MAIS UMA EQUIVOCADA CONCEPÇÃO DE JOGO…
Bem no momento em que a dupla armação encontra um tímido apoio e utilização em algumas equipes da liga, mesmo que um dos armadores execute as funções de um ala do sistema único, numa adaptação que o mantêm incólume em sua estrutura de jogadas armadas de forma universal, padronizada e formatada ao total controle e comando de seus técnicos, mas que por força da presença técnica de armadores de oficio, vinha sendo restabelecido um primado a muito esquecido pela quase totalidade das equipes, o jogo interior, o jogo ainda insipiente de pivôs atuantes e participativos, e não meros catadores de rebotes.
Pois bem, nem foi aquecida esta forma de jogar coletivamente o grande jogo, minorando um pouco a densa hemorragia dos arremessos despropositados de três, inclusive através alguns pivôs, como numa reação ao monopólio dos atiradores, para surgir uma nova “concepção de jogo” que tende a mantê-los ao largo das tão midiáticas finalizações, a La Kobe Briant, que vem quebrando recordes seguidos de cestas, enquanto sua equipe amarga derrotas sucessivas. Aponto esse exemplo vindo da NBA, pelo simples fato de que a grande maioria de nossos jogadores e técnicos adotam da maneira mais canhestra possível, a forma universal em que jogam e dão as cartas, técnicas, táticas e comportamentais.
E a nova, mágica e formidável concepção de jogo se espraia velozmente em nossas criativas equipes através o armador “super cestinha”, aquele que quebra recordes, encesta como ninguém, até mesmo vence jogos frente às inexistentes defesas externas e internas de nossas equipes, culminando tanta maestria mantendo os homens altos fora das conclusões diretas, fixando-os naquele comportamento tático de todo sempre, o de apanhadores profissionais de rebotes, e ponto.
Porém, o mais emblemático fator interveniente nessa tendência, é o posicionamento favorável dos técnicos a esse tipo de comportamento técnico, avalizando ações e atitudes cada vez mais presentes nos jogos deste NBB5, comportamentos estes que contundem e fraturam decisivamente o ansiado equilíbrio entre o jogo externo e interno de uma equipe que se deseja equilibrada e competitiva pela junção e interdependência de seus segmentos mais básicos, os armadores no perímetro externo e os alas e pivôs no interno. No momento em que um destes segmentos se individualize, principalmente o da armação, nada que se compare a uma equipe coesa poderá ser alcançado, sequer projetado.
Pena que tanto talento seja desperdiçado em nome de uma concepção tão equivocada de jogo, mesmo originando alguns sucessos, tão efêmeros, quanto enganadores. Honestamente, não acredito que armadores/cestinhas possam enfrentar defesas bem postadas, principalmente em jogos internacionais. Porém, se o brilho fugaz alcançado em nossos campeonatos atende a egolatria tupiniquim, então estamos muito bem servidos, lastimavelmente…
Amém.
Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.
Caro Profº
Bom dia!
Não de hoje, venho falando sobre o modismo que vem segmentando o basquete brasileiro.
Assim como o mundo da moda, parece que vivemos sobre as tendências, migramos entre conceitos enraizados em sistemas de jogo cada vez mais libertos onde pivôs chutam de três a vontade abdicando do jogo interior, é costumaz e tenho assistido em alguns jogos os pivôs saindo para fazer um bloqueio direto na linha dos três pontos e logo em seguida posicionar-se para arremessar dessa linha.
Nesse pensamento vou dividir uma analise ou uma reflexão totalmente contraditória em nosso Basquete.
Eu tenho ido á várias “PENEIRAS” digo peneiras mesmo, pois estão longe de serem seletivas. Não há uma analise do atleta de fato, é espantoso que na base a preferência é sempre em primeiro plano, por jogadores altos mesmo que esses não saibam jogar ou nunca tenham jogado, armadores e alas são preteridos por meninos altos é correto pensar que esses são preparados para serem meros Bloqueadores e Reboteiros?
