OUSAR INOVAR…

Não acredito, honestamente, que a seleção esteja bem, equilibrada, e acima de tudo, tranqüila. O baque contra os dominicanos fez um grande estrago, ao por em dúvida o sentido coletivista adquirido no longo treinamento, e agora veementemente contestado por sua visível falta de unidade, tornando-o frágil e quebradiço.

O jogo de hoje contra a jovem e inexperiente equipe cubana, expôs com crueza o alto grau de estagnação por que atravessa o nosso basquete, principalmente quanto ao domínio dos fundamentos básicos do jogo, tornando inexeqüível qualquer tentativa de ser estabelecido um padrão confiável na maneira de jogar da equipe, e, por conseguinte, constituindo-se no maior obstáculo às pretensões técnico táticas do técnico Magnano.

A defesa interior da equipe se liquefaz a cada partida jogada, assim como continua a ser mantida a ausência de contestação aos arremessos fora do perímetro, culminando hoje com os 83 pontos consignados pela equipe cubana, fatores estes que colocam em real perigo uma já tão difícil e complicada classificação olímpica.

Ofensivamente, a sofrível forma física do Spliter, a sobrecarga tática incidindo no Huertas, as insuficientes penetrações de nossos alas, o crescente abuso nos arremessos de três pontos, a pouca qualidade técnica de nosso banco, e acima de tudo o crescimento inquestionável de nossos futuros adversários na segunda série de embates, colocam a seleção numa posição de visível inferioridade, a não ser que ocorra uma guinada radical em sua forma de agir e atuar frente a tantos obstáculos.

Serão quatro jogos duríssimos, mesmo os contra o Uruguai e o Panamá, pelo simples fato dos mesmos terem perdido bastante o receio de enfrentar uma equipe tradicional e outrora poderosa, mas que hoje ostenta deficiências de tal ordem que os encorajam a vencê-la.

Urgem mudanças na forma de jogar, e o bom técnico argentino não pode adiar tais mudanças, pois estaria incorrendo no maior dos erros, o de não ousar inovar, afastando de vez a previsível mesmice que nos tem diminuído e humilhado no cenário do basquete internacional.

Desejo que a seleção torne a se encontrar, e que o Magnano consiga de vez, resgatar a nossa tradição de bons e corajosos combatentes.

Amém.



19 comentários

  1. jdinis 04.09.2011

    Prezado Prof. Paulo Murilo,

    Parabéns pelo comentário crítico e equilibrado. Também acredito que é necessário ousar nesse momento mas, infelizmente, não vejo muitas perspectivas nesse sentido. O Magnano parece que não conseguiu impor sua filosofia e está resignado a aceitar a solução costumeira de nosso basquete (nos últimos tempos): individualismo e bolas de três.

    Após a derrota (anunciada) contra a Rep Dominicana, esperava que o jogo contra Cuba servisse para tentar algo de novo e, ao contrário, o que se viu foi o Marcelinho Machado entrar em quadra como titular e na primeira bola que lhe chegou às mãos, com 15s de posse, tentar um arremesso de três pontos. O que Magnano fez? Nada, continuou assistindo o jogo e vendo nosso camisa 4 tentar se transformar no craque do jogo arremessando de 3 pontos (e errando).

    Esperava que o Magnano usasse o jogo contra Cuba para testar novas formas de jogar, para cobrar dos reservas empenho na chance que tiveram de mostrar serviço. Ao contrário vi uma partida lamentável, de jogadores sem vontade e sem espírito coletivo, tomando “sufoco” de uma equipe baixa e inferior tecnicamente. Perdi duas horas de meu sábado assistindo a partida.

    Tudo pode acontecer, o Brasil pode até se classificar para Londres, mas as perspectivas não são nada animadoras.

  2. Henrique Lima 04.09.2011

    Professor Paulo, parabéns pelos textos, com a minha falta de tempo, só consegui passar por aqui hoje.

    Fiquei estarrecido ontem. Nada de anormal, aliás, se pensarmos nos últimos 10,15 anos, porém choca quando temos profissionais capacitados no banco para guiarem melhor a seleção, como foi Moncho e agora Ruben.

    A falta total de leitura de jogo dos jogadores (Marcelinho Machacado, Marquinhos, Benite, Alex, etc) condiz bem com a realidade do que vemos no nosso basquetebol, com jogos de 50,60, 65 arremessos de três pontos. Na dúvida, estes e outros sempre apelam para o chute salvador de três pontos, ainda que tenham outras opções.

