A RESENHA…
Semaninha difícil essa, com obras inadiáveis na casa, faxina generalizada nas toneladas de papéis e documentos antigos, escaneando alguns por sua importância em futuros artigos, mil peças de computadores ultrapassados dos filhos e meus, projetos para o seguimento do blog e ações no grande jogo, e nos intervalos tentar ficar atualizado no basquete nacional, tirando uma casquinha de raspão no internacional, mais por hábito do que precisão, mesmo.
E o que vimos foi decepcionante, não, mais do que isso, corriqueiro, insípido, mesmo do mesmo, que entra ano, sai ano e não muda, inclusive por conta dos novíssimos “nível III” formados, formatados, padronizados e devidamente provisionados pela empresa ENTB/CBB/Confef/Cref, auto elegida responsável pelo soerguimento do basquete nacional, o que duvido consiga fazê-lo da forma que optou, engessando mentes e atitudes, solidificando o que aí está esparramado para quem quiser testemunhar o desastre perpetrado e perpetuado.
Exemplos abundam no enriquecimento técnico tático dos atuais e futuros prospectos de técnicos, principalmente no quesito de transferência de informações, onde pranchetas e palavrões se unem num pás de deux de dar inveja aos mais renomados bailarinos, pois cada vez mais se fundem nos tempos técnicos, onde “p.q.p’s, caral…, porr..” se tornam vocabulário corriqueiro (ué, por onde anda a empresa?), justificado por comentaristas que o definem como “maneira enérgica e correta para chamar jogadores à razão”, empurrando goela abaixo dos mesmos rabiscos com jogadas “exaustivamente” ensaiadas nos treinos (duvido…) em suas pranchetas em closes televisivos (afinal são as estrelas do espetáculo…), e agora cercadas de microfones, afirmando sua condição de… de que mesmo? Ah, e agora jogadores são chamados de burros, ao vivo e a cores…
Busco no site da LNB as resenhas e números da LDB, por teimosia, pois a enxurrada dos arremessos de três e o elevadíssimo número de erros de fundamentos continuam sua escalada em ginásios desertos de torcedores e de jogo coletivo, mas “revelando” os futuros talentos que alimentarão a liga maior, com o individualismo exacerbado, porém cultuado pelos estrategistas de plantão. Já, já, o conceito “jogou bem, mas o time perdeu”, em voga pelos admiradores dos jogadores brasileiros no exterior, aportará por aqui, na vã, porém lucrativa ação empresarial de agentes em busca de altos ganhos e notoriedade…
Mais adiante, a celeuma sobre o convite da FIBA para o mundial do ano que vem, com os altamente especializados dirigentes da CBB enumerando argumentos para que tal convite se materialize, nenhum dos quais se refere ao fator técnico, aquele que conquista vagas dentro da quadra, do campo de luta, local dos verdadeiros desportistas, vencedores pelo mérito, argumento negado pela política rasteira e pusilânime de quem se utiliza do desporto como degrau às suas conquistas sócio econômicas, campo fértil daqueles que odeiam o grande jogo, e que jamais permitiriam que o mesmo se soerguesse da vala em que se encontra, pois se o fizesse correriam o perigo de vê-lo reocupar o lugar de onde nunca deveria ter sido afastado, e que hiberna no consciente coletivo de todo brasileiro que ama o desporto de verdade.
Comprar e suplicar por um convite imerecido beira às raias do inconcebível, da vergonha, da covardia em tentar o espinhoso caminho dos campeões, o sagrado campo onde as verdades se glorificam e consagram, o da competição, simples e justa.
Amém