“FILHO DA P…”, P.Q.P”, “SAPATÃO”, E TUDO COM DIREITO A ECO…
Dentre os duzentos e poucos convidados, fora os quatrocentos pagantes (eu e meu filho fomos dois deles), a maioria era de torcidas organizadas (quem sabe fazendo parte dos convidados…), que com a vastidão deserta da arena de concreto, encontrou eco poderoso e repetido à exaustão, para suas bem sortidas e educadas mensagens, principalmente junto a muitas crianças presentes ao lado de constrangidos pais, num lastimável coro de ações comuns aos estádios de futebol, nunca numa quadra sem alambrados de basquetebol…
Lá pelas tantas, quando o jogo endureceu, e os técnicos iniciaram sua tradicional pressão na arbitragem, seletivamente à juiza escalada (não constatei nenhuma peitada no árbitro do jogo, o enorme Pacheco, que não são bestas…), foi dado o sinal para que os altamente qualificados “torcedores” iniciassem seu ofensivo e tronitruante coro de ofensas e palavrões, que ecoavam dominantes naquela deserta caixa de ressonância…
E nesse momento, não aceito a negativa de serem alguns técnicos os responsáveis detonadores desse comportamento, com sua atuação e gesticulação alucinada e desequilibrada fora da quadra, insuflando, por querer ou não, a massa circundante. Não à toa a equipe do Palmeiras cumpre suspensão de público por invasão e agressão a árbitros, não esquecendo o pedido de seu estreante técnico para que a apaixonada torcida do futebol prestigiasse os jogos, a fim de tornar seu ginásio num caldeirão de emoções, dando o resultado que deu, e continuará dando…
Além do mais, muito engraçado aquele monte de seguranças, em pé e sentados, todos de frente para as torcidas, num espetáculo risível por terem às costas um imenso ginásio, vazio…
Mas Paulo, e o jogo cara?
Bem, aconteceu um jogo altamente previsível, dos muitos que tenho retratado e comentado por aqui, quando empregam o mesmo sistema de jogo, as mesmas jogadas, os mesmos comportamentos, até que num determinado momento uma das equipes inova, para bem ou para mal, no caso o Paulistano, que não sei se por cansaço, ou vicio corriqueiro, abriu mão de defender o perímetro externo, dando ao Marcelo e ao Hermann os espaços para seus longos arremessos, que de certa forma decidiram a partida. Inadmissível permitir que uma notória equipe convergente (19/36 de dois pontos e 13/34 de três) tivesse tanta liberdade externa como teve o Flamengo, que de sua parte teve o mérito de blindar bem seu garrafão aos ataques dos voluntariosos pivôs paulistas. Se calor fez foi para ambos, e a temperatura dentro da arena até que não estava elevada, mas nitidamente os paulistas jogaram a toalha da condição física no terceiro quarto, quando a partida foi decidida…
E por falar em convergência, que tal os 21/32 de 2 e 14/33 de 3 de Bauru em Macaé, dando continuidade na saga que vem “revolucionando” o basquete tupiniquim, “justificadamente”, segundo alguns, numa escalada autofágica que nos arrependeremos lá na frente, quando de nossas seleções nacionais, é só aguardar o desfecho…
Amém.
Fotos – Própria autoria. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.
Prezado Professor,
Fico embasbacado com o comportamento da maioria dos técnicos que atuam no NBB. Reclamações e gestos em excesso. Será que eles não vêem o vídeo dos jogos que participam? Será que não percebem o quanto parecem mal educados, malandros, arrogantes, etc? É comum técnicos serem chamados de professor, mas o que temos a aprender com a postura deselegantes dos nossos técnicos da elite do Basquete Brasileiro? O pior é que os novos técnicos que surgem na elite não trazem nada de positivo quanto a postura em quadra. Como exemplo cito o que o Dedé aprontou após ser desqualificado da partida contra o seu ex time. E o novato Guatavo de Conti? Que sujeito arrogante e antipático ein? Não consigo admirar o Basquete do Paulistano exclusivamente por conta dele, puro asco.
Infelizmente a maioria da torcida não possui bons modos também. Da televisão da pra ouvir o tanto de palavrões proferidos aos adversários e juízes. Triste ver que nosso povo possui muita gente sem educação.
Abraço Dr.Paulo!
Mas, o que impressiona de verdade, prezado Régis, é a conivência da mídia, sempre desculpando os rompantes e impropérios com a desculpa de ser parte do modo de ser dos técnicos, assim como seu gestual enriquecedor do espetáculo, entre outras mais sandices jogadas na cara de quem assiste suas transmissões, inclusive as de caráter pedagógico das arbitragens. Honestamente, me preocupa a extensão de tanta insensibilidade junto aos mais jovens, induzidos que estão sendo ao continuísmo de tais comportamentos. Lamentável e constrangedor.
Um abraço, Paulo Murilo.