QUANDO AS PERNAS FALHAM (OU NUNCA FUNCIONARAM)…

– “É jogo para pouca tática e muita disposição”, afirma o jogador Helio do Flamengo antes do jogo.

– “O jogo se ganha com o coração, na vontade, e às vezes a estratégia fica de lado”, declara o jogador Fúlvio no intervalo do jogo.

Com um cenário desse, o que esperar taticamente de um jogo tão importante?

E não deu outra, que como num cartão de visitas, deu-se uma bolinha de três por parte do Fisher, seguida de outra do Marcelo, inaugurando um jogo fundamentado nas afirmações dos jogadores acima, e continuado até o quarto final, quando a equipe carioca, em vez de voltar ao jogo interior, para de 2 em 2 pontos retomar a partida, preferiu as “bolinhas de 5 pontos”, como se a hipotética e sonhadora existência delas fosse real. Somemos a esse panorama uma constatação avassaladora, não mais a incapacidade técnica e fundamental de defesa, individual e coletiva, mal de que padecem muitos e muitos jogadores e equipes brasileiras,  aumentada pelos muitos anos percorridos de estrada por alguns deles. Querer, e em alguns casos saber defender, difere frontalmente do poder, física e tecnicamente, defender. A capacidade de se postar fisicamente no ato de defender, onde a mobilidade dos membros inferiores têm de ser levada a extremos, somada a uma aguçada percepção de tempo e espaço, não são qualidades que dispensem condicionamentos físicos e mentais ordenados,  extremamente treinados e afiados.

Pagamos demais para ver o que acontece, principalmente quanto aos arremessos de fora do perímetro, como numa aposta inter pares de quem acerta mais e erra menos, como num desafio permissivo em ambos os contendores, atitude esta somente factível quando jogam de forma igual ou semelhante, onde as oportunidades se dividem igualmente, e que seria diferente na forma e nos resultados se algo inovador, insólito, corajoso e realmente diferente, fosse colocado neste carrossel girando sempre na mesma direção, com as mesmas luzes, a mesma e monocórdia melodia, o mesmo e medíocre destino, o girar indefinidamente sobre si mesmo.

Tímida e receosamente, algumas de nossas equipes tentam a dupla armação, que seria uma valida tentativa de incrementar o jogo interior com mais e precisas técnicas, num acréscimo de qualidade fundamental e de inteligentes ações táticas, e por que não estratégicas, já que profundas mudanças seriam incrementadas, fugindo celeremente da mesmice técnico tática que tem nos escravizado a longo e longo tempo.

A equipe de São José, errou muito menos, marcou melhor, principalmente no perímetro interno, onde contou com rebotes de qualidade com o Murilo e o Chico, e contra ataque superior, onde o Fúlvio e Laws brilharam intensamente, e com uma ressalva de peso, pois arremessaram 27/42 de dois pontos, e admissíveis 10/16 de três, contra 26/49 e 7/23 respectivamente por parte dos cariocas.

No próximo sábado poderemos atestar algumas evoluções importantes para o basquete brasileiro, quando duas das equipes que se notabilizaram por suas artilharias de fora do perímetro, se enfrentarão numa final. Caso São José volte a optar pelo seu poderoso e eficiente jogo interno e nos contra ataques, frente a uma equipe que marca inconsistentemente, mas ataca com sofreguidão a partir do perímetro externo, e que penetra com assiduidade e precisão, reforçando e posicionando sua defesa, terá boas chances de vitória, mas que para tanto precisará proteger das faltas seu farol de referência, o Murilo, pois será por aí que Brasília, com seu mais do que experiente plantel, apostará suas fichas, num jogo com táticas previsíveis e tradicionais. Vence aquele que quebrar tal evidência. Quem viver verá.

Amém.

Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.



20 comentários

  1. Ricardo 29.05.2012

    Caro Prof. Paulo,

    No dia seguinte ao referido jogo entrei no site da LNB para olhar os números da partida, e chamou-me a atenção o alto percentual de acerto de ambos os times, São José e Flamengo, tanto nos arremessos de 3 pontos, quanto nos de 2. Confrontando os números com o dilatado placar, nada mais me restou a não ser concluir que ambas as equipes simplesmente abandonaram a defesa e, como num rachão, puseram-se a testar quem acertaria mais. Dada a opção desesperada do Flamengo por “encurtar o placar” o mais rápido possível, sobrou ao São José a tarefa mais cômoda de contra-atacar e acertar as bandejinhas. O comentário do Régis Marrelli no tempo técnico diz tudo: “podemos até tomar, mas precisamos fazer!”. Será que nas Olimpíadas a moleza tb será instaurada? Não apostaria…

