O AUSENTE E DECISIVO BOM SENSO…

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Fui dormir com a sensação de que deveria ser duro nas criticas, nas chamadas de atenção a falhas imperdoáveis nesse nível de competição, mas antes, selecionei algumas fotos feitas na transmissão da TV, mentalizei e anotei alguns comentários feitos pelo analista da mesma, voltei ao teclado, nada digitei e desliguei o Dell.

Foi boa a decisão de adiar para hoje cedo a elaboração do texto, pois reforcei a necessidade de endurecer ainda mais nas criticas, após um repouso onde qualquer resquício de equivoco pudesse ser dirimido, à luz do bom senso.

Foi logo no principio da transmissão que o narrador da TV comentou o fato de nunca ter visto o técnico do Flamengo tão nervoso e agitado, reclamando ostensivamente da arbitragem (que por sinal se comportou muito bem), e que ao proibir microfones em seus pedidos de tempo (numa ótima opção), privou a todos de suas bruscas e mais nervosas ainda admoestações ao grupo.

Sem duvida alguma o seu comportamento concorreu, e muito, na desestabilização da equipe em quadra (e muita atenção, pois dirigirá a seleção brasileira de novos, com seu assistente mais nervoso ainda, o técnico do Paulistano, numa faixa de idade e experiência, onde se exige acima de tudo, muita moderação e exemplos a serem seguidos…), ainda mais frente a erros técnicos visíveis, prejudicando decisivamente seu projeto tático para um jogo tão decisivo, onde a mais completa desordem no posicionamento dos rebotes foi o causador da débâcle defensiva, e até ofensiva, de sua equipe, vide os 45 rebotes conquistados pela equipe paulista, frente aos minguados 22 da sua (dêem uma olhada nas fotos), que por isso mesmo se viu freada numa de suas qualidades, os contra ataques ( que a turma moderna apelidou de “transições”…).

Outro fator importante, a desqualificação de seus longos arremessos pelo correto posicionamento defensivo de São José, muito mais atento aos movimentos lineares que precedem a ação de lançamento dos mesmos, travando-os, ou alterando suas trajetórias pelas anteposições defensivas exercidas, em contraponto à permissividade concedida aos arremessos de seu adversário, como bem atesta a primeira foto, onde o defensor carioca, antevendo um possível erro no lançamento de fora, se preocupa em iniciar um provável contra ataque, do que obstá-lo, como deveria fazê-lo. Situações como essa foram muitas, e deu no que deu, quando São José errou 26 lançamentos (13 de dois e 13 de três), contra 42 (25 e 17) de sua equipe.

Então contabilizando o prejuízo rubro negro, onde a perda e o domínio dos rebotes (seus pesados e lentos pivôs não foram páreo aos rápidos e ágeis pivôs paulistas) foi o fator decisivo, exigindo um treinamento acima do específico no posicionamento dos mesmos em quadra, assim como a mais tênue tentativa nas contestações aos arremessos paulistas inexistiu na maioria dos casos, além de alguns aspectos pontuais, mas importantes, como os equivocados lances livres cobrados pelo pivô Shilton (de longa data, sem correções eficientes), e a facilidade com que são batidos nas fintas de seus oponentes, e que nem os 17 erros de fundamentos (passes principalmente) dos mesmos foram motivos para um possível equilíbrio nas ações.

Se no segundo jogo da série, agora em terreno carioca, e jogado numa arena colossal (se der bom publico pode funcionar como apoio, senão…) a correção nos rebotes, nas contestações, e no melhor aproveitamento do jogo interior, não forem levados profunda e taticamente a serio, a equipe rubro negra enfrentará sérios problemas, já que seu adversário, incentivado pela primeira vitória e pelo bom momento técnico e tático que atravessa poderá estabelecer uma superioridade inalcançável em caso de uma nova derrota, e principalmente, que seu técnico ponha de lado sua faceta estelar e midiática, levando tranqüilidade à sua equipe, a fim de que a mesma atinja aquele grau de efetividade fundamentado no equilíbrio e na relação com seu líder, lastreado pelo equilíbrio, frieza e o velho e tradicional (tão esquecido nos dias de hoje) bom senso.

Amém.

 

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.



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