O MAGNANO DE ONTEM…
Assunto Magnano y el Flex Offense
Remetente gil guadron Add contact
Para paulomurilo
Data Hoje 08:59
Sin pretender ofender.
Paulo he leido su ultimo articulo y le envio algunas acotaciones de Magnano, publicadas en el libro ” NBA COACHES PLAYBOOK “,, publicado por Human Kinetics, 2009. con el aval de National Basketball Coaches Association, con Giorgio Gandolfi como Editor.
Ruben Magnano publica un articulo llamado — FLEX OFFENSE– capitulo 8, paginas 135 – 146.
En esencia este tipo de ataque utiliza dos pasadores. Magnano en dicho articulo habla que su ataque se basa en su defensa, insiste en el juego de transicion , lease salida rapida.
Argumenta que le agrado este sistema de ataque cuando entrenaba niveles jovenes en Argentina. De tal manera que cuando llega como entrenador de la seleccion Mayor continua utilizando el FLEX ( yo lo utilize en mis equipos semi-profesionales en El Salvador en 1981 -1983 ).
Magnano menciona en dicho articulo que el FLEX se adecuaba mejor a las caracteristicas de los jugadores argentinos, y a la estructura del equipo en general, pues:
1- carecian de un centro dominante,
2-no eran muy fuertes en el 1 x 1, pero si en los movimientos sin pelota.
3-aprovechar la versatilidad de los jugadores.
4-cada jugador sea una verdadera amenaza ofensiva, y
6-el FLEX tiene movimientos constantes ( cortes y pantallas ) que a la larga confundia a los rivales.
Gil
Recebi esse email do técnico e amigo Gil Guadron, que lança uma sutil e reveladora faceta do técnico campeão olímpico que nos dirige, Rubén Magnano. E uma faceta das mais favoráveis, pois defende com propriedade a dupla armação, e inclusive enumera suas vantagens na constituição de uma equipe que não possui um pivô dominante, ou mesmo, não pratica com razoável destreza o jogo de 1 x 1, mas que apresenta habilidades no jogo sem a bola. Em miúdos, uma equipe com deficiências nos fundamentos, mas com qualidades outras, como a velocidade, aspectos que muito se assemelham à nossa seleção.
Aliás, em muitos aspectos técnicos, foi esse um dos critérios adotados pelo excelente técnico quando da direção da formidável equipe argentina campeã olímpica, constituída de pivôs ágeis e técnicos, sem serem dominantes, servidos e municiados pela dupla armação, habilidosa e determinante.
Porém, em alguns e fulcrais pontos, esses critérios tendem a não serem aplicados na seleção, frente a uma equivocada( por mais uma vez…) convocação, onde a presença de muitos pivôs de força, e poucos armadores puros, o levarão irremediavelmente ao sistema único, com o indefectível 1, o armador que todos aqueles que pensam entender e explicar o grande jogo defendem. Talvez nesse ponto, a convocação do Larry encontre sua óbvia explicação, ao ser o mais categorizado ( na opinião maciça dos colunistas…) para a reserva, e conseqüente rotação, do já alçado capitão da equipe, o Huertas, e um outro, não necessariamente um armador de oficio ( como um Alex ou Marcelo) que ficaria de regra três na eventualidade sempre presente de um acúmulo de faltas de um dos dois.
E nesse ponto me pergunto- porque o coerente defensor de longuíssima data ( desde as divisões de base argentinas) da dupla armação, e dos pivôs de alta mobilidade, se deixou levar, por mais uma vez, a uma convocação antítese desse posicionamento técnico, responsável por sua maior conquista? Influências de sua experimentadíssima assessoria técnica, composta, inclusive de gênios abaixo dos 40 anos, um deles com somente 1 ano de profissão? Ou uma leitura personalíssima do jogo que praticamos, ou mesmo da pobreza franciscana de nossos jogadores sobre os fundamentos do mesmo?
Eis ai o grande ponto, o cruzamento de vias que nos levarão ou não, a uma olimpíada depois de 16 anos, quando somente uma quebra da mesmice técnico tática endêmica que nos escraviza pelo cabresto do sistema único, nos daria uma real chance de sucesso, pois se professarmos o mesmo comportamento tático dos demais concorrentes, estaremos correndo o real e palpável perigo de somente participarmos daquela olimpíada da qual já estamos classificados, por sermos os patrocinadores.
