HUM, SEI NÃO…
Paulo, 16/25 de 3, 64%!! Que artilharia, que precisão, principalmente do Marcelo. E agora, caiu a ficha de que estamos em rota de colisão com uma medalha olímpica? E olha que foi contra a Espanha, 101 x 68, é pouco cara?
Hum, sei não, uma Espanha que envia um time B para testar brasileiro, e não faz o que o A leva como ação básica, defesa forte e perímetro atuante, sendo ambos pertencentes à mesma e tradicional escola de formação?
Num ponto eles poderão ficar algo curiosos, quanto ao quem é quem na artilharia nacional, afinal Leandro, Marcelo, Guilherme, Raul, Huertas chutaram bolinhas a valer (vide fotos em sequência), as do Alex só consegui registrar a bola (última foto), e a do Larry nem isso…
Enquanto isso, num jogo com pivôs poderosos em ambos os lados, nos eximimos de treiná-los, pois preferiram alguns passes de dentro para fora, alimentando a turma do perímetro, além de pegarem rebotes para os muitos contra ataques da equipe, e adiando o fundamental jogo interno, mesmo cometendo erros, no ponto que definirá muitos jogos em Londres.
Enfim, honestamente me preocupa uma equipe em que todos os seus armadores e alas se acham especialistas de três, quando deveriam ser arrasadores nos dois pontos, no jogo interior onde os percentuais são mais altos, e as possibilidades de provocarem faltas nos pivôs adversários se torna estrategicamente crucial, qualificando cada ataque, cada oportunidade de conclusão, pois se pensam que vão encontrar as facilidades de hoje na grande competição (inclusive contra a Espanha A…), estarão cometendo o maior dos erros, o de auto-estimarem suas reais possibilidades ante uma realidade antítese à de hoje.
No jogo de hoje com a Argentina, esses e outros fatores deverão ser minuciosamente mesurados, com realismo e bom senso, principalmente no jogo exterior, ainda muito circundante, numa busca óbvia para o tiro longo, quando a primeira opção deveria ser a do jogo interno, onde se decidem os jogos, os campeonatos, onde os americanos vão incidir como nunca, assim como algumas das grandes equipes européias, e a argentina também. Que prestemos muita, muita atenção nesse jogo, dada a sua importância a essa altura da preparação, pois os demais jogos antes de Londres espelharão toda uma tendência a ser desenvolvida na grande competição, onde incidirão os maiores esforços da equipe, se dentro ou fora do perímetro, se na velocidade explicita ou no jogo armado e cadenciado, se definido e decidido nas tabelas, ou na hemorragia nossa conhecida e estratificada até o jogo de ontem, a bolinha com seus mágicos 64% (16/25), claro, se deixarem, pois em caso contrário, hum, sei não…
Amém.
Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.
Boa Tarde Professor !!, ontem realmente não tinha outra alternativa os caras “pagaram” muito chute pro Brasil, vieram com uma proposta de jogo para fechar o garrafão e foi o que aconteceu, quando Nenê, Splitter, Varejão e cia pegavam na bola imediatamente fechavam 3 jogadores, ai não tem jeito os chutes de 3 pontos saíram de forma natural, então na minha humilde opinião pelo menos no jogo de ontem acho que a equipe teve uma leitura muito boa do jogo com a maioria dos chutes equilibrados sem loucuras e é isso que tem que ser feito, o time tem que estar preparado pra todos os tipos de marcações e foi o que aconteceu ontem pelo menos na minha visão.
Agora vamos ver como o time se comporta novamente contra a Argentina que indiscutivelmente tem uma marcação mais forte nos chutes da Seleção Brasileira, forçando ai sim uma maior participação de nossos pivôs no ataque.
Um grande abraço a todos..
Tenho acompanhado a preparação mas não vi esse jogo professor. Doeu ver lá na argentina momentos em que só se conseguia arremessos de fora, acho que no jogo do Chile houve um momento de 6 tentativas consecutivas, não conseguiam criar contra a marcação chilena opções de dentro, e muitas vezes com dupla armação em quadra, que não é praticada ou não funciona no nosso time, não sei se pela qualidade ofensiva dos nossos pivôs, ou pelo passe de nossos armadores, ou nosso treinador que reclama das bolinhas mas… tudo continua, penso que seria interessante numa preparação contra adversários muito inferiores o grupo conversar e só aceitar o arremesso de 3 no zerar do cronômetro. Ontem parece que entrou 7/8 nas de 3 do Machado, números impressionantes, que apesar das críticas em minha opinião é o nosso principal arremessador, se fosse trabalhada a bola pra ele pra tiros curtos o Brasil ganharia muito pq a precisão dele nesses tiros quanto está equilibrado é incrível, teve momentos contra a Argentina que ele passou muito tempo em quadra sem uma jogada para seu arremesso, foram seus pontos que tb fizeram falta naquele jogo. Nenê é a esperança de mudança, há que se arrumar e treinar parceiros para os picks do Splitter, é outra alternativa que até lá todos estejam inteiros e o nosso aclamado um dos melhores garrafões do mundo faça jus ao rótulo, até pq se o fizer a marcação fora do perímetro vai afrouxar aí podemos mandar as bolinhas equilibrados e livres de marcação. Apesar dos pesares a diferença de pontos contra a Nigéria e Espanha B impressiona!!!
