A EQUIVOCADA ESTÉTICA…
“Patético, horripilante, inacreditável, uma vergonha, que venham os culpados, etc, etc “ , são comentários na internet sobre o jogo de hoje contra a Espanha, externados pelas mesmíssimas pessoas que até bem pouco teciam loas ao regresso triunfal de jogadoras consagradas, campeãs mundiais repaginadas, e até jogadora que condicionou sua volta à dispensa de um técnico, que por sua vez a aceitava de volta desde que pedisse desculpas públicas por ter se negado a retornar à quadra em uma competição olímpica. Não só teve recusada as desculpas, como perdeu seu cargo para um estrangeiro não comprometido com detalhes ínfimos, como as desculpas em questão, afinal, é problema nosso, não dele.
Isso posto, deu-se inicio a um trabalho absolutamente equivocado, já que de saída pecava pela ausência do respeito à disciplina, às tradições, ao exemplo às novas gerações, à renovação estratégica visando as competições olímpicas de 2012 e 2016, priorizando uma competição a qual se apresentava com uma equipe cuja media de idade ultrapassava os 28 anos, assim como entregava a um técnico absolutamente desinformado sobre a nossa realidade técnica e de formação básica os destinos de uma seleção balizadora de futuros projetos que rumariam para aquelas competições maiores.
E este balizamento deveria ser estruturado numa sólida preparação técnico tática, com realce nas condições de técnica individual, futuro lastro para situações táticas relevantes e inovadoras.
Mas a dura realidade, agora exposta, foi a antítese do que deveria ter sido implementado, tanto no aspecto técnico, como no fator humano, onde a ausência lamentável de um verdadeiro projeto de intenções, culminou com o desastre que ora testemunhamos.
Simplificando o debate que se estabelecerá daqui por diante, um detalhe salta aos olhos mal ou bem treinados nas minúcias do grande jogo, o fato inconteste de ser absolutamente inaceitável uma seleção de elite brasileira cometer 17 erros de fundamentos em dois quartos iniciais de uma partida de mundial, principalmente nos passes e nos dribles, um absurdo indesculpável.
A seleção espanhola, que jogava rigorosamente igual a nossa no sentido tático, simplesmente decodificou nossas ações ( acessem o artigo Engenharia Reversa aqui publicado em 15/01/07) ofensivas, antecipando seu sistema defensivo às nossas jogadas, destruindo-o, além de se utilizarem seguidamente seu jogo interior com pivôs rápidas e ágeis, contra defensoras lentas e obesas, que vem sendo nossa marca registrada nos últimos anos. Jogadoras muito jovens e talentosas como Damiris e Franciele têm de ser afastadas desse processo de engorda absurdo e despropositado, advindos de uma estética deturpada e equivocada que teimamos em desenvolver em nossa formação de base.
Enfim, dentro de uma realidade irrefutável e indiscutível que ora nos deparamos, urge de forma radical e definitiva o reprocessamento de nossos objetivos e competentes planejamentos, e não só no feminino, no masculino também, para que não nos arrependamos um pouco mais adiante pela omissão e pelas desculpas, não tanto esfarrapadas, mas acima de tudo, trágicas.
Chegou a hora, inadiável, de repensarmos o grande jogo.
Amém.
O que falar do jogo de hoje ?
Horripilante.
Iziane ? Talvez a pior atleta que já vi com a camisa da seleção brasileira desde quando vejo os jogos … lá por 92 …
E por essa “estrela” jogamos fora um trabalho que teve erros (Bassul) mas pelo menos era antenado com o nosso jogo.
O que dizer da Diretora Hortência ?
Sinceramente Professor, terminar de ver o Mundial Feminino é tarefa para poucos. Repito isso e digo mais, é tarefa das mais ingratas.
Já ligo a tv sabendo que serão mais 40 minutos de péssimo basquetebol. De nenhuma produção nos dois lados da quadra. Uma verdadeira vergonha …
Uma pena. Jogamos no lixo, mais uma vez, uma geração (anos 90) que poderia ter deixado um legado de como jogar, da nossa escola brasileira e como fazer bom basquetebol.
