2013 – ESPERANÇAS…
Terminou a folia, quando na realidade se inicia o expediente nesta festiva nação, e claro, como um país rico, 2013 dá a partida para mais um ano de prosperidade, progresso, justiça, educação e saúde para todos…
Pouco assisti de basquete nesses dias momescos, a não ser um bom jogo na Copa do Rei da Espanha, um jogo da NCAA, e uns breves momentos de NBA, e não esquecendo, alguns jogos da Liga das Américas, pontuada de equipes para lá de medíocres, onde um só jogo valeu um pouco mais, o de Brasília contra o Flamengo, onde a invencibilidade da equipe carioca foi quebrada de forma contundente.
Contundente Paulo, como? Ora, ora, bastou aos candangos concentrarem o jogo de duplo pivô em cima do Caio, com o outro ala passeando pelas mesmas redondezas, para desmontar uma equipe, que até aquele momento se destacava pela forte defesa, apontada pela maioria midiática como a responsável pela invencibilidade, quando na realidade o seu poderoso ataque é que resolvia as questões.
Como seus adversários, em sua esmagadora maioria, nada defendiam para além do perímetro interno, jogadores como o Marcos, Benite, Alexandre e Duda, e até o Caio se esbaldaram nas bolinhas de três, e eventualmente nas de dois, através os rebotes do Caio e do mesmo Alexandre, sem dúvida alguma o mais regular de seus jogadores, e não esquecendo a força nos contra ataques quando atuava em dupla armação, com o Kojo e o Benite, revesados pelo Gegê.
E o que fez Brasília, senão ir para dentro do perímetro rubro negro, atuando com o Guilherme e o Paulão num entre e sai do garrafão, combinados com o Arthur, e mais tarde com o Ronald e o Cipriano, todos alimentados à granel pelo Nezinho, o Alex e o Isaac?
Pois é, minha gente basqueteira, se já ensaiávamos a dupla armação em algumas equipes, porém amarradas nas rígidas coreografias do sistema único, agora pudemos testemunhar em terras bolivarianas um recital de três pivôs altamente móveis, todos em cima de um lento Caio e um esforçado Alexandre, na tentativa de contê-los em suas entranhas, já que os 2,07m do Marcos não se coadunam com a desejada firmeza quando a situação a ser encarada é a de… defender.
E foi tão tranqüila a superioridade da turma do planalto, que se não me engano o seu técnico não pediu um tempo sequer, dos cinco a que tem direito em um jogo.
Bem, que essa tranqüilidade faça brotar nas hostes da Gávea uma contrapartida inteligente, já qua nada inteligente foi sua decisão de dispensar o Teicheman, que no atual elenco se encaixaria com precisão, não só para a rotação com o Caio, como para atuarem juntos, como fez a equipe de Brasília.
Li agora a pouco no GloboEsporte, uma matéria com o Helio Rubens, onde planeja efetivar a dupla armação com o Helio e o Valter, que em conjunto com os altos, versáteis e rápidos Gruber, Cipolini, Leo, Day, em constantes deslocamentos pelo perímetro interno, levarão essa boa equipe a disputar com grandes chances o titulo da Liga, contando ainda com um Collum na rotação da dupla armadora.
Enfim, boas novas, que espero sejam disseminadas nas demais equipes, fugindo, ainda que tardiamente de um grilhão sufocante calcado e copiado da NBA, que aliás…está mudando também, assim como a turma da NCAA, agora embarcando na cornucópia dos arremessos de três, exceto aquelas tradicionais e vencedoras equipes que ascenderão ao March Madness com a competência de sempre.
E pensar que no NBB2 ousei exatamente isso, e por isso fui marginalizado, mas agora assisto com certa nostalgia o que alguns implantam como novidade, novidade esta que apliquei nos anos 70, precedida dos ensinamentos dos grandes mestres, desde os primórdios do século passado.
Tudo bem, pois o que importa de verdade é que saiamos dessa mesmice endêmica a que nos acostumamos, e partamos para novos rumos, onde a criatividade tem que eclodir dentro da quadra, em vez do estrelato midiático de fora dela. Assim honestamente espero.
Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.
Folder – I OFICINA DE APRIMORAMENTO DO ENSINO DE BASQUETEBOL.Clique no mesmo para ampliá-lo.