    Os ataques completamente estáticos facilitam demais para qualquer defesa. Não se vê nem um mísero cruzamento dos laterais, um simples bloqueio indireto dentro do garrafão. Se o ataque que Magnano pensou é este, é de se preocupar. Tenho certeza que não, mas como o senhor bem disse, se os atletas não tem fundamentos básicos (quando Cuba marcou pressão quadra toda, foi um show de desperdícios de posse), como aplicar qualquer tática ?!

    Ontem foi péssimo. A semana será muito longa e se jogarmos o que jogamos neste nível, temos chances nenhuma de avançar.

    Um abraço,

    Henrique Lima

  3. Luiz Felipe Willcox 04.09.2011

    Acho que o Magnano tentou imaginar alguma alternativa, como quando deixou o Benite mais tempo na quadra pensando na dupla armação com o Huertas. Só que o Benite usou e abusou das “bolinhas” (ótimo o termo cunhado aqui!). Resta a constatação da falta de material humano neste grupo para consolidar mudanças a esta altura do campeonato. Aí talvez esteja uma falha do Magnano: a convocação já viciada.

    Uma dúvida que me bateu: é notória a falta de preparo físico do Splitter. Ainda assim, fiquei com a impressão que houve uma involução nos fundamentos do jogador. Pode ser que seja só problema físico, mas fico pensando se isso não pode ser efeito da mudança para a NBA e, talvez, de um novo preparo físico-técnico para torná-lo um center clássico. Periga ele ganhar uns 10 kg de massa e deixar parte da técnica dele ao lado de uma máquina de supino.

    Abraços!

  4. Jairo Silva 04.09.2011

    Parabéns pelo texto, penso que se todos os amantes do basquete acompanhassem seu blog teriamos uma percepção indiscutivel sobre basquete.
    Voltando ao jogo é complicavel acreditar em um time que não tem estabilidade, para quê poupar titulares se teriam um dia de folga, para que poupar jogador se não é possivel confiar nos reservas, enfim, vejo um enorme percalso no caminho da nossa seleção, vejo muitas complicações. E o pior será a dúvida ou a incerteza e tristeza de saber que o maximo que conseguiremos será ir para o pré – olimpico mundial, penso ainda mais, o que será pior e ver os comentaristas e narradores entrando em discordancia, ou omitindo que marcelo machado em 9 arremssos acerte somente 2 e isso é um caos, pois acima de ser um jogador de seleção tinha que saber que não está no clube em que joga ele e comanda.
    Então amigos que irão ler ou não o que penso, estamos entrando em mais um concomitante engano esportivo de achar que estamos em pleno avanço no basquete. Pão e circo é o legado que nosso basquete está cultuando.

  5. Basquete Brasil 04.09.2011

    Você pontuou com bastante oportunismo a atitude inicial do Marcelo Machado ao entrar em jogo, arremessando em sua primeira ação, aos 15seg, uma “bolinha” errada de três, JDinis. Naquele momento, não importava muito o acerto ou erro da tentativa, e sim o claro e direto recado de um cardeal que jamais vai se submeter a algum sistema que o delimite, que o torne membro de uma equipe que não jogue para ele. Foram anos de liderança e de centralismo, para ser postergado por um técnico estrangeiro. E dali em diante foram 2/9 tentativas, sem que o Magnano o sacasse da quadra, num erro de julgamento que o pode penalizar no futuro. Concordo com você de que corremos o alto risco de vermos o Magnano se render ao forte lobby da turma da artilharia, pois, como se trata de um jogo, com todos os componentes aleatórios inerentes ao mesmo, vamos que na decisão dê certo, que as bolinhas caiam em cascata, levando a equipe à classificação? Seria a glória total, e provaria que esse negócio de coletivismo não está com nada, pois desde o advento da era Oscar, que se instituiu a máxima de que o jogo só é vencido com as tais “bolinhas”.Resta torcer para que o sagaz Magnano possa vir a dar um fim nessa triste história, o que seria a sua maior contribuição ao nosso basquete, mas ai estaria trombando de frente,não com um, mais com todos os cardeais. É sem dúvida um grande, enorme desafio.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  6. Basquete Brasil 04.09.2011

    Ontem mesmo, Henrique, na rodada do Paulista, no jogo do Americana com o Mogi, foram 60 arremessos de três pontos, sessenta! Então, como estranhar o que vem ocorrendo na seleção se o normal nos clubes é essa imparável hemorragia de três? E de que forma vem o Magnano administrando tantos egos travestidos de especialistas na refinada arte dos longos arremessos, que subverte toda e qualquer tentativa sólida na busca de seu sonhado coletivismo, e ainda somado à quase indigência nos fundamentos do jogo? Se ainda tivesse ao seu lado assistentes alinhados com seus conceitos, talvez os objetivos coletivistas pudessem ser alcançados, mas com a turma que lá está, duvido.
    É Henrique, a coisa está ficando cada vez mais feia, infelizmente.
    Um abraço, Paulo.

