QUEM COMANDA?…
“Viemos para cá prestigiar o basquete nacional, mas a atitude que vocês três (árbitros) tiveram não é digna. Mesmo assim vamos manter nossa atitude e jogar basquete” ( Supervisor de basquete do CR Flamengo que antes destas declarações desfiou um sem numero de títulos conquistados pelo clube e sua importância nacional e internacional, numa clara pressão sobre o trio de arbitragem).
“Aconteceu uma falta antidesportiva minha em cima do Shilton, e depois ele veio tirar satisfação e, por ser um torneio amistoso, ele (Cristiano Maranho) decidiu me expulsar, algo que
nunca aconteceria num campeonato oficial. É por isso que não gosto de jogar amistosos, para Joinville isso era uma final de Campeonato Brasileiro. Desde que chegamos aqui em Joinville têm acontecido algumas coisas contra o Flamengo, mas a gente prefere não contar para a imprensa” (Jogador Marcelo do CR Flamengo justificando sua atitude de não abandonar a quadra, o que levou a arbitragem a encerrar o jogo antes do término do segundo quarto).
( Trechos da reportagem do SPORTV).
E o jogo final do Torneio de Joinville não terminou, numa demonstração inequívoca da situação atual de nosso basquete de elite.
Logo após o entrevero entre os jogadores Marcelo e Shilton, o que se viu em quadra foi a prova mais cabal da falência diretiva que evolui de forma galopante dentro das quatro linhas, onde supervisores e capitães de equipes pressionam arbitragens e até jogadores, passando por cima de técnicos submissos e omissos de suas reais funções, de seu comando vital.
Foi doloroso presenciar um supervisor afastar a imprensa, reunir os jogadores e tomar decisões dentro da quadra sem que o técnico se aproximasse do grupo, e se dirigir aos árbitros como um manda chuva de plantão definindo-os como indignos, e o pior, sem que não fosse sumariamente afastado do recinto por tal ofensa, fazendo companhia a seu rebelde e insurgente capitão. E o técnico afastado estava, e afastado se manteve, numa atitude blasé e descompromissada, numa atitude confessa de que sua autoridade morre nos desígnios de um supervisor e de seus jogadores, numa demonstração pública de que sua autoridade se restringe a…nada.
E o capitão sentado no banco, dando declarações a imprensa, decide que o jogo ali terminaria, como se o CR Flamengo fosse posse e propriedade sua, descumprindo a lei do jogo, a lei do desporto, a lei do irrestrito respeito aos assistentes que pagaram ingressos para vê-lo jogar, e não envergonhar o recinto que deveria acima de tudo respeitar, pois afinal de contas é o local onde ganha a sua vida e mantêm a sua família.
E a imprensa, compungida com tanta falta de compostura desportiva, sequer procurou saber do técnico, do comandante da equipe, que atitudes e resoluções deveriam ser tomadas para o prosseguimento do jogo, de como resolveria as questões, já que funções suas, já que comando seu, já que senhor da autoridade sobre a equipe.
Mas…por onde ele estava, por onde deveria estar? Onde?
Algo, no entanto, ficou sobeja e publicamente esclarecido, ao vivo e à cores para todo o país, num horário vespertino, com uma audiência jovem televisiva e local, ávidas de exemplos e de lideranças que as inspirem no futuro, dentro ou fora das quadras, o fato de testemunharem quem manda em uma equipe, quem tutela sua direção técnica e administrativa, quem realmente dá as cartas nessa equipe do outrora orgulhoso e impávido clube, seu capitão e sua arrogância deselegante e mal educada, que duvido fosse exercida se um Kanela e uma plêiade de excelentes técnicos de outrora lá estivessem, todos imbuídos de comando e autoridade. Nem me perguntem quem sobraria, ou sequer pertenceria à equipe.
