FATAL CONTRADIÇÃO…
Mal iniciou o jogo e o técnico do Bauru pede um tempo e “descasca” o grupo, exigindo aos berros que cumprissem o combinado e treinado, e não ficassem nos arremessos de fora, principalmente o Gui. Voltam à quadra e no primeiro ataque o Gui queima de onde? Isso, bem lá de fora (as duas primeiras fotos), e erra mais uma vez. É retirado e vai para o limbo.
Bem, faz parte do jogo, mas lá pelo terceiro quarto, com sua equipe atrás, o mesmo Gui lança mais dois torpedos e os converte, numa ação individual, bem fora do sentido coletivista reclamado pelo técnico, e que vem se constituindo no ponto forte de seu adversário, que por isso mesmo lidera o placar com paciente controle do jogo, cadenciando-o ao largo da velocidade travada de Bauru. Mas nesse caso das longas bolas convertidas pelo sempre presente Gui, o técnico não se abala, mesmo sabendo-o transgressor do tão reclamado e cobrado jogo coletivo, e bem ao contrario de sua explosão no inicio do jogo mantém o jogador, numa flagrante contradição à sua atitude naquele momento.
Mas porque uma contradição? Pelo simples fato de que a atitude inicial do jogador foi a mesma no transcurso e mais para o final do mesmo, e que no caso de ter convertido as duas bolinhas em sequência o tenha absolvido, mesmo mantendo distância do espirito coletivista da equipe? Àquela altura do jogo, com o Uberlândia mandando com sobras no mesmo, jogando com um eficiente sentido coletivo, ritmado, paciente e utilizando o jogo interior e exterior com maestria (vide fotos), em oposição ao comportamento gregário e individualista de Bauru, fator que o levou a derrota em seus próprios domínios, tornado sua tarefa em Uberlândia nos próximos dois jogos bastante difícil.
Se nos jogos contra Franca a equipe de Bauru soube desenvolver o jogo interior intenso, vencendo a difícil série, porque não repetiu o sistema de jogo contra Uberlândia? Se a atitude fartamente repetida pelo Gui foi um dos fatores preponderantes na quebra do coletivismo da equipe, porque então mantê-lo em quadra agindo daquela forma, e não proibindo-o (esse é o termo) de ir por aquele caminho, e exigindo do mesmo percorrer o das penetrações e assistências aos pivôs no jogo interno, ou mesmo interagindo com os armadores Fischer e Larry?
Sim, houve uma séria contradição técnica, e principalmente tática por parte de um jogador talentoso e muito jovem, que arrisca suas reais possibilidades ao negar jogar em equipe, e uma maior ainda por parte do técnico, que espaçou o binômio Diagnose/Retificação muito além do permissível, do aceitável, pois quanto menor for o espaçamento entre estas duas ações, maior o domínio de um outro binômio, o do Ensino/Aprendizagem, seu controle e seu aprimoramento.
Esperamos que na próxima partida a equipe paulista torne ao sentido grupal de seus jogos com Franca, enfrentando um adversário que já o tem estabelecido, pelo menos até esse importante momento do campeonato.
Amém.
Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.
Bom dia, professor.
Tive a mesma reação que o senhor, cheguei até a comentar com um amigo. Logo após o tempo que o senhor se referiu, os jogadores de Bauru (Gui e Pilar) fizeram o contrário que o técnico pediu, mas como marcaram 9 pontos seguidos, aí … tudo bem!
Fiquei ainda impressionado com a atitude do pivô Agba. Mesmo jogando com um efeito suspensivo (fantástico) da decisão que o afasta pela violência que usa em quadra, persiste com as suas tradicionais “agressões” e a mídia ainda fez chacota: “Anotaram a placa dele?”.
Continuo acompanhando diariamente seu blog e ainda torço para vê-lo comandando mais um time na LNB.
Um abraço
Boa tarde prezado Reny, como vemos, o ocorrido em Bauru ficou bem explicitado para aqueles que realmente se interessam pela parte técnica e tática do grande jogo, e não para a turma que escreve sobre a NBA com conhecimentos, opiniões e até sugestões para um publico que sequer imagina onde fica o Brasil, e que lingua fala…
Nossa midia pretensamente (e põe pretensão nisso…)especializada, sequer entende o que ocorre aqui na terrinha, mas se julga competente para dar pitacos na dos outros, lamentável.
Por tudo isso e pelo posicionamento critico e profundamente independente, é que minhas chances de dirigir uma equipe na LNB se torna proximo ao zero quase absoluto, mas esse “quase” ainda representa uma réstiazinha de luz em minha esperança de terminar o que iniciei no NBB2, já que não vejo absolutamente ninguém que o faça naquela dimensão.
Obrigado pela sua sempre bem vinda audiência Reny. Um abração.
Paulo.