NOSSO EQUIVOCADO BASQUETE…

Estou sem internet praticamente a dois dias, e mesmo não sei se a terei de volta neste sábado. A NET cobra caro na mesma proporção de seus falhos serviços na região em que moro, Taquara, o que me leva à decisão de mudar de provedor logo que for possível.

Mas, mesmo que a tivesse 100%, a cada rodada do NBB fenece em mim a curiosidade de testemunhar algo de novo, instigante, por sobre essa mesmice endêmica e massacrante que nos pune, pelo simples fato de amarmos o grande jogo, a não ser por raros e esporádicos exemplos de atitudes evolutivas tática e tecnicamente, como a equipe de Uberlândia em seus recentes jogos, o que ainda é muito pouco, quase nada, num cenário pré-olímpico de 15 equipes.

Um ou dois armadores, um, dois ou três pivôs, cinco abertos, um pivosão, nada representam sob a égide de “punhos, cabeças, polegares, camisas, especiais, para cima ou para baixo”, em imposições de fora para dentro da quadra, através coreografias rabiscadas em pranchetas cada vez mais “estrelas” de um sistema único, pétreo, inamovível e canhestro, pois nada muda taticamente, a não ser o reescalonamento dos (pseudos…)especialistas de 1 a 5 nas posições estratificadas do mesmo, onde os pivôs continuam a jogar fora do perímetro, inclusive entrando no time dos arremessadores de três, o armador após o passe inicial se esconde por trás das defesas, e os alas, inabilidosos nos fundamentos básicos do jogo se alçam em penetrações cometendo erros inacreditáveis, como nesse Pinheiros x São José onde foram 17, além dos 18/50 (36%) arremessos de três, contrastando aos 36/79 (45,5%) nos de dois, sendo que nos dois últimos pedidos de tempo das equipes, seus técnicos as orientaram diretamente aos arremessos de três, num jogo equilibrado até aquele momento, quando um Marcos, zerado na partida, liquida a fatura com dois arremessos de dois e um lance livre, irônico, não?

Honestamente, me preocupa a seleção para Londres, pois a cada dia que passa mais se aplicam nossos jogadores do NBB no jogo de três, pois defender fora do perímetro, exigência do Magnano, é solenemente desprezada por nossos craques, como se fosse uma questão lógica, afinal de contas na NBA ocorre o mesmo, a não ser pelo fato de que a linha de três de lá é bem mais distante que a da FIBA, além das dimensões da quadra serem maiores também. No entanto, duvido que sob o comando do Coach K, os estrelados da grande liga não anteponham os arremessos de três adversários, como no último mundial.

Enfim, de mesmice em mesmice vai caminhando tropegamente nosso basquete de elite, e o pior, o da pré elite também, pois na recém finda LDO (ou LDB?), além de tudo o que descrevemos, outro aspecto restritivo foi incluído, a velocidade descontrolada das equipes, quando, e por conta da mesma, os erros de fundamentos atingiram cifras realmente absurdas, comprometendo no cerne um trabalho de renovação que tinha tudo para dar certo, a não ser pelas “filosofias” implantadas… Mas isso é outra história.

Amém.

Foto – Divulgação LNB.



Deixe seu comentário