  7. Basquete Brasil 04.09.2011

    Na veia Luiz Felipe, e por isso, e a cada bombada do Benite o Magnano se abatia, pois nem mesmo a possibilidade de uma futura dupla armação prosperava com a desenfreada atuação pontuadora do candidato auto proclamado da posição 1, em seu novo clube, e na futura seleção. Com o Luz declaradamente imaturo para o comando, e um Nezinho que dessa vez esqueceu de vestir a camisa, o argentino viu a possibilidade da dupla armação esfumaçar.
    Quanto ao Spliter, e segundo uma corriola de “entendedores” do basquete, mais uns 15kg serão necessários para torná-lo apto aos embates com os gigantes deformados da NBA. Pobre Spliter, era feliz, bem pago e reconhecido na Europa, e não sabia…
    Um abraço. Paulo Murilo.

  8. Fernando I 05.09.2011

    Caro Prof. me chateia algumas observacoes que venho fazendo:
    1- Magnano fez algumas apostas erradas em sua convocacao, pelo menos tres, Rafael H., Caio T. e o nosso nezinho, nao temos entao um pivo que descance e ajude Spliter e um armador com um minimo de experiencia.
    2- Realmente nao formamos alas no Brasil com capacidade para cortes e infiltracoes, vemos os nossos jogadores se perderem em movimentacoes, muitas vezes de costa para a bola e visando posicionamento para chute de tres, se nao da pra ficar equilibrado e livre chuta assim mesmo.
    3- Defesa, acredito que nosso tecnico vendo que era impossivel desenvolver fundamentos defensivos em nossos atletas, que deviam ter aprendido na base, tenta faze-los compensar com vontade e intensidade, no comeco, diga-se jogos preparatorios ate enganou, mas os adv. perceberam nossa ja conhecida deficiencia, e agora esta constatado quem nao sabe nao faz.
    4-Rebote, perdemos rebotes em tantas ocasioes e em tao variadas situacoes, que nao vejo como melhorar, seja na individual, na zona 2/3 ou 2/1/2, marcando linha da bola, etc…, troca-se jogadores, e la vem o adv. com segunda/terceira e ate quarta chances de cesta.
    5- Controle da bola, ou pelo menos controle emocional, ate RD que nao e sequer razoavel neste quesito, nos deu aula.
    Bom daria para enumerar mais coisas, como acredito que Huertas esta sobrecarregado, e nao so na sua funcao, mas tambem na obrigacao, ou vc joga e acerta tudo ou nos perdemos.
    E espero estar errado, mas tive a impressao que Magnano vai tentar se moldar a nossos chutadores.
    Desculpe Prof. Mas toda vez que tenho que escrever demais para tentar definir minhas ideias, me parece que as coisas nao tem acerto.

  9. Basquete Brasil 05.09.2011

    Concordo com todas as suas considerações,prezado Fernando, mas uma delas é a mais preocupante, quando você escreve- “E espero estar errado, mas tive a impressão que Magnano vai tentar se moldar a nossos chutadores.”
    Ele não vai tentar o que já aceitou, Fernando, não fosse assim teria sacado o Marcelo Machado em sua primeira ação no jogo contra Cuba, pelo tal arremesso com 15seg de posse de bola, numa partida que claramente orientou para ser jogada dentro do perimetro.Esse é realmente o fator preocupante.
    Um abraço, Paulo.

  10. Jorge Santos 05.09.2011

    Pode esquecer, não tem jeito. O erro foi não ter levado um grupo jovem. Imagine o time titular sendo formado por R. Luz, Benite, Augusto,Rafael e mais agum sub-19, podendo entrar o Raulzinho. Perderíamos pra todos, mas seria mais fácil moldar e teríamos um time pro futuro. Do jeito que está, não temos presente e nem futuro.

  11. Giancarlo 05.09.2011

    Olá, professor e a todos.

    Aqui está o Magnano falando justamente sobre nossas “bolinhas”: “O basquete é assim. Estão observando nossas jogadas mais fortes e tentam anular. Nesses momentos, tem que aparecer os outros jogadores. O que acontece é que tivemos baixo aproveitamento nestas horas. Quando as equipes fecham as alternativas que temos, temos pouco aproveitamento nas outras jogadas. Precisamos apenas que as bolas caiam mais, porque são jogadores que sabem chutar”, disse em entrevista ao site Basketeria.

