PREZADO MONCHO…
“Prezado Moncho, quero em nome de todos os técnicos brasileiros recepcioná-lo em nosso país, desejando sucesso em seu trabalho” – Foi com essa declaração que o técnico-comentarista, ou comentarista –técnico interrompeu o apresentador do programa Bola na Área da Sportv, no limiar das apresentações de praxe, deixando-o desconcertado. Com o pseudo aval da desunida comunidade técnica nacional, bem que poderia ter desejado os votos no seu nome em particular, antes de expor como auto denominado líder, uma opinião que não é unânime, e muito menos sua, apesar de reinvidicá-la sempre que de posse de um microfone. Logo a seguir imprensa por longos minutos o entrevistado, colocando-o ante suas concepções técnico-táticas no afã de vê-las referendadas e aceitas pelo espanhol, no que foi delicadamente contestado por posicionamentos sutilmente contrários ao que advogava, principalmente quanto à formula granítica de denominação de jogadores em 1,2,3,4 e 5. Foi nesse momento que o apresentador, didáticamente, explicou à massa ignara que aquela classificação numérica atendia a uma escala de altura dos jogadores, do mais baixo, o 1, ao mais alto, o 5 ! Realmente trágico, senão definitivamente constrangedor, e em rede nacional e à cores. Defendeu o técnico entrevistado, quase em tom inaudível, com uma tradução simultânea em off perfeitamente dispensável ante a afirmativa do mesmo que poderia se exprimir em português, que uma de suas concepções preferidas é a de atuar com três homens não muito altos, porém hábeis e velozes, e dois homens altos enfiados no garrafão, dando inclusive seus nomes preferidos, encabeçados pelo armador Huertas que se sobressai em sua terra natal. Nesse exato momento, o outro técnico-comentarista intervêm com uma colocação de transcendentalimportância para o futuro do nosso basquetebol – “Para você Moncho, qual a posição do Leandro, 1 ou 2 ?” – Com um sorriso de Gioconda, mal escondendo sua decepção faz o sinal da paz com os dedos, 2! Substituindo a palavra pelo gesto dimensionou a profundidade da pergunta, respondendo-a com o silêncio, através o sinal dos surdos.
Daí para diante, a entrevista adequou-se ao nível das perguntas emanadas de tão seleto grupo de entrevistadores-técnicos, a não ser quando, num momento de aleatória oportunidade, veio à baila a questão disciplinar que tanto mal fez à seleção no Pré-Olímpico, e que deu origem às mazelas que corroeram o âmago da mesma, originando as situações absurdas e vexaminosas , de largo conhecimento público. Nosso técnico espanhol, enfaticamente afirma que tal situação jamais ocorrerá sob seu comando, ainda mais quando se trata de um grupo que representa um país da dimensão do Brasil,com seu histórico de glórias que tão bem conhece e admira. Nesse momento absolve a comissão que o precedeu, elogiando-a e declarando sua amizade com o técnicoLula, e mais, se disse disposto a conversar com todos os jogadores daquela seleção pessoalmente, nos olhos, principalmente com o Marquinhos, de homem para homem.
Disse mais, que nenhuma seleção nos dias de hoje consegue treinar mais do que um mês, motivadas pelos mesmos entraves técnicos e burocráticos dentro da realidade profissional onde se inserem, e que os 35 treinos e 4 amistosos programados serão suficientes para a classificação olímpica, na medida que tenha todos os selecionados à disposição no dia 12 de maio, e que não admitirá qualquer exceção nesse critério, nem mesmo os que atuam na NBA.
Concluiu emocionado sua participação na entrevista, afirmando ser esse desafio o fecho de uma carreira, seja o resultado que for, e já anunciando passar o comando da seleção ao seu assistente técnico, e que talvez permanecesse como um coordenador junto ao mesmo, que o impressionou sobremaneira pela quantidade de informação coletada e armazenada em seu conhecidíssimo lapitopi caipira. Investir em tecnologia é isso aí.
