UM CONGRESSO EM LISBOA…
Dedico o artigo de hoje à apresentação da palestra de abertura que proferi em Lisboa na abertura do 3º Congresso Mundial de Treinadores da Língua Portuguesa em 17 de julho de 2009, quando tive a honra de ser convidado a desenvolver o tema – O que vem a ser um técnico de sucesso.
O TÉCNICO DE SUCESSO- Não propriamente o maior vencedor de torneios e campeonatos, grandes ou de menor expressão, e sim alguém visceralmente comprometido com a tarefa de educar através do desporto, preparando bons cidadãos, ótimos atletas, e equipes competitivas, todos dentro dos mais altos padrões sociais, éticos e desportivos, no seio da sociedade em que vive e atua, sempre com presteza, conhecimento e profissionalismo.
O mundo em que vivemos, repleto de injustiças e insensibilidade, anseia por mudanças, principalmente aquelas nações relegadas ao estigma terceiromundista, que no limiar de um novo século ainda não encontraram soluções que reduzam tantas e profundas diferenças com as demais nações desenvolvidas.
A Educação é um dos caminhos redentores, base e sustentáculo de uma sociedade mais justa e igualitária, e o desporto um dos elementos voltados a estes objetivos, com sua proposta aglutinadora e profundamente democrática.
O professor / técnico desportivo foi, é e continuará sendo o agente propulsor de alguns destes importantes objetivos, e para tanto deverá ser preparado e instruído com afinco, atualizado e reciclado permanentemente à luz dos conhecimentos científicos, didático pedagógicos e incondicional acesso à informação virtual.
O professor / técnico desportivo assim preparado, experiente, estudioso e participativo, sempre trilhará o caminho do possível e alcançável progresso de seu povo, através seus alunos, seus atletas, suas comunidades e equipes. E quando um destes segmentos atingir objetivos e metas planejadas, poderá ser considerado professor e técnico de sucesso, se bem que tal projeção não seja tão importante e crucial como se propala, pois o sucesso deve ser definido como um bem realizado trabalho, nada mais do que um bom e recompensador trabalho. Notoriedade e fama ficarão por conta de outras, e quase sempre descartáveis circunstâncias.
Espero ter representado com honra e dignidade professores e técnicos deste esperançoso país.
Amém.
PS – No caso do último segmento não rodar, reinicie o artigo e clique no mesmo que rodará. PM.
3º Congresso Mundial de Treinadores da Língua Portuguesa – Parte 1
3º Congresso Mundial de Treinadores da Língua Portuguesa – Parte 2
3º Congresso Mundial de Treinadores da Língua Portuguesa – Parte 3
Professor, um vídeo de uma jogada individualde um novato na liga americana:
http://www.youtube.com/watch?v=xuL1h8RO-_M
em seguida, duas perguntas, uma sobre o movimento realizado e outra sobre o fundamento da defesa:
Consigo com razoável sucesso executar esse movimento, entretanto minha finalização ainda deixa a desejar, mesmo quando realizada com a mão dominante (a direita). O senhor teria algum artigo ou série de artigos falando sobre as ‘bandejas’ e a ambidestralidade em geral?
E quanto ao fundamento da defesa, também pergunto quanto à existência de algum artigo ou série falando sobre a sua execução, assim como pesquisei sobre a anatomia de um arremesso, de I a IV.
Por sinal, excelente série de artigos!
Abraço
Prezado Diego, acesse no Espaço Buscar Conteúdos:
-O que todo armador deveria saber I e II
-O que todo jogador deveria saber de 1 a 11
-Debates – O drible
São artigos com muitos tópicos sobre fundamentos.
Um abraço, Paulo Murilo.
Professor Paulo, tive um tempo aqui, curto infelizmente e ouvi o primeiro trecho da palestra e fiz anotações.
E um breve questionamento:
Professor Paulo, tive um tempo aqui, curto infelizmente e ouvi o primeiro trecho da palestra e fiz anotações.
E um breve questionamento:
Quais autores o senhor menciona logo na primeira parte e quais são as obras ?
Queria saber para procurar e poder ler !
Abraço ao senhor, quando terminar as duas partes restantes, final de semana, comento de forma geral sobre !
Prezado Henrique, menciono o Clair Bee, o Nat Holman e o John Wooden.Poderia ter mencionado também o Frog Allen e o John Bunn, todos mestres pioneiros nos fundamentos. Também o Everett Dean e o Novosel. São clássicos, e deveriam ser lidos na integra. Brevemente publicarei minha tese de doutoramento em PDF aqui no blog, onde consta um bibliografia extensa de autores nacionais e internacionais, desde priscas eras até os tempos atuais.E o formidável é que os fundamentos praticamente são os mesmos, repetidos e copiados, mas com uma carga de evolução graças às tecnologias atuais. Aguarde mais um pouco que a publicarei. Um abraço, Paulo Murilo.
Professor Paulo, o que o senhor acha da obra “A metolodologia do ensino do basquetebol” do Professor Moacyr Daiuto ?
