UMA QUESTÃO DE ESTRUTURA E LIDERANÇA…
A última foto da sequência acima por si mesma definiria esse artigo, se somente ela estivesse presente, o que pouparia tempo gasto em leitura técnica, e nada a mais que os blogs alta e profundamente especializados em sistemas e táticas de jogo venham a publicar, atualizando o pouco conhecimento que adquiri nos últimos 50 anos de convivência com o grande jogo.
Na realidade, a equipe grega venceu convincentemente o jogo por alguns fatores:
– Mesmo em pré temporada faz parte de uma realidade técnica do mais alto nível, onde treinamento e adequado preparo alcançam padrões de elevada qualidade.
– Como sua preparação ainda se encontra no começo, propôs a si mesma um jogo mais cadenciado nos longos deslocamentos, mas sem abdicar da velocidade nos passes e nas fintas próximas à cesta.
– Exerceu com firmeza a defesa do homem da bola, às vezes em dobra, dificultando bastante os passes iniciais e os arremessos de três, não os evitando, o que é o correto, e sim alterando suas trajetórias, facilitando inclusive seus rebotes quando falhos, e que foram muitos.
– Marcou internamente se utilizando da técnica do slide (caramba, será que a turma jovem pesca isso?), ou seja, passando os atacantes de mão em mão, como na passagem de bastão num revezamento, não importando muito as diferenças de estatura nas trocas, pois se trata de uma equipe alta, veloz e ágil.
– Atacou sempre controlando os 24 seg. e escolhendo com precisão o momento de lançar, sempre após um corta luz, ou uma finta incidente.
– Contou com o apoio lúcido e tranquilo de um técnico arguto e econômico em suas manifestações, e que demonstrou nos dois jogos que realmente lidera seus jogadores com educação e respeito, e sua comissão também.
Quanto à equipe paulista, a visão da inicialmente mencionada última foto, expõe com detalhes e clareza os por quês das derrotas, na mais pura, definitiva e esclarecedora questão de débil estrutura técnica e de liderança, que são fatores determinantes para o pleno sucesso de uma equipe competitiva, seja em que nível a mesma se situar, da base à elite, simples assim…
Amém.
Fotos (legendadas) – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.
Professor,
a bagunça que é o banco do Pinheiros em contraste ao banco do Olympiacos diz tudo realmente.
São tantos erros e erros primários, que é até difícil falar.
Detalhes que iria passar pro senhor:
Domingo:
– Pinheiros: 7 assistências e 16 desperdícios.
Na soma das duas partidas:
– Dois pontos: Olympiacos 46/67 (68,6%) – Pinheiros 34/78 (43,5%)
– Três pontos: Olympiacos 14/34 (41,1%) – Pinheiros 15/54 (27,7%)
Pinhheiros chuta de dois quase o mesmo aproveitamento que o Olympiacos de três !
O que mais dizer !
E termino com estas passagens retiradas do Bala na Cesta:
Aspas para Bartzokas:
“Basquete, hoje, mais do que nunca é um jogo de equipe, e que não se ganha apenas com cinco atletas. Ter isso em mente é fundamental para vencer, seja no ataque, com jogadas que possibilitem a todos eles oportunidades de pontuar, ou na defesa, com todos participando da marcação. Este é um esporte altruísta, solidário, e com todos tendo que atacar e defender. É a essência do jogo e procuro passar isso ao meu time.”
” Não gosto de dar conselhos, pois isso é muito pessoal, mas se pudesse dizer algo é o seguinte: ame o jogo, e devore todo conteúdo possível para melhorar a cada dia.”
Ai se os treinadores do corporativismo ouvissem estas palavras.
Um abraço Professor !
Caro Professor: a uma avalanche de jogadores nacionais malpreparados que estão por aí podemos adicionar os desinteressados e os auto-suficientes …não adianta troca,..os caras fritam o treinador…como implementar sistema assim se são poucos os que aceitam a mudança apesar de todos verem que é necessária…mas com estes caras que vão para a quadra hoje em dia??!!….inclusive tenho opinião própria quanto a isso:JOGADOR POBRE TÉCNICAMENTE NÃO RENDE TÁTICAMENTE..a ruindade se dissemina…agora é apostar em novas gerações de futuros atletas.
Pois é Henrique, precisa vir um bom e sério técnico grego para que a mídia “descubra” o que falo, prego, escrevo, estudo, pratico a mais tempo do que ele tem de idade, mas…é de lá, “das europa”, logo, é o que vale, é o que conta, e já, já,terá gente querendo colocá-lo no posto do hermano…Caipirismo colonizado é isso ai,noves fora o deslumbramento sobre algo que alguns bons profissionais daqui mesmo jamais aceitou, e sabe porque Henrique? Isso, na mosca, porque trabalharam e entenderam o grande jogo como deveria desde sempre ser trabalhado e definitivamente compreendido, com técnica, estudo e pesquisa, muito, muito trabalho, e um incomensurável amor pelo grande, grandíssimo jogo.
Um abraço, Paulo.
Assim como pululam aqueles treinadores que se repetem monocordicamente abraçados ao sistema de jogo comum a todos, logo, entram e saem jogadores submetidos a mesmice de seus comandos e nada acontece, e nem poderia…
Tentassem, como fiz, treiná-los, ensiná-los e orientá-los por diferentes caminhos e opções técnicas, e algo de mágico poderia acontecer, como aconteceu no NBB2. Acesse na coluna da direita desse humilde blog a opção Multimidia, e assista alguns jogos de uma forma diferenciada de se jogar o grande jogo. Garanto que vai gostar.
Um abraço, João. Paulo Murilo.
Professor Paulo,
mas a segurança dos fracos e duvidosos da capacidade que tem é o corporativismo e segurar com facas e dentes, mesmo sabendo que errados estão, a única oportunidade que tem !
É triste demais saber que muitos bons treinadores estão fora do basquetebol e afastados já que tem a mente aberta para o jogo.
Infelizmente, por aqui, manter o status-quo e seus times fracos e mal trienados são as únicas coisas que restam para estes caras.
Um abraço
E por se tratar de um fortíssimo corporativismo é que se manterão no controle por ainda um longo tempo, até que um dia seja restabelecido os padrões do mérito e, acima de tudo, do bom senso.Até lá a mesmice endêmica permanecerá, assim como e reinado das bolinhas, inapelavelmente.
Um abraço Henrique, Paulo.