Não vi o jogo.
Mesmo uma Espanha B é de se respeitar. Equilibraram o jogo contra a Argentina por um bom tempo semana passada. Foi um festival horroroso de bolinhas entre Espanha B e Argentina. Péssimo.
Se congestionaram a área dos pivôs e pagaram dos 3, mereceram levar tanta bola. Concordo com o Alexandre.
A bola de 3 é uma ótima alternativa pra esse tipo de jogo. E teremos muitas chances de aproveitá-las em Londres. Obviamente nossos adversários optarão por uma defesa bem mais agressiva nos nossos pivôs de NBA e não nos nossos arremessadores de NBB. E ai que poderemos provar que temos uma seleção completa.
Há de se “azeitar” urgentemente o jogo de pick ´n´roll entre Huertas e Splitter. Nenê não estará bem fisicamente pras Olimpíadas e Varejão é mais limitados do que os dois pra ser um pontuador constante.
Não podemos demonizar as bolas de 3 pontos quando o jogo as chama e elas nos dão vitórias. Não é bonito um festival de pombos voando o jogo inteiro, mas se for isso que o adversário pedir, temos bons arremessadores que, equilibrados e no momento adequado, podem decidir.
Professor Paulo Murilo,
Estou no Brasil e acompanhei alguns jogos da selecao brasileira masculina. Como tecnico e analista do esporte, pude obervar que o Brasil ainda comete os mesmos erros observados no ano passado, ou seja:
1. Os nossos alas nao sabem marcar o homen que corta para a cesta com e sem bola – vide o numero de cestas que a argentina anotou no ‘da e segue’
2. Devido a esta fraca marcacao nossos pivos se carregam de faltas
3. Os nossos pivos continuam marcando os pivos adversarios por tras sem pressao no passador e sem cortar a linha do passe para o pivo. Pude notar tbem que devido a isto, todo pivo que joga contra o Brasil faz uma festa – principalmente os pivos Argentinos.
4. Ainda temos muitas dificuldades em ler o jogo do adversario e nao sabemos marcar o ‘pick and roll’ – nao existe pre-troca e nao forcamos o atacante adversario a ir para o lado que nao o favorece ou que nao favoreca o esquema ofensivo adversario.
5. O nosso ataque e totalmente dependente do Huertas, sem ele, o ataque nao flui bem e nao ha ditribuicao de bola – Nao sei se o Larry e o Raulzinho sao as melhores opcoes para uma Olimpiada – acredito que se nao forem bem e na hora do aperto o Leandrinho voltara a ser o armador.
6. A movimentacao de ataque nao explora a habilidade dos nossos homens altos pois quase sempre os colocam de costas para a cesta e nao de frente para a cesta
7. Continuamos a arremessar muito da inha de tres pontos – isto torna a nossa equipe mais lenta e mais previsivel – pois qdo uma equipe arremessa tanto de fora – a movimentacao continua de picks e cortes para a cesta sao quase inexistente e isto torna a nossa equipe bastante previsivel especialmente por ser o nosso sistema igual ao de varias selecoes contra quem jogaremos em Londres.
Estes sao apenas alguns detalhes que notei e lembrei que sao as mesmas deficiencias observadas por nos no ano passado – Estava contando em poder ver um aprimoramento do nosso jogo especialmente no que diz respeito a fundamentos e detlahes defensivos.
Nao acho que a nossa chave na Olimpiada seja tao facil quanto se diz – Se nao tomarmos cuidado ou se o Huertas nao estiver dia apos dia bem e com uma performance de 70% ou mehor – vais er dificil ganharmos da Australia e China…
Assistirei o jogo de hoje a noite e espero poder observar uma melhor defesa especialmente na protecao do corte para a cesta como na marcacao do pick and roll. Espero tambem poder observar um jogo mais equilibrado no ataque com ‘penetrating’ passes que coloquem os nossos jogadores mais proximos da cesta, especialmente nossos pivos que tem velocidade, habilidade, etc..
No mais continuarei torcendo pelo Brasil – porem um pais como o nosso sendo dirigido por um treinador estrangeiro e muito ruim para quem esta trabalhando no exterior com o Basquetebol. E um tanto quanto inexplicavel – porem conhecemos o porque disso….
