E SE NÃO BASTASSE…
E se não bastasse me sentir obrigado a responder comentário como este, de um certo Roberto Leyser:
• Roberto Today •
Paulo Murilo…não preciso pesquisar, pois conheço muito bem o basquete brasileiro. Falei não para me informar, mas por saber que não há nenhum grande trabalho técnico desenvolvido por vc, somente corneta sobre aqueles que realmente fazem basquete no Brasil. É que, ao contrário daqueles que militam somente no meio acadêmico (e nunca viram um trabalho de verdade)e não conhecem o basquete brasileiro (só o estudam), sei muito bem que você sempre foi considerado um corneteiro que nunca se consagrou na prática.
Cérebro, meu caro, o sucesso profissional de cada um demonstra o quanto cada um possui.
(sobre o artigo RESPONDENDO… de 31/07/2010, cuja resposta já está publicada),
e ter de assimilar um email (4/07/2010 13:27)que menciona em dois de seus parágrafos:
(…)6o) Diante de sua postura em nos cobrar posicionamentos, o que é até natural, mas sem a nossa condição de oferecê-los, resolvemos por bem, deixá-lo livre para seguir seu futuro. A partir desta data, sinta-se, desobrigado em qualquer situação perante a nossa equipe. Se houver algo novo e que demande seu trabalho, entraremos em contato. Se ainda não estiver contratado e desejar conversar conosco, assim o faremos.
7o) O que gostaríamos era seguir o trabalho que terminou a temporada passada, com senhor como técnico, a mesma base de atletas e alguns reforços. Mas fatos novos surgiram estamos tomando as nossas decisões(…).
Alarico Duarte Lima
Posso afiançar que uma parceria está sendo estabelecida (CECRE/Metodista de São Bernardo do Campo) com prioridade financeira acima, bem acima da base e da fundamentação técnica, na qual uma equipe pertencente à LNB cede seus direitos de franquia, manutenção e formulação de uma equipe, em favor de outra que em momento algum aceitou um acordo mediano sugerido por mim a pedido , em uma reunião realizada em minha casa, na presença do dirigente Alarico Duarte do CECRE e do representante da Metodista Vanderlei Mazuchinni. A imposição de caráter financeiro, uma realidade no meio da alta competição, impôs-se a um trabalho realmente digno de ser continuado, já que destinado a uma profunda mudança no aspecto técnico tático de nosso basquetebol. Mas não destinado o suficiente para ser continuado.
Comunico ter sido essa talvez, a mais curta temporada de um técnico na LNB. E a grande ironia, é que se caracterizou por um esplêndido trabalho de uma equipe desacreditada, mas que foi capaz de demonstrar que o nosso basquete pode ser jogado de uma outra forma que não a que estamos já cansados de assistir, e que por certo assim deverá continuar com a sua fragmentação.
Foi uma bela experiência, que na minha idade só tenho que agradecer, não só a grande oportunidade de provar que, conhecimento, capacitação e ousadia, não são prerrogativas somente dos mais jovens, como, e principalmente, resgatar a magia de um jogo bem jogado em sua definição maestra, o coletivo, o grande, grandíssimo jogo. Sinto muito não poder dar continuidade ao projeto, me desculpem de coração.
Amém.
PS- No fim desta semana veiculo o último vídeo da equipe que honradamente dirigi, o Saldanha da Gama, contra a equipe do CETAF, como agradecimento e reconhecimento do fantástico apoio recebido de sua torcida, assim como, um documento final do quanto de inovador foi apresentado pela excelente e hoje desfeita equipe. PM.
PS 2-Clique na foto para ampliá-la.
puxa, Professor… fico muito triste em ler este post. que pena, estava ansioso por vê-lo nesta temporada na HSBC Arena. há o interesse de alguma outra equipe interessada no seu trabalho? espero que surja uma nova oportunidade em breve, queremos mais! abraço
Também estou triste Adriano, muito triste, mas conformado. Tive uma chance de trabalho quando mais precisei, demonstrei que sempre fui capaz e preparado, mesmo aos 70 anos, e saio com a sensação de que iria muito, muito mais além do que fomos, eu e a excelente equipe do Saldanha. Perco eu e os jogadores, perde muito mais o basquete ao ficar privado de algo inusitado, eficiente e belo de se apreciar. Quem sabe um dia…
Um abraço, e obrigado pelo carinho e o incentivo.
