LÍDERES NOS ÊRROS…
Caramba, era um jogo com o líder do campeonato paulista, o mais poderoso do país, o mais prestigiado, a nata da elite, e transmitido ao vivo e à cores.
Primeiro quarto preenchido por um duelo ensandecido de arremessos de três, de lado a lado é o que se fez em quadra, sistemática e mediocremente, num espetáculo da mais absoluta falta de imaginação, de criação, de técnica, de tática.
De repente é desencadeada uma defesa pressão insistente, permanente, pela equipe da casa, e o mais incrível, seguidamente retomando a bola da equipe líder, sem contestações, sem reações, infringindo um dos mais primários fundamentos coletivos do grande jogo, o de sair de uma pressão pelo meio da quadra, tendo o apoio de um pivô exatamente nesse ponto, o meio da quadra, desértica, ignorada, abandonada…
Dá-se o distanciamento no marcador, como um sinal para o inicio de uma sucessão de erros de fundamentos espantosa pelo número, 28 (13/15), cifra inadmissível em equipes da suposta e propalada elite do mais prestigioso campeonato do país.
Ao final, estampa-se na tela da TV um quadrinho estatístico aterrador, como para nos lembrar que para serem lideres de verdade, algo deve ser mudado nos futuros quadrinhos, como por exemplo, treinarem mais fundamentos, pois afinal de contas, um campeonato super valorizado como esse deveria ser visto como exemplo para as novas gerações, função maior daqueles que se arvoram como tal, mesmo com as desculpas de inicio de temporada, quando erros táticos ainda seriam admissíveis, técnicos e individuais, jamais…
Amém.
Fotos – 1 – Arremesso de três de um lado…
2 – E do outro…
3- Saida equivocada e falha da pressão…
4 – O quadrinho…
Fotos – Reproduções da tv. Clique nas mesmas para ampliá-las.
Enumerar os erros é fácil. Queria saber se consegue citar ao menos um acerto, professor. Eu não consegui. Nível pífio.
Quadrinho 1. Se o arremessador passa a bola pro armador livre na cabeça, que bela infiltração teríamos, não!? Mas duvido que ele tenha visto, e também duvido da capacidade do armador em fazer uma infiltração, mesmo que livre de marcação. Se recebesse a bola ele também chutaria de fora.
Essas quadras parecem mais quadras de mini basquete. Tudo bem que o preparo físico é deixado de lado, mas quadras minúsculas prejudicam demais o jogo.
Sim, prezado Rodolpho, consigo pinçar algo de positivo e muito importante, no consciente despertar de quem aqui posta seus comentários, como você, na antevisão de uma teimosa e endêmica realidade que nos sufoca e minimiza perante tanta mediocridade e insensibilidade às reais necessidades do grande jogo entre nós.
Um abraço, Paulo Murilo.
PS- Ah, um acerto, a defesa pressão bem executada. PM.
Participamos porque gostamos de um basketball bem jogado. E também porque sonhamos em ver longe do grande jogo essa gente que simboliza a mesmice, o retrocesso que nos levou a situação vexatória e humilhante no cenário mundial.
Ah, e com o cincão ali no meio da quadra a pressão funcionaria?
Olá, senhores.
Rodolpho,
Creio que com o pivô no meio da quadra, sendo marcado devidamente (pela frente, seguindo a premissa da marcação na linha da bola), a marcação funcionaria sim. Essa postura defensiva anularia essa opção de saída pelo meio da quadra. Tenho a impressão de que, pela sincronia e demonstração de treinamento, caso o pivô tomasse esta posição, a ação defensiva seria essa, porém sequer isso foi cogitado, então ficamos no achômetro mesmo.
No mais, é deprimente vermos uma situação dessas, onde erros imperam e, pior ainda, são respondidos com outros erros, um após os outros, em um sistema vicioso e nocivo à boa apresentação do grande jogo. Infelizmente as estatísticas do site da FPB são ridículas (será que é impossível executar um convênio, ou algo do tipo, com alguma faculdade, onde estudantes de estatística poderiam fazer um estágio não-remunerado trabalhando nestes números? Todos ganhariam, mas tenho a certeza de que se fossem apurados os pontos motivados pelos erros, seriam poucos, tanto de um lado quanto do outro.
Abraços!
É o sonho (porque não realidade?) de todos nós, prezado Rodolpho, por isso devemos continuar na boa luta.
Com um pivô no meio, indo de encontro ao passe, evitando dessa forma uma antecipação defensiva, sem dúvida alguma a pressão seria contestada, pois os angulos laterais de escape estariam sob controle. É uma regrinha básica de fundamento coletivo, mas… Ora deixa pra lá…
Um abraço, Paulo Murilo.
Querido prof.Paulo Murilo, estava presente nesse jogo, foi uma grande aula de como os números apresentados numa partida(estatística) são irrelevantes para o conhecimento do grande jogo, ver os números não significa entender os números…Muito se fala de conceitos modernos do jogo, mas na prática pouco podemos constatar, nessa partida era necessario só estar um pouco atento…Um grande abraço do seu admirador Julio Malfi.
Prezado Julio, pegue as últimas estatísticas do campeonato paulista masculino e constate que os números de erros em alguns deles, inclusive das equipes mais badaladas, ficam entre 28 e 32 ocorrencias, números aterradores e preocupantes, superando em muito as hemorragias dos três pontos, numa escalada que os levarão a um patamar irreversível. E no feminino então, se torna desanimador. O resultado disso tudo? Que respondam os estrategistas com suas mágicas pranchetas. Corporativismo e competência é isso aí…
Um abraço, Paulo Murilo.