UMA TÊNUE BRISA DE AR…
Desculpe os leitores, mas a organização da I Oficina está tomando um tempo muito além do que estimava, daí atrasos nos artigos e comentários. Mas sou um só no blog, por isso mais adiante vou pedir ajuda ao Gil e ao Walter, a fim de que o Basquete Brasil conquiste mais leitores e cultores do grande jogo em nosso país, e por que não, lá fora também, onde temos muitos e antigos seguidores que se espalham em mais de 25 países, legal não?
Dito isto, vamos ao que interessa sobre o NBB, mais propriamente na rodada passada quando o Flamengo derrotou um Uberlândia jogando no limite extremo da rotação, face às contusões de seus armadores Helio e Collum, e o ainda claudicante Valter, que mesmo atuando por quase todo o tempo do jogo, mostrou evidente falta de ritmo, apesar de sua inegável classe naquela estratégica posição.
No lado oposto, também um sério desfalque na armação, com seu americano, o Kojo, contundido, levando o Flamengo ao jogo de contorno, já que o Gegê ainda oscila muito entre o apoio ao jogo interior e os arremessos de fora, obrigando o Benite ao toreio interior, onde levava desvantagem ante a forte e rápida oposição da defesa mineira. Criado os impasses, o jogo descambou para o intenso individualismo, principalmente pela turma carioca, gerando um equilíbrio inicial, pela similitude das ações.
Mas o cansaço não pede licença, simplesmente se impõe, principalmente numa fornalha em forma de ginásio como o do Tijuca, onde as correntes das poucas brisas de ar circundante, ainda encontravam barreiras absurdas na forma de faixas de torcidas de futebol fixadas no caminho das mesmas, como as que margeavam o setor das cadeiras, a tal ponto, que me insurgi contra uma delas, afastando-a do caminho de uma tênue lufada vinda de fora, atenuando em muito o pesado e aquecido ar que nos “fritava” na acepção do termo.
Mas eis que se apresentam dois “soldados” da torcida organizada para impor seu mando de área, ordenando que eu não afastasse a enorme faixa de guerra da grade onde se fixava, e que nem a presença de um cabo da PM a quem expliquei a barbárie de privação de uma arejada brisa o convenceu, dando razão aos formidáveis e importantes salvaguardas ambientais ali presentes, ele próprio incluído, e a absurda faixa lá continuou…
Voltando ao jogo, que aquela altura se tornara numa competição de quem “pregaria” primeiro, coube a turma carioca, mais afeita ao calor, manter um ritmo mais cadenciado, levando de vencida uma partida atípica, jogada em alta temperatura num ginásio abafado, e contra uma equipe seriamente desfalcada em seu mais importante setor, a armação.
Uberlândia completa, e acrescida de um pivô mais jovem e aguerrido do que o veterano Estevam (sei não, mas acredito que num sistema de jogo onde sua mobilidade fosse mais requerida, ainda seria de enorme utilidade, pois como um cincão nada mais tem a somar…), sem dúvida alguma é um sério concorrente às finais da Liga, bastando lá chegar inteira…
Jogo bom poderá ser o de hoje à noite em Brasília, onde poderemos atestar e conferir a quantas andam os progressos do nosso jogo interior, onde a partida poderá ser definida, apesar de reconhecer que na impossibilidade proposital, ou não, dele ser esnobado por ambas ou uma das equipes, trocando-o pela tsunami dos três, vencerá aquela que se impor lá dentro, ofensiva e defensivamente, e/ou souber competentemente contestar os longos arremessos, ainda mais quando os aros estarão “pendurados” solitariamente naquela imensidão do Nilson Nelson, sem as referências perceptuais que garantem bons enquadramentos direcionais, e que são do domínio daqueles poucos que realmente podem ser definidos como especialistas.
Enfim, um bom programa para ser discutido depois.
Amém.
Fotos – Ginásio do Tijuca TC. Clique nas mesmas para ampliá-las.
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Não esqueçam da I Oficina de Aprimoramento do Ensino de Basquetebol.
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