  2. Victor Dames 29.05.2012

    Irreparável com sempre Professor, apenas ressalvo, ratificando o comentário supra do Ricardo, que os números de arremessos ajudam a retratar o cenário defensivo existente na partida, pois até o fim do primeiro tempo, quando o duelo demonstrava algum equilibrio no placar, os arremessos de fora do perímetro estavam contidos no rubro-negro, e livres de contestação no time joseense (daí o ótimo aproveitamento, porém com surpreendente comedimento), tônica esta que mudou no fim para o Flamengo, quando o desespero bateu as portas em busca dos “pombos-sem-asa” salvadores, restando ao São José o eficiente contra ataque.

    Fica a esperança de um apreciador do basquete por uma final interessante (apesar da infeliz escolha pelo jogo único, num horário desestimulante), e de uma temporada melhor para o meu querido rubro-negro.

    Abraços!

  3. Douglas 29.05.2012

    Olá, professor.

    E no fim do jogo, faltando aproximadamente 2 minutos para acabar, aproximadamente 10 ponto de vantagem para São José, e o Flamengo tenta marcar uma zona (2-1-2, se não me falhe a memória), para assim parar Murilo, que já estava pra lá de seus 28 ou 30 pontos na partida. Pois bem, foi implantada a maldita zoninha do descanso… Bola gira para a esquerda, e o time todo, muito bem coreografado, dá dois passinhos para o lado da bola e pézinho em cima da linha dos 3 para o mais próximo da mesma. Bola na cabeça do garrafão, sanfoninha com dois passinhos de encontro a bola e braço alto, bola gira para o outro lado, mais dois passinhos de encontro a bola novamente e pézinho na linha dos 3 para o mais próximo da bola… Ahhh, e todo mundo em pé, sem a menor postura de marcação… Foi patético, 3 ataques, 8 pontos para São José (duas bolas de 3 livres e um corte e jump simples e equilibrado), acho que nenhum para o Flamengo por conta dos pombos sem asa. A postura de desistência era evidente faltando 2 minutos do término de uma partida de semi-final do principal campeonato do país e apenas 10 pontos de diferença. Quem assiste basquete com uma mínima assiduidade já viu alguns jogos serem virados nessas condições. “-Ahhh, mas era fim de jogo, a equipe do Flamengo estava cansada…”. E como corria tanto para chegar o mais rápido possível diante da linha dos 3 e arremessar de qualquer jeito, gastando poucos segundos de ataque? Sinceramente, se sou o Gonzalo, pego minha prancheta, coloco debaixo do braço e vou treinar segunda divisão argentina… Paciência tem limite…

    Abraços, professor.

  4. Basquete Brasil 30.05.2012

    Prezado Ricardo, ficou parecendo que o comentário do técnico do São José tenha sido o mesmo que o do Flamengo, e o jogo demonstrou isso, estabelecendo um duelo ofensivo sem maiores cuidados voltados às defesas.Como as bolas do São José cairam mais do que as do Flamengo, levou o jogo e a classificação para a final, não fosse um único pormenor, tratavam-se de duas das melhores equipes do país, com vários jogadores selecionáveis, exibindo o que temos de melhor, e demonstrando como estamos técnica e taticamente para o confronto olímpico. Essa é a minha verdadeira preocupação, pois antevejo um enorme esforço do técnico da seleção para contemporizar e corrigir tantas falhas e equivocos. Conseguirá? Não sei, sinceramente, não sei. Um abraço, Paulo Murilo.

  5. Basquete Brasil 30.05.2012

    Creio firmemente, prezado Victor, que maiores preocupações todos nós teremos mais adiante, pois tantas são as falhas individuais e coletivas, que tenho muitas dúvidas de nosso sucesso em Londres, o verdadeiro teste qualitativo do grande jogo, num patamar que deveria espelhar o nosso desenvolvimento na modalidade, tendo o NBB4 como referencial. Será que realmente estamos nivelados aos nossos oponentes olímpicos, será?
    Um abraço, Paulo.

