ABERTA A TEMPORADA DE CAÇA…

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Eu diria mais, firmemente estabelecida a temporada de caça, tantos são os tiros aos pombos desferidos sofregadamente pela maioria de nossos jogadores, todos absolutamente convictos de suas maravilhosas habilidades na mais difícil, seletiva e refinada de todas as formas de finalização a cesta, não importando distâncias ou estilos, na medida em que caiam, mesmo que para tanto, promovam uma escatológica orgia de verdadeiros atentados ao bem jogar o grande jogo, que a cada dia se apequena, frente a tanto equivoco e insensatez…

 

Mas, contritamente rezo aos deuses que promovam o aparecimento de um, basta unzinho, técnico que promova com competência um bom sistema defensivo de linha da bola lateralizado, para refrear tanta ausência de bom senso, tanta falta de Symancol B12 dessa turma de estrategistas, que tanto mal vêm promovendo numa modalidade rica em criatividade e responsável improvisação, jogada para baixo do tapete da mais pura tapeação, pois assistirmos jogos, como esse entre Franca e Uberlândia, onde 21/59 arremessos de fora, praticamente convergem com os 29/62 de dois pontos, num cenário em que 65 para mais tentativas vão se tornando comuns, rodada após rodada, sinalizando às novas gerações a trilha a ser seguida, para a gloria e o orgasmo de uma mídia, onde a grossa maioria absolutamente nada entende do grande jogo, repito e afirmo, absolutamente nada…

 

Franca venceu por ter tentado nove arremessos de fora a menos que seu adversário (11/25 contra 10/34), otimizando seus ataques de dois pontos, e que se tivesse substituído a metade de seus erros de fora, por mais tentativas interiores, venceria com margem bem maior, fator que nunca seria emulado por Uberlândia, treinada e preparada para o jogo externo desde sempre…

 

Segue um campeonato marcado pela artilharia de fora, irreal, imprecisa e aventureira, endossada passivamente por técnicos coniventes, que ao menor indício de que a pontaria falha, se socorre nos dvd’s agenciados na busca de novos especialistas. Somente esquecem que gravados sempre estão as “grandes” jogadas, pois as perdidas, a maioria, são convenientemente deletadas…

 

Então, logo mais dois jogos serão transmitidos, e veremos a quanto andarão os artilheiros de plantão, para o engrandecimento e pujança do nosso NBB, quase lá nos braços de uma NBA, que me deixa curioso para o que veio…

 

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

 

 

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2 comentários

  1. Reny Simão 12.12.2014

    Caro professor Paulo Murilo
    Estava presente no jogo e fiquei abismado. Não sei se a pior atuação ainda não foi contra o Mogi (13/36 arremessos de 3) ou contra o S. José (0/15).
    E a quantidade de substituições que o técnico faz? as trocas são por atacado, não só de 2, mas também de 3 e até de 4 jogadores de cada vez. Acho que assim os jogadores não conseguem se firmar, pegar ritmo, ou estou errado?
    Nós que torcíamos para um título, resta-nos torcer para o time não cair desta vez.
    Um abraço
    Reny

  2. Basquete Brasil 13.12.2014

    Prezado Reny, o observado por você na equipe do Uberlândia é mais ou menos o que ocorre nas demais, todas presas a um mesmo sistema de jogo, marcando com deficiência, como num ajuste entre iguais, vencendo aquela que erra menos no quarto final, principalmente nas bolas de três. Logo, substituir um ou mais jogadores de cada vez, pouco influi, já que todos jogam e atuam da mesma forma. Esse compadrio dentro da quadra, avalizado de fora da mesma, é que nos tem levado a esse estágio de mesmice endêmica em que nos encontramos. Bastaria uma equipe, uma só, quebrar este ciclo vicioso, para que mudanças radicais acontecessem, fator que vem sendo obliterado pela maioria que deseja ser mantido o status quo vigente. Pena, pois muito do grande jogo se elevaria com uma única experiência inovadora, porém…
    Um abraço Reny, Paulo.

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