OS MILAGROSOS AMERICANOS…
Até aquele momento vinha sendo um festival de arremessos de três inenarrável (18/49), onde ambas as equipes disputavam o direito de errar mais, mesmo quando o placar esteve igual em 72 pontos, e que bastariam um ou dois arremessos de dois para decidirem a partida, mas não, ela tinha de ser decidida numa “bolinha”, não importando de que lado caísse.
Os sufocantes 26 erros de fundamentos pesavam demais, mas não tanto quanto o do decisivo erro, aquele que sacramentou o jogo, numa “jogada” pranchetada que o experiente comentarista da ESPN definiu com indiscutível argumento – “Se é uma jogada treinada, faltando 7 segundos já é de difícil concretização, mas se está sendo desenhada agora certamente não dará certo”.
E não deu outra, a começar pela discussão entre técnico e assistente, tendo um jogador participante, de “como” montar uma saída lateral de bola visando um jogador para decidir num único lance (vejam a sequência fotográfica publicada), e que teve no americano, talvez o maior investimento da equipe, a tarefa decisiva, não fosse o mesmo, como todos os seus conterrâneos que aqui aportam, os depositários da arte dos dribles, das fintas e dos arremessos fatais, argumentos agenciados por vivos empresários por sobre jogadores de vigésima opção no mercado das ligas em todo o mundo, quais sobras com salários “ajustados” à nossa triste realidade de passivos e deslumbrados colonizados.
E aconteceu o erro, grotesco e definitivo, pois o irmão do norte tentou o drible com mudança de mão, lançou a bola no próprio pé, teve de voltar para recuperá-la, e dali mesmo disparou um “tijolo” que nem aro pegou, e que seria de? Isso,,,de três!
Bastaria um deslocamento simples ou duplo de pivôs dentro do garrafão para ser tentado um singelo arremesso de dois, e quem sabe um ou dois lances livres, de pertinho, pois se de dois ou três pontos possíveis somente um fosse concretizado, pelo menos uma prorrogação estaria garantida, e através uma jogada treinada muitas vezes, e não elaborada numa prancheta qualquer rodeada de estrategistas, que aqui para nós, têm muita estrada ainda para aprender, muita mesmo, com ou sem americanos…
E eles estão vindo aos magotes, se constituindo, inclusive e pretensamente pelas equipes, como os bastiões de um basquete superior, decisivo, final, mas que falam outra língua e que estão acostumados a rodear pranchetas sem se importarem muito com quem as empunham, afinal, são americanos, mas não os de primeira qualidade, longe, bem longe disso…
Enquanto nossas equipes forem formadas por dirigentes, para depois escolherem seus técnicos, distorções como essas se repetirão, para gáudio e festa de agentes que não estão nem ai para o basquete brasileiro.
No final, mais um quadradinho estatístico (?) constrangedor e primário.
Amém.
Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.