Torço energicamente, para que o Magnano retorne aos seus primórdios, e que estabeleça em nossa seleção novos e arejados tempos, e que bem poderiam começar pela dupla armação e pelos pivôs ágeis e velozes sendo abastecidos próximos à cesta, e não apanhadores de rebotes frutos da insânia dos três, nossa até agora, marca registrada. E se preciso for corrigir sérias falhas convocatórias, que corajosamente as faça, pois ainda temos algum e precioso tempo.
Amém.
Professor,
nós somos sonhadores. Jogar com dois armadores e pivôs ágeis. Isso pressupõe duas duplas: Huertas e Larry ou Nezinho e Raulzinho. Ou qualquer outra combinação que se puder imaginar com esses quatro atletas, por que não há tempo para entrosar as duplas. E não há experiência e basquete nesses jogadores para isso.
Flex offense! É uma dor de cabeça isso quando bem treinada e pegar um time com deficiências na marcação. Nem o Brasil é bem treinado, nem as defesas adversárias são novatas na marcação. E tem a versão francesa, baseada naquele time vencedor de uns anos atrás que depois nem vaga para Pequim/2008 conseguiu.
Enfim, continuo contra os estrangeiros. Primeiro Moncho, colinas e Magnano. Agora Magnano agrega seu compadre Fernando Duró e um americano (Larry). Tenham dó (pra rimar)!
Exato Carlos, seu pressuposto está correto, e ai uma constatação – se dentro deste sistema de dupla armação, onde os jogadores se auxiliam e amparam permanentemente, facilitando a progressão da bola, e em consequência, o desenvolvimento das tramas e jogadas de ataque, você antevê dificuldades pelos mesmos não possuirem basquete para utilizá-lo, o que então esperar ante a solidão de um só armador?
Se em 20 dias de treinamento intenso consegui fazer jogar a dupla armação e a trinca de pivôs no humilde Saldanha, por que não o técnico campeão olimpico, imensamente mais laureado e prepaqrado do que eu, tendo em mãos a elite do nosso basquete, acessorado pelos mais brilhantes técnicos nacionais, e ainda sendo um dos responsáveis pelo ambicioso projeto de reestruturação de nossa base? E mais, sendo o signatário da matéria mencionada no artigo anterior a este, no Year Book da NBA, onde confessa sua mais profunda admiração pelo sistema em pauta?
Dores de cabeça Carlos, advirão quando enfrentarmos equipes cansadas de conhecerem como jogamos, atuamos e reagimos dentro do sistema que todos eles utilizam, com uma pequena vantagem a mais, terem jogadores de 1 a 5 tão bons ou melhores que os nossos.
Não me considero um sonhador Carlos, e a prova maior foi ter enfrentado a dura realidade do NBB2, onde consegui avançar técnico taticamente um pouco mais adiante, sendo premiado com o afastamento duro e injusto. Por isso, torno a afirmar que estaremos muito longe de um sonho, se não adotarmos algo instigante, ousado e corajoso na seleção. O Magnano lá no seu intimo de excelente técnico que é, sabe que tenho razão.
Um abraço, Paulo Murilo.
Senhores vcs estao chatos parece ate inveja
Se discutir, dialogar, se indignar é ser chato, concordo com você, prezado Alemão, que inclusive, sequer assina seu nome. Agora, inveja, de que e de quem? Me garanto, sempre me garanti…
Um abraço, Paulo Murilo.
Oi Prof.Paulo Murilo, tudo bem? Meu nome e Victor Mansure e sou ex-atleta das categorias de base do Comary e Fluminense e profissional do Flu, Londrina, e Sao Jose dos Pinhais. Atualmente estou morando no Canada com a minha família, aonde sou professor de educação física e comecei na carreira de técnico a 4 anos. Estou trabalhando com a equipe adulta do Canada para pessoas surdas e mudas, em um projeto muito bacana, aonde vamos competir no campeonato mundial em Palermo na Itália (setembro) e no Pan Americano em Belo Horizonte (Novembro). Tenho acompanhado o seu blog e suas ricas explicações técnicas e tática, assim como outros assuntos. A uns 2 meses vim a aderir o sistema de 2 armadores e 3 pivôs moveis. O grupo esta comecando a se adaptar bem, ficando mais equilibrado, sincronizado, e difíceis de serem marcados. Porem, ainda estou aprendendo muito sobre o sistema, e gostaria de perguntar a você quais os passos técnicos e tácticos para melhor ensinar o sistema? Quais os treinos educativos e situações que posso progressivamente ensinar bem o sistema a eles?
