MONCHO PILATOS…
E o Moncho fechou a seleção, e o fez determinando a forma com que irá jogar a Copa América, forma esta em torno de um único armador, que deverá enfrentar duplas armações por parte dos adversários mais ferrenhos, e que sofrerá combate desigual, já que dobrado (é o que eu faria se enfrentasse o Brasil com somente um único armador de qualidade, desgastando-o para ver em quadra um Duda, ou um Marcelo driblando numa nota só, prontinhos para perderem a bola num momento decisivo, como num replay já visto e testemunhado por todos nós…), e que será dobrado sistematicamente na forma ensaiada pelos uruguaios no inicio do jogo no Rio, com resultados não esquecidos, apesar da ilusória surra que demos nos cisplatinos.
Dispensar o Fúlvio, a não ser por problema físico, foi temerário e injusto para com o Huertas, pois foi lançada às suas costas uma responsabilidade, que mesmo dividida por dois armadores já seria pesada e onerosa.
Com a volta solene dos cardeais, fica o pobre espanhol refém de uma convocação obtusa, dada a seriedade de um Mundial, onde a ida dos melhores, mesmo com alguns veteranos, se fazia mister, pois um resultado classificatório em muito auxiliaria na promoção do grande jogo entre os jovens. A renovação dentro da atual realidade da modalidade, teria de ser feita sob o manto do bom senso, aos poucos, com firmeza e justiça convocatória, e não ao bel prazer político, comercial e marqueteiro. Donos de posições continuam donos de posições, com poderes de fechamento grupal, no qual, torço para que não se repitam os absurdos do Pré-Olímpico de triste memória se resultados negativos ocorrerem, e que fatalmente tentarão ser depositados em mãos ibéricas.
Mas lá no fundo acredito que o Moncho, inteligente e sagaz como demonstra ser, bem cedo descobriu e reconheceu o monopólio do sistema único de jogar das equipes brasileiras, de todas, independente de categorias e faixas etárias, se masculinas ou femininas, e intuiu, que mesmo sugerindo uma forma diferente de atuar, com dois armadores e três pivôs móveis, na entrevista no SPORTV logo à sua chegada, de nada adiantaria tal evolução ante a pobreza nos fundamentos da grande maioria de nossos jogadores, o que inviabilizaria seu projeto, assim como testemunhou inviável até o sistema usado por todos. E como uma auto proteção profissional adotou o que todos fazem e os cardeais endossam com suas lideranças maciçamente apoiadas por uma mídia pouco ou nada comprometida com o conhecimento real do que venha a ser basquetebol.
E esse é o oba-oba que desembarcará em Porto Rico, com uma seleção que bem representa alguns nefastos interesses, sub-dirigida por um politizado técnico e dirigida por um Pilatos que simplesmente lavará suas mãos em respeito a vontade de todos aqueles que pensam saber do jogo, mas que o comandam em nome de um corporativismo, que se antes dizia-se “de sacrifício”, sabemos agora, com as mudanças estatutárias, passarão a remunerados ( e muito bem…), logo, suscitando disputas e apadrinhamentos. O Moncho sairá desta como entrou, altivo e ladinamente íntegro, deixando a batata quente, mas desejada, nas mãos daquele que selecionou o time dentro da ótica distorcida dos oportunistas de plantão.
Sinceramente não vejo bons prognósticos para essa equipe, capenga e profundamente mal selecionada. Talvez até se classifique, pois problemas poderão existir ( e existem) nas equipes adversárias, mas nunca por méritos próprios, já que não representativa do que temos de melhor, entre veteranos e jovens, e técnicos, também.
Vamos, mais uma vez implorar aos deuses que nos ajudem.
Amém.
Professor Paulo Murilo,
Infelizmente – concordo com o Professor em relacao a situacao atual do Basquetebol brasileiro, a convocacao da selecao e o pessimismo em relacao a nossa participacao na Copa America. Nao vejo mudanca alguma em relacao a gestao do Grego e a atual.
Em relacao a convocacao, infelizmente o Moncho, mais uma vez, e de uma maneira mineira, aceitou a indicacao politica e acefala do seu escudeiro na convocacao do selecionado. Este rapaz, mais uma vez, comete os mesmos erros de competicoes anteriores e selecionou um grupo nao homogeneo, ou seja, estes jogadors nao se complementam, especialmente aqueles que ja tem os seus minutos por jogo garantidos. Sera que eles nao aprendem e nao fazem uma analise integra do que falta e faltou em competicoes anteriores?
Professor, nao estamos apenas criticando, pois se necessario for, estamos aptos a indicar solucoes baseado em experiencia pratica e teorica adquirida nos anos de dedicacao ao esporte.