Nada fizemos, está aí o resultado.
Um abraço.
Se contra a Espanha atuamos de uma forma desastrada, fico imaginando contra a Russia na segunda feira. Se a equipe não tomar sérias precauções poderá sofrer uma queda irrecuperável para o restante da competição.Quem sabe se apostando nas jovens teriamos mais energias e disposição competitiva?
A essa altura não custava tentar…
Um abraço Henrique. Paulo.
Professor,
Tudo bem? A que preco? Toda esta situacao vivida de nossas selecoes foi antecipada e amplamente discutida aqui. O pior e que estes tecnicos estrangeiros possivelmente nao estarao renovando seus respectivos contratos com a CBB.
Ja nao basta colocar o Brasil, um pais de tradicao no basquetebol e que sempre foi dirigido por Brasileiros na mao de profissionais estrangeiros, por sinal com salarios astronomicos, nunca antes pago a tecnicos nacionais e os dirigentes da CBB desrespeitarem a capacidade dos tecnicos brasileiros na midia nacional e internacional com suas descabidas e desrespeitosas entrevistas? Professor Paulo tudo isto e muito revoltante…. Pois o que estamos observando nao e basquetebol profissional tecnico, tatico e psicologico… Estava assistindo ao jogo da Espanha e nao pude observar detalhes tecnicose taticos na performance do Brasil que justifique que esta equipe feminina seja dirigida por tecnico profissional estrangeiro, ou seja em momentos de fechar o jogo contra a Corea ou contra a Espanha, nos ultimos 15 segundos para terminar o 2o-quarto, a equipe naos abia o que fazer??? Isto e brincadeira??? Em relacao ao masculino, e as trocas multiplas nos ultimos 4 minutos do jogo importnate para a classificacao do Brasil para as 4as- definal contra a Argentina, mostrou que o tecnico pouco sentiu e compreendeu a equipe que estava dirigindo…nao sabendo colocar as pecas certas nos momentos certos e criticos de cada jogo… agora estets tecnicos como o da selecao feminina estao criticando a fraca performance as jogadoras e a estes mesmos dirgentes que assassinaram a reputacao e a imagem do tecnico de basquetebol brasileiro no mundo!! Eu sei porque estou no momento pssando e vivendo tal descriminacao… Ou seja porque um clube profissional no exterior deve contratar um tecnico de basquetebol brasileiro quando a sua propria selecao nao e dirigida por brasileiros? Mas gracas a Deus a reputacao criada no exterior e os resultados obtidos minimizam esta situacao e questionamento mas nao minimizam para tecnicos mais jovens que queiram ou almejam dirigir no exterior… Isto tudo e lastimavel a a que preco????
Ate breve – professor
Pesquisando comentarios sobre o jogo de ontem entre Brasil e Espanha, chegue ate aqui. No sou brasileiro e gostaria preguntar si vcs realmente nao enchergam a falta de fundamentos que tem as meninas brasileiras, a falta de leitura de jogo, todo eso nao é de agora (tecnico espanhol o argentino), os coitados estao tentando resolver problemas matematicos para jogadores que apenas sabem somar e restar.
Cuantos tecnicos brasileiros tem em Europa? Sera que Chupeta, Lula, Bial, Bassul o Ferreto tiveram propostas de Europa e nao forom para lá deviso ao baixo nivel que tem por Europa??? Por favor..
Cuantos jogadores brasileiros formados en Brasil estao jogando na Europa??
E quantos forom formados lá??
Em Europa queremos um Huertas para formar que um Machado formado (este ultimo jogo em LEB e aqui e o melhor jogador).
Russia dirigida por um americano, España por um italiano, Grecia por um lituano…. s. XXI. Qual é o problema.
Para o cara que esta pasando e vivendo esta situaçao…se vc e o melhor va a ter trabalho sempre menos em Brasil que aqui ainda funciona “o padrino”.