Paulo Murilo.
Prof. Paulo,
Eu que tive a oportunidade de ver o Saldanha dirigido pelo senhor jogando (e vencendo) no Paulistano e conhecê-lo pessoalmente, aqui em SP, fico realmente triste de saber o fim deste capítulo.
Mas a vida segue, e gostaria muito mesmo de vê-lo novamente em ação… seja em que equipe for… quero aproveitar e deixar um convite ao Henrique e todos os demais técnicos jovens que frequentam o blog de formarmos um grupo de estudos, trocando informações mesmo que em princípio à distância, e que o senhor possa de repente coordenar este grupo, não sei muito bem como formatar isso, mas enfim…
Abraços,
Prezado Fabio,fico agradecido pelo seu permanente incentivo e alta consideração, o que me comove bastante. Tenho pensado muito em estabelecer esse contato entre os jovens técnicos mencionado por você, e inclusive alinhavei um pequeno projeto que teria, inicialmente, a participação ativa do Gil Guadron e minha, em torno de temas, com variadas publicações em PDF, videos e muita troca de informações, como uma pequena escola de treinadores pela grande rede, onde gastos básicos poderiam ser rateados por todos aqueles que se dispusessem a participar ativamente. Contatarei o Gil ainda hoje, e aos poucos vou organizando o projeto. Se for do interesse de vocês ai de SP, organizem-se e me comunique para combinarmos as estratégias necessárias. Um abraço. Paulo.
Professor Paulo, a noticia mais triste do basquetebol brasileiro nesta temporada.
Ainda estou tentando entender.
Como uma equipe que melhora tanto em tão pouco tempo, não continua com seu técnico ?
Olha, é de doer a burrice e cegueira de certos dirigentes.
E Fabio, sim faço questão de participar e ajudar no que puder.
Um grande abraço Professor, o senhor terá outras oportunidades e claro, obrigado por este tempo à frente do Saldanha !
E mais uma vez a panela vence…
Prezado Henrique, aprendi muito nestes poucos meses de NBB, principalmente o quanto de rivalidade existe por trás dos cenários.Fazer parte da Liga envolve muitas artimanhas, e as parcerias, que deveriam ser coibidas, são os mais evidentes polos de injunções e interesses pouco transparentes. O acesso e o descenso seria a formula mais justa na composição das equipes disputantes de uma liga nacional, sem dúvida alguma, já que conquistadas nas quadras, e não em gabinetes. Melhoras e evoluções técnicas se transformam em infimos detalhes nesta modalidade de jogo, e por isso fiquei fora, já que somente entendo de treinamento, técnica, tática e orientação de equipes, muito pouco para quem somente se interessa pelo jogo, pelo grande jogo. Quem sabe possa ter uma nova oportunidade, de como sempre ocorre comigo, começar tudo de novo.
Vamos tentar levar o projeto dos estudos mais adiante. Logo me comunicarei com todos vocês que se interessarem pelo mesmo.
Um abraço, Paulo.
Será que venceu mesmo, Douglas? Me parece que aos poucos mudanças estão ocorrendo, e o fato mais promissor é a saida do limbo de muitos tecnicos jovens, que ao se indignarem vêm promovendo na grande rede um alerta de que não podemos continuar omissos a tantos disparates perpetrados e cometidos. Noto nos blogs um inicio de revolta aos anônimos, aqueles que opinam e muitas vezes agridem se postando nas sombras, covarde e dissimuladamente. Dando e mostrando as caras é que mudaremos esse doloroso panorama, com responsabilidade e coragem. Creio nessa mudança. Um abraço, Paulo Murilo.
Paulo:
Estoy siempre pendiente de su blog, y desearia subrayar algo que considero muy importante.
Cada entrenador tiene su manera de enfocar el basquetbol, lo unico comun es el dominar los fundamentos del basquetbol.
Pues existe mas de una manera de enfocar las cosas.
Usted en Saldaha hizo un trabajo excepcional, mostro su filosofia del basquetbol, diametralmente diferente a lo cotidiano del basquete brasiliero, de acuerdo a lo leido.
Soy un fiel creyente de la libertad del ser humano, que no todos somos iguales, percibimos las cosas de manera diferente. Cada uno de nosotros somos diferentes.
