O SÉTIMO DIA EM CABO FRIO…
Hoje, sétimo dia em Cabo Frio, treinamos para o jogo contra o Tijuca amanhã, quinta feira.
Conversamos muito sobre o jogo de terça com Macaé, quando previsíveis erros foram cometidos, pela premência de tempo, locais e estrutura para evitá-los. Antes, pela tarde, assistimos ao vídeo do jogo, realizado por um de nossos jogadores que não atuou, e editado pela esposa de outro, numa ação entre amigos elogiável, mas que deveria fazer parte de uma pequena equipe de apoio a sustentar um setor técnico indispensável a uma equipe de alta competição.
Dirimimos dúvidas técnicas e posicionamentos táticos, mesmo sabedores que alguns ainda deverão ser repetidos pela ausência de trabalho prático, impossível de serem corrigidos em um único treino antecedente ao jogo de amanhã. Mas todo esforço que pudéssemos despender seria valido em função da diminuição, e mesmo administração dos mesmos.
E assim foi, numa ação intensa, detalhada e disputada com atenção e cuidado. Aproveitamos para reintegrar um jogador ausente dos treinos iniciais, assim como colocar em jogo outro que não participara do jogo de ontem por problemas em sua inscrição na CBB.
Logo, teremos para o jogo cinco opções de banco, que poderá representar uma grande diferença, se comparada com as três do jogo anterior.
Estarei, como ontem, sozinho no banco, o que continuarei a lamentar, mas como o prometido e compromissado junto aos jogadores, me despedirei da equipe cumprindo o estabelecido, mesmo que a recíproca administrativa e econômica jamais pensou em ser verdadeira.
Como bom professor, e melhor aluno que sou, aprendi, e o mais importante, apreendi de forma presente, todo um processo rasteiro que levou o grande jogo de roldão nos últimos 20 anos, compreendendo-o agora, pelo lado de dentro, sua pseudo-estrutura, confirmando em toda sua plenitude o lema constante do MSN do presidente da Liga Cabofriense de Basquete, que solenemente afirma – VENCER NA POLÍTICA NÃO É TUDO. É A ÚNICA COISA.
Bem intencionado, caí e me embaracei numa rede de falsas promessas contratuais, fato indesculpável, não tendo nada mais a dizer. Perdoem-me.
Amém.
Prof. Paulo,
Uma porta se fecha, mas duas se abrem.
Já dizia o filósofo popular, “Só quem está aceso é que pode incendiar”, e essa experiência em Cabo Frio valida e valoriza a sua disposição em colaborar do lado de dentro da quadra, na prática, com o nosso basquetebol.
Como disse antes, havendo a possibilidade logística, não permitirei que fique sozinho no banco em sua próxima empreitada.
Continue firme, o mundo gira e rápido, o recomeço pra valer é só uma questão de tempo,
Abração
Los avatares de ser entrenador.
Paulo felicitaciones por el esfuerzo tanto a usted como a los dedicados y motivados jugadores, quienes son y deben ser nuestro foco de dedicacion.
Cuando vi su foto solitario en el banco, me puse a sonreir pues me recordo los años 1973, 74 y 75 cuando entrenaba en mi ciudad natal alla en El Salvador , basicamente solo con el apoyo del Director de la Institucion y por supuesto el entusiamo desbordante de mis jovenes jugadores.
Entrenabamos la mayoria de las veces en una cancha de basquetbol en la que un tablero estaba incompleto, pero era el unico de los dos que tenia el aro en la posicion correcta, el otro tablero estaba completo pero el aro estaba caido.
Dicha experiencia me llevo en los años posteriores a ganar el Campeonato Nacional Sub-17 en cuatro veces de cinco intentos, con otra Institucion Educativa : DEFENSA !!! DEFENSA !!!, y mas DEFENSA !!! .
Hey !! con el mayor de los respetos, me transporto mentalmente a mis inicios como entrenador.
Un abrazo de los enormes a usted y sus jugadores.
Gil
Você tem razão Fabio, mas se nos detivermos no fator tempo, são cinco décadas de trabalho, com perspectivas favoráveis ou não, dedicação sempre presente, sacrificio, renúncia, sempre junto aos jogadores, os verdadeiros e únicos artífices do jogo em sí, sempre assaltados, assim como eu, por aventureiros e arrivistas, que em nome de justos e honestos valores, locupletam seus objetivos politicos e espúrios, que alcançados, eliminam os verdadeiros e sempre esquecidos protagonistas.
Sinto-me cansado de tanta hipocrisia e pusilanimidade, e se ainda não desisto, é porque o amor ao grande jogo se supera e se renova.
Obrigado pelo permanente apoio Fabio.
Abraços, Paulo.
Bem sei que em todo começo a solidão de um banco faz parte da formação do caráter de um técnico, amigo Gil, mas no terço final de uma existência doi e machuca demais, já que injusta e até certo ponto cruel. Mas vida que segue Gil, e agora para a semana a publicação teste do site do nosso CBEB, com matérias de nós três, que tal?
Um abração, extensivo a Luiza. Paulo.
Excelente noticia.
Espero que el material que CBEB publicara les agrade a tan amable y profesional audiencia.
Gracias por el saludo a Luisa.
Gil
Gil, as matérias enviadas por você e pelo Walter, somadas às que já reservei, formam uma galeria temática que, sem dúvida alguma, levará aos jovens técnicos do país informações de alta qualidade, propiciando estudos que os beneficiarão em seus trabalhos na base, e na preparação e direção de equipes.
Um abração. Paulo.