Cuantos tecnicos tem em Brasil dirigendo times adultos com menos de 40 anos??? Renovaçao e atualizaçao tambem para os tecnicos nao solo para os jogadores, que culpa tem Machado sino tem outro matador mas novo o a Helen sino tem outra armadora que pense……
Se cuiden e sorte para Brasil
Caro Pablo,
O problema não é de onde o técnico vem e se o país tem qualidade na modalidade ou não.
O problema é o conhecimento indigente do Sr. Colinas, a sua falta de capacidade de liderança, técnica, tática e falta total do conhecimento das características básicas de cada atleta brasileira.
O problema é que a Espanha nunca teve um basquete feminino melhor que o Brasil ou realmente representativo em termos mundiais, apesar de toda sua ótima estrutura e organização e apesar dos técnicos daqui serem estes que vc citou. O basquete feminino espanhol é feio, pobre, mal-jogado, não tem “punch”, pra melhorar um pouquinho a cena horrorosa tiveram que naturalizar americanas. Tirando a Valdemoro o restante é uma “Argentina fisicamente melhorada”.
Será que é preciso muito conhecimento e experiência européia pra mandar a Helen jogar a bola pro alto e torcer pra Érika dominar ela contra pivôs asiáticas de 1,83m?
Por quê um técnico “excelente” europeu atualizadíssimo coloca a Alessandra na cabeça do garrafão e a Silvia Gustavo embaixo da tabela?
Este tipo de “ajuda” estrangeira é totalmente dispensável.
Walter, concordo com suas dúvidas e angústias, plenamente. Mas o que fazer ante tanta incúria administrativa implantada por dirigentes absolutamente incapazes? Muito pouco politicamente, mas bastante tecnicamente, se teimarmos em ir adiante, bastando que uma união se faça presente. E essa liga de pensamentos e ações é que está sendo alvo de toda sorte de empecilhos, de barreiras dificeis de ultrapassar, mas não impossíveis.E uma delas é a pretensa desculpa globalizante sobre o grande jogo, onde o sistema único maciçamente presente no récem findo mundial foi contestado,ironicamente, pelo país que o criou e divulgou mundo afora, os Estados Unidos, vencedor da competição, numa jogada maestra do coach K, num recado direto de quem sabe como ninguém, se manter na liderança de uma modalidade, que afiança e sedimenta a mesma ante a comunidade mundial.
Nossa situação técnico tática e de preparação de novas gerações, sabemos bem, se encontra no limbo da história, e que será muito dificil sua sua saída de lá, mas como afirmei antes, não impossivel.Precisamos reagir, lutar, intentar, trabalhar mais e mais, e quem sabe, mudanças poderão vir a ocorrer. Vai ser dificil? Sim, muito. Vai ser possível? Sem dúvida. Numa terra de milagres impossiveis, de sobrevivência heroica, de um povo sacrificado e trabalhador, tudo se torna possivel.
Continuemos a trabalhar, estudar e pesquisar Walter, com a visão voltada a um futuro promissor, que acredito chegará. É o que me impulsiona a continuar, fé, somente, fé em dias melhores.
Um abraço caloroso. Paulo.
Pablo, todos sabem que essa é visão que os estrangeiros tem do basquete brasileiro, e é capaz de que se você escrever esse seu comentário em um blog que o público é somente de torcedores, alguém vai protestar veemente contra a afronta ao orgulho nacional.
É de chorar de raiva a apatia e a falta de “culhão” (no sentido figurado, obviamente) apresentado nos 3 jogos. Contra a Espanha parecia adulto contra juvenil, foi pouquíssimo 12 pontos de desvantagem, se não fossem os arremessos de 3 da Hellen e a pane no time espanhol no final do 1º e no início do 4º quarto teríamos nos igualado a mali e coreia nas surras sofridas.
Ainda bem que vou trabalhar amanhã a tarde e vou vencer a tentação de assistir os jogos do Brasil, pois sinto vergonha a distância.
