EXPLÍCITA INSURGÊNCIA
Vinte e três segundos finais, um ponto atrás da equipe alemã, bastando uma simples cesta de 2 pontos, ou uma possibilidade de lances-livres se uma penetração fosse tentada, e que poderia, inclusive, culminar em possíveis três pontos se cesta e falta fossem conseguidas. Naquelas circuntâncias, somente uma hipótese teria de ser descartada, o arremesso de 3 pontos. E não deu outra, após uma brilhante penetração do Huertas, passando a bola na cabeça do garrafão ao Alex, numa situação perfeita de um contra um, especialidade fundamentada em sua velocidade de arrancada, e que por isso dispensava brilhos de driblador, nosso cardeal opta pelo arremesso de 3, e como não é um especialista como pensa que é, erra, e adeus vitória. Possivelmente o técnico 1 deverá proclamar, como o fez no jogo anterior, quando perdoou o drible no próprio pé perpetrado pelo Marcelo na última jogada, que também o fará quanto ao Alex. Afinal,trata-se de um amistoso, tendo, inclusive declarado que ainda faltam muitos detalhes a serem corrigidos. Concordo plenamente com essa afirmação, a começar pelo comando, pois a atitude de decisão tomada pelo Alex jamais poderia ser endoçada por nenhum dos quatro técnicos da comissào, por mais fraca e flúida que fosse. Como não é o caso, pelo menos assim pensam, tratou-se de uma explicita insurgência, ou não? Com que autoridade um jogador retira da equipe duas possibilidades lógicas de jogadas que valeriam, no minimo 2 pontos, suficientes para a vitória, e opta pela aventura dos 3 pontos para a sua glória particular? Ora, trata-se de um treino de luxo, opinião defendida por alguns, mas um treino a uma semana do mundial? Trata-se de uma colocação absurda, pois jogos dessa amplitude e importância devem ser levados na mais absoluta seriedade, como fizeram os alemães. Mas a derrota se prenunciara bem antes, baseada na pétrea teimosia em manter falsos armadores no controle técnico-tático da equipe. Duas foram as seleções brasileiras na quadra. Uma até o inicio do terceiro quarto, outra à partir daí, quando foram para o jogo dois armadores puros, o Huertas e o Nezinho. E a equipe equilibrou o jogo, tirou a diferença de 14 pontos, e assumiu uma posição de igualdade. Mas, como prêmio a tal liderança, o que colocaria os cardeais em cheque(Marcelo, Guilherme e Alex) em suas pretensas qualidades de armadores, cederam seus lugares aos mesmos, até o climax do absurdo e inqualificável “tiro”do Alex. E que ficasse bem claro aos abusados calouros -Aqui, antiguidade,
foi, é, e sempre será posto, com as bençãos da quadratura em comando. Mas esquecem um primado fundamental para qualquer comando que se preze, o de que, em se tratando de uma seleção nacional, devem sempre liderá-la os melhores em suas funções, SEMPRE, tanto dentro, como, e principalmente, fora da quadra, o que duvido que venha ocorrendo. Essa, que é uma boa equipe, corre o mais nefasto dos perigos, aquele que corroe as personalidades e consequentemente as atitudes positivas, o perigo explicitado por insurgências personalistas. E só temos uma semana para corrigí-las. Teremos tempo? Temo que não, mas… oremos aos deuses,
Amém.
realmente foi ridicula a finalização do alex, alem se ter sido um chute de 3 na hora errada foi com marcação e a uma certa distancia da linha, mas o problema não são soh os jogadores com “ar” de herois, mas tbm os tecnicos que não tomão atitudes para controlar o time, mostrar tapes, puxar o tapete, mandar passar, mandar se energizar, pois são os tecnicos qeu tbm cuidam de uma parte do psicologico do jogador durante o jogo, eles tbm tem que ter atitudes.
Mas Caro Leandro,o que não faltam nesses técnicos são atitudes, senão vejamos:O nº1 engorda a cada dia, já apresentando dificuldades em se agachar para empunhar sua dileta assistente, a prancheta(Um saudoso professor meu,Latorre de Faria,dizia que a mente de um homem acompanha a curva de seu abdomen), os nº2 e 3 mascam chicletes, e o 4 não desgruda de seu lapitopi caipira.Mais atitudes do que essas, impossível.Hah,os jogadores!Bem, nessas circunstâncias de fragil liderança, alguns se acham os mais importantes e assumem papeis para os quais não são capacitados, mas, como em terra de cego quem tem um olho é rei…Vamo lá, vamo que dá…
Hoje, domingo, após rever o lance da última jogada deu para perceber que o Alex, quando recebeu o passe do Huertas, tinha pouquíssimos segundos para arremessar. O tempo zerou com a bola no ar. Mas cumprimento o nobre articulista pelas corretas considerações, no meu modesto e leigo conhecimento. Os erros da seleção são sempre os mesmos, que inclusive foram evidenciados hoje contra a China, mais uma vez. Nosso time tem jogado melhor com dois armadores, quando diminui o excesso de arremesso forçado de 3 pontos, e quando um (ou dois) dos “cardeais” não estão em quadra, sem falar na melhoria da marcação. Vale ainda ressaltar o excelente 1º quarto do Tiago e o 3º do Leandro. Continuo, entretanto, com uma preocupação desde quando definiram os 12 jogadores: estamos com poucos alas.
