COMANDO & EQUÍVOCO…
(…)Estou tentando avisar o time que precisamos ligar a chave para o NBB. Eu reforço todo o dia. A gente não teve folga, treinamos todos os dias, mas eu falei para o Mortari (treinador) para treinarmos algo diferente, porque não estava fazendo efeito. Aí, fizemos cinco treinos duros, ligamos um pouco a chave, mas precisamos aumentar a intensidade.(…)
Shamell (Foto: Ricardo Bufolin/ECP)
– (…) O mais importante foi ter vencido o jogo mas cometemos alguns erros. Normalmente não estamos jogando bem em casa. Perdemos quatro partidas seguidas no fim da primeira fase jogando aqui no Pinheiros. Precisamos aprender a jogar aqui- afirma Shamell.(…)
(Trechos e foto de uma matéria publicada no blog globoesporte.com de 10/4/14)
E pelo visto não aprenderam, pois foram dominados pelo Mogi dentro de casa com direito a um show de palavrões de seu técnico e de uma de suas estrelas, no que foi considerado “um exagêro” pelo comentarista da TV, numa corriqueira repetição do que vem progressivamente acontecendo com a equipe, que não pode pretender vencer uma competição convergindo em seus arremessos (16/31 de dois e 11/34 de três) e permitindo um 14/27 de três de seu oponente, numa tácita demonstração de ausência e empenho defensivo e, o mais importante, sem definir a liderança efetiva da equipe, permanentemente contestada por jogadores, em episódios constrangedores como o desse jogo, onde a falta de respeito e consideração de parte a parte baixaram ao mais rasteiro nível, incompatível com as tradições desse grande clube paulista.
No entanto, vendo a equipe atuar de uma forma mais próxima do aleatório do que participante de um sistema definido de jogo, apesar de adepto do sistema único, percebe-se com certa clareza que determinados jogadores, na presença de uma liderança equivocada na forma e na essência de como se situar perante um grupo de homens que, acertando ou errando, merecem um tratamento mais respeitoso em público, e não agressivo e intimidador, clara e diretamente se insurgem com o técnico e mesmo entre si, numa demonstração do que muito de errado vem ocorrendo no âmago da equipe, fator crucial que bem reflete as últimas apresentações da mesma.
Mas como tudo de mais atípico acontece no NBB, pode ser até que venham a ser campeões, apesar dos p..que p…, vão tomar no… e c,,,em profusão. Deve fazer parte do script dessa equipe especial…
Amém.
Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.
Dia 17 de abril, que se aproxima, antes dos playoffs,
a ESPN norte-americana vai apresentar o 30 x 30 do Detroit Pistons do treinador Chuck Daly e que tinha uma rotação enorme e profunda capitaneada por Isiah Thomas (e contava com Joe Dumars, Dennis Rodman antes de enlouquecer, Bill Laimbeer, Mark Aguirre, Vinnie Johnson, John Salley, Rick Mahorn (primeiro título), James EdwardS, entre outros.
Longe de serem santos e jogavam extremamente pesados.
Quero ver pois devem ter passagens de bastidores para saber se jogar pesado e marcar forte de verdade implica em dizer palavrões entre eles o tempo todo e o técnico deles (que depois dirigiu o time de 1992).
Toda vez que vejo um cara arremessando livre como na foto 1, o que ocorre toda hora por aqui, percebo que destes caras que estão aí treinando times no NBB, a grande maioria tem nenhuma ideia de como se monta uma defesa, restando somente a porrada, o que é confundida com jogar sério, pesado e defender coletivamente, com ajudas e coberturas bem feitas.
Porém, é difícil imaginar um cenários dos Pistons para cá, afinal, os jogos são ruins, logo é difícil imaginar um oásis de qualidade.
Enquanto isso, Pistons vencia o Lakers de Kareem, Magic e Worthy, Chicago de Michael Jordan e ainda meninos Pippen e Grant, acabava-se ali uma geração do Celtics de Bird, McHale e Parish.