  6. Basquete Brasil 30.05.2012

    Olha Douglas, por melhor que seja um técnico, nada poderá ele fazer se não tiver “o time nas mãos”, situação que o argentino jamais desfrutou. E o que é preciso para se ter um time nas mãos? Certamente um trabalho de engajamento, comprometimento, e acima de tudo, plena confiança entre todos os envolvidos no projeto, todos, sem exceções, em torno de um projeto proprietário e inovador, e não atrelado ao que todos, sem exceções, praticam desde sempre, o sistema único, inclusive o técnico. Então, como ter um time nas mãos se todos sabem, ou pensam saber, o que têm de ser feito?
    Um abraço, Paulo Murilo.

  7. Douglas 30.05.2012

    Olá, professor.

    Mas por conta disso mesmo que o senhor disse que eu não ficaria a frente da equipe. Ele já tem o retrospecto do que ocorreu com um técnico “da casa” quanto tentou confrontar minimamente o rei Machado e seus fiéis escudeiros, os Machadinhos. Chupeta, que é um técnico que já está há muito tempo por lá, não conseguiu se segurar (ou não quis, preferindo a base), imagina o argentino que, pelo o que é dito, não possui muito carisma na Gávea. Implementar um bom trabalho como, se aqueles que possuem a liderança da equipe não confiam, ou não querem confiar, no que ele fala, pelo simples fato de que o que está querendo implementar apagará (na ideia deles) a radiante estrela daquele sistema solar? O pior é que exemplos de sacrifício do ego pela equipe existem com uma evidência enorme, e grande sucesso, em dois dos grandes espelhos do basquete mundial: Jordan e Kobe, ambos com Phil Jackson. Dois jogadores que só passaram a ser campeões da maior liga de basquete do mundo por conta de uma grande mudança de postura.

    Por isso digo: enquanto houver Machados no Flamengo, infelizmente não haverá basquete de qualidade e sim de quantidade, e grande, de chutes de 3.

    Abraços, professor.

  8. Basquete Brasil 30.05.2012

    Prezado Douglas, creio que você pretendeu mencionar um “ele”, em vez de “eu” na primeira frase de seu comentário, correto?
    Bem, “eu” não disse que “ele” não ficaria à frente da equipe, e sim que encontraria, como encontrou, sérios bolsões de resistência a seus apelos de mudanças na estrutura da equipe, na sua busca de formação de um plantel, e não uma equipe básica, como é de praxe em nossos clubes. E todo e qualquer técnico, galardoado ou não, encontrará oposição, velada ou não, para desenvolver um plantel minimamente homogêneo, se não desenvolver um trabalho didático pedagógico em profundidade, em essência, e em fundamentos do jogo, que é o campo mais sensível e fraturado na formação de nossos jogadores de elite(?), que ao se defrontarem com os mesmos se igualariam democraticamente ante a inquestionavel realidade de suas deficientes e limitadas habilidades nos mesmos.
    Mas para tanto, um muito de coragem e desprendimento deveria ser aplicado e desenvolvido num projeto visando a formação, habilitação e embasamento técnico de um verdadeiro plantel, servindo de alicerce confiável e testado para a implantação de táticas condizentes e adaptadas às suas reais condições de jogadores cônscios de suas possibilidades e conhecimento do grande jogo.
    É um trabalho a medio e longo prazo, principalmente se jogadores novos estiverem envolvidos no processo, mas o único com rotulação de qualidade e responsabilidade, de todos, sem exceções de qualquer espécie.
    Este é um assunto para longos estudos, debates e considerações, mas não tão longo que não merecesse de todos aqueles intimamente ligados ao grande jogo, o respeito e a consideração implicitas no mesmo.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  9. Douglas 31.05.2012

    Olá, professor.

    Não quis dizer “ele”, não, quis dizer “eu” mesmo. O meu português falho que propiciou essa má interpretação, professor. Desculpe-me. Se eu fosse o Gonzalo, não ficaria 2 anos à frente de uma equipe desrespeitosa como é a do Flamengo (não falo apenas dos jogadores, mas também de tudo que está envolvido no contexto de equipe), ainda mais após a conturbada saída do Chupeta, o que a motivou e como foi conduzida. Tudo bem que a questão financeira está envolvida, todos temos que levar o pão para a mesa, a questão de marketing pessoal, já que talvez em um time de maior destaque em território brasileiro ele pudesse alçar voos em âmbito continental, entre outras coisas, mas nada disso aconteceu. O máximo que conseguiu foi, como noticiado hoje, uma não renovação contratual por vontade de ambas as partes e, creio eu, um sentimento de dever não cumprido. Como esse assunto já é passado, o deixarei em seu devido lugar. O que me deixou muito decepcionado hoje foi a notícia de que Lula Ferreira foi a opção de renovação, o algo novo, escolhida pela equipe francana. Isso realmente prova e comprova o que o senhor disse sobre essa “panelinha” retroalimentada pelo sistema de basquete implementado no Brasil. Realmente não há uma vontade de mudar, afinal, mudar pra quê? Mas a esperança ainda está comigo, esses já comeram o filé, agora roem o osso, e logo mais não haverá mais nada do que se alimentarem. O tempo é rei!