No mais, ficaremos torcendo pois infelizmente, nos que militamos no exterior, necessitamos que o Brasil volte a ser forte no Basquetebol – pois o tecnico de basquetebol Brasileiro ha muitos anos nao e mais respeitado e reconhecido no exterior devido as performances de nosso selecionado em competicoes Internacionais.
Seja o que Deus quizer – Gracas a Deus – tenho autonomia para tecer criticas quando necessario – pois nao faco parte e nao aceitaria fazer parte de nenhuma panelinha…
Ate breve.
Vejo que esse time que foi selecionado por Moncho (ou foi mais pelo Neto) ele quis levar jogadores, que na visão dele, são mais versáteis. Por isso um único armador natural e apenas 3 jogadores de garrafão. Os outros jogadores seriam os versáteis. A idéia é boa, mas não com os jogadores que ele tem. Os jogadores não tem fundamentos para as suas posições, imagine pra posições que necessitam de maior habilidade. Não acho que Huertas consiga levar sozinho a seleção durante toda a Copa América e Duda, que nessa seleção é o reserva de Huertas, muito menos. Ainda sim não acho que o Brasil não se classifique para o Mundial, mas vejo que vai sofrer muito mais do que sofreria se levasse uma seleção mais homogenea. Vamos ver no que vai dar!
Abraço professor!
Sempre um prazer ler esse blog. Realmente dentro de um esquema tatico planejado com antecipacao, levar jogadores versateis seria uma opcao interessante. Mas seria necessario muuito treinamento, mas muito treinamento mesmo. Nao eh a nossa situacao. O momento pede um feijao-com-arroz e no maximo um ovo frito por cima.
Para nossa sorte as selecoes adversarias parece que vao um tanto capengas com alguns desfalques e nos estamos em um momento psicologico favoravel.
Pode ate ser suficiente para a classficacao para o mundial, mas ainda estamos longe da classificacao olimpica.
E eu também lastimo que tudo isto esteja ocorrendo, no limiar de uma administração que se auto declarou inovadora e revolucionaria, caro Walter. Nada mudou nem mudará, pois enclausurada pelo continuismo de uma famiglia unida e indivisível, onde as mudanças de alguns nomes não alteram o produto final.Quanto às panelas nada que não conheçamos de longuíssima data, onde o QI é moeda de troca perene e indestrutível. Mérito? Nem pensar, faz mal, muito mal aos negócios,às benesses e mordomias.Fiquemos com o estudo, a pesquisa e o trabalho sério e ético, que são as sobras do poder, nada mais do que sobras, mas que nos conforta pelo dever cumprido, sem sombras e rabos presos.É o nosso confôrto. Um abraço, Paulo.
Glauco, iniciemos definindo versatilidade-Versátil adj2g.1. Vário,volúvel. 2. Que tem qualidades várias num determinado ramo de atividades.[PL.:teis]& ver.sa.ti.li.da.de sf.(Dicionário Mini Aurélio).
A maior qualidade de um jogador é seu domínio dos fundamentos do jogo, fator este que qualifica e expande sua versatilidade. Será o caso dos nossos jogadores em sua maioria?
Sabemos que não Glauco, o que nos leva à trágica conclusão do quanto somos insipientes e despreparados na formação de base. Essa é a realidade.Um abraço, Paulo Murilo.
Creio que concordamos Lisangelo. O quadro não é dos melhores, e ainda vai custar muito tempo e investimentos até que atinjamos um patamar decente no concerto internacional. Até lá, só nos resta torcer e mesmo rezar aos deuses disponíveis para que iluminem os atuais patrões a tomarem atitudes que beneficie e restaure o trabalho sério na formação de base, e no preparo consciente e honesto das futuras gerações de técnicos, hoje influenciados e orientados a conceitos retrógados, deficientes e perdedores.Um abraço, Paulo Murilo.
[…] como Henrique e o professor Paulo Murilo, também acredito nas vantagens que a dupla armação proporciona. Mas alguém realmente acredita […]
Guilherme, concordo com o seu comentário, lúcido, justo e imparcial.E concordo mais ainda no enfoque da não presença do Moncho em terras brasileiras quando das convocações, delegando a função a um seu assistente decididamente comprometido politicamente, quando deveria sê-lo tecnicamente, numa falha de planejamento que cobrará juros bem altos e prejudiciais às nossas futuras pretenções.Infelizmente o corporativismo que une a antiga e a nova administração da CBB propicia comportamentos e ações tão prejudiciais ao nosso basquetebol.Continuismo é isso ai, caro Guilherme. Um abraço, Paulo
Estou gostando da maneira de jogar da seleção até agora. Esperemos o pré-mundial.
O draft fez um post perfeito sobre esta situação.
Também gostei da matéria do DraftBrasil prezado Marcelio, e assim como você, esperemos a competição para valer, pois ai sim, avaliaremos a verdadeira dimensão dessa equipe. Um abraço,
Paulo Murilo.