MONCHOMANIA…
>>> “Se Leandro e Tiago não estiverem 100%, não vão jogar contra Porto Rico. Seria maravilhoso usá-los na luta pelo título, mas não vou ameaçar a trajetória de Tiago na Espanha e de Leandro no Phoenix Suns. Se estiverem em boas condições, jogam. Se não, ficam fora”
MONCHO MONSALVE, sobre o jogo desta sexta-feira em San Juan.
publicado por Rodrigo Alves no blog Rebote.
E agora a resposta que dei a um comentário do técnico Walter Carvalho ao meu artigo de ontem, BASQUETE SOCIETY :
Veja isto Walter. Foi publicado no Rebote ontem, e eu mesmo vi no SPORTV quando da coletiva após o jogo contra o Uruguai.
Esquece, ou se faz de desentendido o Moncho, que ambos os jogadores são e estão no momento defendendo a seleção brasileira, e que todos os interesses devem ser pautados por esta evidência, o de serem da seleção brasileira, segurados e autorizados, sob cláusulas contratuais, para exercerem esse pleno direito. Imagine tal declaração numa possível disputa classificatória no próximo Mundial, onde tal colocação poderia, ou justificaria a não participação dos jogadores? Teria o Moncho a mesma presteza em defender os interesses de clubes da NBA e de seu país natal em anteposição aos nossos? E por que não o vimos tomar tal posicionamento ante as públicas decisões do Gasol, do Scola, do Ginobili, entre tantos outros que optaram e lutaram pelo direito inalienável de defender seus países?
Porque, e por quais motivos empunha um microfone em uma coletiva de imprensa e emite tais declarações que não são de sua alçada? E ainda mais, quando se trata de um estrangeiro? Há, dizem muitos ingênuos de plantão, que ele já conseguiu a classificação, e o título da Copa já não é tão mais importante assim. Estão tais depoimentos espalhados pelos blogs especializados. Pois bem, tem importância sim, e muita, haja vista os grandes jogos que estão sendo disputados por argentinos, costarriquenhos, dominicanos e canadenses, dois deles já classificados, e que estão sendo incensados por estes mesmos comentaristas nos mesmos blogs. Então, tais jogos são importantes para os outros, e para nós não, satisfeitos com a classificação? É esse o posicionamento para avalizar as declarações vazilinadas do Moncho? Estarei enganado quando defendo uma seleção formada dos melhores doze jogadores que possuamos, e não somente sete, e que lutemos por um título importante ao nosso soerguimento, e que está sendo perseguido tenazmente pelas demais seleções? Ou estamos tão embaçados pela visão orgástica de uma classificação para um Mundial, que esquecemos a verdadeira situação de penúria em conquistas em que nos encontramos a tantos e tantos anos? Que o Moncho tem o direito de fazer seu marketing pessoal, por ser um bom e competente técnico, não se discute, mas que o faça em assuntos espanhóis, e não à custa do nosso tão espezinhado basquete, no qual ainda não alcançou o status de referência e unanimidade nacional. Um abraço Walter. Paulo.
Engraçado, assistimos ontem uma batalha épica entre dois países já classificados para o Mundial, a Argentina e Porto Rico, plena de empenho, raça e excelente técnica de jogo e de comportamentos individuais, merecendo os maiores encômios daqueles mesmos comentaristas de blogs, que defendem o posicionamento do Moncho relacionado à nossa equipe. Eis um belo álibi para possíveis derrotas ante Porto Rico e até nas finais com as ausências do Leandro e do Spliter, ambos, em declarações televisivas prontos e doidos para jogar.
Muito vivo e matreiro esse ibérico, o que não deixa de ser uma prova cabal de suas competências, políticas, inclusive.
Amém.
Professor Paulo Murilo,
Qual seria a posicao dele se o Brasil estivesse necessitando da vitoria contra Porto Rico para poder se classificar para o Mundial?