    Abraços, professor.

  10. Rodolpho 01.06.2012

    Se Lula Ferreira realmente foi o nome escolhido em Franca, RIP basquete francano!

  11. Victor Dames 01.06.2012

    Prezado Douglas, porquê esse pensamento com relação ao Chupeta no Flamengo? Na minha humilde visão, o Fla necessitava de uma troca de comando naquele momento, e o Chupeta seguiu nas categorias de base do clube – inclusive fazendo um bom trabalho, revelando ótimos valores que sagraram-se campeões da LDO. A renovação nem sempre passa por novos valores, vide o trabalho do próprio Prof. Paulo Murilo a frente do Saldanha. A meu ver, o Flamengo deveria optar por dar uma chance ao bom João Batista, auxiliar da equipe tanto na era Chupeta quanto com o Gonzalo. Quanto ao Lula, é cedo para dizer o quanto ele pode acrescentar ou diminuir no basquete francano. Seu olhar externo, enquanto diretor técnico da LNB, pode ter renovado seu pensamento sobre o basquete, ou o ter defasado. O tempo dirá, mas não acho uma má aposta. Nobre Professor, nesta sua trincheira, sinta-se a vontade para apoiar ou repreender está opinião. Abraços!

  12. Basquete Brasil 01.06.2012

    Sim Douglas, o tempo é rei, mas o basquete continua vassalo, e continuará por um bom tempo, pois corporativismo nenhum se permitiria mudar o que conseguiu amealhar em duas décadas de mesmice endêmica e perfeitamente condizente com os designios que o sustenta. Mudanças não são bem vindas, e sim continuismo, sutilmente costurado para viabilizar sua permanente presença, haja vista o já anunciado curso nivel III da ENTB, que semelhante ao inaugural curso da escola, tem como finalidade provisionar aqueles que assumirão as novas categorias do NBB, quando todo o esforço de uma escola de verdade deveria ser orientado aos niveis I e II, que são estratégicos para a formação de base. Mesmo assim, como de praxe, terá o mesmo a duração padrão de 4 dias, com palestras, palestras e mais palestras, num equivocado continuismo, mas muito bem vindo pelo status quo. Mudar? Por que? Para que? Está tão bom e seguro assim…
    Um abraço, Paulo Murilo.

  13. Basquete Brasil 01.06.2012

    Prezado Rodolpho, não sejamos pessimistas a esse ponto. Conceituemos que uma tradição tão respeitada como Franca saiba o que a interessa para se manter no topo, e que acima de tudo saiba o que está fazendo. Devemos respeitar suas opções.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  14. Basquete Brasil 01.06.2012

    Repreender, nunca, apoiar, sempre. O bom debate é o fundamento para as grandes conclusões, e as sensatas decisões.A minha humilde trincheira é sua também, como de todos aqueles que querem o grande jogo em seu devido lugar. Um abraço, Victor. Paulo.

  15. Douglas 01.06.2012

    Olá, senhores.

    Victor,
    Não vejo a saída do Chupeta com maus olhos, inclusive, como não vem sendo possível a alteração desse pensamento arcaico relativo às inovações de sistemas de jogo e à melhoria dos defeitos técnicos e táticos que o nosso basquete atual possui (e essa atualidade já dura 20 anos), que troquem todas as cabeças. Só vejo com maus olhos a forma com que esse afastamento se deu: quando ele bateu de frente com o seu mais influente comandado, foi convidado a se retirar e lhe foi oferecida a base, onde trabalhava anteriormente. Além de uma falta de respeito extrema com o principal comandante, aquele que deveria possuir autonomia total diante do grupo para executar as mudanças que fossem julgadas necessárias para o bem do todo, demonstrou a todos que, se até o comandante tem teto de vidro, quem poderá com as pedras atiradas pelo influente comandado? Não achava o trabalho de Chupeta um exemplo de trabalho bem feito e condizente com o que creio ser um bom basquete, porém é uma opinião minha. Quanto às revelações do LDO, não creio que nada tenham a ver com o Chupeta, ou com a base do Flamengo. Ele recebeu um time tecnicamente melhor que os outros, conseguido através de valores sedutores e esperança de poderem atuar em uma equipe do NBB. Se não me falhe a memória, a maioria vinha do Fluminense e outros clubes de menor expressão do basquete carioca, capixaba, entre outros. Não vejo problema nisso, mas dizer que ser campeão do LDO é um fruto da base do Flamengo não é verídico. Retomando o assunto do Chupeta apenas para metaforizar, é como se um general batesse de frente com um capitão e fosse rebaixado a soldado.