Numa pequena análise, podemos constatar que:-Velada e sutilmente, criticou a comissão técnica que o antecedeu, pela passividade como atuou ante às falhas disciplinares ocorridas no Pré-Olímpico, ao expor sua posição de intransigência a tais fatos, e a impossibilidade que os mesmos possam vir a ocorrer sob sua liderança.
– Que já expôs suas preferências na formação da equipe, baseada em nomes conhecidos, alguns dos quais bastante contestados, como o Marcelo e o Marcos, numa cumplicidade que o deixa na confortável posição à cavaleiro, de poder dividir responsabilidades no caso de um insucesso, pois estará dirigindo os auto elegidos mais qualificados internacionalmente, e não os menos reconhecidos por atuarem na terra.
– Que ao não freqüentar os jogos da Supercopa paulista, e sim ao insossos jogos do Nacional, praticamente definiu os escolhidos, a começar pelo Marcelo.
– Que se for de seu interesse passará as mãos na cabeça dos insurretos do Pré, com talvez uma exceção, Nezinho, já que defensor intransigente da fidelidade à seleção nacional de um país.
– Que se engana ao afirmar que as equipes internacionais não treinam mais do que um mês antes das grandes competições, a começar pela americana, que para o Pré-Olímpico treinou por três meses. Perdeu uma grande oportunidade de começar a trabalhar imediatamente com uma seleção de jogadores que atuam no país, sedimentando suas concepções de jogo, e tendo a oportunidade de pinçar algum nome para compor a seleção final, aquela que a principio, treinará a 30 dias do Pré decisivo.
– Que talvez, por obra e graça de sua conhecida participação na organização da Associação de Técnicos da Espanha, com sua formidável Escola de Técnicos, pudesse esclarecer pontos essenciais na formulação e criação de congêneres no país, aproveitando sua posição de liderança junto à seleção, suprindo o grande e imperdoável hiato deixado por todos aqueles que o antecederam na função, que jamais demonstraram o menor interesse no desenvolvimento coletivo do nosso basquetebol. Mas não acredito ser este o interesse da direção da CBB, e sim o de capitalizar a possível, mas dificílima classificação, para consumar seu projeto de perpetuação no poder, sem criticas e obstáculos, o que não ocorrerá em caso de derrota, mesmo com as chaves do cofre em mãos.
– E que, finalmente, agora sob meu único ponto de vista, afirmo que nem o Sr.Mocho, ou qualquer outro técnico de renome mundial, com 35 treinos e 4 jogos amistosos, seriam capazes de estabelecer um padrão mínimo de comportamento coletivo, em uma equipe que peca pela ausência de excelência no uso dos fundamentos do jogo, de preparo físico adequado, e de estabilidade emocional que somente é adquirida e incorporada através treinamento intenso e qualificado, e não por conta de um encontro de colegas, onde as camisas são distribuídas para a prática de coletivos, obedientes ao curto espaço de tempo que tem para se prepararem para uma competição Pré-Olímpica.
Que à luz do bom senso, e à proteção dos deuses, essa esburacada equipe possa vir a fazer uma boa apresentação na terra do nosso helênico presidente, mesmo sob o comando de um técnico saído de uma aposentadoria, e que se vê ante a oportunidade de um desafio histórico, e que pelas possibilidades probabilísticas pode alcançar o éden, imponderável, mas possível.
Honestamente não acredito, mas…quem pode saber, ou prever?
Amém.
Professor Paulo Murilo,
Adorei os seus comentarios sobre a participacao do tecnico “Salvador” e das perguntas ‘altamente qualificadas’ dos especialistas do esporte. Em relacao ao tempo de treinamento, discordo tambem do “Salvador”, e lembro que a equipe olimpica de Barcelona participou de um periodo de 4-5 meses de treinamento e jogos no Brasil e 1 mes em Seattle antecedendo o pre-olimpico de Portland.
