O DÉCIMO QUINTO DIA…
Recomeçamos pela manhã com os três jogadores que foram a Uberlândia ausentes, pois depois de um domingo inteiro de viagens, baldeações e longas esperas, chegaram em Vitória pela madrugada e extremamente cansados. Mas mesmo assim realizamos um bom treino, com ênfase nos fundamentos (sempre eles…), nas estruturas de uma defesa de linha da bola, e no correto posicionamento nos rebotes, ofensivos e defensivos.
Pela tarde, com a equipe completa, e sob uma temperatura mais amena no ginásio, trabalhamos os sistemas ofensivos contra defesas individuais e por zona, de forma intensa, procurando sempre situá-los o mais perto possível de verdadeiras situações de jogo, conseguidas com as permanentes instruções e orientações dirigidas ao sistema defensivo que se antepunham aos mesmos. Essa é uma atitude não muito usual na maioria dos técnicos, que em muitos casos e situações de treinamento sugerem um comportamento defensivo mais tolerante a fim de que o sistema ofensivo se beneficie tecnicamente.
Ao incentivarmos e corrigirmos ao máximo as defesas nos treinos, estaremos promovendo uma acentuada melhoria ofensiva, pois sucedendo a um domínio defensivo sempre advêm um ofensivo, e vice-versa, numa troca constante responsável pela evolução técnico tática da modalidade.
Tentaremos ao máximo nos próximos treinos, o sincronismo exigido pelos novos sistemas, fator final e difícil de alcançarmos em tão breve espaço de tempo, mas não impossível de consegui-lo, com empenho e doação integral.
E bem ao final da prática uma pergunta me foi dirigida do por que da minha ausência em Uberlândia para o Jogo das Estrelas, tendo como resposta não ser eu uma delas.
E com uma grande dose de otimismo, emanado do esforço despendido por todos nestas três semanas, seguiremos para São Paulo cônscios do dever cumprido, e prontos para lutar pelo soerguimento da equipe.
Amém.
Boa sorte, Professor Paulo. Qualquer que seja o resultado, tenho certeza que o esforço empregado receberá alguma recompensa. Como admirador do bom basquete, torço pelo seu sucesso (exceto contra o Fla, se nos cruzarmos de novo)!
O senhor pode até não ser uma das estrelas, mas com certeza as ajuda a brilhar…
Só peço ao senhor um pouco mais de apreço por eventos festivos, como o Jogo das Estrelas. Tal como o soerguimento buscado pelo senhor para o Saldanha, a festa é um elemento importante para o soerguimento da própria modalidade.
Abraços!
Só pra me corrigir, pois não achava a palavra adequada no momento… Não precisa nem ter apreço, afinal, o senhor tem todo o direito de ser avesso a eventos festivos desse tipo (que em matéria de jogo são plasticamente bonitos, mas pouco acrescentam tecnicamente a modalidade), mas dada a necessidade de autopromoção da modalidade, devem ser encarados com mais parcimônia. Não quis desrespeitar sua opinião, que parece contrária a esse tipo de evento, caro Professor, mas acho que o momento pede isso.
Abraços!
Pois é, professor, a sua não vinda à Uberlândia adiou a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente.
Entretanto, deveremos nos conhecer no próximo ano, quando seu time vier jogar aqui contra o time do senador.
Um abraço
Reny
Prezado Victor,inicialmente agradeço seus votos de sucesso e grande incentivo à equipe.Estamos todos imbuidos da grande responsabilidade que representa este soerguimento, e que nos enche de orgulho e esperanças.