Já se faz tardia a colocação em seus devidos lugares destes cardeais que fecham grupos e definem comandos, inclusive em seleções, cujas existências e comportamentos tanto empobrecem e constrangem o basquetebol do país, pois craques de verdade agem, jogam e influenciam de forma antagônica dos mesmos. Isso tem de ter um fim.
Amém.
Em tempo- A seleção sub-15 masculina acaba de ser surrada pela Argentina, 67 x 49, na final do Sul Americano da categoria, tendo perdido para a mesma Argentina na classificação por 73 x 65. Como vemos, foram derrotas nos “detalhes”, deverá justificar o comando. Que desperdício! PM.
Fiquei sabendo dessa vergonhosa confusão hoje quando entrei nos blogs e sites de basquete que sempre visito para saber dos acontecimentos no esporte! Aquilo foi um show de horror, erros da arbitragem, dos jogadores, dos técnicos. Realmente fica muito difícil qualquer pessoa que ama o basquete pensar em seriedade nessa modalidade no Brasil. Tem de haver um choque de ordem nisso tudo. Todo mundo invade a quadra, mete o dedo na cara do árbitro e nada é feito?! Será que Marcelinho sofrerá alguma punição com o ocorrido!? Vamos esperar pra ver o que acontecerá… ou não!
Este é o prêço pago por dependências, arreglos e escambos politicos, sustentáculos de uma direção fundamentada no continuismo.”Donos do pedaço”, agora somados com a divisão mastodônica dos nacos de uma verba olímpica de 30 bilhões, nos remeterão aos pináculos dos ajustes e dívidas políticas. O basquete, como parte integrante do bolo, dificilmente terá liberdade de ação fora desse esquema odioso e mafioso. Mudanças somente são possíveis quando dissociadas desses terríveis vícios,onde pessoas realmente idôneas, capazes e competentes têm condições de trabalho meritório, e não em troca de favores. Se o jogador será punido? Creio que não, pois não tomaria a atitude que tomou se não estivesse muito seguro da impunidade. Mediocridade gera tais desvios, e muitos outros.
Um abraço Glauco. Paulo Murilo.
[…] Murilo, que atualiza um dos blogs mais bem escritos do país sobre a modalidade da bola laranja (link). Ele analisa o lamentável episódio protagonizado pelo ala Marcelinho, do Flamengo, no último […]
Professor Paulo, oque dizer ?
Vão puni-lo ?
Não.
E ano que vem, pela necessidade da audiencia do Flamengo, o Joinville convida o Flamengo novamente e fica tudo nisso ae.
Uma pena. E que exemplo a todos ne ?
Abraco !
Prezado Henrique, nessa terra olímpica, onde as prioridades daqui para diante serão as obras faraônicas e não a educação do povo e o preparo de gerações mais sadias e competitivas, como se pensar em punições disciplinares a um produto genuino do que ai está? Impunidade está na ordem dos dias, passados, presentes e quiça, futuros. Infelizmente essa é uma realidade mais do que trágica, cruel. Aliás, a diretoria do CRF já anunciou que sequer admoestará o jogador. Lamentável. Paulo Murilo.
Fico triste pelo Marcelinho, e principalmente pelos garotos que vem nele um atleta de ponta, o que ele realmente é, e qu e vem no basquete um esporte maravilhoso e formador de carater, o que realmente deveria ser,
E para o Marcelinho enquanto pessoa, fica a frase – De novo você!
Prof. Paulo um abraço, aqui torcemos pelo senhor
Acredito que este episódio do Marcelinho, também e fruto da falta de fundamentos e copreensão do esporte que ocorreram em sua formação, o que o levaram a não ter respeito pela, arbitragem, companheiros, adversarios, tecnicos, publico, enfim não ter respeito ao esporte.
Uma pena um bom atleta, que poderia ter sido grande como atleta e como esxemplo.
Obrigado pela força Fernando, espero ser agraciado com a sorte dos justos. Sem dúvida o Marcelo poderia ter sido muito mais do que é. Uma pena. Mas vida que segue. Um abraço, Paulo Murilo.