O TREINADOR, O TÉCNICO, OU O PROFESSOR?…

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Um pouquinho aqui, outro acolá, e já começam a pipocar debates sobre um assunto singular, único em sua importância e extensão para um futuro não tão distante assim, mas que definirá o verdadeiro rumo que desejamos encontrar para o grande jogo neste vasto e injusto país.

O assunto a ser debatido? Treinador x Técnico.

Para apimentar um pouco agrego um comentário do Prof. Gil Guadron ontem enviado:

  • gil guadron Yesterday

Dos sabias opinions sobre la importancia de los fundamentos .

del maestro John Wooden .

” Siempre me considere un professor ( educador )o, antes que un entrenador ( coach ). Cada persona es un professor . Cada uno de nosotros somos profesores de alguien : de nuestros hijos , o alguien bajo nuestra supervision, entonces de una u otra manera usted les enseña atraves de sus acciones ”

PORQUE ES QUE ALGUNOS entrenadores son triunfadores donde quiera que vayan ?

la respuesta es simplemente que algunos entrenadores son mejores profesores que otros .

De Vicente Rodriguez, entrenador español.

—- Existe una enorme diferencia entre un entrenador que domina la enseñanza de la tecnica individual , y otro que no posee esta cualidad.

El entrenador debe poseer un profundo dominio de los fundamentos y una buena metodologia para su enseñanza.

Tomado de : Curso de iniciacion al baloncesto . escuela nacional de entrenadores. Madrid , España.

Gil

Pois é Gil, por aqui muitos definem ser treinador e técnico carreiras diferentes, o que vem estabelecendo uma terceira via, a dos estrategistas, um degrau pouco acima dos técnicos, e antagônica ao de treinador. Engraçado é que em nenhum momento incluem a de professor, sintomático não?

Dentro do raciocínio acima exposto, treinador inicia, treina e faz jogar a molecada, passando o bastão ao técnico que a introduz nos seus sistemas de jogo, para mais acima, nas grandes equipes o estrategista torná-la vencedora, a molecada que galgou os degraus ano a ano de suas vidas, sendo que em alguns casos técnicos se transformam em estrategistas, ficando numa redoma bem apartada daqueles garimpadores iniciais, os treinadores.

Baita hierarquia esta, só que completamente equivocada, frente à maior de todas as exigências necessárias para que a molecada em questão galgue os íngremes degraus do aprendizado, da fixação e da plena execução das técnicas e táticas inerentes ao bem jogar o grande jogo, a de que somente o conseguirão se forem ensinados, didática e pedagogicamente ensinados a conseguí-lo, em toda a dimensão de um aprendizado competente, responsável e plural, fatores esses somente exequibilizados pela figura impar e inquestionável do professor, aquele que engloba em sua função única e intransferível, as realizações do treinador, do técnico e do estrategista, pelo fato de todas elas fazerem parte de algo indivisível, progressivo e permanente, a arte de transmitir saberes, culturas, valores, ética, sociabilidade, educação enfim.

E a arte de ensinar se aprende no banco acadêmico, nos longos estágios probatórios, nas extensas pesquisas e leituras, no dia a dia da labuta professoral, além, não esqueçamos, do talento e presteza na arte do magistério. Sim, magistério, que tanto nos tem faltado naquele momento mágico da iniciação ao grande jogo, ao desporto em geral, que é a sua introdução completamente focada na mais básica das necessidades daquele jovem incompleto em sua maturação física e psicológica, onde sua individualidade tem de ser compreendida, respeitada e preservada, não só em sua realidade social, como em seu ritmo evolutivo, cuja variação é a marca de sua faixa etária, e onde essa influência inicial marcará indelevelmente sua caminhada rumo a vida adulta.