Reny,quando da recepção do passe, se estivesse instruido sobre que opção tomar, o Alex teria, por sua enorme velocidade,tempo para partir em direção à cesta.Repare que ele recebe a bola,flete os joelhos,salta,para então executar o lançamento.A bola percorre sua trajetória por uns dois segundos,quando o tempo expira.Do recebimento até o sinal,3-4 segundos são gastos na ação,tempo mais do que suficiente para uma penetração frontal à cesta.Quanto aos alas,a seleção tem 3,os cardeais.No entanto,temos 6 pivôs,sendo que dois deles dificilmente participarão efetivamente.Por que não levaram mais um ala,o Renato por exemplo,e mais um armador puro,como o Fred ou o Fulvio?E por que esqueceram por aqui o bi-campeão em rebotes do campeonato nacional,o Probst?Existe maior critério pára a escolha de um pivô do que sua capacidade reboteadora? São “mistérios”que só convocações politico-interesseiras podem explicar.É isso ai.Um abraço,Paulo.
Bom dia Professor,
Quando discuti o lance, no forum do draft brasil, coloquei que o maior erro da jogada final foi do varejão, pois todos os jogadores abriram. O huertas na zona direita, o alex no meio e o marcelinho (ou guilherme, não lembro agora) na zona esquerda. A jogada era para o leandrinho cortar para cima e fazer a bandeja, ou tomar a falta. É uma jogada que ele sabe fazer muito bem. Nessa, o varejão deveria estar aberto, para assim que leandro partisse, ele cortasse o garrafão, como uma opção de passe embaixo da cesta, para um arremesso curto, ou uma falta. Pelo que lembro, a comissão técnica pedia para o varejão sair, e ele foi fazer o corta-luz para o leandro, de forma errada, pois deixou o marcador dele fechando o leandro. Resultado, ele teve de passar a bola para o lado, e ai acabou toda a técnica, ia para a sorte, pois não estava combinado. O huertas cortou para dentro, para tentar fazer a mesma jogada que ele havia feito uns 30 segundos antes, mas fecharam a frente dele e ele soltou para o alex. Ou seja, foi uma sucessão de erros.
Não me lembro o tempo de quando o alex pegou até quando ele chutou, não olhei. Se você está dizendo que daria tempo para ele cortar para dentro, ainda mais que ele estava livre, é porque dava.. Então temos ai outro erro, outra precipitação.
Você, como técnico, como orientaria esta jogada??
Abraços
Cláudio Schmidt
Caro Claudio,primeiramente temos de observar um dos maiores erros cometidos por TODOS os nossos atletas, de qualquer divisão,e que NUNCA são devidamente corrigidos.É o de iniciarem toda e qualquer movimentação no momento que o juiz ensaia entregar a bola para o atacante responsável pelo lateral.O que acontece? Sempre abortam a ação pela antecipação precipitada em direção a um passe que ainda seria armado.Como são 5 os segundos para a reposição,a equipe somente deve se movimentar quando seu companheiro já estiver em processo de passe, e nunca antes.Não adiantam bloqueios e corta-luzes se o repositor da bola não estiver”dentro e focado”com a movimentação de seus companheiros.Jogada para essas situações?Eu so treinava uma,e somente uma-Uma coluna encabeçada pelo pivô,os alas e por último o outro armador.E sempre a reposição na mão de um armador.Os alas fintam para lados contrários, e o outro armador estabelece o lado menos flanqueado.A contagem de tempo de jogo somente se inicia com o dominio da bola,momento em que os jogadores se situam em oposição à bola deixando espaço para a penetração do armador.Pronto,com o tempo sob controle,a investida estará por conta do mais habilidoso, com enormes chances de 2 pontos e faltas,em uma distância que minimiza os erros,ao contrário do temerário 3 pontos.Simples e objetivo, e quase sempre eficiente.Um abraço,Paulo.