Assisti ontem ao jogo do Uberlandia x Palmeiras e dava para contar nos dedos quantas vezes houve um jogo interno de fato. Houveram perto de 50 arremessos de três pontos onde o comentarista vibrava dizendo que essa seria a arma de Uberlandia através dos Shooters Robert Day e Collum, Cipolini ficou encarregado de pegar rebotes e fazer bolas de segunda chance, sob o comando de Helio Rubens os Juvenis não tem vez e do outro lado um Palmeiras jogando á própria sorte em ataques de 4,5 segundos onde um Thiagão de preponderância fisica como de poucos jogadores de perimetro, jogava longe do cesto arremessando a vontade dos três pontos sua nova especialidade (?).
Curmell, Wiggs e Brown em ataques compatrióticos, seguia jogando livremente abdicando da proposta de jogo, claro os três hoje são os principais jogadores da equipe, Curmell um Pivo de muita mobilidade e habilidade, juntamente com Thiagão e um Marcão mais fechado, poderiam fazer chover na competição, deixando Caleb Brown e Arthur Pecos (uma grande revelação, mas que precisa ser melhor trabalhado) tomando conta das movimentações externas e organização do jogo, seria uma ótima proposta. O que se viu foi um jogo libertino onde Uberlandia e seus arremessos de três, abriram mais de 20 pontos e se não fosse a troca de Helio Rubens, fatalmente iria para uma diferença muito mais expressiva o que seria uma vergonha para o Palmeiras e seu INVESTIMENTO (?) feito na modalidade que contava com um elenco mediano, porém um grande treinador Joao Monteiro mais conhecido como Padola. Os tempos técnico um show de Espangles, ou Portunhol e até mesmo Portuinglês, que nem os comentaristas entendiam, chutando a informação que conseguiam captar.
No Pinheiros essa passividade de Mortari já não é de hoje. Antes da chegada de Boracini, era o Shammell hoje tratado como opção, quem dava as cartas, lembro-me até de ter lido algo sobre isso mas não lembro muito bem se foi em seu site grande professor.
Defendo veementemente uma proposta em que sejamos lives para criarmos nossa própria filosofia de jogo, que os novos treinadores possam ser produtores de conhecimento contrapondo o mais do mesmo que nos estacionou por tanto tempo fora das olimpiadas. Que seja disponibilizado fontes de conhecimento onde possamos de fato entender o grande jogo e suas particulariedades, encontro nesse site essa fonte de conhecimento, cada post vejo como um módulo de ensino EAD nao vejo o senhor como um ombudzman, vejo o como um defensor de um estilo de jogo democrático com participação atuante de todos os 12 atletas da equipe (defendo que os 12 tem a mesma responsabilidade), mesmo sabendo também que temos os atletas que se sobressaem e que fazem a diferença, porém a busca incansavel pelo equilibrio da equipe, faz com que todos tenham uma evolução, cada um dentro de suas possibilidades, mas que contribui para o crescimento da equipe.
Que isso não se reflita ainda mais em nossa tão sucateada base e que apareçam muito em breve novos agente de mudança, se bem que as noticias não são muito animadoras. Teremos Nunes ou Grego novamente. Oremos…
Creio eu que o nepotismo no Pinheiros é bem pior.
O filho do técnico tem:
6 jogos
13 minutos por jogo
2.8 pontos por jogo
NENHUM rebote até agora
2 assistências no campeonato inteiro
E o pior de tudo, é o símbolo da convergência e defesa frouxa. Vejamos:
11 tentativas de 3 pontos (3 acertos, todos no mesmo jogo)
4 tentativas de 2 pontos (1 acerto, 25%)
6 Lances Livres (todos convertidos)
Se juntarmos LL e 2P ainda assim não chega às tentativas de longa distância.
Pra piorar…
Não é um garoto de 17 anos, que está aprendendo. Vai completar 33 anos mês que vem.
E como esses 13 minutos por jogo de quadra fazem falta para um garoto, não, caro professor?!
Olá a todos!
Pegando carona na narrativa do Josué, contarei mais uma das minhas histórias.
Quando ainda era um jogador de base, há uns 10 anos atrás, saia da escola às 11:30 diretamente para o clube, pois morava longe do mesmo e não dava tempo de almoçar em casa e ir para o clube. Aproveitava o ótimo almoço servido e depois aguardava até às 14:30, quando começavam as atividades da minha categoria. No horário anterior ao da minha categoria, no início do ano, tinham as tais peneiras do sub-15. O técnico da categoria e seu assistente, normalmente um formando em Educação Física em período de estágio, avaliavam os jovens que buscavam ali uma oportunidade.