Felicitaciones a los entrenadores jovenes que lo ven como una opcion de modificacion a la estructura planteada.
Gracias por considerarme en el contexto de ayudar a engrandecer el basquetbol brasiieño.
Paulo, usted a trazado el camino. El basquetbol brasileño jamas sera el mismo.Cambiara para mejorar.
Es increible que alguien como usted, con su capacidad academica/practica no sea el instructor principal de los cursos de basquetbol en Brasil.
Que pena que no aprovechen en su pais el recurso humano altamente calificado, y usted es el ejemplo clasico.
En todo caso, mi querido Paulo, usted cuestiono seriamente la inercia y unilateralidad de la propuesta unica.
Nuestras felicitaciones por su lealtad, dedicacion y esfuerzo en pro del engrandecimiento del basquete.
En lo que pueda colaborar.
Respetuosamente.
O amigo.
Gil
Não Acredito!!! vou chorar!!! Dinheiro sempre acima de tudo!!! Infelizmente!!!
Tava ansioso por ver o Sr. novamente em ação Professor… Queria ver o Sr. atuando desde o início e incomodando as grandes equipes…
Lamento profundamente o fato… Espero que o Sr. ainda receba convites para dirigir equipes no NBB novamente… Sem o Sr. o campeonato nunca mais será o mesmo…
Gil, sempre tive a certeza de que poderia contar com sua ajuda em um projeto dessa natureza. Temos, os dois, nestes últimos anos propiciado bons ensinamentos aos jovens técnicos, e as respostas dos mesmos se caracterizam agora através apoios, pedidos e atitudes efetivas visando a melhoria de suas habilidades, talentos e uma imensa vontade de aprender.
Vamos então fazer suas vontades, propiciando conhecimentos técnicos e materiais a fim de progredirem em seus trabalhos e sonhos.Agora o material que você deixou comigo terá um destino condigno, de uso democratico e transparente,. assim como todo o nosso conhecimento acumulado por toda uma vida.
O Andre, a meu pedido, já está reformulando o site, de forma que tenhamos dois segmentos na grande rede, o de informações na forma de aulas segmentadas e progressivas, e um outro de material grafico e de midia, onde videos, diagramas, fotos e estatisticas estarão à disposição de todos aqueles tecnicos que os acessarem. Alguns e selecionados materiais, na forma de dvds serão comercializados a preços justos e acessiveis, formando um pequeno fundo de reserva financeira capacitado a produção de novos e fundamentais materiais, como pequenas publicações técnicas.
Enfim Gil, toda uma situação técnica e didática que poderá se materializar em encontros e clinicas pelo país. Já fui convidado para duas delas, em Pelotas no Rio Grande do Sul, e Cataguases em Minas Gerais.
Que tal estudarmos estas possibiliades, e poder contar com você aqui no Rio para umas clinicas durante suas férias?
São possibilidades reais em que vou investir daqui para diante, estando dirigindo equipes ou não.
Sugira-me idéias a respeito Gil, e quem sabe tenhamos um belo trabalho pela frente.
Um abração para você e a Luiza. Paulo.
Também não acreditei a principio, prezado Leo, mas já me conformei, apesar do conformismo nada ter com aceitação.Dificilmente torno a dirigir uma equipe da Liga, exatamente por traçar diferentes rumos, por não ler na mesma cartilha dos envolvidos no processo estratificado do nosso basquete. Foi uma experiência que vai ficar marcada como um exotismo pontual, algo fora do eixo comum, algo um tanto perigoso ao status quo. Mas continuo aqui na trincheira, e se por um dos acasos da vida uma nova chance for viabilizada, torno ao ponto interrompido e concluo um trabalho contestador e corajoso, talvez não o melhor, mas sem duvida um trabalho a ser discutido, analisado e avaliado por todos aqueles que amam o grande jogo.
Um abraço, Paulo Murilo.
Paulo:
Gracias por la invitacion. En mi proxima llegada a Rio sera un placer conversar de basquetbol.
Muy pronto le hare llegar un trabajo sobre el gran Coach John Wooden.
Jovenes entrenadores, el secreto del basquetbol es el que sus jugadores dominen/ejecuten los fundamentos de manera automatica.Por favor interiorizen este concepto.
Practiquelos sin importar el nivel del equipo o la estatura del jugador: todos juegan sin la pelota, driblan, pasan, defienden etc.