Caro professor, apreciei bastante sua análise sobre a entrevista do novo treinador da seleção brasileira. Porém, admirei bastante a franqueza do Moncho. Ele demonstrou muita sinceridade nas resposta, por mais descabidas que fossem as perguntas. Interessante que preferi as perguntas do público que dos supostos analistas…
Caro Walter,ao contrario de você,odiei ter de publicar o que assisti constrangido pela Tv.Mas temos todos a obrigação de lutar e tentar melhorar esse nebuloso cenário que se instalou no nosso basquete,de mediocridade e falta de compromisso com a verdade e com a vital necessidade de inovarmos,e não nos mantermos entregues à mesmice retrógrada que nos asfixia.Mas um dia,se os deuses assim determinarem,reencontraremos a trilha perdida.Um abraço, Paulo Murilo.
Prezado Idevan,também apreciei mais as perguntas dos telespectadores do que dos entrevistadores.Acontece que aqueles incidiram nas opiniões e posicionamentos do Moncho, e esses na procura de um pseudo alinhamento do espanhol aos seus conceitos técnico-táticos.Mas como macaco velho de um mais velho ainda continente,o espanhol safou-se bem e diplomaticamente das “adesões”oportunistas de quem o entrevistava,demonstrando que uma qualidade possui de sobra,sutileza.
Um abraço,Paulo Murilo.
Prezado Prof.Paulo Murilo,
Sinceramente não era de surpreender esta atitude do Bial de grande capachudo da CBB, tanto ele quanto o Birabelo, me parece, usam a imprensa televisiva, o Bial para conseguir uma boquinha na CBB e o Birabelo um clube para treinar. No meu entender o Bial não é a pessoa mais recomendada para falar, nem em nome dos tecnicos brasileiros e muito menos em nome do basquete brasileiro, vc esta coberto de razão e acho que outros deveriam ter a mesma atitude sua, de protestar que não dá aval para que fale em seu nome.o Mocho ou Murcho, não faço qualquer juizo de valores quanto a sua competência profissional, o que se houve que é um excelente palestrante e consultor tecnico dentro do basquete, quanto a tecnico fica minha duvida pelos anos que esta no esporte se analisar o binômio: tempo na area x resultados expressivos, deixa muito a desejar para dirigir uma seleção cuja classificação é a real sobrevida do basquete brasileiro.Ele vem comparecendo a alguns jogos somente dos campeonatos CBB, onde o nivel tecnico é bem abaixo do campeonato da associação de SP, o que se conclui que qualquer avaliação que ele faça do nivel tecnico do basquete brasileiro para efetuar convocações será totalmente miope, isto sem contar que pelo andar da carruagem ele pode ter as pseudos estrelas somente as portas do pré-olimpico ou mesmo não ter algumas.Na minha opinião dessas equipes que estão no nacional, o unico jogador dessa nova geração que esta sobrando nesse nacional é o Arthur lá de Brasília, o resto parece caminhão de japonês tudo igual nivelado por baixo.
Somente nos resta a torcer para que algo mude até lá, caso não mude realmente a situação do nosso basquete vai ficar dificil.Fica aqui minha sugestão para o Grego: fazer um trato se o Brasil não se classifcar para as olimpiadas ele saia da CBB, vamos torcer para que ele tenha discenimento e sentimento do quando a gestão dele foi prejudicial para o basquete do nosso país e não do dele.
Gustavo Silva
Prezado Gustavo,como vemos,trata-se de uma situação previsível,clara e perfeitamente orquestrada.
Infelizmente,a maioria dos analistas e leitores preferem contar com os bons augúrios baseados na premissa de que Deus é brasileiro,voltando o rosto às evidências em contrário.Não se trata de derrotismo ou o”quanto pior, melhor”,e sim atestarmos as formas e objetivos escusos que se escondem sob o manto de um otimismo irreal e profundamente voltado a interesses pessoais e políticos.Sinto muito,mas não comungo com tal realidade,a mesma que nos tem levado ladeira abaixo.Um abraço,Paulo Murilo.
