LIÇÃO BEM APRENDIDA…
E a lição foi muito bem aprendida, numa prova de grande humildade partindo dos mais conceituados praticantes do grande jogo, os americanos. Depois de seguidos fracassos nas maiores competições internacionais, mesmo que representados por grandes jogadores da NBA, resolveram se submeter aos ditames técnico-táticos do basquete internacional, com suas peculiaridades táticas e algumas regras conflitantes às empregadas e seguidas pela sua liga profissional, numa planejada reconstrução de hábitos e ações sedimentadas por anos de prática e árduas competições.
E para exequibilizar tal projeto, se organizaram em torno de uma comissão técnica composta de técnicos universitários e profissionais, liderados pelo mítico Coach K., da Duke University. Coube a ele traçar as diretrizes para a grande mudança, toda ela fundamentada em suas declarações iniciais, de que deveriam aprender a jogar como os europeus e argentinos, abrirem mão da arrogância de que eram os donos do verdadeiro basquetebol, e de que nada mais importante existisse que não suas competições nacionais.
Ao dividir sua preparação em módulos de encontro ao longo da extensa duração da liga profissional, coach K. mostrou ao mundo que realmente falava à sério quanto à disposição de retomar a supremacia olímpica, e para tal modificaria a maneira de jogar da equipe, tornando-a competitiva ante às grandes forças mundiais. Lastreado pelo absoluto domínio dos fundamentos por parte de todos os selecionados, e contando com o engajamento e compromisso dos mesmos, tratou de adequar princípios e conceitos técnico-t áticos praticados pelas fortes equipes européias e a argentina, ao modo peculiar de jogar de seus comandados, principalmente quanto ao enfrentamento de defesas zonais, e ao cadenciamento no rítmo de jogo.
Optou, após longa observação do comportamento europeu nos rebotes e defesa no garrafão, por jogadores altos e ágeis, e principalmente velozes. A figura imponente, intimidadora e massificada dos grandes pivôs, foi substituída por alas-pivôs de grande mobilidade, assim como estabeleceu como regra de ouro a utilização de dois armadores puros sempre em jogo, e até três deles em determinadas situações. Com essa disposição, garantiu um fluxo permanente de anteposição defensiva, e a velocidade nas ações ofensivas, que é a característica de seu basquete que não admitiu prescindir.
Um único porém ficou adiado por mais alguns anos, a plena capacidade de enfrentamento de defesas por zona, já que as mesmas relevam em muito as características de velocidade ofensiva.
Mas um valor se manteve inalterado, e até expandido e valorizado, sua imensa capacidade no domínio dos fundamentos do jogo, sem o qual toda a tentativa que se fez presente na preparação da equipe, teria sido em vão. E essa tem sido a grande força até aqui apresentada pela equipe americana, qualificando seu adaptado modo de jogar, pela utilização das bases estruturais de seu grande basquetebol, bases estas sedimentadas no trabalho de base, nas escolas, colégios e universidades, a sua grande fonte de poder, o domínio absoluto dos fundamentos.
Equipes como a Espanha, Lituânia, Grécia, Argentina, Croácia, e algumas mais, tem apresentado um excelente basquete coletivo, de dupla armação, poder reboteiro, já que ágil e veloz, defesas agressivas, tanto nas individuais linha da bola, como nas zonais, e com cadenciamento e escolha de arremessos precisos e equilibrados. Mas perdem ainda no domínio dos fundamentos especiais, aqueles que diferenciam os grandes jogadores.
Acredito que vençam a competição, e se não conseguirem, pelo menos já nos deram uma lição de adaptabilidade e renuncia a certos princípios de pretensa e arrogante superioridade, ao descerem de seu púlpito, adotando um estilo de jogo que não o seu tradicional, mas que os tornaram aptos à vitoria final, e à retomada da hegemonia dura e dolorosamente perdida. E foi no âmbito escolar que foram se socorrer para atingirem seu objetivo vencedor, e não no seu nicho rotulado de Basketball Worldchampionship.
E do outro lado do mundo, mais propriamente aqui, ainda nos debatemos em sonhos estratosféricos e pretensiosos para organizarmos uma Olimpíada, invertendo a prioridade educacional, subvertendo o principio básico de toda nação desenvolvida que possa ser avaliada como tal, numa ação irresponsável e criminosa, bem de acordo com as lideranças que assaltaram os poderes nesse país, inclusive os desportivos, para os quais um povo educado e culto mataria a galinha dos ovos de ouro que os sustentam, barrando suas ações corruptas e marginais.