Al enseñar el basquetbol utilize el metodo: el todo, luego dividalo en pequeños fragmentos para luego irlo construyendo de nuevo en el todo.
Paulo me alegra profundamente el que sea invitado a ofrecer Clinicas en varias partes de Brasil.
Excelente idea de la nueva pagina que su web tendra, sera un placer enviarle alguna documentacion basquetbolistica.
Abrazos.
Gil
Prezado Professor Paulo Murilo,
Pelo pouco tempo que acesso seu blog e pela nossa troca de idéias, já percebo o quão competente é o seu trabalho e sua dedicação.
Fico ansioso esperando esse material didático para que eu possa aprender um pouquinho para melhor ensinar minhas alunas.
É muito interessante encontrar um profissional que trabalha com alto nível dar dicas tão boas para se trabalhar com iniciação.
Os poucos tecnicos e professores que conheci, de forma alguma generalizando, tratavam a criança como adulto em miniatura, de forma que eu mesmo reproduzia o que aprendi na graduação, confesso que isso acaba ficando enraizado, demorei um certo tempo para perceber que minha prática estava inadequada, aliás, ainda estou aprendendo…
Abraços,
Clayton.
Gil, conversei longamente hoje com meu filho André Luis(www.interadi.com.br)que é o basqueteiro da familia, e o autor e supervisor deste nosso blog. Discutimos a viabilização de uma nova página, ou mesmo um site voltado aos assuntos referentes à formação e orientação de novos técnicos, com matérias teórico práticas, artigos e muita midia grafica. É um projeto de dificil execução, mas contando com bons articulistas e professores, perfeitamente factível.
Elaborarei um ante projeto e envio a você para discutirmos a melhor forma de levá-lo adiante, e quem sabe o desenvolveremos à partir de janeiro de 2011. Que tal a idéia? Posso contar com você? Contatarei outros professores e técnicos que sequer foram ouvidos pela turma que criou a ENTB/CBB, e que não por acaso são os melhores deste pais. Tentarei também sensibilizar profissionais de outros países, com quem tenho a honra de privar de suas amizades.
Um abração Gil. Paulo.
Prezado Clayton, quando no país a confederação master do nosso basquete trata suas seleções de base, exatamente da forma que você definiu, como adultos, e não crianças e adolescentes, temos a obrigação de concluir que algo de muito errado vem ocorrendo em nossa formação de base. Agora mesmo vemos o Raulzinho e o Lucas, aos 18 anos serem “elegidos” por uma midia irresponsável, e por tecnicos de ocasião, como craques, inclusive clamando suas presenças na seleção principal, numa demonstração da mais absoluta ignorância do que venha a ser uma formação de largo espectro, do fisico ao psicomotor, da base fundamental ao técnico tático, da experiência competitiva à solidificação comportamental, enfim, do amadurecimento existencial, base da alta competição.
Por tudo isto é que sempre me rebelei ante tanta falta de bom senso, de responsabilidade frente aos desafios impostos pela natureza e pelo desenvolvimento humano. Estudar, pesquisar, experimentar, desenvolver e aplicar conhecimentos, são etapas obrigatórias aos que pretendem se lançar no campo do ensino e da técnica desportiva. Enfocando desde sempre esses pontos, é que venho tentando de todas as formas alertar para as falhas de nossa formação de base, infelizmente quase nunca ouvido.
Logo, se tudo correr como desejo, você e todos aqueles jovens técnicos que se esforçam em aprender, terão bons materias aqui postados, a fim de que colaboremos com a melhoria didático pedagógica no ensino do grande jogo.
Obrigado por sua importante audiência. Um abraço, Paulo Murilo.
Prezado professor Paulo Murilo,
Através desse blog aprendi muito mais sobre basquete do que na graduação ou nas buscas desesperadas por livros “especializados” em iniciação do basquete. Seria de grande utilidade para o basquete se esse plano de transformar seu blog em um portal multimídia sobre basquete. Eu recomendo esse site para todas pessoas que se interessem sobre o fundamento do basquete, ou sobre informações de detalhes deste jogo, que sem dúvida é um dos esportes que os pequenos detalhes fazem grandes diferenças no resultado final.
Estava ansioso para ver um trabalho completo em sua equipe adulta de alto nível, porém, como não será possível a princípio, estou ansioso para que esse material possa estar disponível tanto online como para compras online.
