangedor que a maioria de nossos técnicos,por desconhecimento,alguns, boa-fé,poucos,e oportunismo,muitos, segreguem dos jogadores
os verdadeiros objetivos do jogo,principalmente aqueles que nos fizeram campeões a
mais de duas décadas atrás.Já é tempo de mudarmos,para sobrevivermos.
Esta forma de jogar com arremessos de tres pontos e com pivos estaticos tem inico na base, que no meu entendimento deveria ser para aperfeiçoar a capacidade tecnica dos atletas e não apenas ganhar campeonatos nas categorias menores, por este motivo deixamos de ter jogadores especialistas nas posições tres e quatro, onde na categoria adulto é quem decide o jogo isto é claro na minha opnião
Prezado Roberval,creio que concordamos plenamente.A grande chave para uma progressão que vise formar bons jogadores passa exatamente por essa concepção defendida por você.Infelizmente,a busca pelos titulos que enriquecem falsamente curriculos de tecnicos, anula a verdadeira função das categorias de base.Temos de superar tal deficiência com urgência. Um abraço,Paulo Murilo.
Caro Paulo: A volta das materias Filosofia e sociologia nas es colas sera um grade avanço na comprenção do jogar basquete. sendo o basquete o xadres dos esportes com bola,e um jogo bastante coletivo, sem o conhecimento fica muito dificil você encutir na cabeça do atleta qualquer outra tese diferente do selvagem consumismo. O individualismo deve ser visto e nessesario no ensinamento dos fundamentos,mas so.Acho que se os nossos tecnicos
voltasem seus estudos ao conhecimento da psicologia humana,da sociologia e filosofia,não tenha a menor duvida que o nosso basquete seria o melhor do mundo. quando falo consumismo _N.B.A_.Vamos aguarda dias melhores para termos concluido nosso sonho.
Um grande abraço Roberto.
Prezado Roberto,concordo inteiramente com você, não só pela importância curricular agora enriquecida com novas e importantes matérias, assim como as pequenas, porém significativas tentativas de tornar a educação pública melhor qualificada e apoiada politicamente.Se dermos o grande passo de encontro a esses objetivos,sem dúvida alguma em dois ou três ciclos de gerações, alcançaremos padrões culturais e educacionais dignos de um grande país. Um abraço, Paulo Murilo.