Em relacao a decisao de jogar ou nao – nao quero entrar no merito da questao, pois esta deveria ser uma decisao medica – este negocio de medir condicao de jogo de 100%, 90%, e tudo lorota…
Se voce tiver tempo de uma clicada no link abaixo para ler um artigo que discute exatamente situacoes como as que a selecao esta vivendo nomomento:
http://www.boston.com/news/globe/magazine/articles/2007/05/06/when_to_hang_it_up/
http://www.boston.com/news/globe/magazine/articles/2007/05/06/when_to_hang_it_up/
Acredito que a posicao do tecnico da selecao abre um precedente muito perigoso —- especialmente se durante uma competicao como o mundial – onde alguns jogadores certamente devido a sequencia de jogos pesados, choques e o desgaste fisico consequente dos jogos diarios e do total de minutos jogados, certamente nao estarao 100% aptos para jogar o proximo jogo – entao qual sera a decisao? Sera que estes serao poupados porque eles tem contratos com equipes na espanha, usa, etc?? E para os que jogam no Brasil, qual sera a decisao? O que e mais importante e prioritario?
AA poucotempo atras um jogador brasileiro se negou a jogar pela selecao por estar preocupado em proteger o futuro dele na NBA – em razao desta situacao este foi criticado, chamado de traidor, etc..
Acredito que temos condicoes de ganhar de Porto Rico mesmo sem estes jogadores – porem a defesa em caso de derrota ja esta decretada…
Ate breve Professor…
Isto posto, e maestramente Walter, fica a sua pergunta-O que ele faria ante a situação antecipada por você, o que? Que tal responder que as percentagens seriam mandadas às favas, e que eles jogariam, nem que fosse por momentos, mas jogariam. Situações como a de agora, propiciam excelentes oportunidades para posicionamentos muito mais voltados ao marketing do que é assim que penso e ajo. Creio que fechar a boca em determinados momentos é uma atitude sábia, pois delimita e até evita que perguntas e situações embaraçosas sejam elaboradas. O Moncho perdeu uma boa oportunidade de se manter em silencio, mas a vaidade de falar às massas prega boas peças, e o gosto de estar à frente de uma seleção nacional de outro país fez com que exagerasse um pouco em suas reais funções…
De certa forma, a denominação”profissionalismo”se esconde e se mimetiza de acordo com interesses em jogo, e quase sempre sugere que nacionalismo e amor pátrio não se coadunam com a mesma. E esse,Walter, é um problema basicamente educacional, e mesmo cultural, onde humanismo sempre estará em confronto com o pragmatismo, origem e destino desse nosso mundinho errático.
Vamos aguardar o jogo para avaliarmos às quantas andaram as percentagens do Moncho. Um abraço, Paulo.
Em tempo Walter, que baita artigo este enviado por você. Realmente muito bom. Paulo.
E a velha questão de quem paga o salário. Porém, da mesma forma que um atleta pode machucar treinando pelo time que defende, pode machucar em casa e pode machucar atuando pela Seleção.
Seleção estas, que ao meu ver, é a essência de existir alto-rendimento.
Sem Seleção seria tudo muito mais chato, triste e previsivel.
Fazer como o dono do Dallas Mavs, que proíbiu o Dirk de ir para o Europeu, é das coisas mais ridículas que eu já vi. Ele não é um produto. Ele representa um país inteiro quando joga basquetebol.
E se existe o seguro que cobre lesões, pra que tanto show ?
Simplesmente, acredito que:
Contratos tem que vir com clausulas, se é o jeito pelo visto, para os atletas poderem participar dos principais torneios – Copa América, Europeu, Mundial, Jogos Olimpicos –
E parte do bom senso de quem dirige colocar o atleta na quadra.Porém justificar a não colocação por preservar para equipe A e B, mostra o quanto somos refens dos times.
Abraço aos Professores Paulo e Walter!
Para los Tecnicos en equipos de formacion.
Como entrenador su funcion principal es la de salvagurdar la salud tanto fisica como mental de sus jugadores.El basquetbol viene despues.
De tal manera que si usted no es una persona calificada en las areas medicas, dejele la desicion de si un jugador , en funcion de algunas lesiones , dolores o molestias fisicas de cualquier tipo puede jugar o no a los profesionales competentes.
Con respeto.
Gil
Concordo com você Henrique. O problema são as altas cifras em jogo, pois em se tratando de money, tradições, princípios e ética tendem a serem colocados de lado.Triste realidade, a que muito poucos se insurgem. Um abraço, Paulo Murilo.
Amigo Gil, pior é quando tais profissionais misturam suas funções frente a situações de foro íntimo. Fatalmente erram. Um abração,Paulo.