Culpa de quem?
Sim prezado Pablo, como você afirma,talvez muitos de nós( não todos…) não enxerguem as deficiências técnicas, e até educacionais de nossas jogadoras(es)apontadas por você, assim como bem compreendemos a forma de como vocês oportunisticamente se aproveitam disso, num resquício das politicas coloniais que tão bem souberam implantar no novo mundo, onde os “coitados” mencionados por você ainda teimam em se refastelar por sobre nossas migalhas, e regiamente pagos em polpudos euros.
Técnicos tupiniquins na Europa? Muitos lá estiveram, numa época em que perdiam seguida e históricamente para nós, e inclusive deixando por lá sementes que brotaram, a ponto de hoje alguns nos vencerem.
E não custa nada formular uma simples questão- Por que preferem um Huertas para formar? Por acaso não são capazes de gerarem um, vários, muitos, milhares, ou suas qualidades genéticas se perderam nas trilhas do velho mundo?
Ah, e não se esqueça de que a nação campeã mundial em todas as categorias(ranking FIBA), os Estados Unidos, só tem técnicos americanos no comando, assim como todos os titulos mundiais e olímpicos que nós, os ignorantes e subdesenvolvidos conquistamos, tiveran como timoneiros técnicos brasileiros, todos!
Sem dúvida alguma ainda teremos muito o que aprender para nos desvencilharmos de heranças coloniais, como as capitânias hereditárias e as Missiones, herdadas de nossa colonização ibérica, totalmente centrada onde? Onde? Acertou prezado Pablo, no apadrinhamento lídimo e escancarado, no racismo e na escravidão, ou você ousa negar tais evidências?
Quanto à direção de nossas equipes, se são lideranças velhas ou jovens, creio ser problema nosso, carecendo de opiniões exógenas e pouco ou nada relevantes para nós.
Finalmente, não se preocupe, saberemos nos cuidar no devido tempo, assim como manteremos sempre a porta aberta aos estrangeiros, mesmo os que nos criticam injusta e ignorantemente.
Se cuida Pablo.
Paulo Murilo.
Caro Paulo Murilo,
Eu falei de basquete e vc deu uma aula de historia antropologica, espero que vcs nao ficarem en esa epoca.
Infelizmente nos nao temos o fisico que Brasil tem. Em isso concordo com vc….
La gestao dos times como vc falou é responsabildade de vcs mas olhem um pais como Brasil que tem ¿190? milhones de pessoas quantos destaques tem?
Cielo formado en EEUU.
Splitter formado en Espanha. Por certo, o senhor acha que si ele tivesse ficado en Brasil nao seria um Murilo? (sempre com respeito, falando a nivel esportivo).
Leandrinho, que eu vi no aeroporto e ninguem conocia. Pregunte para Gasol, Parker si eles podem caminar pela rua.
Massa que ainda ganhou nada, mas vamos a torcer.
Futebol em geral, ultimos dos mundiais ficando em quartas, falando adulto masculino por que nao se si acompanho os campeonatos femininos sub¿? que perdieram ate de Coreia.
Por nao falar dela educaçao esportiva sempre gestionada por vcs….Neymar, Iziane, Bruno, Adriano, Vagner Love, Romario…….
Um abraço
Pablo, lamento informá-lo, mas essa seleção que vc diz que carece de fundamentos básicos é formada por 3 gerações vencedoras no basquete internacional e foi trabalhada sim por técnicos brasileiros.
Alessandra e Hélen fazem parte das conquistas históricas com o Miguel Ângelo e nunca treinaram com estrangeiros em seus clubes (assim como Paula, Hortência e Janeth também não) antes de terem essas conquistas.