Ate breve – e que os nosssos jogadores e comissao tecnica possam realmente traduzir todo o otimismo em torno deles com uma boa apresentacao na Olimpiada culminando com a conquista de uma medalha. Saudacoes.
Me lembro muito bem, prezado Alexandre, que no segundo jogo que dirigi do Saldanha no NBB2 contra o Paulistano, logo na segunda jogada nossa de ataque o Amiel (2,05m) recebe uma bola na lateral direita, seu ponto forte para o arremesso de três, vê a defesa plantada no garrafão, ameaça o tiro, trazendo um dos defensores para uma tentativa de anteposição, corta em direção à cesta, e mata a bola de tabela e de frente para a mesma, bem no meio do garrafão, como se estivesse dizendo-É daqui que vou fazer todas…
E não deu outra, contra individual ou zona, os três pivôs, Amiel incluso, mataram a defesa no seu âmago, e não circundando o perimetro com passes inócuos e arremessos imprecisos de três, pois se uma equipe quiser se impor à defesas fortes, zonais ou individuais, têm de atacá-las onde se consideram impenetráveis, no seu miolo, derrubando sua fortaleza, afrouxando sua disposição de combate.Mas para isso tem o ataque de estar bem preparado em determinados e decisivos fundamentos, além de se situar sempre de frente para a cesta, armadores, alas e pivôs, concentrados em decidir sob o manto do coletivismo e da doação de todos, dentro e fora da quadra, e nunca esquecendo que a defesa séria e determinada sempre será o ponto de partida na exequibilização de seus ataques, mesmo enfrentando defesas sérias e determinadas como a que praticam. Quem mais for jogar “lá dentro”, vencerá, sem dúvida alguma. Assim deveria pensar e agir nossa seleção.
Um abraço, Paulo Murilo.
Prezado Ramon, a dupla armação jamais funcionará em nosso basquete, em nossa seleção, enquanto um segundo armador for ocupar a posição de um ala no sistema único, que é o recurso que encontram nossos técnicos para melhorar a técnica nos dribles, passes e fintas com tal substituição. Uma verdadeira dupla armação jamais retira os armadores do foco permanente das ações de ataque, situando-os por toda a amplitude do perimetro externo, se entreajudando, realizando trocas e bloqueios entre eles, liberando passes aos pivôs em seus velozes deslocamentos, e nunca o circundando com passes aleatórios e desconexos. Enquanto um deles agir e jogar como um ala, nada obteremos de determinante em termos táticos, muito menos técnicos.
Um abraço, Paulo Murilo.
Prezado Rodolpho, como bem expús ao Alexandre, jogar lá dentro contará sempre com três alternativas, um arremesso mais seguro e confiável, um bem possivel arremesso de 1 ponto por faltas, e uma falta pessoal contabilizada na conta do defensor, que por conta disso tenderá a reestruturar seu modo de agir, de defender, quando ai sim, a alternativa dos três poderá se tornar mais uma arma ofensiva, jamais a única.
Um abraço, Paulo Murilo.
Walter, que bom ter você de novo entre nós. Seus comentários estão bem sintonizados com os do ano passado, provando o quanto de padronizados e previsiveis continuamos a ser. Enquanto essa realidade permanecer entre nós, muito dificil se tornará nossa participação no concerto internacional, o que é de se lamentar, face ao grande potencial que possuimos para a pratica do grande jogo.
Precisamos nos encontrar para por em dia assuntos pendentes, principalmente quanto ao CBEB, tão bem planejado, mas extremamente dificil em sua concretização.
Um abraço, Paulo.
Fala, Paulo, tudo bom?
Estou passando aqui para deixar o endereço do Blog Esporte é Minha Amante, em que temos feito alguns posts interessantes sobre o Basquete (o último sobre o jogo Brasil x Argentina, inclusive).
Dá uma passada lá!
http://esporteeminhaamante.blogspot.com.br/
Abraços!
Zacha Silva
http://esporteeminhaamante.blogspot.com.br/
Passei e gostei, prezado Zacha, mas algo de extranho ocorre com o meu blog, pois links postados em comentários costumam ficar ocultos, mas se o mouse for localizado nos espaços eles são acessados. De muito venho tentando corrigir essa falha, sem sucesso, infelizmente.Por isso, peço sua permissão para editar seu comentário instruindo os leitores ao acesso oculto.
Um abraço, Paulo Murilo.
Fala Paulo, obrigado pela opinião. Fique sempre a vontade para criticar. Tem toda permissão que desejar! Um abraço! Zacha
Por sinal, fiz mais um post sobre o basquete (desta vez sobre o jogo BRAxEUA) lá no http://esporteeminhaamante.blogspot.com.br/
abraços