    Acho que não precisa de mais a respeito, não?

    O argentino apostou todas as suas fichas em convencer os nossos cardeais a marcar, marcar e marcar, esperando que isso fosse o suficiente para garantir a segunda vaga. No fim, nem da Venezuela ganhamos direito e agora já falam em sofrer contra o Uruguai, time que, nos tempos de Lula Ferreira, era uma vitória tranquila assegurada. Veja bem: não é querer dizer que um é melhor que o outro – porque não é, mesmo –, mas o fato é que em termos de resultado nós conseguimos regredir nesta Copa América até aqui, o que desperta uma certa agonia.

    Vem hoje a segunda semana, ficamos na torcida sempre, mas o receio é de que esta é a pá de cal nas pretensões desta geração. Pensamento em 2016. ‘Projet’ (coff! coff!) que já começa mal, já que Augusto e Rafael Luz, teoricamente peças para serem aproveitadas na confecção de um novo grupo, mal foram convocados, mal jogaram, e já foram queimados ou, no mínimo, descartados nessa gestão, vendo seu tempo de quadra reduzido a cada jogo – que bem isso faz para a confiança dos garotos? Não era melhor ter chamado apenas para os treinos, e só? Após dois meses de avaliação, só em Mar del Plata a comissão se deu conta de que não pode contar com eles para agora? Nem contra Cuba!

    O que nos traz ao ponto de partida de sempre: enquanto este grupo estiver no comando da confederação, não dá jogo mesmo. O que me preocupa, professor, é que falta uma consciência maior disso, mesmo nos meios especializados. Para muitos, nossas derrotas ainda se resumem a falta de sorte ou ao jogo-jogado-na-quadra. Parece que somos acometidos por um surto de amnésia coletiva a cada Copa Tuto Marchand, a cada convocação com apostas, num otimismo que me causaria certa admiração até para se avaliar um povo antropologicamente, mas que, no fim, não leva a nada.

    Que eles consigam a vaga? Tomara, porque creio que a alguns jogadores ali seria muito injusta mais uma humilhação. De olho no grande cenårio, porém, tenho as minhas dúvidas do quão positivo seria.

    Um abraço,
    Giancarlo.

  12. Giancarlo 05.09.2011

    Mais uma pérola retirada do Basketeria: “A estreia contra a Venezuela, pegamos um adversário que estava em uma tarde muito feliz e mesmo assim vencemos no fim, com tranquilidade. Contra o Canadá, fizemos um jogo consistente e ganhamos com certa tranquildade. Contra Dominicana que acho que oscilamos muito. Não jogamos mal, tivemos momentos para poder abrir dez pontos, matar o jogo e nessa hora faltou nosso time definir. Convidamos o time deles para o jogo e eles se sentiram a vontade. Ficou difícil parar o Horford, o Garcia, que colocaram muitas bolas e fica essa partida como lição para a segunda fase. Temos que aproveitar as chances para matar os adversários”… Declaração e raciocínio de Marcelo Machado. Sem palavras.

  13. Renato 05.09.2011

    O Magnano é um só, não tem como ele reverter sozinho uma situação que assola o basquete nacional INTEIRO há anos. Ainda mais aceitando na sua comissão técnica os “herdeiros” que a CBB planta – José Neto e agora também o Demétrius. É certo que eles estão lá para “aprender” ou mesmo irem se familiarizando com as rotinas e rituais da seleção. Mas o quanto, de fato, a presença deles reforça ou mina a autoridade moral do treinador?

    O José Neto, se tiver boas relações com os jogadores, e se quiser, pode virar um Cardeal Richelieu – se é que já não é. Era assistente do Lula, foi assistente do Moncho, agora é assistente do Magnano. Os titulares passam e ele fica.

    Em uma situação dessas, não tem como haver mudança real de filosofia. Como é que um José Neto vai incorporar uma filosofia completamente nova de treinamento e de jogo e passar isso pros jogadores sem perder totalmente o crédito e a personalidade própria? Digo isto partindo do princípio que, até outro dia mesmo, seu dever era propagar uma filosofia tática com características totalmente opostas à que o Magnano pretende praticar.

    Nada contra o José Neto em si. Pelo que já vi dele parece ser um cara muito estudioso de basquetebol e ter construído uma carreira de sucesso como técnico. Tem o seu talento próprio. Parabéns a ele. Também não o culpo por aproveitar a oportunidade de estar na seleção brasileira sempre que puder. Se eu fosse técnico, iria querer o mesmo.