É uam boa referência para estudos em nossa língua ?
Vou tentar achar as obras que o senhor colocou e claro, estuda-las.
E claro, aguardar os próximos textos !
Um grande abraço !
O livro do Daiuto é um marco da literatura desportiva brasileira, pois foi dos primeiros a abordar os fundamentos e sua didática. Tem suas limitações técnico táticas, mas para a época em que foi publicado( anos 60) serviu de livro texto a muitos cursos de educação física no país. Se você Henrique, conseguir acesso aoa quatro livros do Clair Bee sobre os Fundamentos, Defesa Individual, Defesa por zona e Sistemas de ataque, terá em mãos um tesouro de precisão didático pedagógica editada nos anos 30 do século passado, assim como as obras dos demais autores citados.Tentarei em artigo próximo publicar uma bibliografia básica aqui no blog, prometo.
Um abraço, Paulo Murilo.
Li todos, professor. Muito obrigado. E aos treinos aqui! ;D
Abraço
ALO PAULO ANDE NOTICIAS. ESTAMOS AGUARDANDO. HD
Professor Paulo, o que o senhor acha da Flex Offense ?
É válido utiliza-lo ?
Um abraço, Henrique !
Oi Helio, tenho trabalhado muito na revisão de videos, estatísticas e o relatório final da temporada. Aguardo notificação do Alarico para o recomeço do trabalho ai em Vitória. No mais, vendo basquete pela TV, nem sempre de boa qualidade. E o festival de três alcançando os píncaros da insanidade. Um abraço, Paulo.
Prezado Henrique, Flex offense, Motion offense, Triângulos, etc. são sistemas que dependem da qualidade dos jogadores, treinamento e liderança. E por conseguinte, válidos de serm usados na medida que estas condições sejam satisfeitas. Um abraço, Paulo Murilo.
Professor, te questiono pelo sistema Flex pelo seguinte:
É um sistema válido de passar paa atletas que encamiham para o juvenil na próxima temporada ?
Quais os pontos positivos de ensinar um sistema como este ?
O senhor acredita que os atletas tem que sabe tais sistemas (este e o que senhor mencionou), ao menos o básico de cada um ?
Eu fico sempre na dúvida disso em relação a estes sistemas e a melhor utilização dos mesmos, uma vez que os atletas podem e tendem a ficarem presos em uma maneira de jogar somente.
Enfim, as dúvidas não cessam Professor Paulo, apenas aumentam e parecem cada vez mais complexas e com soluções ainda mais escondidas ! rs
Obrigado, um grande abraço e boa segunda feira !
Guarde bem para você prezado Henrique, jogadores só ficam presos a sistemas se os técnicos assim determinarem, pois os grilhões atados aos mesmos são imposições vindas de fora para dentro das quadras, ou por insegurança, ou por inflados egos. Jogadores autônomos e criativos, dentro de qualquer sistema, somente serão possiveis se dominarem a essência do grande jogo, seus fundamentos. O atual sistema proposto por mim é algo inusitado, pois preconiza a total liberdade criativa dos jogadores envolvidos com o mesmo. Mas para tanto, a necessidade básica se lastreia nos fundamentos muito bem treinados e estabelecidos, sem os quais o sistema morre no nascedouro. E assim para os demais sistemas, sejam eles quais forem.
É uma escolha dificil de pensar e raciocinar, mas comece pela base de tudo, o pleno conhecimento das habilidades pessoais e técnicas de seus jogadores, suas ambições, seus sonhos, e dai em diante estabeleça um sistema que potencialize estas questões. Esse é o caminho a ser percorrido pelos bons e autênticos técnicos, agindo antes de tudo como convincentes e preparados professores.
Um abraço, Paulo Murilo.
Obrigado Professor Paulo !
Ontem tive a estréia como treinador da categoria Sub-17 (por que trocaram os nomes para estes siglas horrorosas ?).
Foi um jogo que achei melhor do que o relato para mim das atuações anteriores. Temos um longo caminho para trilhar e muito o que melhorar.
Porém, é possível e isso é o mais importante. A situação em que vivo aqui, é de certa forma muito semelhante a situação que o senhor pegou em Vitória quando ali chegou. Relendo os textos do senhor do começo da trajetória, existem pontos em comum e serei eternamente grato por ter colocado à disposição todo seu trabalho nos artigos que escreveu naquele momento, fora os mais antigos que ando relendo também !
Agora estou mais tranquilo realmente após assistir à primeira partida ! E é começar a treinar com base em tudo que estudei !
Um grande abraço Professor Paulo, espero não somente novos textos como sempre mais discussões !
E faltou dizer Professor Paulo, assim como o senhor eu não fico dando gritos e aqueles excessos à beira da quadra.
Não vejo motivos para tal. Com certeza falo palavras de incentivo, mas nada de outro mundo. Acredito nisso após ler os textos do senhor sobre o tema e também após várias conversas com a minha professora de psicologia do esporte na faculdade.