Abraço.
Bom, nesse sentido realmente estamos mudando… Digo que a patota ganhou, por enquanto, escondendo mais uma vez o senhor e sua “teoria” que na prática é MUITO efetiva…
Tive a oportunidade de ver ao vivo, na quadra em que alguns anos defendi o Clube Athletico Paulistano, e vi ali um time pasmo com a “novidade” que o senhor já anunciava por aqui há algum tempo e era desacredita até mesmo por mim, tendo vivido no basquete numerado (1,2,3,4,5) por toda a minha vida de aprendiz de jogador.
Realmente esses jovens técnicos e amantes do basquete que vêm até aqui procurar por informações realmente devem disseminá-las e, um dia, teremos algo diferente praticado aqui em terras tupiniquins. Não apenas o sistema adotado pelo senhor, não apenas o adotado atualmente (norte-americanizado), não apenas qualquer outro, mas todos, explorando melhor nossas peças absolutamente mutáveis e criativas, os jogadores brasileiros!
Você não avalia o quanto de felicidade ao ler seu comentário Douglas Amancio, pois sedimenta em mim a certeza de que esse blog tem alcançado sua proposta inicial-O blog Basquete Brasil discute a atualidade da modalidade no Brasil e suas implicações a um possível soerguimento técnico.
E sem duvida alguma iremos de encontro à proposta maior, proporcionar aos jovens técnicos do meu país toda informação que nos for possivel veicular, a fim de que os mesmos avancem as etapas necessárias ao seu desenvolvimento.
Muito obrigado, de coração.
Paulo Murilo.
Prezado Douglas, meu velho pai sempre me lembrava que “podem enterrar a verdade, matá-la, nunca”. Por isso continuo na luta, até quando a mente e o corpo aguentarem os trancos inevitáveis em nossa existência. E até lá, pode ter certeza, todos vocês, jovens técnicos, jamais lerão ou escutarão de mim para seguirem um único sistema, um único método, uma única escola. Direi e afirmarei sempre que se interem de todos eles, os estudem e pesquisem, para utilizá-los, adaptá-los ou divulgá-los na medida correta e sensata de suas plenas aplicações, sempre voltadas às necessidades dos recursos humanos disponíveis, dotando-os de ferramentas factíveis e aceitas, nunca impondo-as coercitivamente, como muitos o fazem em nosso meio,com a desculpa indesculpavel da globalização.
Enfim Douglas, que a luta continue, nas incertezas de vitorias e derrotas, mas sempre combatida com ardor e amor pelo grande jogo.
Um abraço, Paulo Murilo.
Professor Paulo Murilo,
Nao compactuo e não concordo com o comentário de uma pessoa que mostra em suas pequenas palavras o desconhecimento do grande jogo e falta de ética. Pessoas como estas precisam de técnicos que ao pedir tempo usam palavrões para dirigir e comandar.
De qualquer forma – nos técnicos de basquetebol reconhecemos o seu valor e contribuição para o esporte e isto é o que Vale! Em relação a seleção brasileira que está se preparando para o mundial, tive a oportunidade de assistir os jogos treinos no Brasil e estes são os meus comentarios:
1. Não podemos contestar os resultados alcançados pelo técnico argentino..
2. Assistindo o jogo pela TV – não pude observar nenhuma diferença na forma de atuar do Brasil – O time parecia que ainda estava sendo dirigido por Lula, Helio Rubens, etc…O que eu pude observar foi um maior comprometimento e mais seriedade dos jogadores e isto geralmente acontece no periodo de lua de mel entre técnico e jogadores
3. O Brasil da forma que atuou não terá condições de competir a nivel de mundial – pois a equipe com 3 armadores baixos e 2 pivots não é a formação ideal para os adversários que encontrarão na competição na Turquia.
4. A defesa ainda comete os mesmos erros básicos de outrora – ou seja, deixam nossos pivots Varejão e Splitter – desprotegidos e em situação de 1 contra 1 – pois os nossos armadores não sabem marcar o homem da bola – contra algum técnico esperto o Splitter e o Varejão não ficarão muito tempo na quadra pois sairão já no primeiro quarto com 2 faltas.