A equipe necessitava, naquele ano, de armadores, já que os 2 que possuía, acabaram deixando o clube. Um desistiu do esporte por pressão familiar, e outro havia trocado o clube por outro, que lhe ofereceu uma ajuda de custo, além do transporte, alimentação e material esportivo, que o clube que eu jogava oferecia aos seus militantes. E naquele dia havia aparecido um garoto, possuía seus 1,70m, bem magrinho, rápido, relativamente habilidoso com a bola para sua idade, porém não tinha o perfil corpulento que o tal técnico apreciava, mesmo em seus garotos mais baixos. Em contrapartida, um garoto alto, seus 1,95m aos 14 anos, porém gordo, pesadão e sem a menor desenvoltura, bastante descoordenado mesmo (característico em meninos muito altos que não tiveram aquela educação física lúdica desde pequeno, que ensina a criança a dominar as proporções do corpo, a correr, pular corda, saltar pequenos obstáculos, etc). Acredito que nunca havia entrado em uma quadra de basquete e, pelo visto, procurava ali iniciar seus caminhos no grande jogo, e por isso não conseguiu participar por muito tempo da atividade, já que não possuía noção de posicionamento em quadra, dos movimentos básicos para passe, arremesso, ou seja, o menino era muito cru ainda. Mas mesmo assim, foi pedido que ele esperasse ao lado da quadra e não fosse embora.
O menino menor participou de toda a atividade, possuía alguns problemas relacionados ao seus gestos de arremesso (pequeno, mais fraco, possuía ainda aquele arremesso que sai do peito, e não de cima da cabeça) e postura de marcação, mas com a dedicação do técnico e dele mesmo, isso seria corrigido tranquilamente.
Chegado o fim da atividade, enquanto eu me alongava, preparando-me para iniciar o meu treino, presenciei o diálogo que antecedeu uma das frases mais infelizes que já ouvi. Ali estavam o assistente, argumentando a favor do possível futuro armador da equipe, e o técnico discursando a favor do grandalhão descoordenado. E aí veio a frase final, derradeira: ” Vai lá, dispensa o armador que eu vou ficar com o pivozão. O grande eu consigo ensinar a jogar basquete, o pequeno eu não consigo ensinar a crescer. Não vou deixar passar um menino desse tamanho.”. Pois bem, contrariado, o assistente foi lá, dispensou o garoto menor e chamou o maior para sentar-se junto aos escolhidos do dia, mais dois outros garotos grandes, mas com um perfil mais próximo de alas e uma aparente vivência prévia no basquete.
Por fim, o sonho dourado de ensinar o menino foi por água abaixo, quando após uns 2 meses de prática, frustrado, ele mesmo pediu para sair do time, percebendo a sua dificuldade em aprender os movimentos mais básicos. E a equipe continuava a sofrer pela falta de armadores, jogando com alas, que já haviam sido, naquela altura de suas pequeníssimas experiências basquetebolísticas, formatados para atuarem na tal posição 3, improvisados na posição 1.
Essa situação deve ocorrer dia após dia de seletivas pelo nosso país.
Abraços!
FELIZ NAVIDAD PARA TODOS !!!!!
— DECIDIENDO EL TIPO DE ATAQUE , algunos conceptos a considerar —
Parafraseo a Bob Knight : “El tiro no es de igualdad de oportunidades, solo deben tirar los jugadores que encestan la pelota , y la tarea de los jugadores en la cancha es saber quien es el mejor canastero y darle la pelota ”
1- Inicie por analizar las fortalezas y debilidades de sus jugadores . Al identificarlas planifique su entrenamiento para practicar de manera consistente los puntos Fuertes, tratando de reducir las debilidades .
Un buen inicio es que todos los jugadores independientemente de la posicion que juegan, practiquen de manera cotidiana los fundamentos del deporte.
2- Analize cuantos puntos necesita su equipo para ganar la mayoria de sus partidos. Esto dependera del nivel donde juega etc.
El grueso de sus puntos llegara por :
2-1 . Tiros libres,
2-2 . Ataque de media cancha : ya contra defense personal y/o de zona,
2-3 . la salida rapida.
2-4 . Otras estrategias.
