O REINADO DAS “BOLINHAS” IX…
De repente o técnico de Limeira se enfurece, esbraveja, cai em si, amansa e cobra de sua defesa as seguidas penetrações dos atacantes adversários, exigindo mais atenção e combate. Até ai tudo bem, a não ser por um pequeno detalhe (ah, os detalhes…), a equipe do Pinheiros esmagava a sua com arremessos de três (foram 17/36 de três, e 17/19 de dois, numa absurda convergência, talvez recorde na Liga…) nunca contestados (vide foto em que o defensor dá as costas ao arremessador), talvez pela má performance do jogo anterior, quando seu adversário arremessou 12/33 de três e 15/33 de dois, dando sérias pistas de como agiria dali para frente. Tivesse trocado dez daquelas bolinhas de três por dez de dois pontos, cedendo algumas penetrações e teria vencido o jogo, numa continha aritmética básica.
Como na partida anterior conseguiu fechar o miolo de seu garrafão, ofereceu uma única alternativa a seu oponente, o bombardeio de fora, já que sua inoperância tática no jogo interno é um fato constrangedor. Ora, essa prevista possibilidade em tudo e por tudo culminaria em outra possibilidade, a de que os acertos evoluíssem, ainda mais quando absolutamente não contestados.
E não deu outra, perdendo, ai sim, a grande possibilidade de fechar a série em 3 x 0, numa conquista marcante, mas dificultada daqui para diante.
Agora, é de pasmar que uma equipe que nos dois últimos jogos comete um 28/69 em bolas de três e 32/52 de dois consiga levar de vencida uma outra pelo absurdo fato de não contestar seus longos arremessos, sequer tentar, permitindo um verdadeiro “tiro aos pombos”, na acepção do termo…
Como vemos, aos poucos evoluímos para uma dupla armação, um jogo interior mais eficiente e dinâmico, mas por outro lado ainda nos mantemos escravos dessa incúria suicida e autofágica dos três, cuja permissividade defensiva raia ao mais completo absurdo.
E ao final desse grotesco espetáculo ainda teríamos mais um capítulo da série “Contestando hierarquias”, com discussões públicas e indisciplinas contundentes, num espetáculo para lá de…
Mas há quem goste…
Amém.
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