O IMENSO VAZIO…
Um grande salão em um hotel paulista, e uma disposição de mesas e cadeiras em U marginando as paredes laterais e a de fundo, tendo próximo à parede frontal e de entrada uma mesa, duas cadeiras e um equipamento de projeção de vídeo.
Na formação em U, técnicos minuciosamente convidados a assistirem uma exposição oficial sobre a futura escola de treinadores, e na mesa de cabeceira estrategicamente isolada, dois especialistas na montagem e formatação(?) da mesma, um ex técnico de voleibol, e um preparador físico.
E nos 4/5 restantes da imensa sala, o vazio cinza e amorfo, como o reluzente chão, vasto e dominador.
Vazio este que deveria estar preenchido em sua totalidade pela presença maciça de técnicos, muitos técnicos, jovens e veteranos, e mesmo os muito veteranos, que ali acorreriam espontaneamente, já que democraticamente acessível, não para ouvir disciplinada e cordeiramente uma preleção absurda pela inversão total de valores, mas sim para participarem ativamente, como num “brain storming” ( a turma amante do inglês vai adorar…) de uma discussão acadêmica iniciadora de um movimento redentor, pujante e participativo com o que temos de melhor, nossa história vencedora e inolvidável, e não esse pastiche fantasiado de modernidade, na verdade, modernoso.
O que é uma escola senão a representatividade real de um conceito democrático e de livre pensar, sempre na vanguarda criativa, lastreada no classicismo fundamental, utente das conquistas presentes e lançadora das conquistas futuras, produto do entrelaçamento de todas as épocas? E quem melhor a representa senão o também entrelaçamento das gerações, com suas conquistas, experiências e trabalho meritório?
Quanto de qualificação curricular alcançaríamos pelo simples fato de enchermos aquele e outros salões pelo país afora se fossemos convidados a participar e discutir uma verdadeira escola, generalista e adaptada às nossas regiões continentais e gentio das mais variadas etnias, Quanto?
Mas a dura realidade, aquela patrocinada pelos espertos e oportunistas, tem como reflexo o cinza brilhante daquele salão amorfo na capital paulista, tão vazio como as idéias que o habitaram, em U.
Realmente uma sala que devia esta repleta de técnicos como vc bem disse, vemos um extremo vazio, gostaria de parabeniza-lo pelas fotos pq contra fatos não existem argumentos. Quantos técnicos gostariam de participar desta reunião e se quer foram convidados, realmente impressionante foram as informações que vieram a publico sobre a reunião pelo que presenciamos estavam na contramão, o que faz as pessoas mudarem por possiveis sonho de um cargo, cada dia que passa que conheço melhor os homens mais admiro os cães.
Sim Alcir, foi um desperdicio indesculpável, mas o que fazer quando o grande jogo se rende ao voleibol e à preparação física, em detrimento de seu proprio destino? Omissão é isso, na acepção do termo. Temo honestamente que não encontremos o caminho do soerguimento, pois o continuismo e o oportunismo já se estabeleceram, como previ de há muito. Fico muito feliz de ver seu nome assinando comentários aqui nesse humilde blog, qualificando-o sobremaneira.Um abração, Paulo.
Prezado Prof.Paulo Murilo,
Como coordenador ha quase 10 anos de veiculo de informação estou acostumado a dificuldade de obter comentarios dos nossos colaboradores,pelos varios motivos, o principal é o tradicional medo de se expor, estou presenciando isto no projeto que lancei HISTÓRIAS DO BASQUETE BRASILEIRO. Tenho o maior orgulho de poder participar deste seu blog com meus comentários.
Obrigado Alcir, e continuemos na luta. Paulo.
É verdade , esse imenso vazio é para onde infelizmente querem levar nosso basquete.O vazio, onde poucos tem oportunidades.Parabéns Prof.Paulo Murilo.
Um abraço, Geraldo Almeida ( Técnico do Fluminense Football Club)
Querem levar prezado Geraldo, e deixaremos? Sem luta, sem resistência, sem indignação, simplesmente deixaremos? Ou nos tomamos de coragem, e de cara limpa e sentimentos de justiça aflorando os colocamos em seus ínfimos lugares, de onde nunca deveriam ter saido? Meus deuses, eles não podem ir adiante, na medida em que todos os tecnicos, assim como você, se mostrarem corajosamente, exigindo respeito e consideração, exigindo serem ouvidos, exigindo participação democratica na formulação, planejamento e implantação de uma escola que represente de verdade a nossa realidade e nossos anseios. Esse é o meu papel desde sempre, o de professor e tecnico, que jamais vendeu a sua honra e dignidade, que sempre foi dono de seu destino. Conclamo a todos que lutem, não se calem, não se omitam.
Um abraço Geraldo, e muito sucesso em seu trabalho. Paulo Murilo.
Prezado Prof.Paulo Murilo,
O momento é de levante contra o marasmo e a falta de informação para onde o basquete brasileiro vai ou quer ir. O dia que conseguirmos a união da a maioria dos tecnicos e eles e começarem se expressar como o Prof.Geraldo fez em seu blog e tantos outros que vem se pronunciando no NEWSFLASH, acho que os dirigentes atuais vão pensar duas vezes antes de cometerem esse erros como vc bem aponta aqui.
A luta continua, aqui na minha trincheira venho procurando mostrar ao basquete do país o que esta acontecendo de uma forma respeitosa, sensata, imparcial e profissional, mas sabemos que as dificuldades de adesões a nossa luta por um basquete melhor ainda é muito grande e dificil, até pq a palavra UNIÃO não consta no vocabulário de muitos,bem como os interesses pessoais, mas…. enquanto tivermos motivação vamos lutando, surge a CONFRARIA AMIGOS DO BASQUETE, que começou fazendo um excelente papel tambem de questionar aquilo que não concorda e vamos que vamos pq a fila esta andando.
Prof.Paulo hoje depos do que li as varias declarações desta atleta sinceramente aonde chegamos como diz vc meus deus, atleta fazendo jogo de sena querendo impor que somente representa o Brasil se o tecnico for dispensado para o bem do basquete brasileiro, estamos a beira do caos.
Alcir, devagar, aos pouquinhos, o pessoal basqueteiro vai saindo da penumbra, e começa a esboçar, tímidos bem sei, sinais de indignação e revolta com o que vem acontecendo de letal ao nosso basquetebol. E como as grandes reformas se iniciam muito pequenas, às vezes imperceptiveis, prevejo algo de redentor, pois a enganação já atingiu patamares inaceitáveis. Torço para que essa ainda fragil movimentação se avulte, se agigante, para ai sim, retomarmos nossa caminhada tão covardemente interrompida, pelos que se apossaram e se beneficiaram da mesma, e pelos que se omitiram até hoje.
Um abraço, Paulo.