    Ao caso do Lula Ferreira, só tenho a comentar que a palavra de ordem em Franca era mudança. E a atitude que foi tomada para representar essa mudança: contrar Lula Ferreira, o expoente máximo da mesmice endemica desses últimos 20 anos. Currículo invejável no Brasil, muitas vezes campeão, e por isso acredito que, nesse jeito vencedor de jogar, nada será mexido.

    Abraços, amigos!

  16. Rodolpho 01.06.2012

    Lula sucedeu Helio na seleção e pudemos constatar o abismo entre os dois. Foi a pior fase da história da seleção da CBB, mesmo com uma safra de muitos talentos, todos pouquíssimos aproveitados, principalmente na questão de lapidá-los, refiná-los, a fim de que tivéssemos hoje uma seleção entrosada, sem cardeais. Colhemos hoje o que Lula plantou na seleção, uma anarquia na parte comportamental, mesmice tática e falta de atenção no desenvolvimento da técnica.

    Isso que Franca está pagando pra ver. E verá. Temos o que pagamos pra ter.

    José Neto no Flamengo. Não pude acompanhar o trabalho dele, mas gostaria de saber a opinião de todos que geralmente andam por aqui.

    Quanto ao Chupeta, é fraquíssimo pra um clube do tamanho do Flamengo. Mas conseguia resultados. Gonzalo nem isso conseguiu. E Marcelinho acaba de ganhar mais 3 anos de contrato, vai distribuir pêras pelo Flamengo até completar 40 anos de idade.

    “-Socorro”, diz o basketball nacional!

  17. Basquete Brasil 01.06.2012

    Prezados Douglas e Rodolpho, procuremos manter os debates dentro das linhas técnicas, táticas e administrativas do grande jogo, pois consideraçõe de carater pessoal tendem a resvalar para discussões muito pouco conclusivas, se os devidos cuidados éticos não forem bem pesados e analisados, com isenção e justiça. No mais, opiniões e pontos de vista coerentes e responsáveis sempre serão bem vindos à trincheira de nós todos.
    Um abraço aos dois. Paulo Murilo.

  18. Rodolpho 02.06.2012

    Dessa vez (e certamente as próximas) minhas críticas foram restritas à parte esportiva, nada pessoais. E permanecerão assim, professor.

    Um grande abraço. E aguardamos com ansiedade suas considerações sobre a final do NBB. Ao menos, pra mim, o grande jogo, no Brasil, mereceria luto por 3 dias depois daquele “jogo”.

  19. Victor Dames 03.06.2012

    Sua memória falha então, caro Douglas. Daquele time do Fla, no máximo cinco atletas não foram formados na base do Fla, o restante já vinha no time desde o sub-15, pelo menos. Depois do título é que, por falta de dinheiro ou planejamento, não deu pra segurar os rapazes. O “rebaixamento” alegado por você é visto pelos olhos de quem enxerga o clube de fora, algo típico em se tratando de Flamengo. Mas ok, vamos deixar esse assunto pra lá, afinal, como já disse o Professor, este é um espaço para debates técnicos. E de todo modo, respeito sua opinião sobre o basquete rubro-negro, mesmo discordando dela. Abraços!

  20. Basquete Brasil 03.06.2012

    Prezado Rodolpho, infelizmente o DELL mini que trouxe a Mogi não entrou em acordo comigo, e seu editor de texto simplesmente se negava a salvar os textos feitos na hora do jogo. Perdi-os todos na memoria, mas como tenho o hábito de também escrevê-los salvei-os nos velhos e antiquedos papel e caneta. Chegando hoje ao Rio os editarei num computador de verdade. Um abrço. Paulo Murilo.

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