Cheguei à conclusão que na formação, o mais importante é a troca de informações e o ensino do que está sendo feito. E tenho me pautado, não sei se corretamente, de explicar o que ocorre para aqueles que estão descansando no banco mas que irão entrar na partida e que fazem parte do jogo e não podem ficar esquecidos.
Mas é complicado mudar a cultura apesar de necessária ser feita essa mudança, Professor. Neste ponto temos péssimos exemplos da mídia que praticamente vende que o que funciona é xingar os atletas, cobrar excessivamente como se ali resolvesse tudo, jogando fora o dia-a-dia do trabalho que é muito mais importante.
Um grande abraço e me desculpe os longos comentários !
Prezado Henrique, que belo testemunho o seu. Fico imaginando se eu tivesse mais acesso aos novos técnicos de todo esse imenso país, que outros testemunhos teria de igual magnitude? Esta é a minha idéia de uma escola de treinadores, aberta, lúdica, estudiosa e pesquisadora, e acima de tudo democrática, onde a curiosidade e o questionamento constantes amalgamam o raciocínio critico e impessoal. Temo pela escola que ai vem, com suas padronizações e formatações, ovo serpentário do lugar comum, da mesmice, do comando centralizador, autoritário e ditatorial. E ainda falam em democracia do alto(ou baixo?…)de uma comissão de 13 membros, todos envolvidos e professando um único sistema de jogo, que juram padronizar e formatar definitivamente pelo país afora. O décimo quarto membro (deveria ser por dirigir uma equipe da LNB), eu mesmo, jamais seria intronizado professando o oposto, gerando a dúvida, provando o óbvio, cultuando a liberdade de ação e expressão, mola fulcral e mestra do desenvolvimento do grande jogo entre nós, esquecido e coisificado por todos eles, e o mais constrangedor, coordenado por um praparador físico, não um técnico, um dos treze. Mas tenho esse simples e humilde blog, onde professores do interland nacional podem se manifestar livre e democraticamente, como você Henrique.
Desculpe o desabafo, mas na presença louvada e incensada pela midia televisiva de 78 arremessos de três pontos, sendo 53 só da equipe que é dirigida pelo técnico do ano de São Paulo,e que arremessou somente 17 bolas de dois na terceira partida do play off contra o Flamengo, como um dos grandes jogos do NBB2, paira no ar a seguinte e emblemática questão- Até quando meus deuses, até quando?
Um abraço e continue sua saga Henrique, acredite em você, estude e pesquise, e se o sucesso advier, ótimo, se não, tenha a consciência de ter feito um excelente trabalho. Amém
Paulo Murilo.
Professor Paulo, obrigado pelas palavras !
Sobre a situação do jogo 3 entre Flamengo x São José, foi de fato surpreendente para mim a atuação do São José.
Assisti as partidas desta equipe nos playoffs do Paulista e a equipe jogou um basquetebol muito bom e muito interessante. Tanto me chamou atenção que busquei contato com Professor Regis Marreli para tentar um estágio de observação dos treinos da equipe, o que não se consumou pela agenda lotada de viagens do NBB, que me impediram de ver uma sequencia melhor de treinamento.
E Professor Paulo, queria ter visto este jogo, não pude ver. Mas é muito estranho tantas tentativas de longe, ainda que a defesa do Flamengo não estivesse em uma noite feliz, não tem muita explicação.
De toda forma, São José no Brasileiro nem de longe repetiu a consistência do Paulista, que para mim, foi muito mal colocado no calendário desta temporada.
Um grande abraço, Henrique !
Prezado Henrique, como já cansei de descrever e explicar, a adoção da dupla armação pela maioria das equipes nacionais de ponta se fez dentro do sistema único de jogo com a substituição de um dos alas por um armador de ofício. Claro que essas equipes ganharam em mobilidade, melhoria acentuada nos fundamentos de drible e passes, maior intensidade defensiva, mas continuaram a jogar táticamente como antes.E São José se destacou pela excelente dupla de armadores que contratou, Fúlvio e Matheus, sendo inclusive bons arremessadores de longa distância. Com a entrada do Wanderson, jogador alto que abre com frequência para tentar o tiro de três, o perímetro externo se transformou num municiador voraz destes arremessos, esquecendo em muito o jogo interior de seus pivôs. E foi o que se viu nos play offs, uma enxurrada de tentativas de três, com índices muito baixos, fator que determinou sua derrota em três( pura ironia númerica…)jogos.Que a defesa da equipe do Flamengo é praticamente nenhuma já se sabia. O que espantou foi ter sido o ataque do São José mais fraco ainda.Uma equipe não pode arremessar 53 bolas de três sem a anuência de seu técnico, impossível, e foi exatamente o que ele pedia nos tempos solicitados, principalmente aos jogadores Matheus e Wanderson. Essa é a história desse tenebroso play off, sem tirar, nem por.
Um abraço Henrique. Paulo Murilo.