Professor Paulo Murilo,
O que estamos discutindo nao e pessimismo ou apenas criticando sem prover solucoes. Na minha concepcao, moral e etica nao concordo com a posicao do “Salvador” de perdoar os jogadores indisciplinados e que faltaram com respeito com o a nacao, o grupo e a comissao tecnica e a CBB. Pelo andar da carruagem, os jogadores convocados serao os mesmos possuidores de caracteristicas que nao se encaixam ao sistema Europeu de jogo, cadenciado, etc. Nao espero muita coisa diferente – mesmo porque nao acho que o “Salvador” tera tempo suficiente(30 dias) para mudar muita coisa pois os jogadores irao se apresentar em datas diferentes e com um condicionamento fisico de final de temporada e outros ja a algum tempo sem jogar. Concordo com voce, apesar de desejar a classificacao do Brasil, que o resultado final ja e previsivel a nao ser que os Deuses – realmente sejam Brasileiros!
Caro Walter,e a preocupação do jogo cadenciado estilo europeu,já está rendendo frutos.O técnico espanhol declara hoje ao jornal O Globo que um jogador o impressionou bastante no jogo que assistiu do Flamengo ontem,o armador Hélio,e que está embarcando para Brasília para avaliar o armador Valter da equipe candanga.Veja bem,dois armadores, e não homens altos que já integram a lista final.Como elogiou abertamente o Huertas,abre-se um campo especulativo de como armará a seleção com dois armadores em quadra.Sem dúvida,será a unica forma de cadenciar a sofreguidão crônica de nossos “especialistas” de três, e reforçar o sistema defensivo como quer.E olhe que não terá acesso aos jogos da Supercopa paulista,onde estão atuando nossos melhores jogadores,armadores inclusive.Por essas e por outras é que não acredito em classificação,não pelos dois armadores que defendo ardorosamente,mas sim pela unilateralidade na escolha dos melhores.A força da má politica não encontra barreiras entre nós.Uma pena,e um grande desperdício.Um abraço,Paulo Murilo.
Professor,
Tudo isso e muito triste. Nao sinto prazer em tecer comentarios tao negativos e pessimistas, porem sou realista. Na minha opiniao o “Salvador” depois de muita conversa, observacoes ira acabar escalando a equipe com Marcelinho, Varejao, Spliter, Leandrinho e + 1 que poder vir a ser um armador ou um pivot. Ele ja disse que gosta muito do Rodrigo, etc.. Com tao pouco tempo de treinamento e devido a importancia e a responsabilidade em ter que ganhar, ele nao vai mudar muita coisa. Quero ver ele cadenciar o jogo dos nossos armadores que durante o campeonato regional e nacional arremessam 20 ou mais bolas de tres pontos e tem uma media de 2 assists por jogo sem falar a ausencia dos mesmos no rebote defensivo. Nao esquecendo que os nossos pivots nao sabem jogar de costas pra cesta, pois nunca foram ensinados e tendem a aremessar de fora do garrafao ou de tres tambem. O que o Brasil de melhor fazia na epoca do Lula infelizmente nao sera executado por um tecnico Europeu, especialmente o Espanhol, pois estes nao sao adeptos a mudanca de marcacao e de pegada no sistema defensivos alternando esta pegada na quadra toda – quarto de quadra, ou no 2-em-1 etc. Ele vai jogar por zona ou individual. Sem tempo pra treinar, ele ira comecar os jogos marcando homen e mudara rapidinho pra zona pois nossos jogadores nao sabem marcar o homen que corta pra cesta sem bola e principalmente o pick and roll. Tatica esta muito utilizada pelos adversarios do Brasil no pre-olimpico inclusive o Libano. Concordo com voce e uma pena e talvez ou certamente um grande desperdicio! Ate breve e seja o que Deus quizer!
Caro Walter,você bem o disse,seja o que os deuses quiserem,e um AMÈM bem grande.Um abração,Paulo Murilo.
Sua análise, está boa mas tem dados incompletos… temos pivôs que sabem jogar de costas para cesta, te dou 4 nomes: Splitter, Nenê, JP Batista e Baby!!! Sobre o nível, Splitter e Nenê, são de grande nível… JP é o mais técnico e o Baby o mais forte!!!