Kelly e Adrianinha ganharam bronze em Sydney com o Barbosa e também só trabalharam com técnicos brasileiros para chegar lá
Sílvia, Érica, Karen e Fernanda foram prata com o Bassul no Mundial Sub21 em 2003 ganhando inclusive dos USA na primeira fase (que depois foram campeões)com uma seleção formada por diversas jogadoras que hoje são destaques na WNBA
Iziane acabou de ser vice campeã na WNBA
A verdade é que um trabalho de um técnico tem que ser avaliado por fazer ou não sua equipe jogar no limite e essa equipe brasileira está muito longe de jogar tudo o que pode. Os excessivos erros de passe por parte de atletas desse nível não são questão de fundamento e sim de uma desordem tática total!!!
E vamos aos seus exemplos no masculino:
Espanha tem um italiano = tomou pau
Grécia tem um lituano = tomou pau
Rússia tem um americano = tomou pau
Lamento mas não foram exemplos animadores
Me esqueci Pablo, que a toda poderosa Espanha a que vc se refere perdeu para nossas meninas mal fundamentadas dentro de Madrid em 2008 e com um pequeno detalhe. Um Brasil sem Adrianinha, sem Alessandra, sem Hélen e sem Érica.
Lamento, mas a Espanha pode ter mais investimento para fazer campeonatos remunerando bem seus técnicos e atletas, mas sem os atletas estrangeiros que jogam a Liga Espanhola o nível da mesma seria uma piada.
Carlos, entao desculpe… que o basquete brasileiro e o esporte geral em Brasil continue do jeito que ele esta que para vcs esta muito bom.
Sobre o basquete em particular o problema é do espanhol (3 meses em Brasil) e do argentino (mesma coisa).
Se cuiden
Russia campeao de Europa tres anos atras, Grecia vice campeao olimpica no 2008 e Espanha que vou a falar….
Nao preciso ir ate 1994 de Ale y Helen o 2000 das outras jogadoras….
Si para vc nao sao exemplos animadores, continue olhando para Brasil.
Nao tem maior cego que aquel que nao quer ver.
É minha opiniao, tal vez este errado.
De novo, muita sorte para o esporte brasileiro.Orgulho dos Brunos, Neymares, Izianes, etc……
O fundamento destas jogadoras brasileiras ser ruim e defasado não faz o técnico ser bom ou estar isento.
3 meses treinando pra não ter uma variação defensiva.
3 meses treinando pra não ter nenhuma coerência nas substituições.
Caro Pablo, com todos os problemas internos (que ainda são muitos) na formação esportiva aqui no Brasil, o Paulo Bassul é infinitamente mais técnico que o senhor Colinas.
Ah, mais uma coisa: a excelente formação espanhola não fará essa seleção feminina da Espanha figurar entre os 3 do mundo tão cedo. E se tirar as americanas naturalizadas não fica nem entre os 6 melhores.
Prezado Pablo, o basquete também está incluido em estudos antropológicos, como parte da cultura de um povo, ai incluido o de seu país, ou não?
Nossa biotipologia é produto de uma miscegenação continental, base de nossa eugenia, formula inteligente e natural para sobrevivermos às agressões e restrições de que fomos vitimas no processo colonizatório.Sinto muito que o purismo étnico seja majoritario em seu país, mas que o torna históricamente imbatível no Hóquei sobre rodas, na pelota basca, e nas touradas, o que não é pouco.
Sim, temos 190 milhões de habitantes, que aos poucos vão se impondo ao mundo pelo trabalho, liderando na agricultura, no agronegócio,na prospecção petrolífera, na pecuária,na ciência computacional, médica e ciêntífica, nas industrias aeronáutica, automotiva, de aceria, de manufaturados, de serviços, nos carburantes ecológicos,e por que não, nas atividades desportivas, onde somos 5 vezes campeões mundiais de futebol, 8 vezes no automobilismo, lideres no volei, na vela, no futsal,com titulos mundiais e olimpicos no…isso mesmo Pablo, no basquete também. E tudo isto alcançado e conquistado dentro de uma realidade ainda muito afastada de uma base educacional verdadeiramente democratica e pluralista. Mas lá chegaremos, por merecimento e em cumprimento ao ciclo histórico que toda grande nação tem de percorrer, ou você duvida disso?
