O PINNOCK…
Um minuto e dezessete segundos para o encerramento do jogo, três pontos à frente a equipe de Brasília. Ataque bola para o Arecibo, bola para o “talentoso” Pinnock que dribla em direção ao garrafão. Se esquiva da marcação e executa um primoroso passe picado na direção de seu pivô bem no meio do garrafão, mas que… não estava lá! Isso mesmo, o talentoso Pinnock deu um passe a um companheiro inexistente, originando um contra ataque candango, e determinando a derrota de sua equipe. Com um Pinnock do outro lado, equipe nenhuma deve temer derrota de espécie alguma…
Como a equipe do CEUB encontrou a mala esquecida na aduana venezuelana, aquela com seu sistema defensivo, pode exercer esse importante fundamento de forma um pouco mais eficiente, o necessário para levar para o planalto central as finais da Liga Américas, se ainda pretender bancá-la, o que seria muito bom para o basquete brasileiro em sua ainda trôpega tentativa de soerguimento. Pena que a caótica equipe de Arecibo e seu inacreditável talento Pinnock lá não estará, pois seria um divertimento de primeira linha…
No jogo de fundo, nem mesmo, e este sim, verdadeiramente talentoso armador uruguaio Leandro Morales, atrapalhado todo o tempo por um Martinez centralizador, conseguiu levar de vencida uma equipe mediana argentina, que contando com duas efetivas lideranças, de seu excelente técnico, e de um veterano Wolkowyski reluzindo técnica e experiência, somando precisão a um bom conceito de equipe, fez da colcha de retalhos nominada de Crocodillos, uma perfeita moldura do que não se deve fazer para participar de um torneio de tal envergadura, ou seja, contratar “nomes” de véspera, como se os mesmos, por melhor que fossem, mas sem qualquer entrosamento com a equipe, pudessem levantar um troféu de uma modalidade onde o coletivismo é a base estrutural de uma verdadeira equipe.
Temo, no entanto, que frente às duas equipes argentinas nas finais, o reduzido time candango não seja suficiente para levá-las de vencida, pois peca basicamente na armação, contando somente com um solitário Nezinho, que nem sempre está inspirado, principalmente quando consegue ser bloqueado na altura de seu peito em seu tiro de meta, digo, arremesso de três pontos. Seus reservas são fracos e inexperientes, assim como seus alas. De pivôs são bem servidos, todos eles complementando um quarteto de boa técnica e vastíssima rodagem.
No entanto, com 15000 torcedores em volta, quem sabe possam conseguir o bi campeonato? Se não mantiverem o “pagar para ver” tradicional, quem sabe…
Amém.
Foto-Divulgação FIBA Américas. Clique na mesma para ampliá-la.
Olá, professor,
Depois de longo inverno, mas sem deixar de conferir regularmente, marcamos presença aqui nos comentários. Real mente o Danilo Pinnock é daqueles que se encaixaria perfeitamente em qualquer duelo tresloucado entre Brasil e Porto Rico nos “boooons tempos”. Que sujeito mais inconstante. Mas o erro gravíssimo aí foi da direção e do técnico em aceitar esse rapaz como armador. Foi ala a vida toda. No máximo poderia quebrar um galho como segundo condutor de um time com dupla armação, mas desde que o primeiro armador fosse alguém excepcional. No fim, para escalar a estrela, eles acabaram tirando o baixinho norte-americano de quadra, algo que caiu bem para os adversários.
Mas, por falar em instabilidade, escrevi hoje a respeito do Nezinho. A partida dele neste domingo foi daquelas clássicas também, não? Quanta emoção ele nos proporciona. O que ele dá, tira na mesma velocidade, para contribuir de novo e, não contente, fazer mais uma das suas. Bem-me-quer-mal-me-quer a vida toda. Espero realmente que nosso técnico se mostre alguém antenado, encanado e, acima de tudo, independente na hora de elaborar nossa pré-lista. Gostaria realmente que não caíssemos no mesmo erro de, agora, talvez uns sete, oito anos com este armador. Embora saiba que, na sua concepção, o problema é muito maior, não reduzido a apenas este ou aquele armador, neste caso, pelo acúmulo gigantesco de evidências durante as temporadas que se passam, custa me crer que ele estará entre os 12, quando nem entre os 18 deveria mais aparecer.
Para mim os grandes heróis da classificação foram os pivôs de Brasília, que aceitaram e se deram bem num embate muito físico diante dos portorriquenhos. Mas quem vai dar bola para um Tischer e um rejuvenescido Alírio (estou realmente surpreso), afinal?
Um abraço,
Giancarlo.
Como vimos, Giancarlo, o Pinnock é indescritível, assim como o camaleônico técnico portorriquenho, com uma camisa berrante a cada jogo, e uma evidente insatisfação com o…Pinnock. O inexplicável foi mantê-lo no time, mas ele sabe bem mais do que nós, onde doem os seus calos…
Quanto ao armador(?)do CEUB, o que dizer a mais do que já foi dito, visto, revisto e projetado, que mais? Talvez uma lembrança, não aquela imperdoável negativa de voltar à quadra num jogo de seleção brasileira, mas sim, a de que em suas prioridades na armação, jamais suas finalizações deixam de se impor a assistências, leitura constante de jogo, posicionamento defensivo eficiente, requisitos básicos a um armador de verdade, o que não é o caso dele. Temos no país armadores bem melhores e mais eficientes, mas que nunca são escolhidos.
Concordo que os pivôs foram determinantes na classificação da equipe de Brasilia, mesmo não tendo um sistema que os privilegiassem como mereciam.
Um abraço, Paulo.