SE ACALMOU, CRESCEU E VENCEU…
Ficou quieto, deixou os juízes fazerem seu trabalho em paz, continuou, mais comedidamente, a incentivar seus jogadores, e fez valer na prática um comentário feito numa entrevista anterior, quando afirmava – “ Precisamos acertar mais cestas, não chutar menos. Nosso time é isso mesmo, estamos livres, precisamos chutar. Se a defesa deles deixar a gente chutar, a gente vai arremessar, não tem essa”-
E não deu outra, sua equipe venceu arremessando 16/36 de dois pontos, 12/35 de três, numa convergência atroz, e mais 15/17 de lances livres, enquanto a equipe de São José convertia 16/32, 8/24 e 12/17 respectivamente, numa partida mais perto de um duelo de lançamento de bolinhas ante defesas inoperantes fora do perímetro, do que um verdadeiro jogo entre equipes e, o principal, defensivamente bem treinadas.
Aliás, é algo de intrigante ambos os técnicos pedirem seus tempos e empunharem suas pranchetas, para elaborarem jogadas punhos, chifres e correlatas, para, no seguimento do jogo seus jogadores tornarem a se entregar com volúpia ao duelo exterior, arremessando de todas as formas, equilibradas ou não, quase sempre sem uma simples contestação defensiva, onde um americano toma o jogo em suas mãos convertendo 30 pontos em meio ao um desmando defensivo imperdoável.
Vencido o jogo e a indicação de melhor técnico da temporada, o jovem paulista precisa provar no próximo sábado que o “não tem essa” que professa publicamente mereça vencer a competição, ante um adversário que ostenta uma azeitada artilharia similar a sua, com um técnico que professa a mesma “filosofia”, um mais bem postado jogo interior, e uma defesa que às vezes funciona, que é o aspecto que definirá a finalíssima, vencendo aquela equipe que contestar fora do perímetro com maior qualidade, e priorizar o jogo interno somente factível com a participação efetiva e abnegada dos armadores, ações estas conflitantes com artilharias externas e americanos centralizadores e individualistas.
Vamos ver o quanto de “proficiência” assistiremos numa arena repleta e pulsante, ávida pelas bolinhas e enterradas fenomenais, mas que premiará aquela equipe que otimizar cada ataque que realizar, cada defesa que impuser, ou em outras palavras, esquecer por um jogo apenas, e final, que bolinhas nem sempre ganham jogos, quiçá, campeonatos…
Amém.
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