Garanto a você de que se o Parker e o Gasol passearem nús em Copacabna ninguém os notarão, a não ser como turistas exóticos…
Quanto ao fato dos desmandos de alguns de nossos atletas, os vemos como exemplos a não serem seguidos, num patamar muito inferior à enxurrada de escandalos de doping que vem abalando o meio do desporto profissional na América e na Europa, como no ciclismo, para exemplificar.
Como podemos atestar prezado Pablo, nós do terceiro mundo ainda não aprendemos a dissociar o basquete de nossa realidade politico social, como pretendem as potências hegemônicas atreladas à globalização de uma NBA e congeneres.Talvez, quem sabe, encontremos um outro caminho, uma outra e sensata solução, quem sabe…
Um abraço, Paulo Murilo.
Professor, …lendo este seu comentário , lembrei de um fato ocorrido no verão deste ano, quando fazíamos treino na pré-temporada de atletas em uma escola aqui na minha cidade. Um fato que ilustra seu comentário. Um atleta advindo de outra cidade , atleta de um tradicional clube do RS,15 anos, ala-pivô, praticante desde as categorias inferiores, primo de um dos meus atletas , pediu para realizar aquela semana de treinos juntamente conosco, afim de manter-se em atividade, visto que estava passando férias por aqui . Como de costume trabalho arduamente os fundamentos do jogo, ainda mais em pré-temporada. Para minha estranheza e do restante da equipe, nosso visitante tinha enormes dificuldades em realizar exercícios de controle da bola, parado e em movimentação, dificuldades de dinâmica de movimentação, trabalho de pernas muito fraco, apesar da altura 1,90 pude constatar que estava acima do peso. Conversamos e disse que nunca tinha treinado com aquela intensidade os fundamentos, que no clube “ treinamos só o tático e muita musculação e alguns arremessos”….!!!!!
João – Alegrete/RS
E o que você acha que ocorre na maioria das equipes brasileiras, incluindo as de elite, prezado João?
Esse é o retrato da nossa realidade, sem tirar nem por, lamentavelmente.
Você ai em sua escola no extremo sul do país, no ambiente que deveria ser a forja do esporte nacional, não só o da base futura das competições, mas como complemento da educação plena e constitucional de nossos futuros cidadãos, testemunha uma dura e exemplar realidade do que se faz de errado na formação de nossos jovens, excluidos de uma politica de implemento das atividades fisicas em sua formação básica, onde a aprendizagem dos fundamentos do jogo, representa uma das etapas necessárias ao processo educacional, que é proposital e criminosamente omitido, restringindo e limitando suas oportunidades futuras.
Por tudo isto, parabenizo a você por estar abrindo caminhos a esses jovens que dirige e orienta, detentores que são do pleno direito de aprender, de se educarem.
Mas tenho a plena certeza de que o seu exemplo é seguido por muitos professores e técnicos nesse imenso país, tão carente de ações como a sua. Sucesso no seu trabalho, que sei o quanto é sacrificado e muito pouco reconhecido e pago.
Paulo Murilo.
Helen e Alessandra estarem na Seleção com quase 40 anos de idade mostra que estamos muito mal.
Isso não é FRUTO de geração vencedora como disseram aí cima.
E sim FRUTO DE GERAÇÃO DERROTADA.
Por que, se fossemos vencedores, elas estariam a essa hora comentando os jogos por alguma emissora e não dentro de quadra por não ter NENHUMA RENOVAÇÃO.
Concordo com você Henrique, realmente estamos muito mal, mas não só no feminino, no masculino também. E vêm à cena discursos sobre 2012, 2016…
Só podem estar brincando, e com coisa muito séria, só possivel num país que relega nossa educação a zero.
Mas esse é um assunto nosso, privado, dispensando pitacos e opiniões nem sempre abalizadas de politicos e arrivistas de terceira categoria, incluso desinformados estrangeiros. Nós, e somente nós é que temos de resolvê-lo.
Paulo.