Ou seja, outro nível de confronto e de atletas.
Um abração !
Olá Professor, disse bem “grande clube”, porém não digo que é um grande time.
Existe muita bandalheira dentro daquele lugar, uma verdadeira fogueira das vaidades, não gostaria de ver meu filho jogando lá.
Quem escala é o diretor e em conluio com o treinador, que mantem um parente no banco.
Uma vergonha, imagina voce chegar a essa altura da vida necessitando desse tipo de favor e tirando o sonho de muitos.
Já tivemos na semana que passou uma avant premiére com o Isiah Thomas pela mesma ESPN, que foi um programa magistral. Sem dúvida alguma Henrique, o sistema do “vamo lá” defensivo é o que conhecemos por aqui, numa terra onde a política da “ação entre amigos” supera brutalmente o mérito daqueles poucos que realmente conhecem o grande jogo, e sabem muito bem como montar sistemas de ataque e defesa. Mas isso compõe um cenário que tem tudo a ver com a situação sócio política do país, onde o Q.I. impera absoluto. No entanto,ainda mantenho a tênue esperança em dias melhores, contribuindo, mesmo que modestamente, na luta por um basquete evoluído e democratico, aqui dessa humilde trincheira.
Um abraço, Paulo.
Se apesar de tudo que lá parece ocorrer a equipe continua a pertencer à elite do basquete do país, imagine o que ocorre em muitas das equipes participantes, com suas equivocadas políticas de formação e preparação de cunho bem parecido? É uma realidade que elimina qualquer possibilidade de inovações fora do sistema atuante e corporativista. Já imaginou quantos jogadores de qualidade permanecem fora de um perverso mercado como esse, formatado e padronizado em todas as instâncias que o dirigem?
Lamentável e até certo ponto, hediondo…
Um abraço José.
Paulo Murilo.
Prof. Paulo,
Sempre tenho lido o blog, mas já algum tempo ausente dos comentários não posso deixar de comentar algo. Estive presente no Palmeiras para ver o quarto jogo do play-off do NBB e a equipe do Palmeiras iniciou com 2 armadores e 3 alas-pivôs, forçando o jogo interno e em constante deslocamento… porém algum tempo depois com as trocas e a falta da filosofia desse estilo implantada o time passou a jogar como todos os demais: abrindo 4 jogadores, passes lateralizados, bolas de 3 pontos forçadas e ainda assim acabou impondo-se pela força da torcida somada à energia dos atletas. Impossível não sair do ginásio pensando o que esse time seria capaz se estivesse em suas mãos, com o elenco que possui. Nada contra o Betão, que nem conheço e parece um técnico jovem muito querido pelos atletas e torcida. Mas nos “lampejos” que o time teve do sistema de 2 armadores o time simplesmente MASSACROU o São José. Abção, saudades, haverá mais uma edição da clínica?
Olá Fabio, que bom ver você comentando de novo. Se você testemunhou a tentativa do Palmeiras em atuar com dois armadores e três alas pivôs, todos se movimentando conjuntamente, e como afirma, massacrando a equipe do São José, é a prova de que jogando dessa forma, muitos problemas são colocados para uma defesa despreparada e condescendente. Porém, a descontinuidade da ação, é fruto de um preparo deficiente nos drills, pois não basta aplicar o sistema, e sim setorizá-lo detalhe por detalhe em treinamentos específicos e muito bem discutidos, para que seja aceito, praticado e desenvolvido por todos.Infelizmente não posso participar desse desenvolvimento, e os motivos você sabe quais são. Não devo me martirizar mais por tudo isso, pois vida que segue, célere e sem dúvida, finita.
Devo reativar a Oficina para maio, com algumas melhorias, como o mini ginásio que estou ultimando na sala de dança da minha filha Andrea.
Um abração, e saudades também. Paulo.