Mas de resto concordo com vc e com o professor Murilo!!!
Um abraço!!!
Prezado Clovis,nenhum pivô de qualidade joga de costas para a cesta,e sim utiliza esse posicionamento para a recepção de um passe, numa zona em que somente dessa forma angular poderá entrar em contato com o mesmo.Daí em diante,o processo de manipulação da bola no drible,no passe ou no arremesso é que define sua qualificação.E é exatamente nesse pormenor,manipulação da bola em tríplice ameaça que falham nossos pivôs,por falta de fundamentos básicos,que seriam mais incisivos e determinantes se recebessem os passes em movimento,determinando um deslocamento sagital,e jamais em posição estática,como todos o fazem.Esse é o problema.Um abraço,
Paulo Murilo.
Prezado Clovis,
Obrigado pelo comentario. Nenhum dos jogadores acima citados possui movimentos de costas para a cesta quando na recepcao do passe nas posicoes de pivot de baixo e cima. Para exemplificar meu ponto de vista. Observamos que os mesmos nao sabem:
1. Se posicionar corretamente com as maos, pes, pernas, ombros, e corpo em equilibrio para recepcao do passe.
2. Nao sabem “seal” os seus marcadores para recepcao do passe, ou seja se marcada a linha do passe por cima, pela frente ou por baxio, eles nao sabem utilizar o corpo se posicionando de uma forma que deixe marcador nas costas e possam receber o passe no outro lado-ladooposto ao marcador.
3. Nao sabem executar – “drop step”, “jump hook” e “step-through” om finta de pescoco de uma for eficiente.
4. Nao sabem executar eficientemente giros sobre o pe de apoio com fintas de pescoco antecedendo arremesso a cesta.
Os movimentos acima fazem parte da especializacao necessaria e basica de qualquer especialista da posicao. Nossos jogadores nao sao especialists da posiciao ou do esporte por falta de treinamento especifico e adequados. Ainda me recordo que quando infanto-juvenil, nos aprendiamos estes movimentos citados acima, alem de outros fundamentos por tecnicos abnegados e dedicados a profissao. Hoje em dia existem muitos curiosos na profissao – razao pela qual estamos na situacao atual onde os testes fisicos para uma geracao de 15 anos e mais importante do que o treinamento de fundamentos. Onde a parte tatica e a execucao dos X’s and O’s em desenhos nas pranchetas e mais importante do que a execucao eficiente dos fundamentos dentro de um espaco e tempo que simule situacoes de jogo. Ate breve companheiro.
Prezado Paulo Murilo,
Li hoje um artigo escrito pelo Sr.Alcir,
como sempre com muita pertinência ele deixa claro que atual seleção esta acefala de lider(es) que empurre o time, não tem jogador um e nem 3 aquele matador como tinha um oscar e outros.O unico armador que temos hoje a nivel de seleção para um pré olimpico é o Waltinho, os demais como marcelinho huertas é um ala armador improvisado de armador, eu até arriscaria nessa seleção o Ratto, jogador que se encontra em boa forma fisica, jogando muito e experiente para naqueles momentos dos detalhes que sempre perdemos as partidas ele pode ser a solução ou pelo menos ajudar.
Sinceramente tenho assistido alguns jogos na TV da associação pq querer assistir campeonato nacional transmitido pela Sportv é querer achar agulha em palheiro.
Vamos aguardar se a seleção ficar de fora pelo menos o grego e sua trupe vai dar uma bela viajem a sua terra natal, alias diga-se de passagem maravilhosa, quem sabe o grego não fique por lá e assuma um cargo na confederação da Grecia e acabe um pouquinho o basquete da terra dele e deixe o nosso basquete crescer, aspira grega pede para sair.
