O “COTIDIANO” DO GRANDE JOGO…
“Ela faz sempre tudo igual/ Me sacode às seis horas da manhã/ Me sorri um sorriso pontual”, é um trecho de Cotidiano, de Chico Buarque, e que bem retrata o NBB6 nessas rodadas iniciais, com sua estratificada mesmice técnico tática, que com certeza se estenderá até o jogo final transmitido gloriosamente pela TV dona do pedaço…
E a tendência é a de continuar como está, afinal de contas, empregos estão garantidos por mais uma temporada, sem invenções táticas e outros penduricalhos técnicos que bons (?) americanos não possam suprir…
Mas o engraçado é ver um quinteto com três gringos sendo instruído e pranchetado em português, e as caras que fazem “entendendo” tudo, são de morrer de rir…
Enfim, vida, não, NBB que segue, impoluto em sua saga de bem servir as “sobras” do irmão do norte, agregando valores de “alto nível” ao nosso basquetebol, e pena que adiando sine die a utilização de nossos jovens, e mesmo de alguns veteranos bem melhores que a maioria deles, mas que não conotam “prestígio” a equipes, seus donos, agentes, empresários e os estrategistas poliglotas (?) sempre de plantão…
Continuaremos na “solene e importante” companhia de chifres de varias matizes e idiomas, polegares, cabeças, hi/lows, picks, camisas, hang looses, e sei lá mais quantas “táticas” vinculadas ao sistema único, cartilha dogmática de um basquete enclausurado em sua própria armadilha, permissiva e de comum acordo nas fragilíssimas defesas, como num modelo corporativo voltado à mesmice endêmica garantidora do que aí está, e se manterá por um longo tempo…
Por conta dessa realidade, e por ser um profissional que em hipótese alguma comungo com tal absurdo travestido de “novo”, é que me dou o direito de daqui para diante selecionar mais ainda, e num grau bem mais elevado, o que comentar, filtrando situações que realmente agreguem progresso técnico e tático ao nosso combalido basquetebol, e não ficar me reportando monocordicamente às tantas e repetitivas exibições de mediocridade explícita e implícita no âmbito do que deveria ser o grande jogo, e não o que aí está escancarado a todos, infelizmente…
Desculpem os poucos leitores desse humilde blog, mas não disponho de mais tempo, precioso desde sempre, para perder com brincalhões e arrivistas, e sim destiná-lo àqueles que realmente amam, prestigiam e buscam aprender sobre o grande jogo. E assim será. Amém.
Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.
Prof. Paulo!
Uma questão pontual: caso o seu time tenha a posse de bola, vencendo ou perdendo por 1 ponto e faltando 20 segundos pra terminar o primeiro tempo, o senhor pediria pra gastar o tempo até o fim mesmo se com 5 segundos de posse houvesse a possibilidade de uma bandeja livre? Pergunto isso baseado num pedido de tempo do jogo Bauru x Paulistano que vi hoje na ESPN, onde o técnico do Paulistano pediu para seu time segurar a bola até o fim (mesmo se pudesse fazer uma bandeja) para arremessar no último instante.
Ótimos artigos com imagens, apesar da correria desenfreada desse final de ano tenho lido todos, grande abraço
Olha Fabio, acredito que você saiba a resposta, pois em hipótese alguma permitiria que uma equipe por mim dirigida deixasse de concretizar um ataque para se resguardar de um contra ataque temendo falhar defensivamente. Defesa é uma das minhas paixões no grande jogo, e isso diz tudo…
Obrigado por sua seleta audiência, e siga em seu caminho de sucesso profissional, sabendo que torço por você.
Um abraço, Paulo.