Quanto ao meu posicionamento sobre o Jogo das Estrelas cabe um pequeno esclarecimento, o de que em absoluto me coloco contrário à festa em si, reconhecendo inclusive sua importância na divulgação da modalidade, e sim, a reboque da promoção congenere da NBA, ser realizada a meio de uma competição que logicamente não se apresenta equilibrada para todos. Datas importantes para o aprimoramento de algumas equipes carentes de maiores resultados, deixaram de ser aproveitadas em treinamentos, para que uma festa em nada proveitosa para as mesmas acontecesse.Que a mesma ocorresse, como deveria ser, ao final da competição, com a premiação dos melhores jogadores, e com um jogo de congraçamento entre os participantes, conotaria o fecho de ouro merecido e meritório.Além do mais, a mistura de uma festa anunciada com reuniões de carater técnico político entre técnicos a meio de uma competição acirrada, somente agrega discordâncias que poderiam ser discutidas em outro momento, em outra situação.Por isso me coloquei contra uma participação, preferindo dar continuidade a minha correta missão, treinar a equipe do Saldanha.
Um abraço, Paulo Murilo.
Prezado Reny, uma ida a Uberlândia para conhecê-lo seria um enorme prazer para mim, mas não nas circunstâncias inerentes ao Jogo das Estrelas, e que justifico na resposta ao Victor, postada acima.Acredito que não faltarão oportunidades para sentarmos por um bom tempo, discutindo e contando bons “causos”sobre nossa paixão em comum. Um abração, Paulo.
Caro Professor, como sempre sua opinião vem com fundamentos dos mais abalizados. Sua ótica sobre a possibilidade do evento fechar o campeonato me parece muito correta. Mas acredito que a designação da data aproveitando um feriado prolongado não prejudica tanto assim as equipes. Compreendo que para o minucioso trabalho que o senhor desenvolve seria melhor que não houvessem interrupções, mas as julgo pouco comprometedoras, diante do empenho demonstrado pelo senhor e aparentemente absorvido por seus jogadores, pelas declarações que temos visto. É claro que a pressão por resultados imediatos se apresenta, até pela incomoda situação da equipe na tabela. Mas acredito e confio que o senhor terá tempo adequado para realizar um trabalho de médio a longo prazo. Pelo menos, pode contar com minha torcida para que o senhor tenha quantas temporadas forem necessárias (e desejadas) pela frente!
Abraços!
P.S.: A presença do senhor em qualquer debate sobre o basquete somente engrandece e nos enche de esperança que as melhores soluções serão encontradas com sua ajuda!
Prezado Victor, permita-me uma ligeira discordância no que diz respeito ao compremetimento de prazos, ou seja, por se tratar de um jogo cujo teor básico é o encadeamento de ações, reações e projeções, um simples hiato, uma sutil paralização, interrompe todo um processo de aprendizagem e decorrente fixação de um objetivo a ser alcançado. Outro fator mencionado por você merece uma pequena reflexão, já que o empenho a que me comprometi tem sido retribuido em igual ou maior intensidade por todos os jogadores, que se aparentassem comportamentos evasivos seriam sumariamente advertidos por mim, o que não ocorreu em tempo algum, numa prova cabal de comprometimento e dedicação. Sabemos e compreendemos todas as implicações advindas da má classificação da equipe, e o montante de trabalho e sacrificio serem necessários para o soerguimento da equipe. Obrigado pelas palavras incentivadoras e de confiança no futuro da basquetebol capixaba. Um abraço, Paulo Murilo.
Nobilíssimo Professor, suas discordâncias serão sempre bem recebidas, pois precedidas de necessária reflexão. Mas mantenho meu “palpite”, pois como leigo não posso confrontar sua abalizada opinião. Na verdade, torço para que essa e outras sutis interrupções não comprometam o belo trabalho que o senhor narrou ao longo destes dezessete dias. Ficarei na sincera torcida por dias melhores para sua equipe. Quem sabe não teremos belos embates entre o rubro-negro carioca (e demais equipes fluminenses, se saírem do marasmo em que se encontram) e o valoroso Saldanha, capitaneado por sua liderança e empenho?
Abraços!
Que os deuses endossem suas esperanças e perspectivas no glorioso Saldanha, prezado Victor. Um abraço, Paulo Murilo.