O JOGO INTERIOR…
As duas equipes resolveram priorizar o jogo interno, no que fizeram muito bem, mas diferenciadas na forma como fazê-lo, e utilizando, ambas, dois armadores sempre em quadra. A do Pinheiros com quatro abertos, um pivô lá dentro, e os alas se deslocando para apoiá-lo nas ações de ataque (foto 1), e eventualmente concluindo de três ante a impossibilidade de conclusão do isolado pivô (foto 2). Uberlândia, variava de dois a três homens altos (alas e pivôs) transitando no perímetro interno, sendo alimentados por armadores tão ou mais afiados do que eles nas conclusões externas (Gruber e Cipolini usaram bastante, e com propriedade, os longos arremessos, como alas pivôs que são de formação), criando uma vasta possibilidade de jogadas decorrentes da confusa atitude defensiva dos paulistas, frente à uma movimentação intensa e veloz dos mineiros no âmago de sua defesa (fotos 3 e 4).
Neste cenário tático, a equipe mineira levou nítida vantagem dentro do perímetro (18/32 nos curtos arremessos), que quando contestados, propiciavam equilibrados e livres arremessos de três, pela compressão defensiva em torno dos três atacantes interiores mineiros, que atingiram a boa marca de 13/23 tentativas de fora, e um excelente 14/16 nos lances livres.
Do lado oposto, nem mesmo a boa atuação de ataque interno (19/30), a principio vindo de fora para dentro do perímetro, pode ser complementado pelo externo (9/27), onde mais se fez sentir a atuação contestatória da defesa mineira, além do sofrível desempenho nos lances livres (11/16).
Mais para o final do jogo, e a pedido do técnico paulista, foram ampliadas as tentativas de três, que convenientemente contestadas, geraram o grande acumulo de erros acima apontados.
Por mais uma e cansativa vez, vimos acontecer divergências e cobranças nervosas e até agressivas nos pedidos de tempo dos paulistas, mostrando tacitamente que os relacionamentos nas diversas esferas da boa equipe paulista não são das melhores, fato este que, com certeza, vem provocando as enormes oscilações que ocorrem no seio da mesma na competição.
O próximo jogo, o quinto, em terras mineiras, determinará o semi finalista desta série, vencendo aquela que apresentar a melhor proposta tática, e tão ou mais importante, o equilíbrio mental e psicológico dentro e fora da quadra de jogo, necessário e fundamental ao vitorioso fechamento da mesma, que nesse momento parece pender para os mineiros, mais unidos e determinados. Mas, pode acontecer o inverso, quem sabe…
Amém.
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