5. O sistema de ataque do Brasil era similar ao de nossos adversários pois estes utilizam jogadas e movimentações da NBA e não movimentações que venham a favorecer e a tirar vantagem da habilidade individual de nossos jogadores – ou seja não tem um jogo e forma brasileira de atacar
6. O Brasil marca mal o arremeso de 3 pontos e os bloqueios verticais e horizontais sem bola do adversario – movimentações estas muito utilizadas por equipes europeias
7. Para o Brasil ter sucesso na competição 5 jogadores pelo menos terão que ter uma performance de 70-80% de aproveitamento em todos os segmentos do jogo (física e técnica) com jogos diários – isto sera muito dificil manter e os nossos substitutos não estão no mesmo nivel dos que começam o jogo.
8. As substituições feitas durante o jogo a nivel de observação – não poderão ser feitas no mundial. Isto irá certamente influenciar na manutenção do rendimento técnico e fisico dos atletas principais de nossa equipe
9. A formação inicia do Brasil é muito baixa – Huertas, Leandrinho e Alex não terão como auxiliar no rebote defensivo e este será um dos maiore problemas do Brasil.
10. O aproveitamento do Brasil nos arremessos de fora do garrafão e de 3 pontos é muito baixo – e nossos atletas são baixos para penetrar no garrafão dos europeus com eficiência.
11. A equipe não demonstrou nestes jogos possuir plano de jogo para cada adversário – jogou da mesma forma com as mesmas alternâncias técnicas e táticas previsíveis
12. O técnico argentino já deve, hoje, estar analisando, e espero que corrigindo os erros na composição da equipe e os erros defensivos – porém eu não acho que ele conhece bem os jogadores e tenha tempo o suficiente para corrigir.
13. Acredito também que o sistema defensivo que deve ser usado contra as equipes europeias é um sistem de marcação combinada (triangle-and-two-ou box and 1) pois só assim o Brasil irá poder forçar a equipe adversária a jogar de uma outra forma ou a ter que se ajustar taticamente durante o jogo o que seria um fator positivo – Se marcar pura e simplesmente homem a homem voltaremos de uma competição mundial mais uma vez sem alcançar o sucesso esperado!
14. O Brasil só tem um armador – o Huertas -e continua dependendo dele para as armações táticas ofensivas da equipe – isto é um erro e o Brasil teria condições de fluir bem melhor no ataque jogando com 2 armadores. Do jeito que a seleção atuou aqui nos jogos amistosos, e se o Huertas tiver um dia ruim, ou se o marcador não o deixar jogar o Brasil não terá equilibrio ofensivo e isto é um grave erro!
15. O resultado do amistoso contra Porto Rico ja deve ter forçado o técnico argentino a ter que rever seus planos técnicos e táticos, e espero que ao chegar na Turquia estes planos tenham sido corrigidos, efetivados e implantados.
No mais só nos resta torcer – pois a falta de bons resultados em competições internacionais não é bom para nenhum de nos brasileiros que militam no grande jogo, tanto no Brasil quanto no exterior.
Seja o que Deus quizer!
Walter, se me permitir, assino embaixo de suas análises, precisas, irretocáveis. Muitos pretensos “conhecedores” do grande jogo não concordarão, e até se sentirão ofendidos, mas a realidade dos fatos você expôs na veia. Somente acrescentaria um penúltimo pormenor, o de não sabermos, e mesmo desconfiarmos do que venha a ser jogar com os pivôs, que segundo o Oscar, só servem para pegar rebotes, a fim de propiciar oportunidades aos matadores, principalmente os de três.Lamentável afirmação, de quem nos legou essa incontrolável hemorragia dos longos arremessos, desde as divisões iniciais de base, até a elite de nosso país. Agora mesmo, após os sete primeiros jogos do campeonato paulista, a média dos arremessos de três atingiu a incrivel marca de 64.8 tentativas!
E concluindo Walter, no excelente blog Bala na Cesta de hoje, o Fabio Balassiano anotou(…)”Os 84 x 68 talvez espelhem não a diferença entre os times, mas a diferença dos “dois basquetes” jogados nos dois países(…) (Sobre o jogo de hoje contra a Espanha).
Creio que o bom jornalista se enganou um pouco, pois assim aqui, como lá, o sistema único de jogo é utilizado, com uma diferença, os de lá praticam-no à base de fundamentos muito bem estruturados desde a mais tenra base, ao passo que nós…
Um abração Walter. Paulo.