Um técnico, na conotação que vem sendo defendida, jamais obterá sucesso real sem os conhecimentos adquiridos na formação de base, de onde em tempo algum deveria se afastar, mesmo que ligado e trabalhando em categorias acima, pois táticas somente se tornarão factíveis se executadas por jogadores bem formados e melhor ainda treinados nos fundamentos do jogo, e que sem essa base não se sairão bem taticamente, muito menos ainda sob o comando (?) de estrategistas…

Na verdade, estratégia vencedora deveria ser aquela que privilegiasse nossos jovens iniciantes com bons e sólidos ensinamentos, através mais sólidos ainda professores, que ao conhecerem e dominarem todo o processo de maturação de jovens, adolescentes, até a fase adulta, saberia se posicionar frente aos obstáculos inerentes a esse processo educativo, sem os transtornos, irreversíveis em muitos casos, originados pela influência de eventuais e mal preparados treinadores, diferentes de técnicos muitas vezes oportunistas, e mais ainda de estrategistas, que no final das contas se fazem passar por categorias estanques tentando garantir seus mercados de trabalho, mesmo que dissociados das mais primarias necessidades educacionais, sociais e esportivas dos jovens que orientam.

Então, como ficaremos dentro desse universo dicotômico abrigando treinadores, técnicos e estrategistas, como? John Wood deu uma excelente pista no seu depoimento acima:

” Siempre me considere un professor ( educador )o, antes que un entrenador ( coach ). Cada persona es un professor . Cada uno de nosotros somos profesores de alguien : de nuestros hijos , o alguien bajo nuestra supervision, entonces de una u otra manera usted les enseña atraves de sus acciones ”

Essas ações mencionadas estão intimamente ligadas às qualificações dos bons professores, já que responsáveis pelo que ensinam, em toda a dimensão do que e como conduzem tecnicamente a aprendizagem de seus alunos, de seus jogadores, com pleno e absoluto conhecimento de causa e efeito, fatores estes que balizarão seu futuro.

Ser bom treinador e péssimo de banco, como alguns definem determinados profissionais do basquetebol, são fatores que sequer deveriam coexistir, pelo simples fato de que um técnico, e somente técnico, jamais conseguirá ter sucesso em suas táticas e estratégias sem o mais absoluto conhecimento e controle das reais e daquelas muitas vezes adormecidas, por não convenientemente ensinadas, qualidades e habilidades de seus jogadores, no que são as básicas condições para alcançá-lo, e que para tal deveria ser antes de um treinador, técnico ou estrategista, um professor de verdade.

Mas este é um assunto para muita discussão, talvez aquela que poderá redefinir o ensino, o desenvolvimento e o soerguimento do grande jogo entre nós, principalmente no âmago de uma ENTB perplexa e indecisa na encruzilhada onde um de dois caminhos terá de ser escolhido, uma séria, progressiva e supervisionada formação técnica, ou a manutenção de encontros de quatro dias de muito papo e escasso conteúdo.

.

Amém.

Fotos – 1- O professor na função de treino.

2 – A influência tática do professor.

3 – A presença educativa do professor.

Clique nas mesmas para ampliá-las



10 comentários

  1. gil guadron 07.09.2013

    — IMPORTANCIA DE LOS FUNDAMENTOS —-

    Del Coach Bob Knight :

    “Un error bastante comun que cometen muchos entrenadores es que no entienden que — entrenar es enseñar, es buscar el aprendizaje , mas que cualquier otra cosa —.

    Las defensas y ataques son simples instrumentos atraves de los cuales esta enseñanza se lleva a cabo.

    Muchos entrenadores creen que son los sistemas de ataque o defensivos los que anotan o evitan las anotaciones … en nuestra opinion eso desde el punto de vista de la enseñanza del basquetbol , esta lejos de la realidad.

    Son los jugadores quienes anotan los puntos y son los jugadores los que evitan que el otro equipo enceste.

    Ellos han aprendido a traves de constants repeticiones dos cosas :

    1– Comprender el juego de basquetbol,

    2– Ejecutar los fundamentos del basquetbol “.

    De John Wooden :

    ” La responsabilidad principal de un entrenador es enseñarle a sus jugadores a ejecutar de manera adecuada y efectiva los diferentes fundamentos del basquetbol.

    La tendencia de muchos entrenadores es la de dar demasiadas cosas a sus jugadores, de sobre enseñar. No tienen paciencia. Este tipo de de entrenadores trata de impresionar a sus jugadores demostrando que tanto saben.

