A ARTE DO TUMULTO II…
O jogo estava ruim para o Paulistano, não jogavam com confiança, muito mal mesmo, conforme reconhecia seu técnico em um dos primeiros tempos pedidos, e que se continuasse daquela forma uma derrota seria inevitável…
Então, comecemos a tumultuar o jogo, reclamando, invadindo quadra, gesticulando até em cobrança de lateral, indo à mesa reinvidicar lá o que fosse, travando diálogos consentidos com uma “arbitragem pedagógica e antenada”, para desprazer e incredulidade de uma audiência que somente desejava assistir a um bom jogo de playoff, e não uma demonstração de desrespeito e imagem circense, vindas de um muito jovem técnico absolutamente crente de que seja esse o caminho a ser seguido em sua trajetória de gênio das quadras, o que não é com certeza…
Paralelamente ao descalabro comportamental de um lado, viu-se uma equipe, que dominava o jogo até o terceiro quarto, ceder um campo inimaginável a um adversário semi batido, mas não morto, embalado que se encontrava pelo alto grau de pressão sobre uma arbitragem permissiva e confusa, permitindo com sua omissão tática e técnica uma reação fulminante, onde até os tempos pedidos demonstravam o enorme fastio e distanciamento entre comandante e comandados, fatal num momento de decisão, onde o entrelaçamento e confiança devem se fazer presentes para um resultado final positivo.
Desfalques e contusões podem ser relacionados como causadores de derrotas, mas não com a dimensão de um quarto final acachapante e constrangedor.
Tem por obrigação, a comissão de arbitragem da LNB, reduzir as interferências de técnicos sobre juízes, sob a real ameaça de desqualificação dos mesmos perante a decisiva confiança que os cercam na condução isenta e técnica de um campeonato nacional, e para tanto basta a aplicação rigorosa das regras do grande jogo, sem papos pedagógicos e transmissões midiáticas.
Amém.
Em Tempo – Nesse jogo cometeu-se a barbaridade de 34 (17/17) erros de fundamentos, o que dá seriamente o que pensar em jogo da elite.
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Prof. Paulo Murilo, tive a MESMÍSSIMA sensação… o Paulistano já havia utilizado dessa “estratégia” em Franca no jogo 3. A equipe francana perdeu a cabeça e perdeu o jogo. Agora com São José quase o mesmo roteiro… com a diferença que se o time de São José tivesse aproveitado o péssimo início do adversário e convertido seus lances livres abriria uma parcial de 27 x 15, o que não aconteceu. Me espanta os técnicos experientes de Franca e São José “caírem” nessas artimanhas baratas. Infelizmente deu certo, ficando esse exemplo pra quem assistia. Que o Marcel traga novos ventos nos bancos por aí, precisamos. Abção
Fabio, os técnicos experientes mencionados por você não caíram na armadilha, simplesmente se atrasaram na oportunidade de utilizá-la primeiro, pois nesse mister, vence quem tumultua primeiro…
Aliás, assisti vários jogos em que tentaram essa “estratégia”, na qual são mestres.
Um abraço, Paulo.