Debera entonces, practicar en los entrenos de manera constante y repetitiva de ejercicios para lograr que sus jugadores aprendan el concepto de — solo buscar el tiro de alto porcentaje –. es decir el concepto que usted como entrenador tiene.
— solo tiran los jugadores que encestan desde las posiciones entrenadas y bajo las condiciones determinadas –, pues lo que es un tiro de alto porcentaje para un jugador, no lo es para otro.
3- Disminuya el numero de perdidas de pelota ( turnovers ),
4- Fortalezca la unidad socio-emocional del equipo,
Entonces su ataque o formacion ofensiva debera capitalizar las destrezas de sus jugadores ejm. si su ataque produce tiros de ” tres ” pero no tiene jugadores que encesten consistentemente desde esas posiciones, ese tipo de ataque no es el mejor para su equipo; posiblemente le convenga encontrar un sistema de mayor penetracion para lograra tiros mas cercanos a la canasta.
Una evaluacion realista de su equipo le indicara cual es el ataque o formacion ofensiva mas adecuada para su equipo.
Y no olvide mejorar las destrezas defensivas de su equipo, pues hay que evitar las canastas rivales.
Gil Guadron
Excelente comentário, Josue, creio mesmo que não o faria melhor, parabéns.
Seus dois últimos parágrafos então são muito bons, não pelo elogio ao Blog, mas pela feliz colocação da busca pelo inovador e criativo por parte da nova geração de técnicos, tendência esta, ainda muito inibida, que aplaudo com fervor. Se um pouco da minha teimosa e incessante evangelização na busca do novo, do instigante e da responsavel diferença, conseguida pelos caminhos justos e abertos da democracia, for alcançado, estarei feliz, na plenitude do bem querer e amar o grande jogo.
Um abraço, Josue, continue assim, justo e técnico. Paulo Murilo.
Prezado Rodolpho, vamos deixar de lado detalhes insignificantes como este, em nome do muito que temos de discutir e analisar para o soerguimento do grande jogo. Seus comentários são muito importantes na luta que temos travado diariamente para alcançar aquela meta.
Vida que segue. Um abraço, Paulo Murilo.
Prezado Douglas, suas histórias, essa história, muito reflete a nossa realidade, com a crueza dos mal feitos, das perdas, dos pecados, todos cometidos na contra mão da educação de nossos jovens. No dia em que os técnicos da formação de base, forem galardoados pelos jogadores que ascendem às divisões superiores, e não pelos títulos conquistados,ai teremos uma formação de base de verdade. Mas tais compromissos e comprometimentos, só serão exequibilizados no momento que tivermos uma associação nacional de técnicos e suas representantes regionais, atentas na direção de projetos voltados à base, como deve ser feito, e não utilizados por arrivistas e oportunistas de plantão. Chegaremos lá? Não sei, Douglas, mas é uma luta que tenho travado desde sempre, acreditando que num dia qualquer, próximo ou distante, alcançaremos enfim.
Um abraço, Paulo Murilo.
Querido Gil, Feliz Natal para você também, e sua familia em particular.
Como sempre, ótimos conselhos e ensinamentos aos que começam, como começamos muitos anos atrás, inesqueciveis, aliás. Gostaria de reencontrá-lo para boas conversas em torno de um bem assado robalo. Prevejo que isso esteja próximo de acontecer. Vamos ver.
Um grandioso 2013, e já estou guardando um quarto para você e a Luiza em 2016, pois a Olimpiada transcorrerá pertinho aqui de casa.
Um abração, Paulo.
Paulo :
Luisa y yo le tomamos la palabra. Obrigado por el convite.
Reciba un fuerte abrazo !!!
Gil
Combinado, mas antes talvez dê um pulinho até ai, que tal?
Abração, Paulo.
— MAS QUE BIENVENIDO —
Que alegria que venga a la ciudad de los vientos. Su cuarto ya esta listo.
La primavera es una excelente epoca de visitar Chicago, se lo menciono pues en , y como usted sabe, considero a Boby Knight como uno de mis maestros.
Los detalles se los envio a su e-mail particular.
Como siempre abrazos extensivos a su familia.
Gil
— fe de errata —
En Abril se llevara a cabo la : Hall of fame Two-man Basketball Coaches Clinic: Bob Knight and Geno Auriemma.