    Un sistema de juego jamas a ganado nada ; son los jugadores bien fundamentados quienes hacen funcionar el sistema.

    Si usted enseña muchas cosas, sus equipo no ejecutara muchas cosas bien.

    Enseñe bien lo que usted sabe y no amarre a sus jugadores a un sistema que les impida el desarrollar su iniciativa.

    La meta final es fortalecer en los jugadores el habito motor adecuado para que lo ejecuten de manera correcta y de manera instintiva bajo la presion del partido “.

    Gil Guadron

  2. Basquete Brasil 08.09.2013

    Mas Gil, como nos antepor à política dos protegidos e apaniguados por um sistema perverso e antagônico a essas simples e objetivas verdades vindas de tão grandes e prestigiados mestres, como? Num restrito mercado de trabalho com cartas marcadas e um corporativismo inter pares, onde a mesmice endêmica jamais poderá ser confrontada com algo de novo, arejado e instigante? Como? Amar, conhecer, estudar, pesquisar, desenvolver e divulgar as pequenas grandes conquistas de um inusitado e audacioso modo de ver o grande jogo, conclamando a todos a um comportamento compatível com o desenvolvimento factível do mesmo,é suficiente para qualquer indício de mudança?
    Creio, Gil, que dificilmente algo poderá ser mudado aqui em nosso país na formulação de uma política voltada aos desportos, à educação, nos restando somente continuar na inglória luta, aqui na trincheira deste humilde blog.
    Um abraço amigo, Gil. Paulo.

  3. gil guadron 08.09.2013

    —- QUIEN SE ATREVE A ENSEÑAR , SIEMPRE TIENE QUE ESTAR APRENDIENDO —-

    Para ser un entrenador efectivo , la persona tiene que ser un excelente profesor , porque enseñar es la esencia de un buen entrenador.

    Los buenos entrenadores no solo enseñan la mecanica del bsquetbol sino que tambien comprenden la manera en que sus jugadores aprenden .

    A — Usted enseña la tecnica ( los fundamentos ) y esta debe estar presente sin interesar el nivel o categoria donde juegen ,

    B — La tactica ( acciones de los jugadores para tomar ventaje sobre su oponente ):

    1 — Dominar los fundamentos para ejecutar la accion requerida en ese momento,

    2 — Aplicar la decision tomada.

    C — La estrategia ( las definire como acciones con pelota detenida ) .

    En los tres aspectos mencionados, usted toma las decisions metodologicas psico-sociales tecnico-tacticas ( ser professor ), y comprende que su aula de estudios es la cancha de basquetbol… que usted controla solo el entreno.

    Que su ejercicios esten proximos a las realidades del partido :

    1 – Use el drible solo para escaparse de una “trap”,
    2 – Moverse hacia una posicion de tiro,
    3 – Escaparse hacia la canasta, y
    4 – Abrir o mejorar el angulo de pase.

    Entiende que en el partido los jugadores tienen el control, ellos tomaran las decisiones que consideren pertinentes, y acciones que han sido prcticadas / aprendidas en los entrenos.

    1 — Los mejores tiradores encestan cinco o seis de cada diez tiros,
    2 — Tienen ese canasteo porque seleccionan el tiro que tomaran,
    3 — Tiran cuando estan desmarcados y a la distancia ( rango ) correcta , que han entrenado en los entrenos.

    Despues que los jugadores han aprendido lo basico, Deben comprender cual es la manera de utilizar dichas destrezas en una variedad de situaciones.

    Para ser un buen tirador :

    1 — Practique y desarrolle el fundamento del tiro,
    2 — Aprenda cuales son los buenos tiros para usted, y
    3 — Aprenda cuando debe tirar y cuando no.

    En defensa sobre el driblador :

    1 — Marque la mano fuerte del driblado. Si el driblador prefiere la mano derecha , alinie su nariz con el hombro derecho del driblador , muevase en esa direccion y fuerze al driblador a cambiar de direccion o a parar el drible.

    2 — Utilize ademas las ‘fintas ” defensivas.

    ” USTED NO A ENSEÑADO SI SUS JUGADORES NO HAN APRENDIDO ”

    Gil Guadron

  4. walter carvalho 08.09.2013

    Ola Professor,

    Os ‘charlatoes’ do basquetebol nao tem mais condicoes de enganar ninguem.