Muito obrigado, Forte Abraco e tudo de bom!!
Victor Mansure
Professor Paulo.
Podemos ter a esperança de que Huertas faça uma dupla armação com Taylor, ao estilo do que foi Pepe Sanchez e Manu Ginobili em 2004 na Argentina.
Deixando claro que aquela equipe tinha outros armadores em seus quadros.(Sconocchini e Montecchia).
Eu queria os mesmos principios da Flex que Magnano utilizou em 2004 em nosso selecionado.
Porém alguns questionamentos:
1 – Os argentinos sabem jogar muito melhor sem a bola do que nós brasileiros. Passam melhor, tem melhor leitura de jogo e melhor tomada de decisão. Então como se basear em um sistema de jogo que é necessário ter tudo isso que não temos ?
2 – Como ensinar estas qualidades que listei em tão pouco tempo ?
3 – Seria diferente se Magnano tivesse levado armadores que fazem o time jogar e não os proprios jogarem apenas, como Fernando Penna e ou Rafinha ?
4 – Seria prudente leva-los para um competição deste porte sem testa-los anteriormente ?
Enfim Professor, são questões que ficam na minha cabeça.
Talvez Magnano não use um sistema mais comum a todos exatamente pela falta de tempo e de qualidades básicas de alguns atletas nossos ?
Um abraço.
Prezado Victor, inicialmente parabéns pelo seu belo trabalho ai no Canadá,desejo sucesso para você e sua equipe.
Agora vamos aos pontos que você questiona no aspecto didático pedagógico no ensino de um sistema de jogo, no caso o que emprego, com uma dupla armação e uma trinca de pivôs móveis.
Se você acompanhou a serie de artigos que comecei a puiblicar em fevereiro de 2010(se não, agora deveria fazê-lo), sobre o dia a dia do preparo da equipe do Saldanha da Gama para o NBB2, deve ter notado que me utilizei de uma técnica fragmentária para o ensino e bom desenvolvimento do sistema proposto, ou seja, dividi os movimentos básicos iniciais do mesmo, em pequenos fragmentos de exercicios especiais, com e sem marcação, os quais exploravam ao máximo as condições reais de jogo, localizando-os dentro e fora do perimetro, nos quais os armadores e os pivôs, inicialmente se exercitavam separadamente, para depois tentarem estabelecer as conexões necessárias à perfeita coordenação emanadas das leituras das situações que se lhes apresentavam, ou seja, treinando ao máximo a leitura do jogo e atuação defensiva do adversário, em contraponto às suas proprias iniciativas ofensivas. Nesse ponto é que mais me fazia presente em intervenções sucessivas ou pontuais, paralizando ao máximo as ações, a fim de estabelecer os padrões técnico comportamentais mais sensatos e objetivos possiveis, e claro, de acordo com a concordância de todos ante evidências mais do que lógicas.
Aos poucos fomos evoluindo, até chegarmos a um patamar tático, que você poderá atestar nos 3 videos postados na matéria Vamo Lá, que pode ser acessada, se digitada no espaço Busca de Conteúdo do blog.
Espero que tenha, inicialmente, sugerido uma boa e testada forma de ensinar um sistema de jogo, partindo dos detalhes para o todo, continua e pacientemente, num processo de bom entendimento e aceitação de todos os componentes de uma equipe.
Bons treinos, e sucesso. Paulo Murilo.
Henrique, vamos por partes:
1- Praticamente não dominamos tais qualidades, mas latentemente elas lá estão, bastando trazê-las à tona com muito treino, trabalho, demonstração e, acima de tudo, transparência.
2- Na resposta que dei acima ao Victor, dissequei uma boa e testada forma de ensinar sistemas, ações, e por que não, comportamentos técnicos. Creio que valeria tentar, claro, se por vontade do técnico, já que capacitação me parece ter muita, mesmo.
3- Se ele quiser jogar de forma ousada e diferente terá de levar mais dois armadores, e até mesmo reconvocar outros, mas, se se mantiver no sistema único, os que lá estão serão(?)suficientes.
4- Somos tão atrelados e subjugados por nomes e auto promoções, que esquecemos a existência de ótimos armadores que participaram dos NBB’s. O que falta é coragem e discernimento para corajosamente convocá-los.
Um abraço Henrique, Paulo Murilo.