Gustavo Silva
Prezado gustavo,dentro do atual panorama do basquete brasileiro,onde todas as equipes jogam e empregam um único sistema de ataque,rotulando jogadores de 1 a 5,com comportamentos técnicos similares,temos de concordar que existem claros em algumas daquelas posições.Mas se empregassemos outras vertentes sistemáticas,teriamos opções técnicas,hoje vedadas a nossos jogadores,tais como,ataques com 2 armadores,2 ou 3 pivôs móveis,mesclando-os como alas-pivôs e até utilizando um pivõ de força conjugado a dois alas velozes,sempre alimentados por 2 armadores atuando fora do perímetro em estreita colaboração.Mas para tanto,uma revolução teria de ser estabelecida pelos técnicos em geral,o que duvido que venha a acontecer por ainda um bom período de tempo.Sair do marasmo e da acomodação exige estudo e muito trabalho de base,fatores renegados pela maioria deles.Logo…
Um abraço,Paulo Murilo.
Prezado Professor Paulo Murilo,
Aproveito a oportunidade para opinar sobre filosofia de jogo, taticas, etc. Sou contra a indicacao de um tecnico estrangeiro vindo de uma escola antagonista a escola brasileira de basquetebol. Nossa filosofia de jogo nunca foi e nunca sera cadenciada e de meia quadra. Nossos fundamentos de passe, bloqueio e movimentos sem a posse de bola sao falhos e nao se encaixam neste sistema de jogo 5-contra-5. Nossos fundamentos de defesa tambem deixam muito a desejar especialmente na marcacao do pivot, do homen que corta pra cesta sem a posse de bola e do corta-luz alem de nao termos uma folosofia de transicao de ataque para a defesa definida pois esta nao e praticada de uma forma coordenada por nenhuma equipe no Brasil. Ontem tive a oportunidade de assistir o jogo do TAU Ceramica e observei a dificuldade do Tiago em jogar e se adaptar a uma filosfia de jogo que nao enfatiza o contra-ataque e jogadas de movimento continuo. Professor, durante nosso periodo de Flamengo, voce semre adotou uma defesa agressiva na linha da bola com saida rapida para o contra-ataque objetivando explorar situacoes de vantagen numerica e de alto aproveitamento de arremesso. Este sim e o nosso jogo do Brasil,um sistema que explora a criatividade e a habilidade de nossos jogadores dentro de um sistema coordenado de jogo. Um ex-tecnico da selecao brasileira, tentou utilizar este sistema de jogo cadenciado de de meia-quadra e foi bem sucedido a nivel nacional pois tinha os melhores jogadores do pais. Esse tecnico forcava o time a executar pelo menos 5 a 6 passes antes do arremesso. E incrivel mas esta era a filosofia dele! Paulo, nao quero ser essimista e nem contra o “Salvador” mas acho que nos tecnicos brasileiros fomos desprestigiados com a indicacao do mesmo e que a nossa tradicao no basquetebol nao foi respeitada. Acho mais incrivel a babacao de alguns tecnicos almejando um lugar na comissao tecnica. O pior e que estes tecnicos que estao bajulando o “Salvador” serao os mesmos a atirarem as pedras se o Brasil nao conseguir a classificacao para a Olimpiada. Desculpe pelo desabafo mas estou decepcionado com a direcao que estamos seguindo!
Caro Walter,já não me decepciono mais com o que vem ocorrendo no nosso querido basquete.De tanto apanhar e ser judiado, entrou naquela fase de pré catelepsia,onde nem técnica e nem ética representam grande coisa.E é nesse terreno,nessa terra de ninguém que vicejam os espertos e os oportunistas,sempre sobraçando teorias,”filosofias” e reinvenções da roda,e com bem nutridos Q.I’s,suficientes para guindá-los aos postos imerecidos e políticos.Para mim esse é o grande óbice que empobrece o grande jogo, a incompetência e a arrogância de uma turma desqualificada técnica e moralmente.Se vamos nos classificar? Pode ser até que sim,mas ao custo de um continuismo criminoso e odioso.Não torço contra,mas prevejo decepções e grandes perdas,pois ante a incoerência e a falta de um objetivo calcado num profundo e renovador trabalho de base,nas mãos de quem realmente conhece o metier,pouco ou quase nada nos restará de justos ganhos,de merecimento e de esperança.Um abraço,Paulo Murilo.