CORRENDO PARA O SUCESSO(?)…

O NBB4 começou, estive na rodada inicial no Tijuca, não pude ir na segunda, mas assisti na TV o jogo em Joinville, onde o dono da casa não conteve a equipe campeã do NBB3, o Brasília.

Não foi um bom jogo, muitos e muitos erros de fundamentos, onde passes, dribles e fintas eram perdidos num ritmo de jogo correlato a divisões de formação, inviabilizando o sistema único planejado por seus técnicos. O que sobrou então? O de sempre, a monocórdia exibição de suspeitas e insuspeitas qualidades individuais, tendo a correria como mote comum às duas equipes, onde a melhor qualidade dos candangos nessa especialidade pautou o confronto. Senti-me frustrado com o que testemunhei, achando estar sendo rigoroso e critico demais, mas nunca esquecendo se tratar o NBB a divisão maior, a que dita aos mais jovens os caminhos a serem seguidos na busca das grandes conquistas, mas que, face ao que vem sendo mostrado ano após ano, continuará (até quando?…) pouco acrescentando ao desenvolvimento técnico tático desta magnífica e especialíssima modalidade.

No entanto, um lapidar artigo escrito por Giancarlo Giampietro em seu blog Vinte Um, De abalar os nervos, em 21/11/11, define com precisão o que ocorreu naquele jogo, com todas as implicações inerentes ao mesmo, ao qual somente agregaria uma citação do técnico do Joinville, num de seus pedidos de tempo, quando conclamou sua jovem equipe – “Se eles estão dando pancadas lá, dêem pancadas aqui também!”- no que foi, infelizmente, obedecido, numa lamentável demonstração do que jamais deverá ser induzido numa equipe bem treinada de basquetebol, principalmente se preparada eficientemente nos fundamentos de defesa individual e coletiva, e mais, sendo muito jovem.

Precisamos em caráter de urgência, incutir na divisão máxima do basquetebol tupiniquim, algo de inovador, algo de instigante, a começar pela máxima valorização do preparo nos fundamentos, ali mesmo, na divisão superior, como exemplo e incentivo maior aos jovens que se iniciam, a quem cabe o futuro do grande jogo neste imenso e desigual país.

Amém.



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