    A questão é: quem coloca ele lá, será que pensou se seria a melhor alternativa pra viabilizar o trabalho do Magnano? Duvido.

    Acredito que a cultura de acomodação se instalou no basquete brasileiro de maneira uniforme, de um modo em que todos pioram juntos e, comparativamente, há competição acirrada. Se ao menos houvesse *um* agente para gerar desconforto, *um* time pra jogar melhor, fazer os outros passarem vexame e mostrar que o rei está nu… Mas há tempos que não existe isso.

    E o Magnano, pelo máximo que se esforce – mudou com a família pra Minas Gerais, viaja o país atrás de conhecer o real estado do basquete brasileiro – não vai conseguir mudar tudo *sozinho*.

  14. Basquete Brasil 05.09.2011

    Sem dúvida uma opinião radical a sua, prezado Jorge. Sim, poderiamos ter mesclado esses jovens a jogadores mais experientes, mas alguns que não constam da atual seleção. Foi uma convocação equivocada e politica, de má politica, e os resultados estão ai escancarados.Uma renovação total, seria inadequada para uma competição de tal porte e importância, e que em nada auxiliaria no progresso dos mais jovens. Faltou, isso sim, convocarem melhores jogadores, que existem sim, e que atuam na LNB, mas infelizmente foram esquecidos por não atuarem no exterior.
    Um abraço.Paulo Murilo.

  15. Basquete Brasil 05.09.2011

    Então, Giancarlo, batem ou não batem tais declarações com o que comentamos aqui no blog? E somente fica pairando no ar a seguinte questão-E se portorriquenhos, dominicanos, canadenses e argentinos resolverem contestar com firmeza as tais “bolinhas”salvadoras? Seria o que faria, como sempre ensinei e fiz, quando no comando de equipes, e nesse caso qual seria a terceira via? Complexo, não?
    Quanto à CBB, creio que mais nada tem de ser acrescentado, quando vem a público o dominio absoluto, inclusive técnico, do Brunoro naquela infeliz entidade, e logo ele, o expert máximo da bola laranja(ou seria a colorida da Mikasa)no país? Lamentável, constrangedor, espúrio. C’est fini.
    Um abraço Giancarlo. Paulo.

  16. Basquete Brasil 05.09.2011

    E como em toda declaração oficial faz-se necessária uma autenticação de firma, e esses comentários do cardeal mor preenchem tal exigência. Agora sim, o Magnano está prestigiado, noves fora, o carimbo.
    Um abraço Giancarlo. Paulo.

  17. Basquete Brasil 05.09.2011

    Esse é o ponto fulcral de todo o processo que visa o soerguimento do grande jogo no país, prezado Renato. Enquanto a indústria do Q.I. qualificado persistir, num compadrio absolutamente estarrecedor, não iremos a lugar algum, não só deixando o rei nú, como escancarando a fragilidade provocada pela ausência de um forte e presente associativismo por parte de nossos técnicos, permanente e propositalmente afastados das grandes decisões técnico formativas do nosso basquetebol.Simplesmente uma lástima.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  18. Basquete Brasil 05.09.2011

    Prezado Jairo, dou razões a suas preocupações, que também são as minhas, e creio que de muita gente que ama o grande jogo também. Estamos perante um impasse entre o inovar, ou manter o que ai está, engessando o jogo irremediavelmente. Mantenho as esperanças de que algo, realmente novo, venha resgatar nossas tradições e glorias passadas.
    Um abraço. Paulo Murilo.

  19. Henrique Lima 08.09.2011

    Professor Paulo,

    os jogos com 60 arremessos de três pontos no Brasil são cada dia mais normais e parece que os técnicos destas equipes acreditam de fato que isso que é o certo !! Isso que é o pior !!!!!

    Ontem Professor, durante todo o nosso primeiro tempo contra Argentina, já tinhamos chutados 18 bolas de três ! Quando no segundo tempo, demos a bola no pivô e deixamos de arremessar de fora, o jogo pareceu outro!

    Não que tudo estivesse resolvido, mas para quem chuta 50,55,60 bolas de tres, chutar apenas 23 ou 25 é uma evolução né ???

    De toda forma, fiquei mais feliz por ver um time jogando como time e queria ter ouvido Magnano no intervalo. Ali deve ter sido a chave para a mudança de atitude e postura no segundo tempo.

    Um forte abraço Professor !

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