TRANSPONDO FRONTEIRAS.
E eis que um técnico brasileiro resolve comparecer a uma clinica de basquetebol na Croácia!
Escândalo! Absurdo! Diriam muitos, todos aqueles vidrados na potência do norte, com seu poderio econômico esmagador e colonizador. Admirável lucidez, pois irá estagiar num dos locais mais fascinantes da história do grande jogo, berço de jogadores admiráveis e técnicos dos mais capacitados no mundo da bola laranja. Irá tomar contato com estudos estatísticos simplesmente esnobados por aqui, pois qualifica jogadores por coeficientes de produção, e não por percentuais passiveis de manobras e utilizações interesseiras. Testemunhará ao vivo e à cores o que vem a ser ensino gradual de fundamentos,com todo um amparo de eficientes principios didático-pedagógicos, assim como, tomará ciência do que existe de melhor na formulação de técnicas,táticas e estratégias de jogo. Mesmo com a grande divisão ocorrida na extinta Iugoslávia, a Croácia ainda mantêm sua tradição basquetebolística. Esse esclarecido técnico,tenho a mais absoluta certeza, não retornará com o discurso de seus pares,que após estagios em equipes profissionais americanas de segunda linha, aqui aportam com o discurso de que nada de novo aprenderam ou observaram, exceto o alto grau de organização e facilidades tecnológicas lá existentes. Boa desculpa para nada transferirem aos colegas que aqui ficaram sonhando com uma oportunidade similar. Nosso corajoso técnico muito terá a divulgar em sua volta, a começar pela ausência do poder econômico esmagador, situando aquele país muito próximo à nossa realidade, tanto na economia de gastos, como na necessidade fulcral da troca de experiências que seus técnicos desenvolvem permanentemente. Talvez seja esta a grande vedeta de sua pemanência, o estudo e o desenvolvimento do jogo através a experiência coletiva passada e divulgada por seus técnicos. Trata-se de um estágio em uma verdadeira e vitoriosa escola de basquetebol, seguidora e desenvolvedora de um atividade sob regras internacionais,
e não adaptada a interesses comerciais e exibicionistas de nossos irmãos do norte. Aguardemos o que terá a dizer nosso corajoso técnico. Outrossim, tivemos a infelicidade de constatar a ida do tecnico nº1 de nossa seleção ao campeonato panamericano juvenil, que delegou aos técnicos 2 e 3 o treinamento da seleção principal, a fim de prestigiar o técnico nº 4, ou prestar sua acessoria
ao mesmo por ser inexperiente, nesse campeonato classificatório ao mundial da categoria.Para variar,e mesmo contando com sua imensa sabedoria ficaram com o bronze perdendo para nossa
já conhecida Argentina e para os Estados Unidos. Pelo visto, a vigilância ao estilo que impôs ao basquete brasileiro, não poupa nem seu colega de comissão, obrigado a desenvolver os principios aceitos unanimemente por todos os integrantes da quadratura técnica. No feminino da categoria a mesma coisa com o quarto lugar alcançado.Mas se classificaram para os mundiais.Se analizarmos a questão sobre o ângulo de que as nações européias e asiáticas também têm tradição, nossas derrotas sulamericanas nos colocam em inferioridade desde já, a qual não será transposta com a continuidade do sistema de jogo implantado. A comissão da CBB deveria seguir o exemplo solitário do técnico corajoso que descreví acima, e talvez abrissem suas mentes ao transporem as fronteiras do mundinho que conhecem. Ainda está em tempo.
Bom dia Paulo,
Quando será que a CBB vai querer mudar a forma como estão as coisas. Acho que nunca. Estão no poder, de uma forma intocável. Vejo diversas pessoas reclamarem sobre a gestão, profissionalismo, etc. Vejo no seu blog, no do Melchiades (raramente, pois 95% do tempo ele fala de NBA), no site do Marcel, mas não vejo ações reais para que algo seja mudado. Não vejo ações dos clubes (com raras exceções), não vejo ações da imprensa em exigir, e não vejo ações do público. O que nós podemos fazer para mudar? rezar? Existe alguma formade protesto “contida” no estatuto da CBB? Ela é um orgão do governo, ligado ao COB, certo?
Não acredito que o Lula foi acompanhar o técnico do Juvenil não. Acho que ele foi ver como estava em ação o Paulão, seu pupilo. Para minha surpresa, pois não sabia do atual potencial dele, disseram que ele jogou muito bem. Parece ser uma promessa a sair logo do Brasil. E tem gente que comemora isso!!!
Caro Claudio,infelizmente a CBB é um orgão privado,e que mesmo recebendo patrocinios oficiais não precisa prestar contas como as firmas comuns.As mudanças só poderão ser efetuadas quando uma forte oposição vencer as eleições.Na última tiveram 9 votos,e precisam para a próxima mais 5.Somente trabalhando muito e vencendo as eleições estaduais é que alcançarão as mudanças que tanto almejam
pois elas só serão possiveis com a mudança de comando.Essa é a fria realidade.Quanto à viagem do técnico nº1, tratou-se de um desperdicio de dolares,pois os resultados foram os mesmos dos últimos campeonatos,derrota
para los hermanos,e agora no feminino também.Confederação rica pode se dar a tais benesses.Ai de todos nós.