Coach K. merece os parabéns pelo seu trabalho consciencioso e de grande honestidade técnica, bem de acordo com os princípios e tradições que regem o conhecimento científico de seu país, cuja fundamentação se baseia na escola, da qual é oriundo. E isso diz e explica tudo.
Pobre de nós e de nossos jovens afastados dessa cristalina realidade.
Amém.
PAULO:Nao seria agora um momento propicio nestas eleiçoes em todo brasil,pricipalmente nos pequenos municipios,uma politica correta para os esportes? Veja por exemplo os jogos abertos do interior de São Paulo.Quando nos idos de 1955,foi realiza em Guaratingueta um campeonato juvenil Brasileiro,Era eu um atleta da seleçao cearense de basquete,e todos os Brasileiros e desportista estavam encantados com um politica dirigida aos esportes.Fiquei de veras encantado que, aqui no Ceará, tentei levar o NAUTICO ATLETICO CEARENSE, PARA DESPUTAR OS JOGOS. Como sempre a falta de verbas vontade politica e o que mais, pricipalmente voce conhece muito bem,deixamos de participar destes grades eventos.SE tivesemos afrente da C.B.B.bons dirigentes la estarião, numa tentativa de soerger o basketball. Usando a verba que pertence ao BASQUETE.CERTO? Um abraço Roberto.
Prezado Roberto,que tal a federação de seu estado dar partida às modificações tão necessárias ao nosso basquete, começando com um posicionamento contrário a atual administração da CBB, visando desde já as proximas eleições? E que em conjunto com as demais federações do norte e nordeste estabelecessem novos parâmetros técnicos e administrativos? Afinal de contas,cabe às federações desta região a manutenção da atual presidencia confederativa nas últimas três gestões.São os votos decisivos em qualquer tentativa de depor o grego melhor que um presente. Um abraço, Paulo Murilo.
Amigo Paulo. O que voce disse sobre eleiçoes ou melhor,eleger Presidentes de confederaçoes, tanto universitaria como a C.B.B o norte e nordeste tem maoria realmente, mas veja tambem como é bem facio compralos. Tanto convocando seus atletas para seleçoes,ou dando direito a viajar com embaixadas, mandando bolas,material esportivo,e outras vantagens,sem falar em dinheiro, que em epoca de eleiçoes, corre solto. Na maioria das vezes Presidente de Federaçoes são pessoas que estão fazendo favor, pois o cargo aparentemente não da dinheiro,porque se desse seria bastante concorrido. Quando foi dado um bingo a federaçao e correu dinheiro ai sim apareceram os verdadeiros donos do cargo. Me parese, que o cargo de Presidente de Federação ficou para sempre na mão do seu ultimo Presidente,nem na justiça ele sai. Estamos a inda em muitos casos no tempo das colonias,doadas pelo REI DE PORTUGAL ao Brasil. Outra moda é fundar um clube numa cidade do interior legaliza_lo, e votar no mesmo candidato que o fundou. Sera golpe? Bom a legalizaçao, só é apresentada aos outros clubes fundados pela pessoa interesada. Sem uma maneira de fiscalizaçao para estes seila nomes que devemos dar a essa bandaleira, fica dificil o esporte Brasileiro ser pelo menos o que foi outrora. E nos fomos Bi-Campeão do mundo no Basket-ball. Um abraço Roberto.
Prezado Roberto,se no seu estado esta é a situação, imagine nos demais destas duas regiões.Todos estão cansados de saber sobre estes detalhes constrangedores e profundamente lamentáveis.Quando houve a fusão da Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro, mais um voto foi perdido para o norte-nordeste, tombando o fiel da balança irremediavelmente para essa região. No entanto,em se tratando de qualidade e quantidade de clubes e representantes de peso em nosso basquete,as regiões sul e sudeste perdem toda essa vantagem ante o numero de votos quantitativos das demais regiões.Se fossem contabilizadas as participações em todas as competições regionais e nacionais,em todas as categorias e numero de entidades envolvidas na somatória das competições , sem duvida alguma o voto qualitativo deveria prevalecer no processo eleitoral confederativo, onde as escolhas diretivas seriam mais justas e democraticas.Ou então, que se mudasse todo o processo eleitoral, a fim de que fossem eleitos os melhores e mais técnicos dirigentes, e não politiqueiros e os oportunistas de sempre.Um abraço,
Paulo Murilo.