UMA LIÇÃO A SER APREENDIDA.
Todo processo de aprendizagem contém os mesmos princípios do processo de esquecimento.Por isso, se quizermos incutir algo indelével em uma mente, devemos apreendê-lo com a utilização de muito bem planejados objetivos cognitivos, psicomotores e afetivos. É a chave do ensino e treinamento dos desportos, que em sintonia com as artes, são as únicas manifestações humanas que exploram estas três áreas. Uma boa equipe tem de ser preparada observando essas técnicas,que são básicas em um bom planejamento. Dele, emergem as estratégias, os sistemas, as táticas e as técnicas. Aprender é uma coisa, apreender é outra muito diferente, pois exige do atleta uma verdadeira percepção do que representa, do que sabe, e do que se torna capaz de realizar, individual e coletivamente. Nossos jogadores da seleção aprenderam muitas coisas, apreenderam poucas, assim como seus técnicos. O quarto período da partida contra a Grécia confirma essa evidência. Como que numa desesperada, ou provocada tentativa, face as circunstâncias adversas no placard, foram para a quadra os dois armadores puros, o ala que melhor marca e dois pivôs que pouco jogaram juntos. Huertas, Nezinho, Alex, Murilo e Spliter, viraram o marcador, passaram à frente, mesmo em aparente inferioridade de estatura, mas plenos de mobilidade, espirito de sacrifício e uma dose brutal de vontade de vencer. E que não venham os técnicos dizerem que planejaram tal estratégia, pois as performances dos cardeais,
regiamente prestigiados por eles, desmentiriam tal afirmação, face a tantas e constrangedoras
falhas. Como colocada anteriormente, foi uma lição a ser apreendida, e por isso mesmo jamais será esquecida. Infelizmente, pelo seu inesperado efeito, não encontrou eco em seus esforços, vindo a sucumbir ao final, exatamente por não ter sido conscientemente prevista. Amanhã, travaremos a batalha final pela classificação, e nada mais justo do que colocarmos em quadra a”formação inesperada”, mas que provou que ainda existe esperança, através seus esforços e plena doação ao sacrifício. Conquistaram seus lugares, quietos e aplicados, e se fazem merecedores de liderarem a luta final. Mas, terrível e sempre presente mas, será que encontrarão respostas de seus 4 técnicos? Serão os mesmos humildes suficientemente no reconhecimento que nem sempre cardeais resolvem? “Não, as escalações seguem normas que
se ajustam a cada equipe adversária. Não senhores, temos uma equipe de 12 jogadores, todos aptos e preparados para jogarem quando, e como determinarmos”. Sugiro que pensem bem, e que se realmente sabem o que fazem, ajam com a mesma determinação da turma do quarto quarto do jogo de hoje. É só do que precisamos. Amém.