INDECISÃO IBÉRICA…

O Moncho tem um instigante problema a resolver, a real forma de como sua seleção irá jogar na Copa América. Com a ausência de todos os pesados pivôs, exceto o J P Batista, uma possibilidade que levantou em sua entrevista no SPORTV logo que foi contratado pela CBB, de fazer a equipe atuar com três pivôs móveis e dois armadores, nunca chegou tão perto de sua realização, haja vista o recente torneio Super Four, onde dois pivôs ágeis e rápidos, como o Spliter e o Varejão se juntaram, ora com o Alex, ora com o Leandro, numa movimentação interior que levou seus adversários a loucura, e com somente um armador em quadra. Imaginemos tais ações com  dois armadores experientes e de qualidade interagindo em dupla fora do perímetro e com os outros três dentro do mesmo, onde os tão ansiados passes de dentro para fora transformariam os sonhos do Moncho em realidade?

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TREINANDO…

Uma equipe que alcançou os 90 pontos contra a maquiada seleção brasileira dias atrás, não poderia ter feito sessentae poucos pontos na noite de hoje, a não ser que…

Bem, eles não saberiam como enfrentar nossos estrangeiros numa Copa America se não os testassem ao máximo que pudessem, principalmente seu poder de marcação e rebote embaixo das cestas. Não por acaso o que mais vimos nessa equipe uruguaia, que se destaca pela utilização de dois armadores muito rápidos e bons nos arremessos de média e longa distâncias, além de dois pivôs muito fortes, foi a proposital diminuição nas distâncias dos arremessos e finalizações, pois praticamente toda a equipe levou suas tentativas à cesta para baixo dos aros, como que testando o poder defensivo, e possíveis brechas dentro das áreas restritivas, os garrafões. E por causa desse estratagema levaram uma infinidade de contra ataques, que tenho a certeza não serão tão freqüentes na Copa América, aja vista a tranqüilidade do técnico e dos jogadores nos pedidos de tempo, onde a realidade contra do elástico placar, em nada alterava o comportamento e o humor dos mesmos.

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UMA BÚSSOLA, URGENTE…

Numa época em que executivos empresariais e de administração são disputados acirradamente pelo mercado, onde qualificação, experiência de campo, estudos atualizados, postura de comando e decisões se tornam moedas de altíssimo valor, nosso esporte, na contra mão da realidade evolutiva, ainda se prende aos antigos padrões coronelistas e paternalistas, onde uma outra moeda se faz dolorosamente presente, a do escambo e do QI da mais rasteira política.

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70 ANOS (10)…

Este ano completo 70 anos, cinquenta e quatro deles envolvidos e enfeitiçados pelo grande jogo, pelo formidável basquetebol.

Estudei muito, e ainda estudo, lecionei, preparei, treinei e dirigi muitos jovens, em escolas, clubes e seleções, onde garimpei muito mais que títulos, grandes e eternos amigos, os quais guardo no fundo do meu coração.

Sinto saudades de todos, e na impossibilidade geográfica, material e econômica de reuni-los para agradecer o quanto aprendi com todos , publicarei a cada semana uma foto das muitas equipes de que fiz parte ao lado deles e delas também, irmanados que fomos pela pureza e a beleza de um jogo sem igual, pedindo que, se possível, mandem uma noticia, por mais breve que for, de como estão, o que fazem, e de como o basquete os ajudou em suas vidas.

Ficarei imensamente feliz em reencontrá-los, mesmo virtualmente, pois o respeito, a amizade e os sentimentos fraternais não sentem as distâncias e independem das presenças.

Um abraço agradecido a todos,

Paulo Murilo.

Email-paulomurilo@infolink.com.br

Foto-Equipe Infanto Juvenil do Fluminense FC-1983

PS-Clique na foto para ampliá-la.

PADRONIZAÇÕES…

Desde que recebi a noticia da derrota do Brasil para Angola, dada pelo Bernard logo após minha participação no Fórum dos Jogos da Lusofonia em Lisboa, onde a jovem equipe brasileira se classificou na quarta posição, até o retumbante fracasso de nossas jogadoras no Mundial Sub-19, passando pelo vexame de se submeter a uma imposição da FIBA para que nosso basquete se fizesse representar obrigatoriamente no Super Four na Argentina, com gripe epidêmica grassando ao redor, que só robustece em meu entendimento que o continuísmo gregoriano já são favas mais do que contadas, explicitando um acordo inter pares, onde até o cargo de Assessor de Relações Internacionais volveu a seu ocupante naquela catastrófica gestão, o imponderável Chak.

E nossas seleções de base continuarão a ser PADRONIZADAS, assim mesmo, em maiúsculas, como alguns analistas, assim mesmo, em minúsculas, teimam em admitir como o caminho a ser trilhado, em continuidade ao projeto instalado pela administração anterior comandada pelos Greg, Carl e Chak, o mesmo daí de cima, avalizando um departamento técnico absurdo, equivocado e profundamente fora da realidade.

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