    Nao ha como separar as coisas. Um tecnico de baquetebol deve ser ao mesmo tempo, treinador, professor e, claro, técnico. Deve ensinar seus atletas; deve planejar e organizar os treinamentos; deve ministrar os treinos com afinco e dedicação; deve comandar os atletas e a equipe de forma profissional, organizada e coerente.

    Deve pesquisar, deve aprender, deve ler sobre pedagogia do ensino. Deve ser especialista de processos de ensinamento que variam de acordo com as limitacoes individuais e determinadas por faixa etaria, etc…

    Infelizmente ainda vivemos a fase de que o bom tecnico e aquele que dirige com palavroes, que intimida o adversario e arbitragem, basta tambem observar o que acontece nos pedidos de tempo – “porra vamos la mocada”, “temos que ganhar esta m—da”, “quero raca”, “olha aqui gente, vamos fazer a jogada xy345623”. E brincadeira!etc.

  5. gil guadron 08.09.2013

    — PAULO , USTED SIEMPRE A TENIDO LA RAZON —

    A los asistentes a los cursos de entrenadores , les invito a que soliciten como catedratico a Paulo Murilo .

    Paulo , hace unos pocos años en la liga brasileña mostro con creces su excelencia como tecnico.

    A los directivos de los equipos , les invite a que re evaluen la dinamica de contratacion y consideren a Paulo Murilo como tecnico de sus equipos.

    del gran Larry Bird , ex – jugador de Celtics , miembro del original Dream Team, y ex – entrenador de los Pacer de Indiana :

    ” Las posiciones en el basquetbol no significan mucho en el basquetbol, pues sin importar si un jugador es llamado guard , forward , o centro , el tiene el mismo potencial para driblar ,tirar , pasar , ir por el rebote al tablero , o ejecutar cualquier otra destreza .

    Y sin importar que gran jugador el es , tiene que aprender que hay unas destrezas basquetbolisticas que ejecuta major que otras y son en las que debe concentrarse en ejecutar “.

    Walter , comparto completemente su apreciacion sobre el entrenador.

    Gil Guadron

  6. Paulo A 09.09.2013

    Boa tarde professor, sou frequentador assíduo do seu blog, também amo o grande jogo, fui jogador do time do colégio e do clube.

    O Sr. irá escrever alguma palavra sobre nosso grande Oscar, que entrou pro Hall da Fama do basquete mundial? Não estou cobrando, é que as palavras do professor são sempre bem-vindas…

  7. Basquete Brasil 09.09.2013

    Gil, ensinar é um investimento a longo prazo, pois só bem lá na frente é que seus resultados aparecem, fator não bem apreciado pelos imediatistas e caçadores do sucesso, que não estão nem ai para as necessidades dos jovens, massa de manobra dos mesmos para alavancar suas conquistas de poder e bem pago reconhecimento.Pobre da nação em que esse tipo de profissional (?) prevalece na condução do processo educativo.Mas devemos acreditar que melhores dias virão, com certeza.
    Um abraço, Paulo.

  8. Basquete Brasil 10.09.2013

    Walter, vão continuar enganando por um longo tempo ainda, pois a realidade política das federações e confederação os garantem ad eternum. Outra garantia é a não existência de uma associação de técnicos, onde o fator ético amenizaria essa triste realidade.Um dia quem sabe, um dia, veremos o outro lado da moeda…
    Um abraço, Paulo.

  9. Basquete Brasil 10.09.2013

    Mais uma vez obrigado Gil, mas não me iludo mais nesse campo da direção técnica. Continuo a luta pelo que me restou, esse humilde blog, inexpugnável para essa turma que não sabe combater de peito e cara abertos. Sigo em frente, como sempre segui em toda a minha vida, com o respeito dos alunos, jogadores, meus filhos e amigos como você. Um abraço, Paulo.

  10. Basquete Brasil 10.09.2013

    Prezado Paulo, claro que publicaria um artigo sobre o Oscar, o que fiz hoje. Um abraço, Paulo Murilo.

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