O UNGIDO…
Ungido para um cargo ministerial, o mais importante, o de ministro, confessa publicamente, e na maior e reluzente cara de pau, que nada entende de sua função num ministério voltado aos esportes, mas, pela sua folha corrida de pastor religioso, comunicador e radialista, entende de pessoas, e estamos conversados…
E como inicio de sua gestão, procura orientação junto a presidência do COB, e de cartolas do futebol, que sequer, o cobiano, o prestigiou na posse, mas por baixo dos panos, armadilhou a continuidade do diretor, ou gestor, sei lá de que, do desporto de alto nível, garantindo a continuidade das gordas verbas para a elite, e determinando, em contra partidas, quem pode ou não transitar e trabalhar no tal desporto de alto rendimento desta indigitada e caótica nação…
Enfim, temos um ministro que sequer “está” ministro (definição brilhante de Eduardo Portela), desonerado de comando, penduricalho sobraçando uma biblia, sua primordial (e talvez única) literatura…
Ministério do Esporte que sequer comanda de verdade a maior competição desportiva da terra, as Olimpíadas, entregue a outros tantos que pouco ou nada sabem do desporto como elemento básico na formação de jovens, mas são PHD’s em administração e partilha de verbas, entre tudo que representa a fantástica arte de ganhar dinheiro, muito, muito dinheiro, com suas megalômanas promessas de legados quase sempre fictícios e falaciosos, pela omissão criminosa do maior de todos, o investimento maciço na educação de base, cerne de toda nação que se preza como nação, porém um fator altamente perigoso para a continuidade de projetos políticos, onde a ignorância os mantêm seguros (os nazistas incineravam livros, os daqui, sequer os produzem de qualidade…)…
Um país desta dimensão que se dá ao luxo de nomear ministros desse quilate, honestamente, não merece ser levado à serio no concerto internacional, não só o desportivo, mas muito mais no âmbito educacional e cultural, e que ainda se atreve cinicamente a ousar liderar outros mais com tal postura, onde um “Brasil, pátria educadora”, soa como uma tragicomédia insana e irresponsável…
Mas lá no fundo merecemos o que aí está, afinal de contas se lá estão é por que para lá foram reconduzidos pela maioria, pelo voto, logo, como no desporto sério e educativo, perder, sabendo avaliar os porquês das derrotas, talvez, lá na frente, nos ensine o doce, porém fugaz sabor de vencer. Até lá, paguemos os dízimos devidos…
Amém.
Foto – Reprodução do O Globo.